sábado, 5 de maio de 2018

“Que Rio Bonito Nós Queremos?” – Criadouro de mosquito no Green Valley

Flávio Azevedo
A piscina abandonada é no bairro Green Valley, em Rio Bonito.
Chega do bairro Green Valley, para o nosso quadro, “Que Rio Bonito Nós Queremos”, uma imagem impressionante. O morador comenta que deseja um Rio Bonito sem dengue e Chikungunya, mas alega estar convencido de que não será possível, “porque poder público e sociedade não colaboram”. Ele prova o que diz enviando imagens do quintal de uma casa na Rua Machado de Assis. Segundo ele, nos últimos meses a piscina da casa está sendo frequentada apenas pelos mosquitos e faz uma pertinente provocação. “O que adianta eu limpar o meu quintal, ter cuidado com as minhas plantas, se os vizinhos não fazem o mesmo? O mosquito que nasce no terreno do meu vizinho irresponsável, voa e pica as famílias que cuidam dos seus espaços! Ajuda a gente aí Flávio!”.

Para colocar um pouco mais de lenha nessa fogueira, eu fecho a postagem revelando o testemunho de um agente de endemia que conversou recentemente comigo. Ele diz que entrar na casa dos mais humildes para combater o mosquito da dengue é fácil e as equipes do Programa Municipal de Combate a Dengue sempre são bem recebidas.
– O difícil é entrar em casa de rico e de pessoas de poder aquisitivo! Não abrem a casa, fazem pouco do nosso trabalho e te garanto: as últimas epidemias que nossa cidade enfrentou ocorreram por conta de casas e terrenos fechados que nós não temos acesso. Em Rio Bonito, não são poucas as moradias fechadas com piscinas e espaços que fabricam Aedes Aegypti aos montes. Sempre conversamos sobre isso com os nossos superiores, mas você sabe como é né, os ricos se protegem – denuncia o experiente agente que conversou comigo.

Em tempos de festa na cidade, que tal se o prefeito, secretária de Saúde e seus puxa sacos usassem a influência que têm para convencer gente pangaré a abrir casa, quintais e coberturas para uma boa limpeza e combate ao mosquito da dengue? Fica a dica! Depois querem culpar a atuação dos agentes de endemia, esquecendo que a maioria deles faz o melhor que podem na condição pífia que lhes é oferecida para trabalhar!

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