Flávio Azevedo
Foto da Serra do Sambê, em Rio Bonito, durante chuva de verão (14/12/2012). |
Choveu, o solo encharcou e a terra deslizou. Já passou da hora de percebermos, que o homem é culpado por quase todo mal que lhe aflige! As imagens de destruição, enchentes e alagamentos retratam fielmente as administrações políticas dos municípios, do estado e do país. Falo de governos desastrados, catastróficos, incompetentes e com raríssimas exceções... Corruptos. Nas três esferas de poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), os nossos gestores, se é que podem assim ser chamados, visam apenas dinheiro e benesses!
Aliás, enquanto enriquecem as nossas custas, a necessidade de moradia obriga o cidadão a se ‘empoleirar’ em áreas de risco. Será que ninguém percebe? Quem aprova essas construções? Quem finge que vê? Quem asfalta essas localidades? Quem constrói creches e escolas por lá? Nos centros urbanos, porque não cuidam do escoamento das águas com responsabilidade? Eles sabem que as águas precisam ser divididas em “Pluviais” e “Fluviais”? Que elas devem ser colhidas em galerias separadas?
Mas afinal, por que as pessoas recorrem a áreas de risco? Simplesmente porque são pobres e moradia é um artigo de primeira necessidade. Porque o Brasil nunca teve uma política pública decente de HABITAÇÃO. Pelo contrário, os nossos mandatários acham melhor fazer vista grossa, sob o pretexto de não perder o voto do pobre infeliz. O pior é que, às vezes, pela falta de instrução, o infeliz acredita estar sendo ajudado.
As favelas, os cortiços e os conglomerados habitacionais são resultados de um Brasil desigual, onde poucos têm muito, e muitos têm nada. Essas comunidades nascem, porque um irresponsável sem escrúpulo fingiu que não viu nascer. Crescem, porque um indecente deve ter sido pago para não ver crescer, e desaparecem sob a nossa responsabilidade. A verdade é que as chuvas de verão expõem a nossa ganância.
Os problemas sociais que enfrentamos estão diretamente ligados a relação promiscua entre o político (que compra o voto), e o povo (que vende o voto). O cidadão argumenta: “o eleitor vende, porque o político compra”. Mas o político se justifica: “o político compra porque alguém vende”. Enquanto eles argumentam, eu prefiro dizer que eles são iguais, e os problemas sociais acontecem por culpa deles.
Solução já para o bairro da serra do sambê...
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