sexta-feira, 1 de junho de 2018

Áreas esportivas sucateadas pelo Brasil expõe desinteresse do governo pelo desporto

Flávio Azevedo
Em ano de Copa do Mundo fica muito nítido que um dos maiores ativos do Brasil é o jogador de Futebol. Transferências de atletas brasileiros para clubes estrangeiros movimentam bilhões de dólares a cada ano. Apesar da certeza de que o Brasil é um celeiro de craques e de que em terras tupiniquins jogadores de Futebol são comódites tão valiosas quanto Petróleo, Soja, Minério ou Carne; uma rápida visita as incubadoras desse produto pelo país mostra um tremendo desperdício.

Todos os craques da Seleção Brasileira de Futebol que disputarão a Copa do Mundo da Rússia que se inicia em 14 de junho próximo, começaram em campos de várzea e deram seus primeiros chutes nas peladinhas de bairros e comunidades Brasil a fora. Apesar do badalado Neymar e tantos outros craques terem surgido no Futebol de Salão, as condições estruturais das quadras públicas espalhadas pelas cidades de todo país mostram o desprezo dos governantes com um dos principais produtos do Brasil: o jogador de Futebol.
Na quadra de esportes do bairro Praça Cruzeiro, em Rio Bonito, o cenário de destruição do espaço deixa evidente o desinteresse governamental com esse rentável negócio. A matéria prima, os futuros craques, está num ambiente insalubre e até perigoso. Entra governo, sai governo e o desporto segue sem incentivo. 

Nenhum estudo científico conseguirá mostrar como o Brasil pode seguir produzindo Pelé, Romário, Ronaldinho e Neymar, apesar de cuidar tão mal das incubadoras onde são formados os jogadores de Futebol: as praças, quadras e áreas esportivas.

Apesar de tanto desinteresse, os meninos seguem brincando e nunca se sabe quando pode aparecer um novo fenômeno do Futebol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário