terça-feira, 24 de agosto de 2010
A volta do mentiroso!
Gente... Eu quase não acreditei quando li a reportagem principal da edição 504, do jornal FOLHA da Terra, de Rio Bonito. Bem, eu não sei se entendi, mas parece que o prefeito José Luiz Antunes (DEM), outras vez, as turras com a Câmara de Vereadores, pode não inaugurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), porque os parlamentares não colocaram em pauta, uma mensagem que liberaria recursos para fazer a nova unidade de saúde funcionar. É isso?
Aliás, segundo a matéria, outras mensagens também estariam emperradas no Legislativo, entre elas, uma que viabilizaria a construção do segundo bloco, do Centro Administrativo. Também teríamos uma que liberaria recursos para as obras de urbanização das cerca de 90 casas que estão sendo construídas no Parque Andréa, e outra que, se aprovada, seria utilizada na sinalização vertical da área urbana da cidade.
Confesso que por um momento, como se fosse um filme, eu fiquei me lembrando de um fato ocorrido comigo em março de 2008. Acredito que muitos irão se lembrar! Mas se você esqueceu... Irei refrescar a sua memória. Na época, o então secretário de Obras e Serviços Públicos, Ronen Antunes, me disse, durante uma entrevista, publicada na edição 367 da FOLHA, que “o governo estava sendo pressionado por alguns vereadores”. Esses parlamentares não teriam critério, não faziam críticas construtivas e visavam, tão somente, jogar a opinião pública contra o governo.
O secretário disso, inclusive, que a cidade não poderia ser prejudicada pelo que classificou como “jogo de poder”. Ronen Antunes também criticou as mudanças efetuadas no orçamento de 2008 e disse que “obras de vital importância não seriam realizadas”. Bairros como Jacuba, Mangueirinha, Parque Maravilha, Rua Monteiro Lobato e Green Valley, que dois anos depois continuam do mesmo jeito, eram “obras comprometidas”.
De acordo com a matéria assinada pelo colega Guilherme Duarte, na época, o então presidente da Câmara, vereador Carlos Cordeiro Neto, o Caneco (PR), disse que as acusações do secretário não tinham fundamento. Outros parlamentares, como Marcus Botelho, e os ex-vereadores, Jorge Brandão e Reginaldo Dutra, o Reis, repudiaram as declarações. Porém, o ex-vereador Marcos Braga foi o mais incisivo: “Quem é Ronen? Qual é a sua carreira política? Ele está ali porque é sobrinho do prefeito. Acabou a farra das suplementações”, disparou.
Sendo assim, o presidente da Casa convocou o secretário a prestar esclarecimentos sobre as declarações. No dia 17 de abril de 2008, frente aos vereadores, que na presença do secretário, estranhamente, já não estavam tão indignados, Ronen disse que “nem tudo que está escrito no jornal eu falei”. Disse ainda, que eu (Flávio), havia sido infeliz na interpretação das suas palavras. Daí em diante, se seguiu uma cena grotesca, porque aqueles que na semana anterior vociferavam críticas contra o secretário, passaram a elogiá-lo. Alguns chegaram a dizer que ele era o melhor secretário do governo.
Na verdade, eu não sei como ainda tenho estômago para me recordar desse fato e da postura dos envolvidos, mas lembro que escrevi, na semana seguinte, no dia 26 de abril, um artigo, publicado aqui, neste mesmo espaço, com o seguinte título: “O MENTIROSO”! Por isso, esse texto de hoje, eu decidi chamá-lo de “A volta do mentiroso”, exatamente porque estou voltando ao assunto. Você já deve ter ouvido falar que a vingança é um prato que se come frio, eu também. Mas, sinceramente, não considero estas reflexões uma vingança, mas confesso que esperei 2 anos e 4 meses para conseguir subsídios, e voltar ao assunto.
Analise sobre dos políticos – Executivo e Legislativo –, a eles dedico o meu silêncio. Mas aos correligionários, puxa sacos, assessores e simpatizantes, que brigam, se descabelam, ficam de mal, discutem, se agridem e se xingam, por conta das diferenças políticas dos seus chefes...? Amigo, não faça isso! Não vale à pena! Depois eles estão almoçando juntos – já vimos isso em várias ocasiões –, e você é quem fica com cara de bobo. E, detalhe... Se você perguntar pelo escrúpulo, ele dirá que “não se pode guardar rancor”, que “política é assim mesmo”, e para fazer você ficar quieto e convencido, ele vai explicar que “tudo que você me ouviu dizer até aqui foi uma falha na comunicação”.
E não se esqueça, na política, aqueles que hoje, se odeiam, amanhã podem ser os melhores amigos. Mas, e as críticas, às vezes, ações na Justiça, entre outras coisas? Isso tudo dá lugar a cordialidade e as lisonjas. Alguns desses usuários de óleo de peroba chegam a classificar o ex-desafeto como o mais eficiente!
Isso, porém, também acontece com o povo, que já se acostumou a criticar até ganhar uma migalhinha. Ajeitada uma coisinha, quem era peste vira santo! E se perder a boquinha? Aí acontece o inverso: quem era santo vira o próprio Satã!
Pensemos nisso!
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As pessoas estão mergulhadas num sono profundo e como num filme de ficção (bem conhecido até) muitas não querem acordar. Preferem ter a segurança do momento e a esperança de uma migalha maior. Sinto, quando observo a coletividade, que palavras como LIBERDADE, DEMOCRACIA, HONRA dentre outras (muitas outras de mesmo peso) são discursadas aleatoreamente (quando são). O significado delas? Não precisamos discutir, também não precisamos saber. ACORDA RIO BONITO!
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