sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O IPREVIRB é assunto que deve ser pensado em período de bonança

Os pagamentos em atraso dos servidores inativos e pensionistas da Prefeitura de Rio Bonito estão sendo colocados em dia pela gestão municipal. Fontes no governo afirmam que em março tudo estará quitado, que o prefeito, Marcos Abrahão (União Brasil); seguirá pagando em dia e se esforçando para impedir que essa situação vexatória se repita.

Eu, sinceramente, apostava que os pagamentos em atraso seriam parcelados a perder de vista, como já vimos acontecer em tempos pretéritos. Todavia, a gestão municipal parece estar se esforçando para resolver em período menor, embora isso não seja valorizado por quem dialoga a respeito do tema.

A minha proposta, porém, é evoluir essa conversa para além do sensacionalismo político que vemos acontecer de tempos em tempos. Quando os pagamentos em atraso forem acertados e ativos e inativos estiverem recebendo em dia, o que farão os atores envolvidos nesse problema que sabemos ser tão complexo e repleto de interesses nada republicanos? Abandonarão o assunto para só se lembrar dele quando acontecer de novo ou vão se debruçar e buscar solução?

Há anos ouvimos os prefeitos dizendo que a dívida com o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Rio Bonito (Iprevirb) é astronômica (R$ 600 milhões). Há anos ouvimos sobre o tal fundo (R$ 14 milhões) que foi dilapidado, mas ninguém arregaça as mangas para recriar novo fundo e enxergar fontes que sejam legais.

A cada eleição o sofrimento dos aposentados e pensionistas é pauta nos palanques. Em campanha, os candidatos a prefeito e vereador falam um monte sobre o assunto, mas depois que os governos começam o assunto cai no esquecimento até o pagamento atrasar de novo. É uma ciranda perversa onde não há inocentes. Uma rápida olhada no retrovisor da história política de Rio Bonito deixa claro que todos os atores envolvidos tem sua parcela de culpa, seja por omissão ou corrupção.

Concluo reiterando que pagar os atrasados e pagar em dia não acaba com o problema do Iprevirb. Apenas faz o monstro adormecer momentaneamente, uma vez que o sono do monstro pode ser interrompido por uma série de situações estruturais e partidárias.

Aliás, cada vez que esse monstro desperta ele vem acorda mais violento e furioso. Vale ressaltar que as responsabilidades sobre esse debate não são exclusivas da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores. Os servidores municipais, sobretudo os ativos, são os principais interessados. Afinal, o futuro deles, tranquilidade na aposentadoria, depende da saúde do Iprevirb. Pensemos nisso! Vamos em frente! #flavioazevedo

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