Flávio Azevedo
A cerâmica São Silvestre, no Basílio, demitiu cerca de 50 funcionários que buscam receber os seus direitos. |
Na última semana, a nossa reportagem conheceu a história de um grupo de ex-funcionários da Cerâmica São Silvestre, que está amargando sérios prejuízos com o encerramento das atividades da empresa, uma das mais tradicionais de Rio Bonito. Localizada no Basílio, a cerâmica demitiu cerca de 20 funcionários em dezembro e outros 20 em janeiro, quando os proprietários também anunciaram o encerramento das atividades da São Silvestre.
A empresa é mais uma das muitas que estão sendo atingidas pela crise econômica que atingiu o país. O problema é que os funcionários não tiveram os seus direitos trabalhistas, como férias, 13º salário, Fundo de Garantia, acertados pela empresa e muitos chefes de família começam passar necessidades. “Trabalhamos na expectativa de que a empresa iria se reerguer e dois dias antes do anúncio de que a cerâmica iria fechar nós trabalhamos até meia noite”, conta um dos funcionários.
No pátio da empresa, o maquinário fabril, que tem capacidade de produzir cerca de 100 mil unidades de tijolos por dia, foi desmontado e levado para outro município. Segundo os funcionários, o desmonte começou em dezembro sob o argumento de que os empresários queriam evitar vandalismo. “Mas nós sabemos que o maquinário foi desmontado para evitar uma ação de penhora”, revela um dos ex-funcionários. Ele reitera que a ação de desmonte, começando pela venda dos caminhões, começou seis meses antes do anúncio de encerramento das atividades da São Silvestre.
Os ex-operários da Cerâmica São Silvestre que conversaram com a nossa reportagem têm cerca de 20 anos de casa. Eles afirmam que sempre dialogaram com os patrões sobre o destino da empresa, principalmente a situação trabalhista de cada funcionário. “Eles sempre nos pediam paciência, prometiam que tudo seria resolvido, efetuavam o nosso pagamento em parcelas, até chegarem com a notícia do encerramento das atividades da empresa no último dia 16 de janeiro”, conta um funcionário, destacando que “os funcionários precisaram vender tijolos para receber o pagamento e 13º salário”.
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