terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Salgueiro, sincretismo religioso e a intolerância...

Na última sexta-feira (05/02), eu produzi uma reportagem sobre a agressão contra um signo religioso que estava grafado nos azulejos da Biquinha da Bela Vista, em Rio Bonito. A imagem foi rasurada, certamente, por alguém sem educação ou que se sentiu incomodado e/ou ofendido com a imagem. A reação da comunidade católica foi imediata e muito razoável. Eu não sou católico e me senti ofendido!

Nessa segunda-feira (08/02), assistimos o desfile da escola de samba Salgueiro. O enredo escolhido abordou uma das crenças afro-brasileiras, o que fez agremiação vir para a avenida repleta de signos religiosos referentes a letra do seu samba enredo. Curiosamente, nas mídias sociais o volume de comentários jocosos e intolerantes – que eu já havia lido e ouvido no ensaio técnico – sobre o enredo da Salgueiro não está sendo pequeno.

INTOLERÂNCIA é o que vejo a cada esquina e em muitas postagens por aqui! A impressão que eu tenho é que faltam, respeito, educação, bom senso e a percepção de que aquilo que não queremos para a nossa Religião não devemos fazer com a outra.

Volto a dizer que eu nasci num lar evangélico e não curto Carnaval. Todavia, na qualidade de espectador eu não vejo problema em externar a minha opinião quanto ao desfile da Salgueiro, que não me agradou (até aqui achei que a Beija Flor foi mais bonito). Detestei a roupa, traje, fantasia, (dei lá como chama, porque eu não entendo muito do assunto) da Viviane Araújo. Achei, porém, sensacional o carro que representava uma praça e os tipos que geralmente estão nesses espaços de convivência.

Eu não vejo problema nos comentários dessa natureza, mas aquilo que transcende o olhar técnico da ocasião deveria ser guardado e se possível pesado na balança do bom senso e do respeito ao outro. #flavioazevedo 

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