Por Flávio Azevedo
Representando o prefeito José Luiz Antunes (DEM), o vice-prefeito Matheus Neto participou na manhã de ontem (sexta-feira, 13), na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de um encontro para discutir os fechamentos dos acessos à BR–101 pela Autopista Fluminense. Participaram da reunião, o coordenador geral da ANTT, unidade regional, João Honorato; o subsecretário estadual de Transportes, Delmo Pinho; o superintendente da Autopista Fluminense, Carlos Alberto Gallo; o chefe da 5ª delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Rio Bonito, Carlos Renato Queiroz Pessoa; e o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Isaías Class.
O gerente de tráfego da Autopista Fluminense, Edmundo Régis Bittencourt, informou que em toda extensão do trecho da rodovia que está sob concessão (entre a Ponte Rio/Niterói e a divisa do Rio de Janeiro com o Espírito Santo), cerca de 1,5 mil acessos deverão ser fechados pela concessionária. “Desse número, 111 estão em Rio Bonito, e cerca de 30 deles são extremamente perigosos, porque influenciam diretamente na segurança dos usuários”, disse Bittencourt, que apresentou um vídeo, mostrando veículos atravessando a rodovia do bairro Parque das Acácias para o Parque Indiano, e também no sentido contrário.
No fim da reunião, que durou cerca de uma hora, o coordenador João Honorato definiu que a Autopista Fluminense deverá apresentar à Prefeitura, na próxima sexta-feira (19), um relatório dos acessos que serão fechados, do Rio Tanguá até a entrada da RJ–124 (Via Lagos) e as soluções propostas. Ficou determinado também, que no dia 10 de dezembro o município devolverá o relatório com uma contraproposta para o que for apresentado pela concessionária. “No dia 17 de dezembro, aqui na sede da ANTT, às 10h, haverá um encontro final para definirmos as duas propostas para chegarmos a uma definição”, definiu Honorato.
A reunião
Ao abrir a reunião, o coordenador João Honorato deixou claro que como a BR-101 é uma rodovia federal, “o município não tem nenhuma gerência sobre ela, e a ANTT pode fechar qualquer acesso que achar importante para promover a segurança da via. Mas como estamos falando de transformações que irão influenciar a vida da população que está às margens da rodovia, nós decidimos dialogar com o município e mediar o impasse que se formou entre a Prefeitura e Autopista Fluminense”.
O vice-prefeito Matheus Neto disse que a Prefeitura reconhece que alguns pontos precisam ser fechados, mas ressaltou que fechar a principal entrada do Parque das Acácias sem dar outra opção aos moradores foi uma atitude arbitrária da Autopista Fluminense. “Um levantamento apontou que cerca de 6 mil pessoas moram ali, mas elas estão divididas. A escola está de um lado, a creche está do outro, o posto de saúde está de um lado, o núcleo de atendimento social está do outro”, ponderou.
“Nós não recebemos nenhum tipo de informação prévia desses fechamentos, ou seja, a autoridade municipal foi completamente ignorada pela concessionária. Nós não pudemos discutir os impactos que isso vai causar para a comunidade e também para o desenvolvimento do município; A principal área atingida é o Condomínio Industrial, que nos últimos anos recebeu R$ 20 milhões em investimentos”, continuou o vice-prefeito.
O tempo de resposta de ações mais simples, que dão satisfação à comunidade que foi prejudicada com o fechamento, também foi criticado por Matheus. “Já se passaram cerca de 40 dias desde a última reunião, e até agora nada foi feito!”, criticou. O vice-prefeito sugeriu que todos os acessos que deverão ser fechados sejam apresentados ao município, para que juntos, concessionária e Prefeitura, possam discutir os pontos e analisar as melhores alternativas para cada caso.
– Vou dar um exemplo: o acesso a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) já provocou uma manifestação popular dos moradores do Loteamento Schueller, porque as soluções apontadas para melhorar o acesso àquela localidade não foram realizadas. O que o município pede é que a Autopista nos informe os acessos que serão fechados para discutirmos juntos os impactos da ação – disse Matheus, afirmando que entende a participação de cada personagem na reunião, “mas nós estamos defendendo os interesses do município”.
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