Flávio Azevedo
Morreu nessa quarta-feira (13/08), vítima de um acidente aéreo, em Santos/SP, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de 49 anos. A notícia deixa perplexo o país, que via no político pernambucano, que é neto do grande líder político, Miguel Arraes (foto 3), uma chance de renovação no cenário político do Brasil. Eduardo Campos era casado e tinha cinco filhos, o mais novo um bebê de sete meses.
O presidenciável tinha uma programação de campanha em Santos. Chovia no momento do acidente. De acordo com a assessoria do candidato, ele participaria às 8h, às 9h30min e às 14h30min de entrevistas a TVs locais. Às 10h30min, concederia uma entrevista coletiva; e às 12h30min participaria de um seminário sobre o Porto de Santos. A bordo da aeronave, estavam sete pessoas, dos quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes.
A aeronave que transportava Eduardo Campos e seus assessores era um Cessna 560XL, um jato executivo com duas turbinas e 16 metros de comprimento, 5,23 m de altura e 17,17 m de largura. O avião tinha a capacidade de transportar nove passageiros. O alcance da aeronave é de 3.900 km, o que significa, por exemplo, que pode voar de Porto Alegre a Belém sem fazer escalas. Sua velocidade máxima é de 800 km/h.
Última entrevista
Ele também comentou o “fator previdenciário”. A criação de um conselho nacional para garantir controle social e transparência dos gastos públicos também foi assunto. Ele destacou que a partir do momento que se vive mais, em todo mundo a questão da previdência é um problema sério. “O que não pode é a pessoa que contribuiu a vida toda por três salários receber menos que isso”.
O candidato também comentou que não é possível existir municípios que representem prejuízos para os cofres da União. “Tem município que é criado unicamente para gerar emprego público, mas não representa avanço para a população daquele território”, disse Eduardo Campos, comentando que essas são razões para os gastos públicos que oneram os cofres públicos.
– Quando a presidenta foi eleita, havia uma satisfação popular com o PT, com o presidente Lula. Hoje, o desejo de mudança é muito forte e isso será fundamental para a não reeleição da presidenta – disse Campos, apesar de ter conhecimento das pesquisas eleitorais que apontam para a possibilidade de reeleição do governo Dilma.
Sobre a inversão de posições na chapa, vindo Marina Silva como candidata a presidência e ele vice, Eduardo Campos respondeu que a presença dele como candidato foi uma proposta da própria Marina Silva.
– Ela queria um debate programático com ênfase em três princípios: compromissos naquilo que o Brasil conquistou, melhorar a qualidade da democracia e dialogar com a sociedade para construir uma base programática de entendimento – comentou.
– Ela queria um debate programático com ênfase em três princípios: compromissos naquilo que o Brasil conquistou, melhorar a qualidade da democracia e dialogar com a sociedade para construir uma base programática de entendimento – comentou.
Sobre estar em segundo colocado nas pesquisas eleitorais no seu estado, Pernambuco, onde Dilma lidera; e estar em terceiro lugar em estados importantes do Nordeste, como na Bahia, onde perde para Dilma e Aécio Neves; ele explicou que pesquisas internas do partido apontam o seu crescimento, algumas inclusive, feitas em Pernambuco, onde ele vence Dilma Rousseff com 20 pontos de diferença.
– A população ainda está distante do processo eleitoral. Quando o horário eleitoral começar, as pesquisas apontarão outra realidade. Eu tenho pesquisas que eu já venço a presidência com mais de 20 pontos. Pesquisas feitas em Pernambuco, estado que eu governei por duas vezes, fiz um governo reconhecido pela população e que sabe dos meus compromissos com a governança, que olhe para os que mais precisam, que inove, que valorize o mérito e que faça as mudanças chegarem à vida das pessoas – concluiu.
– A população ainda está distante do processo eleitoral. Quando o horário eleitoral começar, as pesquisas apontarão outra realidade. Eu tenho pesquisas que eu já venço a presidência com mais de 20 pontos. Pesquisas feitas em Pernambuco, estado que eu governei por duas vezes, fiz um governo reconhecido pela população e que sabe dos meus compromissos com a governança, que olhe para os que mais precisam, que inove, que valorize o mérito e que faça as mudanças chegarem à vida das pessoas – concluiu.
Mais um golpe na almejada renovação
Luís Eduardo Magalhães era apelidado de "Príncipe" dos deputados por ser articulador e demonstrar habilidade política admirável. Tinha paciência para negociar e se destacava por conhecer, pelo nome, cada deputado do Congresso Nacional. Também era admirado por receber, em seu gabinete, os deputados de menor expressão, os chamados “baixo clero”.
Dado o seu poder de articulação, a trajetória do baiano também o credenciava a disputar a presidência da República num futuro próximo, até ter a sua vida interrompida pelo infarto.
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