Flávio Azevedo
Há quem enxergue os médicos como
pajés, há quem os veja como entidades, há quem tenha certeza que eles são
divindades, há quem os entenda como sacerdotes... E não é nada disso. Os
médicos são profissionais tão importantes na máquina da Saúde como é a Enfermagem,
o nutricionista, a auxiliar de serviços gerais, a copeira, o técnico em
manutenção, a recepcionista, o porteiro, o faturista etc.
Por que esse essa abertura? Eu
explico: na tarde dessa quarta-feira (04/11), durante entrevista coletiva da
diretoria do Hospital Regional Darcy Vargas, eu questionei como a relação deles
com o quadro médico, que sempre foi conturbado. Aliás, historicamente a classe
médica é um problema em toda administração hospitalar e eu acrescento que é um
dos problemas da Saúde no Brasil.
Má vontade, corpo mole, sabotagem,
desinteresse, mais amor ao dinheiro que compromisso com aos clientes, entre
outras posturas, são algumas das atitudes presenciadas em qualquer profissão,
mas quando os ditos profissionais tem salário elevado, o patrão pensa duas
vezes antes de demitir e vai tolerando os desmandos. Aliás, não é de hoje que
eu venho dizendo isso e destacando que no caso do Darcy Vargas, especificamente,
esse setor é um dos principais ralos financeiros da instituição.
Alguém se sentiu ofendido, reclamou do
meu pensamento e ressaltou que eu não posso generalizar a crítica direcionada a
essa categoria. Eu concordo, até pretendo fazer isso, mas somente depois que os
defensores dos médicos pararem de generalizar a defesa, porque tem muito mala.
Concluo lembrando que
eu não sou curioso, nem falo sem ter conhecimento de causa. Além de jornalista,
eu sou técnico de enfermagem, trabalhei na área por 15 anos, sendo que seis
desses anos no Hospital Darcy Vargas. Sei o que estou dizendo! Quem faz
diferente disso – eu conheço vários – parabéns!
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