quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Mar Vermelho poderá abrir para você também

Flávio Azevedo 
Uma das cenas mais empolgantes da trama da TV Record, a abertura do Mar Vermelho.
O assunto principal nas mídias sociais na noite dessa terça-feira (10/11) foi o Mar Vermelho se abrindo, na trama “Os Dez Mandamentos”, da TV Record. Eu ainda não assisti um capítulo dessa novela, mas fiz questão de assistir, na internet, a cena da abertura do Mar Vermelho. Segundo noticiário especializado, a TV Record deu outra surra na TV Globo, na guerra por audiência (27x19). A cena teve duração de 10 minutos.

Aproveitando o ensejo, eu gostaria de chamar a sua atenção para alguns fatos interessantes dessa história. De verdadeiro naquela cena, somente a expressão de surpresa dos hebreus, um povo extremamente chato e complicado, que constantemente põe Deus a prova. Aliás, aquele Moisés que lembra o mago Merlin, desculpa, não existiu. Mas é preciso usar esse tipo de artifício para dramatizar, sensibilizar e prender a atenção.

Convém lembrar ainda, que os hebreus saíram do Egito com autorização do Faraó. O problema é que ele voltou atrás, sobretudo porque a mão de obra escrava começou fazer falta. Segundo historiadores, cerca de um milhão de pessoas deixou o Egito naquela oportunidade. Um grupo diversificado formado por homens, mulheres, crianças, idosos, animais, carros... Uma comitiva que obrigatoriamente se movia lentamente.

Já o treinado exército de Faraó, a primeira nação da historia com treinamento bélico e militar, se movia com velocidade e destreza. A mobilidade era motivada pelo desejo de vingança, porque os egípcios ainda não haviam engolido o resultado desastroso das 10 pragas, sobretudo a última, onde morreram os filhos primogênitos de cada casa egípcia, inclusive, entre os animais. A mortandade foi grande e dizem os historiadores que o Egito chorou!

O povo hebreu conseguiu se mover até as margens do Mar Vermelho. Mas e agora? Não podiam retroceder, porque o exército egípcio se aproximava. Nas laterais, cadeias de montanhas tornavam impossível a busca por outro caminho, sobretudo se levarmos em conta que a caravana era composta por gente de todas as idades, carros, animais etc. Diante daquele cenário, Moisés consultou a Deus e a resposta divina foi “diga ao povo que marche”. É provável que o povo tenha chamado Moisés de maluco, porque eles iriam marchar para onde? Mar à dentro? Mas Deus voltou a ordenar “diga ao povo que marche”... Então o mar se abriu!

Eu gostaria de chamar sua atenção, agora, para os momentos em que nos encontramos em igual situação. Quem nunca esteve em igual momento? Não é possível voltar, não dá para seguir por um caminho alternativo e avançar parece impossível... O que fazer? Nesses momentos, se abrirmos os nossos ouvidos para o conselho divino, certamente ouviremos Ele dizendo: “marche!”.

Marchar para dentro de um mar aberto não é para qualquer um. Conhecendo bem a história dos hebreus, um povo complicado, eu não tenho dúvidas de que muitos ficaram com medo de avançar. Eles duvidavam do milagre que estavam diante dos seus olhos. E por vezes isso também acontece conosco. Uma possibilidade se abre em meio aos problemas, mas a nossa incredulidade nos faz duvidar.

Concluo afirmando que o mesmo Deus que abriu o Mar Vermelho, que libertou um povo das mãos dos egípcios e fez tantos outros milagres continua a disposição daqueles que O buscam. Basta ter fé, ouvir a orientação divina e obedecer quando Ele ordenar “marche”. No capítulo 59, versos 01 e 02 do livro de Isaías, o texto bíblico diz que “a mão do Senhor não está encolhida para salvar, nem o seu ouvido surdo para que não possa ouvir, mas as nossas iniquidades fazem separação entre Deus e o homem”.

Pensemos nisso!

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