Flávio Azevedo
Concordo plenamente
com o professor Renato Janine. Contudo, a questão é que a ditadura da
corrupção; a lei da mordaça imposta pelo viés democrático; e a certeza de que
somos governados por calhordas; força o cidadão acreditar que as atrocidades
praticadas pelos militares eram mais “honestas”. Pelos menos tínhamos uma
ditadura de fato, com um rosto, alguém contra quem lutar... Hoje, nós temos essa
coisa abstrata, sem rosto, sem endereço, uma espécie de organização secreta...
Pois está em todo lugar.
Dizem que vivemos
numa democracia. Será? É democrático o sujeito perder o emprego, simplesmente
porque enxerga a incompetência do empregador e tentou orientar? É
democrático ser obrigado a votar, sobretudo nessa camarilha que se apresenta
como opção a cada eleição? É democrático pertencer a um partido para poder
participar de um processo eleitoral? A insegurança que atinge as famílias a
cada virada de ano (será que o meu contrato será renovado?) é coisa de um país democrático?
É democrático vermos
cidades, estados e o país, simplesmente, largado as traças; e a sociedade civil
organizada e parte da classe política não dizer nada porque estão amordaçados com
presentinhos, acordos, mimos, empregos, nomeações, comandos de departamentos,
entidades, estatais etc.?
A Ditadura Militar não
foi legal, o retorno dela não é interessante, mas a Ditadura da Democracia que encurrala,
amordaça, explora, amedronta, vigia, humilha e ri da cara do cidadão, essa
também não é legal! Abaixo essa corja de omissos, coniventes, corruptos e os
boca abertas que dão sustentação a essa camarilha que tomou de assalto o país,
os estados e os municípios. O problema é que eles estão embasados na lógica do
populismo que oferece favores, boquinhas e estimula o fenômeno “farinha pouca
meu pirão primeiro”!
Ainda há muito a
ser mudado e tem que começar de baixo!
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