segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Dia do Comediante tem representantes de peso em Rio Bonito

Flávio Azevedo
Para quem não sabe, o dia 26/02 é dedicado aos comediantes. Assim, nesse Dia do Comediante, uma saudação aos maiores comediantes de Rio Bonito dos últimos 20 anos (foto). Aliás, uma saudação especial para ex-prefeita, Solange Almeida; que curiosamente aniversaria no Dia do Comediante. A ela muitos anos de vida, muita saúde, que siga distante da política e cuidando do netinho! Ao prefeito Mandiocão, que tem protagonizado cenas de comédia pastelão que nem Mazzaropi faria com tanto brilhantismo, ainda dá tempo de gerenciar a cidade para a coletividade!

População critica retirada da banca de jornal da Praça Fonseca Portela

Flávio Azevedo
A banca de jornal da Praça Fonseca Portela, no Centro de Rio Bonito (Foto: Fernando Herdeiros).
A notícia de que o prefeito de Rio Bonito, José Luiz Antunes (PP); determinou que a banca de jornal da Praça Fonseca Portela seja retirada nos próximos dias gerou uma nova onda de insatisfação entre os riobonitenses e uma enxurrada de críticas ao chefe do Executivo, que segue priorizando aquilo que não é a prioridade da coletividade. O perfil de “senhor feudal” do prefeito, que está no seu quarto mandato a frente do município não é novidade. Pirraça, beicinho, bater o pezinho e outras posturas que em tudo lembra um “menino mimado”, essas são marcas do mandatário, que não consegue ter boa relação com as instituições democráticas, com o poder Legislativo e com os seus próprios auxiliares, que só permanecem no cargo se mostrarem atitude subserviente e tratarem o chefe como divindade.

As mídias sociais, porém, não dão importância ao perfil medieval do Mandiocão, como popularmente é conhecido o prefeito de Rio Bonito. As críticas são muitas e toda postagem que aborda o assunto “retirada da banca de jornal da praça”, logo é acompanhada de críticas contundentes. O tema é acompanhado também por pessoas de outros municípios. É o caso do empresário, Alberto de Mattos Brunner. De Tanguá ele comenta que “é impressionante, uma cidade bonita, aparentemente organizada, com uma população na sua maioria comprometida em manter esse padrão, muitos degraus acima dos municípios vizinhos, mas que só elege governantes desqualificados intelectualmente”.

A professora Ana Cláudia Alvim Silveira acrescenta que “nossa cidade, cujos moradores se acham realmente melhores que todos, é praticamente uma Sucupira... Com votos de cabresto, pessoas "comprometidas" com políticos profissionais, onde o interesse pessoal está acima do coletivo. Melhor do que?”. A comerciante Aglaia Gomes escreve que a cidade é uma vergonha. “Não tem uma livraria e apenas uma banca de jornal. Esse é um dos motivos do povo não saber votar. Ignorância!”. Destaca a questão das “prioridades”, Lenice Amado, quando escreve “acho melhor se preocupar com a limpeza dos nossos bairros e tantas outras necessidades”. A conjuntura que envolve o tema preocupa Ana Paula de Santana.
– Não estou conseguindo entender... Mas é de dar tristeza... Um espaço que fomenta leitura... Sinto falta de mais espaços de leitura em nossa cidade... Precisamos de contato com portadores textuais de variados gêneros. Ainda tenho fé de que isso seja um vento ruim, que já, já, vai passar... Porque não é possível – desabafa.

Indignação também se percebe no comentário de Marcos Eduardo Caridade. “Com tanta coisa para acabar no município, vão se preocupar em acabar com algo que ajuda a movimentar a Praça. Muito triste e pura palhaçada. O cidadão deve começar a pensar seriamente em ir para rua cobrar”. Moradora da Mangueira, localidade que tem sido afetada por seguidos alagamentos, Ana Maria acrescenta que “têm coisas mais importantes para fazer, vem aqui na Mangueira onde tem o que fazer”. Linha de pensamento igual é defendida por Nelson Afonso. “Tanto para fazer e o Odorico não vê as coisas na minha rua. Só tenho água a cada três dias”.

A ironia também faz parte dos comentários. O advogado José Elias Machado destaca que “o banheiro (o famoso pinicão) já foi, agora, vai sobrar para o pipoqueiro”. Já Sidnei Navarro lembra uma das personagens da Praça Fonseca Portela, o cachorro Zé Pereira. “Só falta sobrar para o Zé pereira”. Amante dos animais, Paulo Franco Júnior responde que “se mexerem com o Zé eu mato! Patrimônio da cidade! Voto nele para prefeito até”. 

Participa do debate Adalmir Ferreira, que se apresenta como diretor da Associação dos Proprietários de Bancas de Jornal de Niterói e São Gonçalo (Aproban). Ele afirma nunca ter visto coisa parecida e acrescenta que “a retirada da banca é motivada por pura e simplesmente vontade do Prefeito”. Ele revela que esteve pessoalmente com o chefe do Executivo “e fiquei perplexo com a falta de carinho e zelo com os envolvidos. Vamos recorrer, na esfera administrativa e na justiça comum”. O professor José Silveira também faz uma provocação.
– Qual a dúvida de vocês? Revistas, jornais e livros são publicações culturais e científicas que estimulam a inteligência... Qual a surpresa desse prefeito querer acabar com ela? Surpresa seria ele criar uma livraria ou espaço cultural na cidade! Cada um dá o que tem – alfineta. A linha de pensamento é acompanhada por Cláudio Santos, que lembra a Alemanha de Hitler. “Só está faltando queimar livros na praça como fizeram os nazistas”.

Justificativa sem cabimento
Campanha para que a população participe do Abaixo Assinado que está sendo promovido pela permanência da banca na Praça Fonseca Portela.
No “Conexão Flávio Azevedo”, um bate papo entre o jornalista Flávio Azevedo e o gestor de mídias sociais, Nadelson Nogueira Jr, atração transmitida nas noites de domingo via Facebook; o dono da banca de jornal, Marco Provenzano; acompanhando o programa, confirmou a iniciativa do prefeito e revela que recebeu uma notificação que exige a retirada da banca até o próximo dia 07/03. Ele acrescenta que esteve com o prefeito para saber o que estariam fazendo de errado e recebeu como resposta que existe um desejo de retirar a banca e o ponto de ônibus próximo para revitalizar a Praça Fonseca Portela.
– Perguntei se ele iria realocar a banca em outro local, ele não pensou se isto será possível. Estamos aqui na banca recebendo a assinatura de toda a população, para podermos entregar em breve na Câmara de Vereadores. Conversei com o presidente da Câmara, que demonstrou interesse em nós ajudar – completa Provenzano.

Desabafo

Uma das críticas mais contundentes a iniciativa do prefeito foi feita pelo músico, Fernando Herdeiros. Ele publicou uma fotografia da banca e escreveu um texto que representa a indignação de todos sobre o assunto.
– Essa é a banca onde compro meu cigarro, jornal e tomo meu café toda manhã, pois tenho muito apreço pelo casal, dono do estabelecimento. Pessoas alegres, que nos atendem com maior alegria e carinho todo santo dia. De domingo a domingo (trabalhadores). Hoje como de rotina fui comprar meu cigarro, sempre rola um papo com os donos e para minha surpresa desagradável os vi diferentes, tensos, e com uma prancheta na mão, na qual clientes e amigos podem manifestar o seu repudio a decisão do senhor prefeito de retirar a banca do local.... Local esse que não atrapalha pedestres, trânsito e nada mais... Simplesmente o prefeito, super inteligente da cidade, diria uma sumidade de gestão – tanto ele como a antecessora dele... Dois gestores “competentes” – tomou a decisão de retirar a banca sem o mínimo nexo e explicação... Penso que atitudes como essa tiram e priva o cidadão de trabalhar, levar sustento a família, gerar emprego etc. Por isso que Rio Bonito está assim... Empresários fechando as portas, comércio em estado de UTI financeira, cidadãos sem emprego, servidores sem estruturas na Saúde, Segurança Pública um caos... Carros da Polícia sucateados levando fumo de bandido andando de moto Bis... Bandidagem tomando conta, moradores tendo as casas alagadas, pois quando chove a cidade vira Veneza só se trafega de balsa... Acho que ambas gestões de ambos prefeitos e da linda Solange foram um fiasco pois em 20 anos a cidade parou no tempo! Prefeito, vai fazer seu trabalho e deixa o povo trabalhar. Só para deixar claro, eu resido na cidade, sou músico, não vou nem reclamar do apoio a Cultura, se não vou destruir em palavras a Secretaria... Não voto aqui, não sou puxa saco de Fulano ou Cicrano... Não tenho cargo público, nem quero e só estou relatando esse absurdo no direito de cidadão.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Eleições do Hospital Darcy Vargas de Rio Bonito já movimenta associados

Flávio Azevedo
Na última quinta-feira (22/02), a nossa reportagem esteve no Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), para entrevistar o presidente da Casa, José de Aguiar Borges, o Kaki. Na pauta, as eleições que escolherá nova diretoria para comandar o hospital (marcada para 11/03) e temas como a relação da diretoria com os funcionários; débitos do município com a unidade; folha de pagamento inchada, funcionários recebendo pagamento por RPA para mascar sobrecarga de funcionários; as obras que estão acontecendo na instituição; e as reclamadas faltas de material, medicamentos e insumos.

Também figurou na pauta de conversas com o presidente do HRDV, assuntos como o 13º salário de 2017 que ainda não foi pago aos funcionários; a denúncia de perseguição aos funcionários aposentados; direitos trabalhistas mexidos por decisão da diretoria; os pneus que nossa reportagem encontrou na área do hospital onde se pretende fazer um estacionamento; a notícia de que a diretoria do HRDV pretende abrir um restaurante numa casa alugada próxima a unidade, entre outros temas.

Também foi assunto o serviço de Radioterapia para pacientes oncológicos que o Ministério da Saúde vai implantar no hospital. Pacientes de Rio Bonito e Região serão atendidos, “um universo de 2,5 milhões de pessoas”, explicou Kaki, que esteve em Brasília na última quarta-feira (21/02), para assinar o convenio do HRDV com o Ministério da Saúde. Ainda segundo o presidente, o serviço vai movimentar cerca de R$ 10 milhões “e isso despertou o interesse de algumas pessoas para o hospital”. A denúncia de bebês que morreram na unidade também foi uma das perguntas feitas ao presidente, que aponta a necessidade de se implantar uma UTI Neonatal no HRDV e por para funcionar o setor de Hemodinâmica. 

Formação das chapas registradas

Sobre as eleições, marcadas para o dia 11 de março, no auditório do hospital, duas chapas disputarão a presidência do HRDV. A chapa “Resgate e Confiança”, encabeçada pelo atual presidente, José de Aguiar Borges, o Kaki; é composta por Márcio Soares (1º vice-presidente); Cosme Augusto Dias Ribeiro, Miminho (2º vice-presidente); Paulo Gustavo Brandão Moraes (3º vice-presidente); Marcelo Soares (1º secretário); Jacy de Oliveira (2º secretário); José Geraldo Jardim Faria (1º tesoureiro), Walter Terra (2º tesoureiro) e Edson Araújo.

A chapa de oposição foi registrada com um nome bem sugestivo, “Renovação”; e está encabeçada por Leiton Abraão. Compõe o grupo, Vanessa Pintas Moraes (1º vice-presidente); Luiz Felipe Boareto (2º vice-presidente); Carlos Augusto Albuquerque de Matos (3º vice-presidente); Marcelo Benevides (1º secretário); Carlos Elibert Guimarães (2º secretário); Alexandre dos Santos Cazorla (1º tesoureiro), Fabiane Ferreira Cardozo (2º tesoureiro) e Luiz Guilherme Cordeiro.

Obstrução de córrego causa alagamento em Boqueirão

Flávio Azevedo
De acordo com moradores, a água da chuva leva o material de construção armazenado num terreno aberto para dentro do córrego que corta a localidade.
O alagamento por conta das últimas chuvas tem trazido transtornos também aos moradores do Boqueirão, em Rio Bonito. Uma equipe da Prefeitura está desobstruindo, nesse sábado, o córrego que corta o bairro, na altura da Rua Hilda Jardim Faria, onde é visível o assoreamento. Moradores denunciam a empresa que comercializa material de construção, localizada logo na entrada da localidade, como a principal responsável pela obstrução. 
O problema já teria sido levado essa reclamação à Prefeitura, que não tomou providências. “Agora, o resultado do desinteresse ou da conivência está saindo caro, porque a máquina e os caminhões que estão aqui trabalhando não fazem esse serviço de graça e quem paga somos nós”, dispara um morador.

É uma babaquice exonerar comissionados para recontratar com data retroativa

Flávio Azevedo
Na foto o prefeito José Luiz Antunes (Mandiocão); e a vice-prefeita, Rita de Cássia; ambos do Partido Progressista (PP).
Uma pergunta ao prefeito Mandiocão, que vive reclamando de crise e de falta de dinheiro. Tu já parou para somar quanto você paga de publicação oficial por conta dessa idiotice de exonerar funcionários comissionados e depois contratar todo mundo de volta? E pior... A contratação é com data retroativa! Que babaquice! Houve um tempo que o prefeito Mandiocão era conhecido pelo título de “Prefeito Administrador”. Hoje, o melhor título que lhe cabe é “Prefeito Pangaré”.

Que palhaçada! Desde que assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2017, de três em três meses tem essa idiotice de mandar todo mundo embora e depois chama todos novamente com data retroativa. Que imbecilidade!

Para quem não sabe, publicação oficial tem custos para os cofres públicos e o centímetro de coluna não é barato! Ou seja, só não tem dinheiro para fazer aquilo que não é do interesse do prefeito, porque para custear os faniquitos de vossa alteza o dinheiro aparece! E um monte de puxa saco acha que eu tenho que bater palmas para essa sandice! Ah vai plantar batatas!

Se isso fosse uma canção, o nome seria "Vai Malandra"!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Carta de despedida do sacerdócio do padre Eduardo Braga

O padre Eduardo Braga atuou em Rio Bonito por cerca de 10 anos.
Curitiba, Fevereiro de 2018
“Como irei retribuir ao Senhor por tudo aquilo que Ele me fez?” (Salmo 115) 
Amados irmãos e irmãs em Cristo, Ex-paroquianos e Amigos que a vida me deu,
Graça e Paz!

Há 14 anos, quando me entreguei ao Senhor em uma pequenina Igreja em Roma, esta foi a Palavra escolhida para o meu diaconato. E como não continuar agradecendo? Um menino que veio de uma família não-católica de São Gonçalo ter experimentado tanta plenitude e abundância da vida humana e da comunhão com Deus por meio do Seu Espírito...Como não agradecer? Como não continuar agradecendo?

Amados, recebi de Deus, pais perfeitos e irmão exemplar! Estive no Seminário de Niterói e do Rio de Janeiro, referências naquele tempo para o Brasil. Estudei em Roma, onde vivi muito perto de João Paulo II. Conheci pessoalmente o Cardeal Ratzinger, com o qual tive uma audiência vinte dias antes de ser tornar Bento XVI. Por causa do processo de Elena Guerra (Deus me usou para que ela fosse redescoberta na Igreja) falei com o Papa Francisco. Quantas graças!
Tive ainda inúmeras e imerecidas bênçãos! Celebrei nos lugares mais santos da História do Cristianismo! Visitei e peregrinei aos Santuários Marianos. Fiz o caminho de Santiago! Meu retiro de ordenação diaconal foi em Ars, onde voltei peregrino numerosas vezes. Levei dezenas de grupos aos lugares santos! Conheci praticamente todos os fundadores das Novas Comunidades da Europa. Preguei em quatro continentes. Preguei em quase quarenta retiros para sacerdotes e seminaristas no Brasil e na América Latina. Conclui e entreguei o processo de canonização da Beata Elena Guerra, traduzindo dez de suas obras. Escrevi mais de dez livros e inúmeros artigos. Dei aula mais de dez anos para os seminaristas em Niterói, fui diretor espiritual do Seminário e confessor do Carmelo em Tanguá. Tive a graça de receber dezenas de seminaristas, acolher na minha casa a muitos que deixaram o seminário e a vida religiosa. Incentivei e acompanhei dezenas de jovens ao seminário e a conventos. Ajudei a RCC em tantas instâncias. 

olaborei com as Novas Comunidades. Juntamente com outros irmãos, fundamos a Fraternidade Sacerdotal do Cenáculo, hoje chamada de Obra do Cenáculo, e ainda que nunca tenha sido aprovada pela Igreja, tem seus frutos. E Deus sabe! Cheguei a exercer 11 funções que me foram confiadas pela Igreja. Participei do Conselho Presbiteral por dois mandatos, fui Vigário Episcopal e nomeado para o Colégio dos Consultores. Tive a graça de ter tido treze vigários, todos praticamente recém-ordenados. Preparei a ordenação e a primeira missa de tantos. Cuidar dos padres idosos e doentes também foi uma graça! E o que dizer das missões no Marajó? Como irei retribuir ao Senhor Deus?

Após uma passagem de um mês em Iguaba e quinze dias em Venda das Pedras, fui mandado para a Praça Cruzeiro! Ambos tínhamos um ano! Foi um casamento perfeito! Quantas capelas e comunidades que construímos juntos! Minha gratidão à Márcio e Jorginho! E nas pessoas de S. Josélio e S. Hermínio, Ana e Expedito, Tião do Doce e Jânio; eu agradeço a todo aquele povo santo que me ensinou a ser padre! Ali ficou o melhor de mim!!!

Que desafio ter estado à frente da Paróquia do Centro de Rio Bonito! Agradeço a Dom Alano, que como um pai muito presente, me ajudou a superar toda adversidade que passei nos primeiros meses! Não consigo enumerar tudo que vivemos e construímos juntos na Igreja e neste município abençoado! Obras corporais e espirituais! Construções humanas e divinas! Avivamento! Fomos palco de eventos arquidiocesanos e até nacionais. Quantos foram a Rio Bonito! E como Rio Bonito foi ao Brasil e ao mundo! Lembram quando o Papa Francisco disse nosso nome naquela audiência na Praça São Pedro? E o Núncio Apostólico? O Cardeal Dom Orani! Dom Azcona celebrando no Monte! Dezenas e dezenas de sacerdotes e missionários! Nosso Núcleo Social e os tapetes solidários! O Curados para Amar tão incompreendido dentro e fora da Paróquia... Tudo valeu a pena!
Como irei retribuir ao Senhor?
Quando fiz dez anos de padre pedi ao bispo um ano sabático. Com aquele evento da estafa que tive há seis anos, entendi que estava sofrendo a famosa síndrome de Burnout, caracterizada por um esgotamento físico e mental. O ADI em Belo Horizonte me ensinou que o limite era meu amigo. Recomeçamos a caminhada, e fui até onde pude, até onde minha humanidade permitiu. Agradeço muito a Dom José por tudo que fez por mim.

Antes mesmo de entregar a função de vigário episcopal comecei a pensar e repensar muitas coisas. Fui tomado por uma desmotivação muito grande. Comecei a pensar na Igreja que o Papa Francisco sonha. Concomitantemente comecei um processo pessoal de autoconhecimento, já que sempre havia desleixado a minha humanidade. Percebi a necessidade do autocuidado, a necessidade de uma sã individualidade, de uma vida mais 'normal'. Pensei até que estava começando a fazer antecipadamente a passagem do meio, ou seja, a famosa crise dos quarenta. Mais uma vez, a terapia do ADI me ajudou muito. 

Ao lado de tudo isso, veio uma real necessidade de estar mais próximo da minha família. Vieram depois muitos conflitos interiores e situações exteriores também. Foi uma época de bastante desgaste emocional ainda que eu não tenha dado a perceber. Somou-se a tudo isso outros vários fatores. Como entendo os padres que se suicidaram! Nunca, porém, deixei minha intimidade com Deus e minhas tarefas. Não passei pela crise de fé nem a crise com a instituição. Amor e Amar nunca foram problemas para mim!

Após meu segundo pedido, Dom José me concedeu o Ano Sabático antes que eu viesse a assumir qualquer outro trabalho pastoral, embora dentro de mim já não me via mais em nenhuma paróquia. Os motivos são muitos. Por ter sido antecipada, por apenas dez dias, a minha saída da Paróquia me trouxe pessoalmente certo desconforto por tanta imaginação e pressuposto. Por tantos meios, chegaram a mim tantas inverdades e absurdos. Foi uma surpresa e, ao mesmo tempo, a quebra do resto da ingenuidade que ainda possuía. Como recebi do Espírito Santo o dom de esquecer os pecados após as confissões, não imaginei que a maldade humana chegaria a tamanho extremo... Estão todos perdoados, leigos e irmãos.
Meu Ano em Marília foi muito proveitoso! Vivi entre uma Congregação Religiosa e o Santuário de São Judas Tadeu. Exerci ali meu ministério, ora com mais, ora com menos intensidade. Celebrei em muitas paróquias da Diocese, no Convento das Clarissas, atendia confissão na Casa de irmãs idosas, visitas em hospitais, exéquias e retiros. No segundo semestre estive em Missão nos Estados Unidos, Bolívia, Angola e Itália. Foi o tempo também que tive a graça de conhecer o nosso bispo auxiliar eleito, antes da sua sagração. Estávamos muito perto. Um sinal de Deus...

Em Setembro do ano passado fiz meu retiro de aniversário sacerdotal no Carmelo de Jacarépagua. Logo após fui para Curitiba onde passei a celebrar na Comunidade Betânia e na Unopar. Depois de muitos anos, tive a graça de passar o Natal e Ano Novo com minha família. Com muita disponibilidade aceitei do nosso bispo o pedido para passar um tempo de revitalização no Centro âncora também em Curitiba, de onde vos escrevo agora. E diante de todo este processo de autoconhecimento e resignificação, que tenho vivido nestes últimos anos, estou chegando a conclusão que não posso mais exercer as atividades sacerdotais. 

Com os psicólogos e sacerdotes vou entendendo que até poderia continuar e seria um excelente padre. Sou capaz de fazer as pessoas felizes; mas hoje não consigo mais me encontrar. Não tenho dúvida a respeito da minha vocação, mas não tenho as condições humanas que ela me exige hoje. Tenho também me sentido extremamente sozinho. Preciso de um endereço fixo e também de uma vida mais 'normal'. Meu amor pelas crianças me faz também começar a sonhar com filhos. Seja feita a Vontade de Deus!
Sei que é difícil para muitos de vocês entenderem, mas importante é que eu entenda e tenha paz neste momento. Foram muitos dias de lutas interiores. Noites e noites em diálogo com o Espírito Santo e minha consciência. Milhares de pensamentos. Um sofrimento quase que sobre-humano. Os profissionais me fizeram entender que por minha personalidade ser intensa, dificilmente serei flexível ou indiferente diante das situações em que me vejo cobrado uturas que jamais vão mudar. Diante de tudo isso, eu não quero ser padre pela metade, nem tão pouco ser uma pedra de tropeço para a Igreja no futuro. Tenho a consciência limpa de que também neste tempo dedicado ao ministério, não fiz mal algum a Igreja. Contudo, hoje, dia 3 de Fevereiro de 2018, estou pedindo ao nosso arcebispo a suspensão, ainda que temporária, do meu uso de ordem.

A minha essência e a minha pessoa não mudarão. Continuarei o mesmo. Exercerei o sacerdócio de outra forma (ainda que misteriosa). Ajudarei a Igreja de outra maneira. Ninguém e nada poderá tirar a minha comunhão com Deus, meu amor por vocês, meu amor pelos pobres e pela missão, o meu apostolado para com o Espírito, o meu amor e cuidado pelos sacerdotes.

Não há em mim frustação, revolta ou cansaço. Estou ótimo! Embora seja um momento difícil e diferente, é libertador. Há apenas gratidão! Haverá continuidade sem continuismo. Haverá missa sem consagração! Haverá benção sem rito! Haverá um ser humano mais completo. Respeitarei sempre meus irmãos padres que conseguiram e conseguem unir o cuidado de si com o cuidado do povo, sua identidade sacerdotal com sua individualidade, seus carismas com as exigências, normas eclesiásticas e hierárquicas. Vou buscar uma especialização para que no futuro possa também ajudar a aliviar o sofrimento da vida sacerdotal e consagrada.
Minha gratidão póstuma a Dom Carlos, minha renovada gratidão a Dom Alano. Meu amor e reconhecimento filial a Dom Alberto Taveira (que me ordenou diácono em Roma) e a Dom Orani pelas vezes que me acolheram e me tanto me amaram! Vou continuar trabalhando pelos padres!

Minha gratidão se estende a Dom Azcona pelo seu luminoso testemunho e amizade. Agradeço também a Dom Altieri e a Dom Wagner. Obrigado ao Monsenhor Jonas e aos meus irmãos da Canção Nova. Meu agradecimento a Doris e a toda Comunidade Bom Pastor, minha comunidade. Na pessoa de Kátia, minha mãe, e de Patti Mansfield (que tanto me ama e me atendeu) eu agradeço a toda a RCC Brasil. Renovo o meu compromisso de continuar trabalhando pela Cultura de Pentecostes! Padres que não exercem o ministério podem ajudar em muitas coisas...

Como esquecer de Ironi e Cléia? Só o céu sabe! Meu agradecimento a Renato e a Graziela por terem me ajudado neste tempo. Ao Fábio e a Simone, meus pais em Curitiba, minha gratidão eterna! Ao Rubens e a Gisele! A Lídia e Mauro, Yuri e Nara de São Paulo, a Humberto e Cristina, Sil e Sueli, Lilian e Edney, Diácono Miranda e Dayse. Na pessoa de vocês eu agradeço a todos que me amaram em Rio Bonito! Pensando em Adriana, agradeço a todos os funcionários-colaboradores.
Era sempre um prazer encontrar o padre Eduardo, receber um abraço e tomar-lhe a bênção.
Meus afilhados de Rio Bonito e São Gonçalo, meu amor e entendimento pela ausência. Aos meus irmãos e filhos da Obra, o Espírito vos assistirá! A Obra é do Senhor e nenhum de nós é protagonista insubstituível. Obrigado a Marlene e Gutinho pelo trabalho no IEEG. Obrigado a Lilian e a Hauana pelas Missões em Marajó. Essas realidades foram suscitadas por Deus e independem de mim e das nossas autoridades. Continuem vosso trabalho educacional e missionário!

Agradeço aqueles que estão me ajudando a fazer um lugar onde guardarei meus livros e minha poucas coisas. Será um espaço também para os irmãos padres que precisarem descansar lá no Sitio. Aquele Recanto continuará, ao menos enquanto eu viver, a ser um espaço para os sacerdotes que quiserem. O carisma dado por Deus não morre!

Termino dizendo que esta decisão é madura, rezada, discernida e livre. Responsabilizo-me por ela. Sei que não é fácil; mas minha confiança na Santíssima Providência é tremenda. Não estou tomando esta decisão por causa de ninguém e nem por problema nenhum. Não estou em crise, repito. Não se desesperem ao ler este livro (rs). Estejam bem, porque eu estou muito bem. Sei que a felicidade está no caminho e sei que a paz que sinto agora confirma esta decisão. E assim como fui plenamente feliz como exercendo o sacerdócio de Cristo continuarei sendo feliz daqui para frente.  Desculpem-me os irmãos que deixaram o ministério, quando eu internamente vos julguei. Amo-vos!  Por hora, pretendo ficar aqui no Sul. Foi a Providência que me trouxe!!!

Sei que não consegui expressar-me como gostaria. Não espero entendimento, nem mesmo aprovação. Preciso apenas que todos me respeitem e orem por mim! E por falar em orar... Nas pessoas de Dionéia e Uebert agradeço aos meus irmãos, amigos e pastores evangélicos. Agradeço também ao Doutor Carlos Alberto, meu médico de infância que me acompanhou em todos os momentos de discernimento. Aos meus pais que mais uma vez me abençoam. Possivelmente no próximo dia 20, estarei encerrando, por hora, o exercício do sublime ministério sacerdotal, no meu quarto, estarei celebrando minha Santa Missa de número 6577. Colocarei vocês todos ali na Patena. Unidos até o céu! Como irei retribuir ao meu Senhor?

Vosso pequeno amigo e irmão, servo do Espírito Santo,
Padre Dudu ou Dudu, como quiserem!

Alagamentos na Região na pauta do Programa Flávio Azevedo

Flávio Azevedo
O Programa Flávio Azevedo dessa sexta-feira (23/02) já está no ar, hoje, outra vez destacando os efeitos do alagamento que está castigando a nossa Região. Aproveitamos a oportunidade para abrir uma campanha para ajudar uma famíia do Loteamento Schueler, que teve a sua casa invadida pelas águas da chuva seguidamente nos últimos tres dias. 

O casal, que tem três filhos, está levantando uma casa numa área que não alaga e para sair da moradia que alaga precisa de material de construção. É possível conversar com Raiane, a dona da casa, pelo telefone (21) 99775-5939. Qualquer ajuda chegará em momento muito oportuno.

Pedido de Socorro em Rio Bonito

Flávio Azevedo
Na última terça-feira (20/02), a imagem de três crianças acuadas sobre um sofá (foto), por conta da água da chuva que a alaga a moradia em que vivem rodou Rio Bonito e sensibilizou muita gente. As crianças integram uma família que mora no Loteamento Schueler, atrás da UPA de Rio Bonito. Essa semana, a água da chuva alagou essa casa três vezes (terça, quarta e quinta-feira). Pai, mãe e as três crianças perderam tudo.

Em conversa com Raiane Marinho, mãe das crianças, ela conta que eles estão construindo uma casa num ponto mais alto, “que não alaga”. A obra, porém, não pode ser tocada por falta de dinheiro. Ela revela que o esposo está com leucemia e impossibilitado de trabalhar. O sustento da família é proveniente do benefício do INSS do esposo (Salário Mínimo). Visivelmente constrangida, Raiane não gostaria de se expor, mas não vê alternativa que não seja pedir socorro.

Aos que puderem ajudar essa família, ela pede doação de material de construção para terminar a obra da nova casa. Segundo Raiane, a moradia está em ponto de laje. “Não pedimos muito. Se nos doarem telhas e caibros, já será possível terminar a obra para morarmos na casa nova e sair dessa que alaga”. Questionada sobre a mão de obra, ela assegura que familiares ajudariam a colocar o telhado. “O que está pegando mesmo são as telhas e as madeiras, porque com três crianças e a enfermidade do meu esposo nem eu consigo trabalhar para ajudar no orçamento”, concluiu.

Quem desejar contribuir, o número do telefone de Raiane é (21) 99775-5939. A ajuda, sobretudo sendo material de construção chegará num momento muito oportuno. Que Deus te abençoe os doadores! 

“The Best Voice Kids” fortalece a Cultura em Rio Bonito

Flávio Azevedo
Depois do sucesso que foi a primeira eliminatória do The Best Voice Kids, uma iniciativa da Associação dos Músicos e Artistas Riobonitenses (Amarb), que pretende garimpar talentos da música de Rio Bonito, o segundo dia de audições, na noite dessa quinta-feira (22/02), foi outra vez emocionante e recheado de belíssimas apreensões. O teatro da CDL estava lotado para acompanhar cada criança e adolescente que subiu ao palco.

Os quatro eliminados terão direito a participar de uma repescagem que contará com o apoio da internet. Quem for mais votado pelo público retorna ao The Best Voice Kids, que já é a sensação do cenário artístico e cultural de Rio Bonito.

Terminada as apresentações, anunciado os classificados e quem iria para a repescagem, a nossa reportagem ouviu os músicos que apoiam o evento. Todos são unânimes em apontar The Best Voice Kids como o despertar da música riobonitense, uma das tradições do cenário cultural do município.

Um dos entusiastas do evento, o jornalista e radialista Bruno Martins; comentou que Rio Bonito precisa descobrir a quantidade de talentos que a cidade dispõe, inclusive o teatro da CDL. Já o músico e desportista, Ricardo Abrahão Flores; falou da emoção de participar do The Best Voice Kids e frisou que o evento pode ser um divisor de águas para o setor cultural de Rio Bonito.

O músico Andrezinho Shock, idealizador do projeto e uma das lideranças da Amarb, mais uma vez destacou que o momento era de agradecer os familiares, os músicos e a CDL por disponibilizar o espaço. Ele acrescentou que o espírito de competição contribui para a formação do caráter de cada participante e comenta que a repescagem é uma segunda chance para aqueles que por vezes são talentosos e foram eliminados por detalhes ou uma noite em que não estava tão bem.

Quem destruiu e ocupou desordenadamente deve ajudar a remediar o impacto que provocou

Flávio Azevedo
Muro caiu na Rua das Margaridas, em Rio Vermelho. 
Além dos alagamentos nas ruas de sempre e dos costumeiros e tradicionais prejuízos nos mesmos pontos e bairros, a notícia que chega, agora, do bairro Rio Vermelho; é que esse muro, de uma residência na Rua das Margaridas, acaba de desabar!

Seguem os estragos e o silêncio de quem governa sobre providências e ações que amenizem os impactos da chuva! Minha sugestão a quem governa é um pedido de ajuda a quem ficou rico ocupando o solo desordenadamente e fazendo loteamentos que deveriam ser embargados e não foram.

O mais curioso é que nos últimos anos a omissão dos governantes diante da ocupação irresponsável do solo riobonitense aconteceu em troca de apoio e dinheiro para comprar o voto de quem, agora, sofre com alagamentos, deslisamentos de terra e outros efeitos da picaretagem coletiva!

E todo mundo quieto, porque essa é a realidade!

População saqueia carga de caminhão na BR - 101 e mostra porque os políticos brasileiros são ladrões

Flávio Azevedo
Tombou um caminhão que transportava refrigerantes na BR - 101, na altura de Itaboraí. Imediatamente a população invadiu a rodovia para pegar o que sobrou da carga. Eu aposto com você: esses saqueadores, se perguntados sobre qualquer coisa relacionada a política, todos classificarão Lula, Temer, Cabral, Eduardo Cunha, Pezão, Aécio Neves, Paulo Melo e muitos outros como ladrões.
Alguém avisa ao brasileiro, que antes de ocupar cargo público o político é um integrante da mesma sociedade que nós vivemos. Os políticos não vieram de Marte, da Dinamarca, da Áustria ou da Finlândia! Depois da corrupção, a hipocrisia talvez seja o pior problema do Brasil!

Câmara de Rio Bonito aprova mensagem do Executivo de R$ 800 mil

Fávio Azevedo
Na sessão Legislativa dessa quinta-feira (22/02), os vereadores de Rio Bonito aprovaram mensagem do poder Executivo que pedia autorização da Câmara para usar cerca de R$ 800 mil em prestação de serviço. Os parlamentares foram unânimes em dizer que o poder Executivo tinha R$ 1 milhão do remanejamento para utilizar, mas preferiu não recorrer a esse recurso para deixá-lo como reserva. "Agora, o poder Executivo tem mais R$ 800 mil para seus gastos", disse o presidente da Casa. 

O detalhamento da mensagem também foi elogiado pelos parlamentares, que afirmam ser possível fiscalizar com mais eficiência dessa maneira.

A Educação sofre com a ingerência e a falta de participação da comunidade escolar

Flávio Azevedo
O estado das unidades escolares da rede municipal foi alvo de inúmeras reclamações dos responsáveis.
Estou vendo muita gente reclamando do estado das unidades escolares de Rio Bonito. E tome porrada no prefeito, na vice-prefeita, nos vereadores e no secretário de Educação. Concordo muito com as cobranças, mas vamos analisar uma coisa interessante. O aparelho democrático disponibiliza ao cidadão três ferramentas para fiscalizar a Educação, mas não temos interesse de participar. Aliás, esse é um dos caminhos para lutarmos contra a falta de professores e o sucateamento das unidades escolares.

O primeiro deles é o Conselho Municipal de Educação, que avalia o desenvolvimento da Educação e aprova ou reprova o que é feito na Educação. O segundo é o Conselho de Merenda, que naturalmente analisa a qualidade da merenda, os investimentos na aquisição de gêneros alimentícios etc. O terceiro e não menos importante é o Conselho do Fundeb, que analisa o que o município está fazendo com a verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), recurso que em Rio Bonito se aproxima dos R$ 30 milhões anuais e deveriam ser destinados unicamente na Educação.

Que tal participar desses mecanismos de fiscalização? Desculpem a minha franqueza, mas nós reclamamos muito e participamos pouco. Ficamos a espera de um salvador da pátria que não virá e nos esquecemos de nos organizar para reivindicar de forma organizada e cidadã as melhorias que almejamos para as nossas unidades escolares.

Chuvas e irresponsabilidades administrativas castigam Silva Jardim

Flávio Azevedo
Vários bairros de Silva Jardim foram erguidos de maneira irresponsável.
Do município vizinho de Silva Jardim-RJ, especificamente da localidade da Varginha, que há décadas sofre com a questão da falta de drenagem, chega um pedido de socorro. Segundo a moradora que entra em contato com a nossa página, a Escola Municipal Sônia Brandt, localizada em Cesário Alvim, por conta dos seguidos alagamentos tem sofrido bastante.

Apesar das constantes reclamações dos moradores, nenhuma providência foi tomada até aqui. “Toda vez que chove e isso! As crianças não tem aula e ninguém quer denunciar pelo fato de achar que vai dá em nada”, diz a reclamante.

Alô Prefeitura de Silva Jardim, não é possível que vocês estão copiando o exemplo do vizinho pangaré! Por vezes eu fico com a impressão de que o DOI-CODI por aí é ainda mais feroz que o de Rio Bonito. 

Cultura, Alagamentos e Esporte no Programa Flávio Azevedo

Flávio Azevedo
O Programa Flávio Azevedo dessa quinta-feira (21/02) já está no ar, hoje, outra vez destacando os efeitos da chuva que atingiu Rio Bonito e Região na madrugada dessa quinta (21). Em nossa pauta também está o “Rampa Night”, a versão noturna do Treinão, que foi um sucesso; e a 2ª etapa do The Best Voice Kids, realizado pela Associação dos Músicos e Artistas de Rio Bonito (Amarb), que rola, hoje, a partir das 19h, no teatro da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Bonito. 

O saque da carga de um caminhão de refrigerantes que tombou na BR - 101, na altura de Itaboraí, também é assunto por aqui como análise do comportamento da sociedade brasileira que insiste com a teoria de que no Brasil só os políticos são picaretas! 

A chuva é de Deus, a porcaria é do homem

Flávio Azevedo
Moradores do Ipê, precisamente da Rua Vereador Agenor Duarte, pedem a presença da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, no bairro. A cobrança é que seja feita uma inspeção nos bueiros, em sua maioria obstruídos, o que está provocando alagamentos e a água está invadindo as casas.

Comerciantes das principais ruas de Rio Bonito também denunciam bueiros entupidos, o que tem provocado o retorno da água pelo ralo dos banheiros de várias lojas. Os alagamentos também fazem a água entrar pela porta das lojas.

Passando para o outro lado do balcão, fica a pergunta: de onde é esse lixo que está obstruindo os bueiros? Sim, fomos nós que jogamos no chão e ele acabou parando no bueiro!

CURIOSIDADE: na chuva de terça-feira (20/02), foram encontrados um sofá e um microondas boiando no valão. Eu tenho certeza que esse material não foi descartado de maneira irresponsável por Mandiocão, pela vice-prefeita, pelos vereadores ou por qualquer secretário municipal.

Tragédia se anuncia na Paulino Siqueira, na Praça Cruzeiro-RJ

Flávio Azevedo
No último dia 29 de janeiro, atendendo pedidos de moradores do bairro Praça Cruzeiro, precisamente da galera que utiliza as escadarias da Rua Paulino Siqueira, nós fizemos, aqui na página, um pedido à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), no sentido de que ela atentasse para a manutenção das escadarias, observasse a questão dos barrancos no entorno, a limpeza do local etc.

Segundo os moradores, que dizem ter ligado para a Semosp (2734-1020), ninguém apareceu para verificar as reclamações. Com as últimas chuvas, o barranco está desmoronando, as pessoas seguem aflitas e na expectativa de que alguma coisa realmente seja feita no trecho!

Madrugada de alagamentos em Rio Bonito

Fávio Azevedo
Os meus amigos e seguidores arriscariam dizer onde alagou, outra vez, no Centro de Rio Bonito, por conta da chuva que caiu no município nas primeiras horas dessa quinta-feira (22/02)?

"Rampa Night" leva desportistas a rampa de Voo Livre da Serra do Sambê

Flávio Azevedo
Apesar do mau tempo, um grupo de desportistas participou na noite de quarta-feira (21/02), do “Rampa Night”, a versão noturna do Treinão, que no próximo mês de abril completa dois anos de atividade. O grupo partiu da Praça Fonseca Portela, no Centro de Rio Bonito, por volta das 19h30min. O destino, a rampa de Voo Livre, da Serra do Sambê. Cerca de uma hora depois da partida todos estavam na rampa aproveitando o clima de montanha, a vista noturna de Rio Bonito e cidades adjacentes.

O “Rampa Night” foi o primeiro evento noturno organizado pelos integrantes do Grupo Corredores de Rio Bonito, Amigos da Onça e Equipe Rum. Os participantes aprovaram novidade.
Falas

Um dos coordenadores do Treinão, Anderson Barreto; falou da nova experiência, revelou que os coordenadores do Treinão planejam eventos diferentes para os próximos meses e deixou um recado para quem não participou por medo da chuva. Já Flaviano Marins destacou o clima da novidade e frisou que “depois desse primeiro evento noturno, o próximo dará muito mais gente”.

Fios da rede elétrica seguram árvore que caiu em Cidade Nova

Flávio Azevedo
Boa parte das árvores no Centro urbano de Rio Bonito está destruída por cupim.
Moradores da Cidade Nova, em Rio Bonito, estão preocupados com uma árvore que caiu, por volta das 13h, dessa quarta-feira (21/02), sobre os fios da rede energia elétrica. Aproveito a oportunidade para lembrar que em janeiro de 2015, durante uma reunião da Agenda 21, o biólogo Leonardo Luiz de Almeida Ferreira, que atuava na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Bonito, alertou para o estado das árvores que estão de pé na área urbana. 

Segundo ele, “a maior parte dos indivíduos arbóreos está infestado de cupim e outros parasitas". Isso deixa a árvore, doente, oca e isso leva risco a população, sobretudo por estarmos numa região de tempestades, chuvas e ventos fortes. “Chega uma hora que árvore cai e um acidente sério pode acontecer”, disse o biólogo.

De 2015 para cá alguém viu alguma ação da Secretaria de Urbanismo (responsável pela retirada de árvores no Centro urbano) nessa direção? A providência que a gestão anterior tomou foi dispensar o biólogo que fez esse importante alerta! Bando de pangaré! Rio Bonito sofre na mão de prefeitos pangarés!

Alagamentos e sessão Legislativa no Programa Flávio Azevedo

Flávio Azevedo
O Programa Flávio Azevedo dessa quarta-feira (21/02) já está no ar, hoje, destacando os efeitos do alagamento que atingiu Rio Bonito na tarde dessa terça (20) e o retorno das sessões da Câmara Municipal de Rio Bonito. Vereadores retornam as sessões frisando a importância do dialogo com o poder Executivo.

Vereadores de Rio Bonito retomam os trabalhos falando em dialogo com o Executivo

Flávio Azevedo
As sessões Legislativas de Rio Bonito foram retomadas nessa terça-feira (20/02). Vereadores governistas e independentes abriram os trabalhos falando da necessidade dialogo entre os poderes, Executivo e Legislativo.

Recado aos puxa sacos e abutres

Flávio Azevedo
Para quem acha que as reportagens, postagens e matérias que faço sobre os alagamentos em Rio Bonito é uma mera implicância com o prefeito, eu publico essa imagem que chegou para mim nessa terça-feira (20/02), do Loteamento Schueler. Cerca de 15 minutos de chuva forte foram suficientes para gerar inúmeros prejuízos. Essas crianças que aparecem em cima de um sofá, acuadas pela água, são membros de uma família que mais uma vez perdeu tudo, porque a água subiu e invadiu moradias! É para essa situação que chamo atenção.

Há 30 anos esperamos um planejamento para pensar ações que amenizem os impactos dos temporais em nosso município. Tempestades e chuvaradas, sobretudo nas estações quentes, são marcas da nossa Região. Como amenizar os efeitos das intempéries? Alguém já viu alguma discussão sobre isso? Políticos em campanha lembram disso no palanque? Pois é... Cenas como essa são consequências do "voto mal dado".

Teve até peixe no alagamento dessa terça em Rio Bonito

Flávio Azevedo
Nessa terça-feira (20/02), em Rio Bonito/RJ, cerca de 15 minutos de chuva forte, foi suficiente para outra vez alagar a área do Mercado Municipal e adjacências. Dessa vez o alagamento aconteceu com uma novidade: um peixão nas águas da chuva, na Rua Arthur Bernardes.

Alagamentos em Rio Bonito no "Conexão Flávio Azevedo"

Flávio Azevedo
Alagamentos em Rio Bonito é assunto do "Conexão Flávio Azevedo" dessa terça-feira (20/02). Por volta das 17h, cerca de 15 minutos de chuva forte foram suficientes para alagar inúmeras ruas do Centro e bairros periféricos. 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Presos em Tanguá com moto roubada em Rio Bonito

Flávio Azevedo
Vitor e Michel presos na operação.
Por volta das 10h30min dessa terça-feira (20/02), policiais militares de Tanguá (2ª CIA) prenderam, Vitor Matheus Bazilio Willeman e Michael Pereira da Silva. A dupla trafegava pela BR – 101 com uma moto, marca Honda, modelo CG, cor preta, placa LKT – 3556. O veículo, produto de furto, segundo o aplicativo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) foi roubado em Rio Bonito. 

Segundo o registro feito na 70ª DP (Tanguá), durante patrulhamento na BR – 101, os policiais viram dois homens trafegando numa moto sem placa, sem capacete e em alta velocidade, que ao avistarem a viatura tentaram fugir, mas foram alcançados. Depois da revista pessoal e consulta da procedência do veículo, os agentes da lei descobriram que a moto era produto de furto com registro feito na 119ª DP (Rio Bonito). 

Na 70ª de Tanguá, Vitor foi reconhecido como componente do tráfico em Tanguá, contatou-se que ele possui diversas passagens pela Polícia por tráfico de drogas e que existia contra ele um mandado de busca e apreensão (0014280-08.2016.8.19.0023).

Depois dos procedimentos protocolares na 70ª DP, Vitor e Michel foram conduzidos para a 119ª DP. A dupla acabou presa conforme determinação do Artigo 180 do Código Penal Brasileiro (adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte).

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Extração de areia destrói Meio Ambiente em Nova Cidade

Flávio Azevedo
A área do areal ganhou uma lagoa profunda e de grandes dimensões.
O Brasil produz anualmente cerca de 700 milhões de toneladas de areia e brita. A exploração de minerais precisa ser autorizada por municípios, estado e governo federal. A atividade tem como um dos principais interessados a construção civil, uma das maiores cadeias produtivas do país, pois gera emprego, riqueza e oportunidades.

A exploração mineral, porém, é permeada pela ambição, pelo desrespeito a legislação e, principalmente, pela degradação do Meio Ambiente. A retirada de areia, por exemplo, geralmente representa danos significativos a natureza, porque impacta o solo, desmata e leva riscos ao lençol freático. Especialistas afirmam que de acordo com a extensão do dano ambiental, até o clima de uma Região pode ser alterado. As empresas do setor geralmente atuam na clandestinidade e quando apresentam documentos, eles estão vencidos ou falta alguma coisa.

Em Nova Cidade, 2º Distrito de Rio Bonito, na antiga Fazenda Imbiara, a exploração de areia está acontecendo há quase 10 anos. Moradores afirmam que tudo acontece sem nenhuma fiscalização, controle de impactos e denunciam um amplo desmatamento na área que, hoje, conta com duas lagoas de onde se extrai areia. Ainda segundo os moradores, olheiros são espalhados pelo bairro para denunciar a presença de fiscais. O trânsito de caminhões que transportam areia prejudica as pessoas que têm doenças respiratórias, por conta da poeira; e danifica a pavimentação asfáltica, uma vez que o piso não foi projetado para suportar o trânsito desses veículos, que geralmente rodam com peso acima do permitido.
Em julho de 2017 o governo federal estabeleceu mudanças para a mineração. O código que norteava a atividade, em vigor há mais de 50 anos, foi modernizado, modificado em 23 pontos, sendo os principais deles a ampliação do prazo de pesquisa, a determinação de que o minerador é o responsável por recuperar a área degradada e a ampliação da penalidade para quem descumprir a legislação. As multas passaram a ter teto de R$ 30 milhões. O Departamento Nacional de Produção Mineral é o órgão que controla a exploração de tudo que está no subsolo, por serem propriedade da União. Todavia, a fiscalização não é eficaz e quando chega aos pontos de mineração o impacto ambiental já é grande, o que contribui para que muitas áreas nunca sejam recuperadas. 

Empresários do setor se queixam da burocracia, de morosidade para se liberar os licenciamentos e denunciam o tradicional “colocar dificuldade para vender facilidade”. Já os mecanismos de controle acusam as mineradoras de não olhar a compensação ambiental com o mesmo interesse que extrai a areia e enxergam o lucro.

A nossa reportagem conversou sobre o assunto com o secretário municipal de Meio Ambiente, Geovane Geraldo. De acordo com ele, o areal de Nova Cidade está regularizado.
O impacto ambiental é flagrante na área explorada pelos mineradores.
A compensação ambiental deve ser orientada por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais das ciências agrárias, da área de solo e da Biologia. Em conjunto esses profissionais indicarão as espécies da mata nativa que devem ser plantadas na região impactada, para que a recuperação seja bem sucedida e os rios voltem a ter vida.  

As atividades de recuperação de áreas degradadas pela extração de areia envolvem dois tipos de operação: a recuperação física, quando se adota medidas que estabilizem o terreno explorado, o que pode ser possível com a constituição de taludes e bermas; e a recuperação biológica, que é o reflorestamento do entorno da área minerada. 

Os planos de lavra e recuperação precisam ser feitos simultaneamente, porque a mina não se encerra quando a jazida se esgota, mas quando a área está recuperada.

“Safari” e curso de “Sobrevivência na Selva” na volta as aulas do Júlio Romero

Flávio Azevedo
Na próxima segunda-feira (19/02), as aulas da rede municipal de Educação serão retomadas para o ano letivo de 2018. Por conta disso, chega da localidade da Viçosa um pedido de socorro. Uma mãe me manda fotos onde vemos a área da Escola Municipal Júlio Romero; tomada pelo mato. Pelas imagens que recebo, os parece que os alunos terão aula de “safari” ou de “sobrevivência na selva” nessa primeira semana de aula! 

Alô Secretaria de Educação! "Vamos que vamos" resolver isso?

O tráfico crescerá em Rio Bonito com ou sem intervenção na Segurança Pública do Rio

Flávio Azevedo
A cocaína provoca euforia, bem estar e sociabilidade, sensações que nem todos conseguem naturalmente, por isso a pessoa usa novamente, mais uma vez e acaba dependente.
Eu escrevo notícias há mais de 10 anos. Comecei no jornalismo em 2005. No interior, o jornalista não pode se dar ao luxo de escrever apenas sobre um segmento (Cidade, Esporte, Política, Moda, Polícia, Economia, Educação), como acontece com os profissionais que atuam nas grandes mídias. Sendo assim, embora não me agrade, mas eu sempre cobri as notícias policiais. As prisões por tráfico de drogas correspondem a 99% das notícias da editoria de Polícia das minhas mídias. A proximidade com o assunto me permite dizer que em cerca de 10 anos, o tráfico se fortaleceu e a clientela aumentou. Também posso dizer olhando os números, que Rio Bonito sempre recebeu marginal de outros centros urbanos.

Há cerca de seis anos – a 119ª DP ainda funcionava no Centro – eu registrei uma prisão no momento em que ela aconteceu. Prenderam três jovens. Dois deles eram do Jacaré, no Rio. O terceiro era de Rio Bonito. Perguntei aos ‘estrangeiros’ o que faziam aqui e a resposta do mais falante chamou a minha atenção.
 – Moço, o comando manda nós vim pra cá e nós vem. Prendero nós, mas tem mais gente aí e outros virão, porque tem que olhar o negócio. O comando manda nós vim, nós vem. Eu não queria vim pra cá não, sabe? Mas o comando mandou a gente vem – disse o preso.

Naquele tempo, muita gente boa defendia a ideia de que o Comperj seria a razão do aumento da criminalidade em Rio Bonito. Até alguns crimes de ordem passional eram atribuídas a chegada do Comperj. Todavia, antes do investimento da Petrobras em Itaboraí, o cenário já era esse. Prendeu três? Dois eram de fora, um era de Rio Bonito. Em várias oportunidades, o grupo todo era de fora. Rio Bonito sempre recebeu representantes do tráfico para “olhar o negócio”.

O Comperj não vingou, mas a criminalidade cresceu e segue crescendo, porque ao contrário de outras atividades, o tráfico não depende do Comperj. Surgiu então outra crendice da qual até eu fui adepto por algum tempo: “as UPPs vão fazer os marginais migrarem para as cidades do interior, entre elas Rio Bonito”. Não é bem assim. Com ou sem Comperj, com ou sem UPP, os representantes do “Comando” sempre estarão por aqui.
Com o tempo o organismo se acostuma com a droga, o que faz o usuário buscar doses mais altas para alcançar os efeitos agradáveis do início do uso.
Agora, diante da comentada intervenção federal na Segurança Pública do Rio, surge outra crendice: “o volume de marginais vai aumentar nas cidades de menor porte”. Que lorota! Vacinado que estou para esse tipo de argumento, eu já me posiciono frontalmente contra essa ideia, porque a nossa realidade é muito mais triste que essa: em Rio Bonito, o tráfico de drogas é um negócio próspero, porque o consumo de drogas aqui é um dos mais altos do Rio de Janeiro. A nossa garotada usa cocaína com força. Junte a essa peculiaridade, o fato da nossa cidade ser uma espécie de entreposto, porque quem leva drogas para outras Regiões, quase que obrigatoriamente tem que usar a rodoviária de Rio Bonito. Isso sem comentar as duas rodovias que cortam o território riobonitense, artérias econômicas importantes do país.

Vários delegados já apontaram para um fato curioso que é uma marca de Rio Bonito. A maconha é um produto pouco visto por aqui. O volume de cocaína que se apreende em comparação ao de maconha, o volume de gente vendendo cocaína em todos os bairros, mostram que o consumo de cocaína aqui é alto.
– O normal é apreendermos 1kg de maconha e 100 gramas de cocaína. Em Rio Bonito, porém, isso se inverte. Por vezes nós ficamos dias sem ver um grama de maconha. Mas cocaína é possível apreender toda hora. Nem em comunidades importantes do Rio de Janeiro você encontra esse cenário. Aqui, sobretudo os jovens, gostam muito de cocaína e o volume de usuários é muito maior do que se pensa – revelou um dos delegados que já respondeu pela 119ª DP (Rio Bonito) em entrevista a nossa reportagem.

A sociedade riobonitense, porém, é cínica, sobretudo a classe média alta, onde estão os clientes mais importantes do tráfico de drogas. Gente que posa de bom moço e que tenta esconder os seus “usos e costumes” condenáveis chamando atenção para as falhas daqueles que estão inseridos na política. É comum encontrar os figurões que sustentam o tráfico fazendo inclementes críticas a prefeito e vereadores. Todavia, eles seguem votando, apoiando e financiando os criticados. Mas por quê? Na verdade é tudo um jogo de cena. Não existe preocupação com os equívocos administrativos, mas uma tentativa de desviar o nosso olhar para uma direção em que não seja possível enxergar os maus “usos e costumes” dessa “gente boa”.
Romper com o vício é difícil. Sem a droga o indivíduo tende a ficar deprimido, irritadiço e insone.
O tráfico é um baita negócio em qualquer lugar. Para quem não gosta de trabalhar é uma grande oportunidade. Mas Rio Bonito se destaca nesse cenário, porque conta com clientes que têm condições de pagar pelo consumo, o pagamento é a vista, o lucro é alto e nesse negócio não existe dívida, porque a cobrança é a vida do devedor. 

Não reconhecer essa triste realidade é fazer como o avestruz, que quando se sente acuado enfia a cabeça na areia e deixa todo corpo do lado de fora a disposição do inimigo. Em relação ao tráfico de drogas, a maior parte dos riobonitenses está com a cabeça enfiada na areia há anos e quando tiram de lá é para inventar alguma teoria que consiga desviar o foco dos seus “maus usos e costumes” ou dos seus amigos de pelada, de negócios, de jogo etc.