Há cerca de 60 anos ladrões de banco decidiram assaltar um banco em Rio Bonito/RJ e acabaram mortos. O cenário foi o seguinte: enquanto assaltavam, caminhões eram colocados em todas as saídas da cidade. Todas as possibilidades de fuga foram bloqueadas. Enquanto procuravam um lugar para sair, do alto das construções, riobonitenses armados alvejaram os ladrões e todos eles, salvo engano em número de quatro, foram mortos.
Num tempo em que não existia essa cultura midiática cretina de afagar marginais, o caso teve repercussão e Rio Bonito entrou para o rol das cidades onde “marginais não eram bem vindos”. O pensamento corrente entre a vagabundagem era que em território riobonitense criminosos poderiam ter o mesmo fim dos assaltantes do Banco Predial.
Manhã dessa sexta-feira (22/07), por volta das 5h30min, um empresário foi abordado por três marginais. Armado, a vítima reagiu e eliminou um dos bandidos. O tiro que veio dos ladrões pegou o empresário de raspão. Amedrontados com a reação inesperada (bandido gosta de facilidade), os outros dois assaltantes saíram correndo deixando para trás, o comparsa morto e o veículo que estavam, um Fiat Siena, que também era produto de roubo na cidade.
O episódio domina todas as rodas de conversa em Rio Bonito e Região e mostra que o caminho para combater o avanço da criminalidade é o enfrentamento e a possibilidade do cidadão estar armado para defender seus bens.
Todavia, infelizmente, quase 100% das conversas a respeito do ocorrido na manhã de hoje estão no campo do fuxico, da curiosidade, da maledicência, do “quem eram”, do “eram parente de quem”, do “disseram que moravam ali”, do “dizem que moravam acolá”... Ou seja, a futilidade toma conta da oportunidade de debater a frouxura que paralisa a sociedade (“não quero me indispor”) e da transferência de responsabilidade (“deixa que a Polícia resolve”) que no fundo é covardia mesmo.
Finalizo cumprimentando esse herói que alvejou um ladrão e afugentou outros dois. Parabéns! Você me representa! Penso que esse empresário deveria ser recebido pelo prefeito com tapete vermelho e ser cumprimentado institucionalmente pelo ato de coragem. Outra homenagem para esse herói deveria partir da Câmara de Vereadores. Uma Moção de Aplausos deveria ser a ele outorgada pelo ato de bravura.
Depois de 60 anos está muito nítido que a forma de impedir o avanço da criminalidade é a reação e não a frouxura conivente. Também está claro que distribuir rosas e caixas de bombons para quem distribui medo, desgraça e infortúnio; é uma ideia esquizofrênica. Vamos em frente! #flavioazevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário