quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

O desmatamento acabou com as chuvas de Rio Bonito

Flávio Azevedo
Depois da chuvarada que caiu sobre Silva Jardim nessa quarta-feira (27/12), a quinta-feira, 28, também foi de aguaceiro na Região de Aldeia Velha, um dos pontos turísticos importantes do município. As imagens de quarta e quinta foram registradas por Flávio Campos, empresário da localidade. Em seu perfil, no Facebook, ele comenta que enquanto territórios do Nordeste sofrem com a seca, em Silva Jardim existe água a vontade.

Todavia, não é preciso ir ao Nordeste para testemunhar a crise hídrica. Uma rápida circulada nas mídias sociais mostra que em Rio Bonito, município vizinho a Silva Jardim, o precioso líquido está desaparecendo e as tradicionais chuvas que outrora deram a cidade o apelido de “piniquinho de São Pedro”, estão cada dia mais esparsas, que não regam a plantação e tão pouco irrigam os mananciais.
Reservatório da CEDAE em Braçanã está praticamente seco.
Enquanto sobra água em Silva Jardim, em Rio Bonito, sobretudo na Região de Braçanã, o precioso líquido está desaparecendo. As imagens do reservatório da CEDAE quase vazio mostram que depois de anos desmatando e destruindo a mata das montanhas onde estão as nascentes que irrigam os rios de Braçanã, o homem começa ver a consequência dos seus atos. 

A Região de Braçanã seguramente é o ponto de Rio Bonito mais degradado nas últimas três décadas. Os reservatórios vazios e os rios quase secos mostram que trocar a floresta por pasto e carvão tem o seu preço e não é barato. Ou sociedade e poder público se organizam para reflorestar o que foi destruído ou o saudoso Salto d’Água, uma das cachoeiras mais visitadas de Rio Bonito irá desaparecer em breve.

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