domingo, 13 de março de 2016

Assaltos e roubos voltam a aumentar em Rio Bonito

Flávio Azevedo 
A imagem ilustrativa
A insegurança volta a rondar as ruas de Rio Bonito. Essa semana vários episódios de assaltos e roubos a mão armada foram registrados na cidade. Entre eles a nossa reportagem destaca o roubo da moto NXR; placa KPG 9886, propriedade de Gigliola Oliveira, moradora da Praça Cruzeiro. O roubo aconteceu nas imediações do Estádio Alfonso Martines (Cruzeiro). Os marginais renderam a vítima e levaram, além da moto, documentos e o Smartphone.

O “arrastão de motoqueiros” é outra modalidade de crime que tem sido praticada pelos marginais em vários lugares e já chegou a Rio Bonito. O último episódio aconteceu há cerca de uma semana, na Av. Sete de Maio. As vítimas foram estudantes que acabavam de sair da escola. Três motos pararam, os marginais que estavam na garupa desceram e recolheram dinheiro, aparelhos de telefone celular e mochilas de grife dos estudantes. 

Os furtos de veículos no estacionamento da ferrovia, no Centro de Rio Bonito, também merecem destaque. Alguns são levados de maneira traumática. Foi o que aconteceu na manhã última quarta-feira (09/03), quando um morador do bairro Caixa D’Água foi roubado e levado pelos marginais. Ela havia acabado de entrar no carro, estacionado no trecho próximo ao Banco do Brasil, quando dois homens entraram no veículo e exigiram que ele dirigisse até Itambí, em Itaboraí, onde ele foi deixado pelos ladrões.

Desdobramentos

As notícias de roubos e furtos incomodam as autoridades policiais, sobretudo porque a sociedade equivocadamente entende ser o controle da violência, uma atribuição especificamente da Polícia. Para fugir da responsabilidade que é dela, a classe política, nos últimos 50 anos, vendeu a lógica de que oferecer Segurança é colocar a polícia na rua, o que não é verdade. Não é possível esquecer que bandidos e criminosos são importantes para a classe política, sobretudo para aqueles que buscam votos em ambientes como porta de delegacia, porta de hospital e capela funerária.

O marginal tem família e o político abutre sabe que a mãe do marginal, por mais criminoso que seja o filho, ela sempre acredita que um dia ele vai se regenerar. Está criado o cenário ideal para o político abutre oferecer carro para visitas ao presidio; e advogado para soltar e/ou relaxar a pena do marginal. Iniciativas classificadas pelo abutre e seus puxa sacos como “frutos de um coração bom e humano que se compadece com o infortúnio alheio”.

Rio Bonito mais seguro

Em Rio Bonito, os instrumentos que precisam ser implantados para combater a violência já estão definidos e são anunciados pelos políticos quando estão em campanha. Todavia, ao assumir o mandato apenas aquilo que consiste criar emprego para encabrestar cabos eleitorais sai do papel. Os investimentos em monitoramento, sala de inteligência e a contratação de policiais militares em dia de folga ficam no esquecimento e são enxergados como despesa, quando deveriam ser classificados como investimento na qualidade de vida do cidadão, uma das marcas de Rio Bonito. Transformar os atuais guardas patrimoniais em Guardas Municipais é outra iniciativa urgente.

A vigilância das entradas e saídas da cidade e não aquela piada de “uma cabine da PM em cada bairro” é outra medida interessante para combater a violência. Rio Bonito tem um dos metros quadrados mais caros do Estado do Rio de Janeiro. Os alugueis em terras riobonitenses são absurdamente caros. Mas qual a justificativa para preços tão exorbitantes se a cidade em questão é insegura, exposta a ação dos marginais, conta com um efetivo policial diminuto e mal aparelhado, emprega agentes municipais mal distribuídos e pessimamente remunerados?

A sociedade precisa exigir da classe política, que já está em polvorosa em busca dos votos, projetos e ações direcionadas ao bem estar da coletividade. Até, agora, o planejamento está direcionado a “quanto vamos ganhar” e não “ao que podemos oferecer” ou “como podemos contribuir”. Por outro lado, os eleitores se esquecem de perguntar “o que você vai realizar”, porque estão preocupados em saber “quanto e o que você vai me dar”.

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