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Frejat, Dilsinho e Mari Fernandes; foram as principais atrações da 1ª Festa da primavera de Rio Bonito. |
A minha geração consegue recordar dos eventos que eram promovidos no Rancho Zegno em Boa Esperança. Se minha memória não estiver me enganando estamos falando dos anos 1980. “Zegno” é a junção do prénome de dois dos irmãos Antunes, Zé Luiz e Égno. Tudo acontecia no estabelecimento que hoje conhecemos como Delícias do Rancho.
No início dos anos 1990, a cassação do prefeito, Aires Abdalla – foi vereador, ocupou a chefia do Executivo por duas vezes e foi deputado estadual – abalou de maneira importante o cenário político riobonitense. Além disso, o principal opositor de Aires, o também ex-vereador e prefeito em duas oportunidades, Alcebíades Moraes Filho (Bidinho); sofria com o desgaste natural aos homens públicos, o peso da idade e o entendimento de parte da sociedade de que “era preciso renovar”, pensamento que imergia, sobretudo entre os mais jovens.
‘Influencers’ políticos da época – eles sempre existiram, não foi a internet que criou essas figuras – entenderam a importância de renovar o quadro político local e perceberam que um “outsider” (alguém que tem popularidade, mas não por conta da política ou cargo público) poderia trazer novos rumos a política local. As festas do Rancho Zegno fizeram os tais ‘influencers’ se lembrar dos irmãos Antunes. O irmão Égno declinou do convite, mas o irmão Zé decidiu encarar a missão de ser candidato a prefeito de Rio Bonito.
Uma vez eleito (1992), José Luiz Alves Antunes; conhecido como “Mandiocão”, trouxe para sua administração as “festas”, agora, bem maiores que aquelas promovidas no Rancho Zegno. Os grandes eventos consolidaram Mandiocão como “prefeito festeiro”. Essa peculiaridade caiu nas graças, sobretudo dos mais jovens. Salvo engano, a primeira festa promovida por Mandiocão aconteceu na Mangueirinha. A festa foi tão boa que até a chuva apareceu. O lamaçal nos acessos (era tudo estrada de chão) e a pouca estrutura na arena de eventos só incomodou os opositores, porque foi um festão, movimentou a Economia local e trouxe autoestima para o riobonitense.
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Artistas locais em ação na 1ª Festa da Primavera de Rio Bonito |
Observando a veia festeira da atual gestão municipal de Rio Bonito (governo Marcos Abrahão); é impossível não recordar das festas do ex-prefeito, José Luiz Antunes. Há quem diga que nos dias atuais fazer festas teria ficado mais fácil, por conta da presença do governo do estado do Rio de Janeiro no processo. Todavia, o esforço para elaborar o evento e a influência politica necessária para fechar a referida parceria (com o Estado) é diferente. O que é igual aos tempos da primeira gestão Mandiocão é o impacto das festas na Economia local e no astral da população. É claro, quem integra as fileiras da oposição sempre encontrará defeitos e fará críticas. É do jogo.
Em seu primeiro ano, a atual gestão municipal investiu em festas. Eventos maiores (aniversário do município e Festa da Primavera) e eventos menores (Festa do Porco e Festa Junina). O comércio local já entendeu essa identidade da atual gestão e está de olho no Natal. É que nos bastidores do governo a programação natalina estaria sendo planejada para ser um divisor de águas no tocante a tamanho, ornamentação e atrativos. Segundo fontes, os eventos serão iniciados em novembro e se estenderão até janeiro. A conferir!
Em particular eu acho ótimo! Melhor ainda é perceber que finalmente um governo consegue se desprender do rame-rame “e a Saúde?” e pensa também na agenda positiva do território. Lamurias, ladainhas e choramingos são posturas impostas pela cultura do coitadismo, fenômeno que se apoia na mentalidade dependente arquitetada por ideologias políticas e pela grande mídia, que insiste em vender desgraça, treta e fofoca por entender, com razão, sermos consumidores ávidos desse tipo de publicação.
Que venham as festas e que definitivamente a agenda positiva do território tenha mais protagonismo que a agenda negativa. Aliás, se tiverem o mesmo peso já será sucesso retumbante. Vamos em frente! #flavioazevedo