Flávio Azevedo
No último dia 24 de junho os veículos que fazem o transporte de alunos da rede municipal de Educação foram vistoriados. |
Entre os Atos Oficiais publicados nesse sábado (08/07), no jornal Gazeta Rio Bonito, edição 534, figura a alteração da Resolução 49/2017, que trata do afastamento do secretário municipal de Educação, Délio Cesar Pereira Moraes. A Resolução passa a vigorar com a seguinte redação: “o chefe do Poder Executivo será comunicado por meio de oficio para editar ato administrativo suspendendo do cargo de Secretário Municipal de Educação, o senhor Délio Cesar Pereira Moraes por noventa dias, para que não venha a interferir na instrução processual”.
O que se percebe é que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que pretende apurar irregularidades no transporte de alunos da rede municipal de Educação, segue caminhando. Nas últimas semanas, nas mídias sociais, ganhou milhares de visualizações o vídeo de uma moradora de Braçanã cobrando Transporte para estudantes da localidade. Segundo a D. Denise, que faz a reclamação, alunos estão ficando em casa, porque o serviço não está sendo prestado.
Há cerca de um mês, no programa Flávio Azevedo, uma moradora da localidade de São José do Braçanã, no Basílio, fez reclamação similar. Ela denunciou prestação de serviço deficiente e revelou que muitas crianças estão ficando em casa, porque, além do transporte não estar sendo oferecido, os pais não reúnem condições de pagar passagem para levar as crianças até a escola.
O que se percebe é que enquanto o prefeito José Luiz Antunes (PP) arruma meios para desqualificar a atuação dos vereadores e cria maneiras de jogar a população contra o poder Legislativo – postura manjada e costumeira em seus mandatos – a prestação de serviço à população em vários segmentos está deficitária, entre eles o transporte de alunos da rede municipal.
Argumentações pró-governo destacam que na gestão passada, não houve o mesmo rigor na fiscalização dos veículos que faziam o transporte de alunos da rede municipal de Educação, o que é verdade. Todavia, o erro não está na fiscalização de agora, mas na omissão do passado. As críticas direcionadas ao colegiado da última legislatura em relação a esse tema são muito razoáveis. Não existe movimento dos integrantes do poder Executivo no sentido de investigar a omissão do passado e criar mecanismos para impedir que isso se repita. O que se percebe é uma flagrante tentativa frear a fiscalização do presente para o serviço seguir sendo prestado de forma deficiente.
A perversidade que domina os bastidores políticos de Brasília se repete em âmbito municipal. É claro que os vereadores não são santos. Todavia, vender a imagem do prefeito como uma divindade acima de qualquer suspeita é exagerada e patética. Em Rio Bonito, além da ineficiência administrativa desses que se repetem no poder, a maior parte dos seus torcedores são carpideiras irritantes dispostas a qualquer tipo de ação para auferir lucros e manter o “status quo” que lhes convêm.
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