quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Crise na Educação riobonitense?

Por Flávio Azevedo - Reflexões

Fico sabendo através de postagem da minha amiga Garrolici Alvarenga (via Facebook), que a Educação riobonitense passa por um momento delicado. Além do já costumeiro salário defasado, nós estamos sofrendo uma forte evasão de profissionais. Ou seja, professores estão deixando o município em busca de melhores oportunidades em outros centros.

Sobre esse tema, penso que os salários ainda são ruins, por falta de mobilização e coragem a categoria. Entretanto, penso ser importante fazermos algumas reflexões sobre alguns aspectos relacionados a essa situação. Vamos lá:

1 – Os governantes são patrões, e patrão, amigo, nunca faz a parte dele, se não for pressionado. Isso é fato!

2 – Penso que em cidades interioranas, os profissionais preferem ser explorados em outro lugar a lutar pelas melhorias necessárias. Esquecem que mudar de endereço não resolve o problema. Por exemplo: o sujeito vai trabalhar em Silva Jardim, sob o argumento de que lá pagam melhor. Entretanto, quando você conversa com os profissionais que já estavam por lá, eles estão insatisfeitos e querendo mudar para outro lugar.

3 – Concordo falta de coragem e mobilização não são os únicos motivadores desse problema apresentado por Garrolice. O descrédito também é comum. E isso ocorre, porque não são poucas as ocasiões que os líderes desses movimentos de resistência se vendem por horas extras, diárias e vantagens individuais. Benefícios que resolvem o problema individual, não o coletivo. E isso é antigo!

4 – Por outro lado, é comum vermos esses líderes lutando praticamente sozinhos – cadê os companheiros? O restante da categoria (em Rio Bonito eles são mais de mil) fica na sombra do boi aguardando os benefícios. Aliás, quando esses tais benefícios não são concedidos, os “dormentes e imóveis” se limitam a criticar o “representante solitário”, esquecendo que em nenhum momento estiveram juntos na luta pelas benfeitorias pleiteadas. Alguns, cínica e covardemente, chegam a dizer para o patrão que estão satisfeitos e ressaltam que não fazem parte dos insatisfeitos.

Há quem defenda os concursos como ferramenta de combate a esses problemas. Sinceramente, eu não acho que eles sejam a única solução para os problemas da Educação. Os salários continuarão risíveis e os novos profissionais, com medo de se posicionar e não passarem no período probatório.

O SEPE, através de uma das suas representantes (Lucy Teixeira), tem feito alguns movimentos, mas continua sem ser atendido pelo poder público; e priorizado por grande parte da categoria.

Dias atrás, o pedido de Audiência Pública, encaminhado a Câmara Municipal ao ser lido no expediente do dia recebeu o seguinte comentário da vereadora Rita de Cássia (ex-secretária de Educação de Rio Bonito): “não vejo necessidade dessa audiência pública, porque o assunto tem sido amplamente debatido, inclusive, com a participação de representantes do SEPE”.

Existe interesse?

Um comentário:

  1. o problema da educaçao não é só salario, esim um conjunto de fatores, que vai desde o plano municipal de educaçao de qualidade,realmente com metas alcançadas,visando uma educação do ensino, não da inclusão, pois a criança se inclui a partir do conhecimento.Menos discurssos e mais açoes.O salario agora é nacional e é lei.Então a questão não é só dinheiro, vejam as notas das cidades do petroleo no ideb.Falta é vergonha na cara na aplicação dos recurssos, e o conselho?ou o numero de matriculas é tão grande que não há tempo para refletir enquanto mestre de Rio Bonito?Pois parece que se troca a ficha da sala de aula,com tanta rapidez que se perde o debate

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