domingo, 15 de julho de 2018

A Comunicação também e mal compreendida no Brasil

Flávio Azevedo
A partir da Esquerda: Arnaldo César Coelho; Galvão Bueno e Walter Casagrande Jr.
O profissional de Comunicação lida com paixões. Sobretudo num país como o Brasil, onde tudo vira FlaxFlu, é comum o jornalista despertar num único texto, numa única palavra, amor é ódio. Boa parte dos leitores, ouvintes e espectadores esquecem que esses profissionais são seres humanos. Gente que erra e acerta como todo mundo.

Nesse domingo (15/07), encerrado o jogo final da Copa da Rússia, com a França se sagrando campeã, o ex-jogador e atual comentarista, Walter Casagrande Jr., expos mais uma vez o seu drama pessoal. A dependência química.
– Essa é a Copa mais importante da minha vida. Eu tive uma proposta quando vim para cá, quando saí do Brasil, que era chegar pela primeira vez numa Copa do Mundo sóbrio, permanecer sóbrio e voltar para a minha casa sóbrio. Então estou muito feliz – disse Casagrande, chorando.

Aproveitando o momento, o ex-árbitro e primeiro comentarista de arbitragem de TV, Arnaldo César Coelho; anunciou que depois de 30 anos ele deixará a função de comentarista e vai se dedicar a outras atividades. O narrador Galvão Bueno também deixou em aberto a sua permanência como locutor esportivo.

É normal termos críticas aos comentários do Casagrande e do Arnaldo e ao estilo do Galvão Bueno. Mas a luta contra a dependência química do Casagrande é de emocionar. A coragem de vir a público assumir a condição de dependente químico é admirável! Poucos têm essa hombridade e ainda posam de críticos como se estivessem limpos!

Quanto ao Galvão Bueno, mala ou não, esse cara faz parte da história de muitas gerações. As derrotas mais doloridas que vivi no Esporte e as vitórias mais memoráveis do meu país e do time do meu coração foram narradas por ele! Sejamos críticos, mas não sejamos intolerantes! Vamos em frente!

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