Flávio Azevedo
O "Auto da Compadecida" foi a grande atração da noite no palco do "Natal Bonito". |
Praça Fonseca Portela lotada. No palco, um grupo de jovens e adolescentes. Meninos que conseguiram na marra e na persistência alcançar o estrelato. A estória de Ariano Suassuna, “O Auto da Compadecida”, permitiu vermos no palco, jovens e crianças de todas as idades e talentos variados. O desempenho da garotada confirma o que já se sabe há muito tempo: Rio Bonito é uma terra de pessoas talentosas, de artistas que precisam apenas que lhes pavimente o caminho.
Do outro lado da rua, artesãos, gente tão talentosa quantos os atores que davam vida a obra de Suassuna. Pessoas que através de traços, riscos, pinturas, dobraduras e cortes; confirmavam que talento e criatividade é realmente a marca da nossa gente. O polêmico “Natal Bonito”, iniciativa que inebria ufanistas e desagrada pessimistas; confirma que nossa gente tão sofrida exige serviços públicos de qualidade, mas também gosta de celebrar e expor seus atributos.
Os artistas, no palco e na rua? Esses querem apenas oportunidades. Oportunidades de externar o seu talento, sua criatividade, suas obras. Eventos como o que aconteceu na noite desse sábado, 16 de dezembro, por mais que o palco do Natal Bonito tenha recebido até aqui muita gente talentosa, cria uma expectativa positiva na cabeça do riobonitense, que há anos deseja ter um Ano novo que ofereça de verdade novas perspectivas.
A trupe do Lona na Lua, os artesãos e aqueles que estão empenhados em promover o “Natal Bonito”; pela primeira vez conseguem, em muitos anos, alinhar o que é desejo do riobonitense há muito tempo: ver nossos artistas valorizados, ter orgulho de ser riobonitenses e acreditar que Rio Bonito é uma cidade possível.
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