Flávio
Azevedo
Publicação no ww2.stj.jus.br |
Em pauta
nesse sábado (07/11), o desdobramento de um dos processos contra a prefeita
Solange Almeida (PMDB). Após o pedido de vista do ministro Napoleão Nunes Maia
Filho, feito em 21 de setembro, o procedimento estará em pauta para julgamento pela
Primeira Turma do STJ, no próximo dia 10 de novembro (14h). A notícia movimenta
os grupos políticos de Rio Bonito, mas as poucas informações sobre o assunto
acabam trazendo entendimentos equivocados sobre o que está acontecendo.
Diante desse
cenário, eu julgo serem necessários alguns esclarecimentos, porque até os puxa
sacos e membros do DOI-CODI desconhecem o que realmente está acontecendo. A
“martelada” nela já foi dada há anos. Nas instâncias inferiores, a Justiça já
determinou a perda do mandato e a cassação dos direitos políticos da prefeita
Solange Almeida, salvo engano, por seis anos.
Todavia,
como no Brasil a Justiça é injusta (com o réu e com a sociedade), uma série de
instrumentos jurídicos dá a ela uma falsa sobrevida, que tem dois únicos
objetivos: o enriquecimento de advogados e operadores do Judiciário; e manter o
réu achando que pode se salvar.
Eu gosto
sempre usar o exemplo do ex-presidente Fernando Collor, que teve o mandato de
presidente da República cassado; e os direitos políticos suspensos por oito
anos. Depois de cumprir a sentença a ele imposta, Collor voltou ao cenário
político e, hoje, é senador da República. Caso ele ficasse recorrendo,
comprando sentença, entre outras artimanhas, certamente ainda estaria enrolado
com a Justiça.
No caso da
mandatária de Rio Bonito, tivesse ela sido afastada da política na época da
primeira sentença contra ela, o prazo de afastamento já teria sido cumprido,
ela já teria pago o que a Justiça entende que ela deve pagar e, hoje, ela
estaria livre desse peso para seguir na vida pública.
É bom
salientar que não existe inocência da prefeita. O que existe é uma sentença bem
pesada contra ela, a comprovação, nos autos, de que ela é culpada das acusações
que foram feitas contra ela; mas a sentença não é cumprida por conta de
artimanhas jurídicas. Simples assim!
Devo
acrescentar que cada pessoa entende a decisão da Justiça de uma maneira. O puxa
saco tem um olhar, o apaixonado tem outro, o parente enxerga de outra maneira,
o cidadão consciente vê de outra forma, o que tem raiva dela percebe por outro
prisma; e o próprio réu também tem o seu juízo de valor, geralmente baseado no
seu nível de desfaçatez e cara de pau.
É por aí...
Resta agora aguardar se a Justiça será feita ou se teremos outro coelho saindo
da cartola do Judiciário!
Nenhum comentário:
Postar um comentário