Flávio Azevedo
Muita confusão no jogo entre Vip Tur e MGU marcaram a semifinal da competição. |
Zaniboni x Vip Tur e
Cerâmica Marajó x Sport House. Esses são os confrontos que irão decidir quem vai
ficar com o título do Campeonato Municipal de Futsal da Indústria e Comércio
2014, nas modalidades, feminino e masculino. A Decisão acontece às 16h do próximo
sábado (20/12), no Ginásio Antônio Figueiredo, no Rio Bonito Atlético Clube (RBAC).
A expectativa é que as arquibancadas estejam lotadas. Um dia antes, na sexta-feira,
ás 20h, também no RBAC, os confrontos, Eloin Empreendimentos Imobiliários x Shekinah
e Boteco do Cruzeiro x MGU; decidem os terceiros colocados.
Para chegar a final,
a Sport House passou com tranquilidade pela Eloin. O placar de 5x1 mostrou bem
a facilidade que a Sport House encontrou. Até a goleira Lúbia marcou, num lance
inusitado no último minuto da partida. O gol foi de cabeça, numa bola alçada na
área. Ao bom time da Eloin, formado por meninas do bairro de Lavras, fica a
nítida impressão que com investimentos, treinamentos e, sobretudo, com
infraestrutura, essas meninas podem chegar mais longe. No Sport House, que
chega invicto e sobrando para enfrentar a Cerâmica Marajó, o destaque foi os
três gols de Tuane, um dos destaques da equipe.
Sport House e Eloin Empreendimentos Imobiliários fizeram uma partida tranquila com amplo domínio do Sport House. |
O adversário da Sport
House, a tradicional equipe da Cerâmica Marajó, eliminou na prorrogação, a
forte equipe da Shekinah. A cerâmica começou dominando, fez 2x0, deu mostras
que passaria com facilidade as adversárias, mas a partida terminou em 4x4 no
tempo regulamentar. Muita adrenalina na prorrogação, vencida pela Cerâmica
Marajó por 6x5. Logo no início do tempo extra, a artilheira Samara, que já
havia feito um dos gols no tempo regulamentar, abriu o marcador (5x4). A
Shekinah correu atrás e empatou. Faltando 50 segundos para o término da
prorrogação, a predestinada Samara, de cabeça, colocou a Cerâmica Marajó na final da
competição (6x5).
Semifinal masculina
Ruan vibra virar o marcador para a Vip Tur. |
Na categoria
masculina, dois jogos distintos. Entre os dois confrontos é impossível não destacar
a guerra que foi Vip Tur e MGU, jogo disputado até os últimos segundos. A partida
contou com belos gols, lances plasticamente belíssimos, jogadores inspirados,
goleiros fazendo grandes defesas e torcedor inflamado. O jogo, porém, também
contou com catimba, reclamações direcionadas a arbitragem, atitudes condenáveis
das torcidas e comissões técnicas, entre outras coisas que acabaram tirando o
brilho do espetáculo. Destaque para o talento dos quartetos, Renan, Bernardo, Ruan
e Lucas Pintas (Vip Tur); e Max Sandro, Pupu, Puzinho e Carlos (MGU). Quando esses
atletas estiveram em quadra protagonizaram belíssimos lances e valorizaram o
espetáculo. Nos últimos segundos, o jogo continuava aberto e acabou sendo
decidido pelos lances livres, porque ambas as equipes estouraram o limite de
faltas (5).
O jogo
A Vip Tur iniciou
arrasadora, marcando sobre pressão, rapidamente fez 2x0 e engolia a MGU. A
equipe de Nova Cidade, porém, teve paciência para entender as jogadas do
adversário, marcar, iniciar a reação e virar o marcador para 5x4. A Vip Tur
acabou ficando meio perdida, a comissão técnica também estava desnorteada e a
MGU crescia no jogo.
Veio então o lance
derradeiro, que embora pareça uma coisa boba, acabou desequilibrando a MGU. Uma
falta cometida sobre um jogador da Vip Tur, irritou o auxiliar técnico da Vip
Tur, Diego, que invadiu a quadra para tirar satisfação com o atleta da MGU. O
tempo fechou e provocou o torcedor da MGU, que já é conhecido pela falta de
equilíbrio em muitas outras competições. A comissão técnica acabou entrando na
pilha. Foram expulsos, o técnico Jordan e o jogador Diorle (MGU); e o auxiliar,
Diego (VIP Tur).
Os nervos, porém, já
estavam alterados; o torcedor inflamado; e a falta de policiamento, uma
constante reclamação ao longo da competição, começou a ser um problema. Faltando
poucos segundos para o fim, a VIP Tur vencia por 6x5 e o árbitro viu uma falta
para a MGU. Como o limite de faltas já estava estourado, o lance era um tiro
livre, que foi convertido por Max Sandro. O lance enlouqueceu o torcedor. Quando
a decisão parecia caminhar para os pênaltis, o arbitro viu falta da MGU. Novo tiro
livre, também convertido, mas por Lucas Pintas, que recolocou o carrossel azul
novamente a frente do marcador: 7x6.
Outro lance decisivo
Equipe da organização do campeonato e funcionário do clube enxugam a quadra. |
A decisão esquentou o
clima nas arquibancadas. Indignada com a arbitragem, parte da torcida da MGU
invadiu a quadra e quem não entrou jogava copos e latas de cerveja na quadra, na
mesa de anotações e o jogo foi paralisado. Enquanto jogadores, comissão
técnica, seguranças e arbitragem; prestavam atenção no torcedor da MGU, um
balde de gelo foi jogado no lado oposto da quadra. A ação protagonizada pelo
torcedor, Ciraldo Júnior, pai de um dos atletas da Vip Tur, merece todo tipo de
condenação, não é o que se espera do torcedor, mas serviu para serenar os
ânimos, uma vez que durante os cerca de 15min que a organização levou para
secar a quadra, o torcedor se acalmou e o policiamento (duas viaturas) chegou.
Zaniboni x Boteco
Na partida entre
Zaniboni Seguros e Boteco do Cruzeiro, a vitória de 4x2 do veterano time da Zaniboni
credencia a equipe como favoritíssima ao título da competição, sobretudo por
reunir atletas experimentados do futebol de Rio Bonito. O grande problema da equipe
Zaniboni são as constantes reclamações. O elenco conta com conhecidos “chorões”
do futebol riobonitense, uma característica que irrita a arbitragem e pode ser decisiva
numa final. Se o carrossel azul está de volta, a Zaniboni sobra no quesito
experiência. Aos caíram na semifinal ficou nítido que a eles faltou nervos controlados
e fundamentos de Futsal (carrossel).
A goleadora Samara e a veterana, Kerla; se destacam na equipe da Cerâmica Marajó. |
Os eventos lamentáveis presenciados durante a partida Vip Tur e MGU, no Ginásio Antônio Figueiredo, devem ser atribuídos diretamente a nossa administração municipal. Esses irresponsáveis e incompetentes só darão atenção a esse assunto, o dia que um torcedor, um dirigente, um árbitro ou um atleta, morrer violentamente em quadra ou em campo.
As nossas autoridades insistem em achar que a nossa cidade é formada por “irmãs carmelitas” e “monges franciscanos”. E caso você, que está lendo essa colocação, está discordando da nossa reflexão, saiba que você é igual as nossas autoridades. Ou seja, se recusa a aceitar que a união dos elementos, paixão e cerveja, liberta as nossas tendências mais primitivas.
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