Flávio Azevedo
A reunião aconteceu na Sociedade Musical e Dramática Riobonitense nessa quarta-feira (15/04). |
Na reunião dessa quarta-feira (15/04),
onde está se discutindo o projeto “Cidade Educadora”, que nada tem haver com
educação escolar, mas cidadania e consciência coletiva (que isso fique bem
claro!), o assunto discutido foi Cultura e Esporte. Na oportunidade, os
titulares das Secretarias Municipais de Cultura; e Esporte e Lazer,
apresentaram uma série de realizações. O curioso é que tudo que foi mostrado são
coisas efêmeras... São realizações importantes, que precisam acontecer, mas não
passam de programas e projetos de governo. Não apresentaram uma política
pública que esteja sendo desenvolvida pelos setores.
Até que foi aberta a oportunidade da
sociedade civil apresentar sugestões. Aproveitei para falar que é preciso criar
políticas que consolidem as ações para que muita coisa boa que acontece nessas áreas
(Cultura e Esporte) não seja transitória.
Para a Cultura eu sugeri que a nossa identidade
seja firmada através dos seguintes instrumentos, inclusive, servindo de fomento
a economia local:
*A construção do nosso tão sonhado
Teatro Municipal;
*A adoção de um calendário anual de
eventos;
*A definição da Secretaria de Cultura
como órgão que vai coordenar e fomentar o Carnaval;
*Identidade das instituições, por
exemplo, a Biblioteca Municipal, que foi referência para a minha geração e,
hoje, virou um paiol (o que aconteceu com a Biblioteca reflete o valor que os
governantes dão a Educação e a Cultura de Rio Bonito em todos os tempos);
*O Memorial do Castelo, no Castelo
Futebol Clube, no 2º Distrito, que tem um acervo histórico cultural importante
de Rio Bonito e pouca gente conhece;
*Apoio e incentivos ao Centro Cultural
B. Lopes, em Boa Esperança (e ainda tem a casa onde pernoitou a princesa Isabel);
*A mariola sempre foi uma referência cultural
e econômica de Rio Bonito, hoje, pouca gente sabe disso;
*Rio Bonito é a “Cidade do Automóvel”,
mas o poder público não abraça esse nome e não coordena os empresários do setor
com estratégias que aqueça a economia, fomentem o setor e mostrem Rio Bonito
como “Cidade do Automóvel”.
*A Sociedade Musical e Dramática
Riobonitense é conhecida como “A Banda”, mas cadê a banda? E que tipo de
fomento pode ser dado para essa banda retornar? A Escola Vila Lobos já
demonstrou desejo de vir para Rio Bonito em outras ocasiões, por que não voltar
a pensar nessa possibilidade? Ou por que não pensar nas escolas de músicas
locais como fomento a essa ideia?
*Que fomento a Estação das Artes
recebe para ser definitivamente uma um braço da identidade cultural de Rio Bonito?
*Já viram o Mercado Municipal? Existe
ferramenta cultural mais importante que ele? Por que segue abandonado e a sua
plenitude cultural e econômica não é explorada? Não seria o local para
encontrarmos mariola, melado, pamonha, sola, mel, banana passas, o ovo de roça
e muito mais?
*O Parque da Caixa D’Água não é
valorizado, não é fomentado e está entregue aos cheiradores e maconheiros. A referência
daquele lugar era o espetáculo “A Paixão de Cristo”. Por que isso não poder
olhado como política pública e fixação cultural?
Para o setor esportivo eu fui mais econômico
nas minhas colocações, por entender que apenas alguns movimentos já
transformaria esse setor.
*Por que não abraçar definitivamente a
Liga Riobonitense de Desportos, que pode ser um grande parceiro na promoção do
desporto em todas as nuances e esferas?
*Os jogos estudantis voltaram nos
mostrando duas coisas interessantes que ainda não foram assimiladas, a garotada
do interior está deitando e rolando na modalidade atletismo e na natação os
alunos das escolas particulares são soberanos (por que será?). Alguém já pensou
que além de quadras, as escolas públicas deveriam ter piscina? Isso está sendo
pensado pelo viés da política pública?
*As quadras de esportes nos bairros
não bem aproveitadas;
*Os praticantes de Jiu Jitsu, Taikon-Do,
Karatê, Kickboxing, entre outras artes marciais têm colocado Rio Bonito no noticiário
positivo, por isso precisam ser atendidos por políticas públicas que percebam esse
setor como fomento econômico e ferramenta de inclusão e instrumento de combate
a ociosidade;
*Já não está na hora de Rio Bonito
ganhar um Complexo Esportivo, que tenha um estádio municipal e um parque
aquático?
*A pratica dos esportes radicais e
alternativos, como Motocross, Trilha, Voo Livre, Slackline, Skate, Ciclismo,
tem milhares de adeptos que ainda não foram abraçados por políticas públicas que
fomentem a prática desses esportes, promovam eventos e competições para esses
grupos; que certamente fomentaria o Turismo e a Economia Local.
Acho que eu não pedi muito.
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