Por Flávio Azevedo - Reflexões
Gente, a que ponto esse negócio de compra de votos chegou! Os caras estão trocando o voto por lipoaspiração. É isso mesmo! Deveríamos rir ou chorar? Sente o drama: a história foi contada, para mim, pelo vereador que recebeu a "proposta indecente".
A mulher, uma cidadã distinta e de “família riobonitense tradicional”, encontra o vereador, chama o cara no canto e diz que está precisando de ajuda. Muito solícito, o parlamentar pergunta em que pode ser útil. A mulher, na cara dura, pede que o edil pague uma lipoaspiração porque ela pretende ficar "mais bonita para o próximo verão".
– Se você me ajudar, eu trabalho para você nas próximas eleições – disse a mulher antes de se despedir de um vereador, que embora não seja nenhum santinho, ficou assustado com o pedido.
Me disse o parlamentar: “eu estou acostumado a ser procurado por pessoas que pedem um caminhão para fazer mudança, querem comprar um remédio, precisam de um exame, ou até fazerem uma compra... Agora, lipoaspiração... Foi a primeira vez. A que ponto nós chegamos!”, concluiu o vereador, que demonstrava estar tão assustado, quanto eu, com a "proposta indecente".
Diante dessa narrativa, como não imaginar que o nosso futuro é sombrio? Aliás, não são poucas as pessoas que demonstram preocupação com quem será votado nas próximas eleições (os candidatos). Eu, porém, confesso que fico muito preocupado com quem vai votar (os eleitores), e não com quem será votado.
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