Flávio Azevedo
Jesus dando vida ao jovem de Naím. |
No evangelho de Lucas, mais precisamente no capítulo 7, versos 11 a 15, o apóstolo conta uma história extremamente significativa. De acordo com o relato, Jesus chegava a uma cidade chamada Naim. Com Ele iam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão. Perto da porta da cidade, Jesus encontra um enterro. O morto era o filho único de uma viúva e com ela também seguia uma grande multidão. Segundo Lucas, ao se deparar com aquela situação, Jesus “moveu-se de íntima compaixão” e disse a ela: “Não chores!”.
As cenas seguintes são de apreensão, porque além de Jesus mandar uma mulher viúva, que perdeu o único filho, parar de chorar, Ele também se aproximou do defunto, tocou no caixão e fez o cortejo parar (“que deselegante!”, pensaram alguns que olhavam a situação). Nesse momento, porém, acontece algo maravilhoso. Jesus ordena que o defunto se levante... O morto acorda... Senta-se... Começa falar e Cristo o entrega a sua mãe.
Não precisa ser muito esperto para perceber os dois lados de uma mesma moeda nessa história. Aliás, uma alegoria fiel dos dias atuais. O texto fala do encontro de duas multidões. O cortejo da vida, seguindo Jesus; e o cortejo da morte, seguindo um defunto. A questão crucial desse relato está nesse encontro. A primeira experiência que podemos aproveitar é o fato de que quando nos encontramos com Jesus, Ele faz reviver tudo que está morto.
A segunda experiência que podemos tirar desse acontecimento narrado por S. Lucas é que ao sentirmos o toque de Jesus é preciso parar. E quando paramos... Se usarmos os ouvidos da fé, certamente nós ouviremos o seu convite para uma nova vida. E não tenha dúvida que diante do Seu chamado, até “quem” ou “o que” está morto pode reviver!
No mundo atual dois cortejos caminham para um lugar. Um anda acompanhando o bem. O outro seguindo o mal. E de que lado você está? De que lado eu estou? De que lado nós estamos? Estaremos seguindo o cortejo da vida? Ou estaremos acompanhando o cortejo da morte? A verdade é que ao encontrar Jesus o cortejo da morte recebe vida. E caso nós venhamos a perceber que estamos caminhando junto ao cortejo da morte, é possível parar, receber o toque de Jesus, e reviver.
Em outro momento, no evangelho de João (11-25), mas tratando do mesmo assunto, alguém estava morto (Lázaro). Apesar de estar já sepultado há quatro dias, Jesus disse às irmãs de Lázaro: “Eu Sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá!”. Elas creram e Lázaro foi ressuscitado (11-43/44).
Que Deus nos dê a vitória!
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