sábado, 30 de agosto de 2014

Rescaldo da Audiência Pública da Educação de Rio Bonito

Flávio Azevedo
Eu não sou professor, não conheço a fundo a legislação que rege a Educação e também não consigo entender como podem existir leis que determinam uma mínima remuneração para os profissionais dessa área que não são cumpridas e isso fica impune. Nessa sexta-feira (29/08), Rio Bonito viu aconteceu uma Audiência Pública para tratar de vários aspectos relacionados a Educação da rede municipal.

Na ocasião, os presentes ouviram alguém dizendo que o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) está sendo elaborado há cerca de sete anos e se eu não estou enganado, o tão sonhado PCCR está agarrado numa maldita “nota técnica”. Isso me fez pensar em como tem gente cretina nesse mundo!

Está muito nítido que o problema de Rio Bonito está nas administrações estrábicas que dirigiram Rio Bonito nos últimos 20 anos. Também está nítido que os nossos governantes se comportam como crianças mimadas, que só fazem o que lhes convém. Aliás, também está nítido que quando contrariados essas “crianças” fazem pirraça, choram e ficam emburradinhas.

Está mais nítido ainda que, até aqui, o PCCR simplesmente não interessou a nenhum governo, que divulgam uma “nota esfarrapada” ou uma “desculpa técnica” para justificar a falta de vontade política para resolver a questão, já que distribuir contratos, diárias, horas extras e cargos comissionados garante a governabilidade e a possibilidade de se perpetuar e/ou se revezar no poder.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Morre Eduardo Campos e a esperança de renovação da política nacional

Flávio Azevedo
Morreu nessa quarta-feira (13/08), vítima de um acidente aéreo, em Santos/SP, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de 49 anos. A notícia deixa perplexo o país, que via no político pernambucano, que é neto do grande líder político, Miguel Arraes (foto 3), uma chance de renovação no cenário político do Brasil. Eduardo Campos era casado e tinha cinco filhos, o mais novo um bebê de sete meses.
O presidenciável tinha uma programação de campanha em Santos. Chovia no momento do acidente. De acordo com a assessoria do candidato, ele participaria às 8h, às 9h30min e às 14h30min de entrevistas a TVs locais. Às 10h30min, concederia uma entrevista coletiva; e às 12h30min participaria de um seminário sobre o Porto de Santos. A bordo da aeronave, estavam sete pessoas, dos quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes.
A aeronave que transportava Eduardo Campos e seus assessores era um Cessna 560XL, um jato executivo com duas turbinas e 16 metros de comprimento, 5,23 m de altura e 17,17 m de largura. O avião tinha a capacidade de transportar nove passageiros. O alcance da aeronave é de 3.900 km, o que significa, por exemplo, que pode voar de Porto Alegre a Belém sem fazer escalas. Sua velocidade máxima é de 800 km/h.

Última entrevista

Nessa terça-feira (12/08), ao “Jornal das Dez” da Globo News, Eduardo Campos concedeu a sua última entrevista. A primeira conversa foi sobre economia, onde ele abordou a questão da Petrobras, “a única petroleira que aumenta as vendas, mas também contabilizar prejuízos”; e o aumento de energia e combustíveis que está sendo esperado para depois das eleições. Ele também defendeu regras claras para o reajuste dos combustíveis.
Ele também comentou o “fator previdenciário”. A criação de um conselho nacional para garantir controle social e transparência dos gastos públicos também foi assunto. Ele destacou que a partir do momento que se vive mais, em todo mundo a questão da previdência é um problema sério. “O que não pode é a pessoa que contribuiu a vida toda por três salários receber menos que isso”.
O candidato também comentou que não é possível existir municípios que representem prejuízos para os cofres da União. “Tem município que é criado unicamente para gerar emprego público, mas não representa avanço para a população daquele território”, disse Eduardo Campos, comentando que essas são razões para os gastos públicos que oneram os cofres públicos.
Sobre a possibilidade de uma maior presença do ex-presidente Lula, num futuro governo da presidenta Dilma Rousseff, o candidato do PSB disse que isso não passa de um marketing do PT e justifica.
– Quando a presidenta foi eleita, havia uma satisfação popular com o PT, com o presidente Lula. Hoje, o desejo de mudança é muito forte e isso será fundamental para a não reeleição da presidenta – disse Campos, apesar de ter conhecimento das pesquisas eleitorais que apontam para a possibilidade de reeleição do governo Dilma.
Sobre a inversão de posições na chapa, vindo Marina Silva como candidata a presidência e ele vice, Eduardo Campos respondeu que a presença dele como candidato foi uma proposta da própria Marina Silva.
– Ela queria um debate programático com ênfase em três princípios: compromissos naquilo que o Brasil conquistou, melhorar a qualidade da democracia e dialogar com a sociedade para construir uma base programática de entendimento – comentou.
Sobre estar em segundo colocado nas pesquisas eleitorais no seu estado, Pernambuco, onde Dilma lidera; e estar em terceiro lugar em estados importantes do Nordeste, como na Bahia, onde perde para Dilma e Aécio Neves; ele explicou que pesquisas internas do partido apontam o seu crescimento, algumas inclusive, feitas em Pernambuco, onde ele vence Dilma Rousseff com 20 pontos de diferença.
– A população ainda está distante do processo eleitoral. Quando o horário eleitoral começar, as pesquisas apontarão outra realidade. Eu tenho pesquisas que eu já venço a presidência com mais de 20 pontos. Pesquisas feitas em Pernambuco, estado que eu governei por duas vezes, fiz um governo reconhecido pela população e que sabe dos meus compromissos com a governança, que olhe para os que mais precisam, que inove, que valorize o mérito e que faça as mudanças chegarem à vida das pessoas – concluiu.

Mais um golpe na almejada renovação

A trajetória de Eduardo Campos, que se encerra com uma tragédia, lembra o também representante do Nordeste, Luís Eduardo Magalhães, filho do líder político baiano, Antônio Carlos Magalhães (foto), que também ingressou na política muito jovem, ocupou vários cargos públicos, foi deputado federal, sendo, inclusive, presidente da Câmara dos Deputados (1995/1997). Quando morreu, em 21 de abril de 1998, vítima de um infarto fulminante, aos 43 anos, Luís Eduardo Magalhães era considerado o próximo governador da Bahia.
Luís Eduardo Magalhães era apelidado de "Príncipe" dos deputados por ser articulador e demonstrar habilidade política admirável. Tinha paciência para negociar e se destacava por conhecer, pelo nome, cada deputado do Congresso Nacional. Também era admirado por receber, em seu gabinete, os deputados de menor expressão, os chamados “baixo clero”.
Dado o seu poder de articulação, a trajetória do baiano também o credenciava a disputar a presidência da República num futuro próximo, até ter a sua vida interrompida pelo infarto.

Prefeitura de Rio Bonito mete os pés pelas mãos

Flávio Azevedo
A Prefeitura de Rio Bonito, através das pessoas que comandam o poder Executivo, declarou apoio a Matheus Neto (candidato a deputado estadual), Marcos Abrahão (candidato a deputado estadual) e mais recentemente a Marquinhos da Luanda Car (candidato a deputado federal).

Através de um governo fraco, sem realizações, onde o trivial é comemorado como se fosse uma grande realização, o governo municipal tem perdido popularidade. Até aqui, a marca da atual gestão era a falta de habilidade política e liberdade para os secretários atuarem. De algumas semanas para cá, porém, alia-se a isso, as atitudes persecutórias e impopulares.

Estão muito enganados os senhores, Paulo Melo e Eduardo Cunha, se estiverem pensando em conseguir, em Rio Bonito, um montante superior a 3 mil votos. E nunca é demais lembrar que o atual governo foi eleito com 15.964 votos.