A política atual é norteada por três fenômenos: o assistencialismo, o clientelismo e o fisiologismo. Esses fenômenos acontecem quando eleitor e político mantêm uma relação promíscua. Ou seja, o voto é oferecido em troca de dinheiro, ou favores são oferecidos em troca do voto. Acreditamos que isso nada mais é que PROSTITUIÇÃO!
Mas vamos ver os conceitos práticos desses fenômenos. Assistencialismo é ajudar o cidadão com os seus próprios direitos. É oferecer o dever do Estado como favor e com o objetivo de receber alguma contrapartida (o voto). Para nós, isso nada mais é que abuso do poder e uma forma perversa de dominar o outro.
O clientelismo é a utilização da máquina pública, para privilegiar alguns em detrimento de outros. O clientelismo também é perverso, porque ele imobiliza e amordaça o beneficiado, que não deve ter opinião, sobretudo se ela for contrária ao pensamento do chefe. O clientelista nada mais é que um “despachante”, ou até, um “traficante de influência”. Não precisa ser um gênio para perceber, que esse fenômeno é a mola mestra da corrupção política.
Já o Fisiologismo, outra prática comum, é o assistencialismo e o clientelismo praticado nos bastidores do poder. É o vereador que não fiscaliza os atos do prefeito, porque ele tem um caminhão ou trator agregado, a mulher e os filhos nomeados, ou até alguns cabos eleitorais empregados na Prefeitura Municipal. É o parlamentar, municipal, estadual ou federal, que para não denunciar uma obra superfaturada, ou uma licitação de cartas marcadas, achaca e chantageia os empreiteiros e/ou fornecedores.
Não precisa dizer que esta prática corriqueira é o principal combustível da corrupção no país. O Fisiologismo também está presente entre os partidos, por exemplo, quando apóiam governos que tem práticas ideológicas diferentes das suas, apenas porque ganhou uma secretaria ou um ministério.
Como se fossem meninas pobres, sem esperança e valores morais, alguns políticos estão se arriscando no ‘calçadão de Copacabana’ da vida pública se vendendo e se prostituindo.
Contudo, a prostituição entre os poderes só acontece porque o político também precisa se prostituir com eleitor, que para dar o voto exige benefícios como dinheiro, cimento, remédios, tijolo, areia, botijão de gás, exames, cesta básica, liberação de multas e permissão para colocar mesas na calçada em frente o comércio, o que impede o passeio público, mas garante o voto.
O eleitor também pede que o político custeie funerais de parentes, dê patrocínios para festas, consiga ônibus para funeral, jogo de futebol ou casamento e aniversário de familiares que residem fora do município, abasteça o tanque do veículo – geralmente para colar o adesivo do candidato no vidro do carro – entre outros absurdos.
A única diferença é que na prostituição que acontece nos bastidores do poder, o político exerce uma função passiva. Já na relação com o eleitor, a sua função é ativa.
Apesar de conhecerem essa dinâmica, políticos e eleitores estão viciados, e não conseguem acabar com esse meretrício, que alguns caras de pau cinicamente chamam de trabalho social, uma artimanha criada para manter esta relação promíscua nos bastidores do poder e entre políticos e eleitores.
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Uma sociedade que abre mão de discutir possibilidades futuras, para discutir se permanece ou não fazendo suas necessidades particulares na privada publica, não pode ser levada a serio.O banheiro sai ou não sai da praça, dar pra quadro de programa de humor.Seria comico se não fosse trágico.O administrador só construiu um banheiro na praça porque os setores e segmento de defesa social não reagiram, pois estam pouco interessados.Tem os que ganham pra construir e os que ganham pra derrubar, eo povo que perde em tudo, principalmente na construção de uma sociedade justa.O povo de rio bonito orgulha-se da bela vista e varre pra debaixo do tapete a praça cruzeiro.Independente de onde venha o dibheiro.A pena é que entra governo sai governo e o povo sem banheiro continua na m.....
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