O cantor e compositor, Lô Borges; morreu nesse domingo (02/11), aos 73 anos, devido a uma intoxicação por medicamentos. O artista é um dos maiores nomes da música brasileira. Batizado Salomão Borges Filho, Lô Borges é símbolo de liberdade criativa e traçou uma carreira cuja influência atravessa gerações. Também foi instrumentista, produtor e peça-chave para a renovação da cena musical brasileira dos anos 70.
O cantor tinha um filho, Luca Arroyo Borges.
Lô Borges foi um dos fundadores do Clube da Esquina, o famoso grupo de artistas mineiros que transformou a música do Brasil, ao misturar rock, samba e jazz. Inspiradas na psicodelia dos Beatles, suas canções trouxeram melodias experimentais e referências nacionais que vão das letras aos acordes.
Além de Lô, participavam clube nomes como Milton Nascimento, Beto Guedes e Toninho Horta. Eles se reuniam para fofocar, ouvir música e compor. Faziam isso nas ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, de Belo Horizonte/MG. Daí vem o nome Clube da Esquina.
Selada pelo clube, a dupla Lô Borges e Milton Nascimento é um marco na história da música brasileira. Juntos, eles lançaram um dos mais prestigiados álbuns nacionais: “Clube da Esquina” (1972). Entre as canções, estão “O Trem Azul”, “Um Girassol da cor do seu cabelo” e “Trem de Doido”.
Lô e Milton também trabalharam em parceria em “Para Lennon e McCartney", de 1970. Eternizada na voz de Milton, a música foi composta por Lô, Marcio Borges (seu irmão) e Fernando Brant. O impacto de Lô Borges vai muito além das canções que ele assinou, tocou ou cantou. Ele se tornou uma das principais referências da mesclagem entre emoção e experimentação.
Com mais de 50 anos de carreira, sua obra inspirou artistas de diferentes gerações – de Flávio Venturini à banda Terno Rei. Vamos em frente! #flavioazevedo

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