Flávio Azevedo
Noite de domingo (09/11),
eu já estava quase pegando no sono – e olha que eu não durmo cedo! –, a minha
mulher me cutuca e pergunta: você está ouvindo um som alto? O que deve ser?
Igreja ou festa? Respondi que estava ouvindo e disse que fosse igreja ou festa,
aquele som, que eu não sei de onde vinha, era um absurdo, sobretudo pelo avançado
da hora.
Ouvimos o tal barulho ainda durante um bom tempo, até que parou. Esse ocorrido
contribuiu para reforçar a minha tese de que o nascedouro de muitos problemas
que enfrentamos quanto sociedade é a FALTA DE BOM SENSO de quem vive nessa sociedade.
Não é possível que as
pessoas ligadas ao evento não percebam que estão incomodando; não entendam que nos
dia seguinte (uma segunda-feira) muita gente acorda cedo para trabalhar ou
estudar; não compreendam que em várias residências, pessoas idosas e crianças,
precisam de um sono tranquilo; não enxerguem que acabam ganhando a antipatia
gratuita de muitas pessoas sem necessidade etc.
Nesses momentos surgem
logo as seguintes perguntas: “quem autoriza? Quem não fiscaliza? Por que a
Polícia não vai lá?”. Bem, a impressão que tenho é que algumas pessoas parecem crianças,
seres que por estar em formação, precisam estar sob constante vigilância para
não fazer bobagem. Será que é preciso avisar que o som está alto? É preciso a
Polícia ir lá para dizer que o som está incomodando? Nesses eventos as pessoas,
a começar da organização, não usam relógio?
Reitero que as respostas
a esses questionamentos estão ligadas a FALTA DE BOM SENSO de todos os
envolvidos. De quem organiza, de quem autoriza, de quem fiscaliza e de quem frequenta.
Junte-se a isso, a falta de coragem de quem está incomodado, que por “não querer
se indispor e arranjar problemas”, não se organiza num movimento que tenha como
objetivo impedir que tal situação continue acontecendo.
Tomara que um dia o
nosso país, sobretudo as cidades de menor porte, entendam definitivamente que
para se viver bem em sociedade é preciso que todos tenham civilidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário