Flávio Azevedo
A imagem ilustrativa |
A insegurança volta a rondar as ruas
de Rio Bonito. Essa semana vários episódios de assaltos e roubos a mão armada
foram registrados na cidade. Entre eles a nossa reportagem destaca o roubo da
moto NXR; placa KPG 9886, propriedade de Gigliola Oliveira, moradora da Praça
Cruzeiro. O roubo aconteceu nas imediações do Estádio Alfonso Martines
(Cruzeiro). Os marginais renderam a vítima e levaram, além da moto, documentos
e o Smartphone.
O “arrastão de motoqueiros” é outra
modalidade de crime que tem sido praticada pelos marginais em vários lugares e
já chegou a Rio Bonito. O último episódio aconteceu há cerca de uma semana, na
Av. Sete de Maio. As vítimas foram estudantes que acabavam de sair da escola.
Três motos pararam, os marginais que estavam na garupa desceram e recolheram
dinheiro, aparelhos de telefone celular e mochilas de grife dos
estudantes.
Os furtos de veículos no
estacionamento da ferrovia, no Centro de Rio Bonito, também merecem destaque. Alguns
são levados de maneira traumática. Foi o que aconteceu na manhã última
quarta-feira (09/03), quando um morador do bairro Caixa D’Água foi roubado e
levado pelos marginais. Ela havia acabado de entrar no carro, estacionado no
trecho próximo ao Banco do Brasil, quando dois homens entraram no veículo e
exigiram que ele dirigisse até Itambí, em Itaboraí, onde ele foi deixado pelos ladrões.
Desdobramentos
As notícias de roubos e furtos
incomodam as autoridades policiais, sobretudo porque a sociedade equivocadamente
entende ser o controle da violência, uma atribuição especificamente da Polícia.
Para fugir da responsabilidade que é dela, a classe política, nos últimos 50
anos, vendeu a lógica de que oferecer Segurança é colocar a polícia na rua, o
que não é verdade. Não é possível esquecer que bandidos e criminosos são
importantes para a classe política, sobretudo para aqueles que buscam votos em
ambientes como porta de delegacia, porta de hospital e capela funerária.
O marginal tem família e o político
abutre sabe que a mãe do marginal, por mais criminoso que seja o filho, ela
sempre acredita que um dia ele vai se regenerar. Está criado o cenário ideal
para o político abutre oferecer carro para visitas ao presidio; e advogado para
soltar e/ou relaxar a pena do marginal. Iniciativas classificadas pelo abutre e
seus puxa sacos como “frutos de um coração bom e humano que se compadece com o
infortúnio alheio”.
Rio
Bonito mais seguro
Em Rio Bonito, os instrumentos que
precisam ser implantados para combater a violência já estão definidos e são
anunciados pelos políticos quando estão em campanha. Todavia, ao assumir o
mandato apenas aquilo que consiste criar emprego para encabrestar cabos
eleitorais sai do papel. Os investimentos em monitoramento, sala de
inteligência e a contratação de policiais militares em dia de folga ficam no
esquecimento e são enxergados como despesa, quando deveriam ser classificados
como investimento na qualidade de vida do cidadão, uma das marcas de Rio Bonito.
Transformar os atuais guardas patrimoniais em Guardas Municipais é outra iniciativa
urgente.
A vigilância das entradas e saídas da
cidade e não aquela piada de “uma cabine da PM em cada bairro” é outra medida
interessante para combater a violência. Rio Bonito tem um dos metros quadrados
mais caros do Estado do Rio de Janeiro. Os alugueis em terras riobonitenses são
absurdamente caros. Mas qual a justificativa para preços tão exorbitantes se a
cidade em questão é insegura, exposta a ação dos marginais, conta com um
efetivo policial diminuto e mal aparelhado, emprega agentes municipais mal
distribuídos e pessimamente remunerados?
A sociedade precisa exigir da classe
política, que já está em polvorosa em busca dos votos, projetos e ações
direcionadas ao bem estar da coletividade. Até, agora, o planejamento está
direcionado a “quanto vamos ganhar” e não “ao que podemos oferecer” ou “como
podemos contribuir”. Por outro lado, os eleitores se esquecem de perguntar “o
que você vai realizar”, porque estão preocupados em saber “quanto e o que você
vai me dar”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário