quarta-feira, 6 de julho de 2016

Algumas reflexões sobre o Hospital Regional Darcy Vargas

Flávio Azevedo
Em relação ao Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), as informações dessa quarta-feira são de que a Emergência seguirá fechada até que a instituição disponha de material para o setor. Somente os casos muito graves serão acolhidos no Pronto Socorro da instituição, que vive nova crise. Segundo declaração dos vereadores de Rio Bonito, nessa terça-feira (05/07), a Prefeitura liberou R$ 218,00 mil para o hospital. A informação foi confirmada pelo novo presidente, Elmo Cruz, que passou a tarde negociando com fornecedores a compra de insumos e medicamentos.

Os atendimentos emergenciais estão todos sendo direcionados a UPA de Rio Bonito, que não se sabe até quando estará aberta, uma vez que a dívida do governo do Estado com a Prefeitura é da ordem de R$ 6 milhões, valores referentes a 15 meses sem os repasses do Estado para a manutenção da unidade, cerca de R$ 400 mil/mês. O vereador Aissar Elias afirmou que a suspensão do atendimento na Emergência, não foi uma decisão da diretoria, mas uma iniciativa dos médicos do setor, diante da falta de condições de trabalho. 

Esse cenário horroroso mostra que Rio Bonito segue sem representatividade política junto aos governos, estadual e federal; e sem credibilidade junto a sociedade riobonitense, que diante das notícias de má condução da instituição nos últimos anos, tem o pé atrás em relação ao hospital. Também chama atenção, a inércia dos associados do HRDV, que se manifestam esvaziando assembleias e “reclamando da vida” em encontros informais. O que se percebe é que ninguém tem coragem de se posicionar de forma institucional e quem faz algum movimento nessa direção não é apoiado, porque fazer o que é preciso significa se indispor com muitos e até perder a amizade de alguns, porque os resultados todos sabem quais seriam.

Enquanto isso, o Hospital Regional Darcy Vargas, instituição que já foi uma das principais referências do interior do Estado do Rio de Janeiro, segue patinando no escorregadio chão dos caprichos pessoais, da falta de representatividade política, das tribos que tentam dominar a instituição, na incompetência política dos prefeitos de Rio Bonito que se revezam no poder, sobretudo porque eles, para chegar ao cargo, acabam fazendo alianças que os deixam com o rabo preso com as referidas tribos que dominam a instituição.

Aos que se sentiram direta ou indiretamente mencionados, a minha recomendação é de que tomem brio e entendam que a guerra fria entre famílias, pessoas e tribos prejudica Rio Bonito e uma das nossas principais referências: o Hospital Regional Darcy Vargas. Enquanto quem tem completos planos de Saúde e condições de recorrer aos hospitais de outros centros briga por “babaquice”, o nosso povo morre a mingua.

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