quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Funcionários do Hospital Regional Darcy Vargas pedem socorro

Flávio Azevedo
A retirada de direitos trabalhistas e gratificações do salário dos funcionários do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV) já não é novidade. Aconteceu no último pagamento, eu noticiei aqui e pela enxurrada de mensagens e telefonemas que eu estou recebendo aconteceu de novo. Diante da reincidência – não adianta veicular “notinha oficial” dizendo que a informação é falsa – eu quero saber o que os funcionários irão fazer; e que medidas serão tomadas pelo sindicato que representa a categoria. Aproveito a oportunidade para deixar, mais uma vez, uma dica a diretoria do HRDV: “atacar o rendimento do funcionário, o único segmento que mantem o hospital funcionando, não é nada razoável”, sobretudo porque já não ganham grande coisa. 

Aos colegas funcionários do HRDV, eu alerto que não adianta meia dúzia mostrar descontentamento e se movimentar no sentido de fazer greve etc. Caso ocorra algum tipo de mobilização na “luta pelos direitos”, todos devem participar, porque o calo aperta no pé todos e quando o benefício chega todos são contemplados.

Na assembleia dos associados do HRDV do último domingo (09/10), quando a nova diretoria foi eleita, o presidente José de Aguiar Borges, o Kaki, comentou que o hospital está pegando um "empréstimo com os funcionários" e que os valores retirados serão devolvidos assim que possível. Eu discordo dessa alternativa, mas esse é o caminho escolhido pelo presidente na tentativa de amenizar a situação de penúria que atinge do hospital.

Aliás, eu devo acrescentar que brigar com o funcionário, sobretudo a rapaziada do nível técnico, médio e fundamental é muito mais fácil do que lutar com a classe política para receber valores que os governos (municipal e estadual) devem ao hospital. Também é mais fácil que tentar tapar os velhos ralos que significa cutucar gente graúda! Como diz o adágio popular, “a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco”. 

Curiosidade

Eu gostaria de destacar que o Hospital tem R$ 1,7 milhão para receber do governo do Estado. Esses valores são referentes a cirurgias de câncer, internações, exames e quimioterapia que ultrapassaram o teto contratado (a historia do extra-teto). Penso que a classe política poderia lutar por esses recursos. Por outro lado, a direção da unidade também deveria acionar judicialmente o Estado com vistas a receber esse recurso. 

O dinheiro está fazendo falta, é um direito do Hospital, mas parece ser mais fácil retirar uns caraminguás dos funcionários. Aliás, colaboradores e pacientes que fazem tratamento de câncer (580 pessoas) agradecem qualquer manifestação na direção do bom senso. Eu sugiro o enfrentamento do verdadeiro vilão: o governo estadual.

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