sábado, 19 de setembro de 2015

Espetáculo “Estúpido Cupido” mergulha na inocência ‘transviada’ dos anos 60

Flávio Azevedo 
Quem viveu os anos 170 assistiu “Estúpido Cupido” e se lembra de Maria Tereza Muniz, uma jovem que sonhava ser Miss Brasil. A história, contada em 160 capítulos, era assinada por Mario Prata e acabou entrando para história da teledramaturgia brasileira pelo sucesso de audiência e por ter sido a última produção em preto e branco da TV Globo (os dois últimos capítulos foram em cor). Se você não lembra ou não era nascido na década de 70, a trama está em cartaz no Imperator, no Centro Cultural João Nogueira, no Meier, e traz no elenco a atriz Françoise Forton, que viveu a Maria Tereza, a Tetê, em 1976.

A trama é totalmente diferente, foi montada como musical e diverte o público nos 90 minutos de espetáculo. A trilha sonora é um espetáculo a parte. O público é embalado por canções como “Banho de lua”, “Lacinhos cor de rosa”, “Tetê”, “Broto Legal”, “Biquíni de bolinha amarelinha”, entre outros. Com 11 atores no elenco, 16 coreografias inspiradas no twist e em outros ritmos daquele tempo, “Estúpido cupido” não abandona o clima de comédia romântica, uma das marcas da trama na TV. 
Meu momento tiete juto dos atores do espetáculo. Ao lado de Françoise Fourton, a minha esposa. 
Com texto assinado por Flavio Marinho, a peça mantém o clima ingênuo que dominava a telenovela e “aqueles tempos”. A história se passa no século XXI. Tetê (Françoise Forton), ex-miss, transformou-se em uma atriz famosa e apresentadora de programa de TV. Por insistência da melhor amiga da escola, Ana Maria (Clarisse Derzié Luz), aceita ir a um reencontro da turma de colégio. A festa é temática: anos 1960 e 70. Tetê então reencontra a rival Wanda (Sheila Matos), o ex-marido Frankie (Aloísio) e uma antiga paixão, Teddy (Bonow) que chega de lambreta, acompanhado de sua jovem namorada de 21 anos, Danielli (Carla Diaz).

Desfilam no palco os tipos bom moço, bad boy de casaco de couro, a bad girl e as mocinhas comportadas, numa mistura de elementos que remetem a filmes como “Juventude transviada” (1955) e “Grease — Nos tempos da brilhantina” (1978).

O recurso dramatúrgico da festa de colégio funciona como um túnel do tempo, em que os personagens voltam ao passado, ainda que emocionalmente. Em cena, há uma realidade espelhada, com os personagens refletidos como eram na juventude. Apenas Carla Diaz, que vive Danielli, a namorada do gostosão Teddy, não tem um duplo, porque não viveu aquele momento que os outros revisitam. Segundo Marinho, ela é o próprio convidado bem trapalhão, numa referência ao filme de 1968 estrelado Peter Sellers em que o ator faz misérias em uma festa para a qual foi convidado por engano.

Serviço: Estúpido Cupido

Temporada: 14 de agosto a 20 de setembro, sextas e sábados às 21h e domingos às 19h30
Local: Imperator - Centro Cultural João Nogueira - Rua Dias da Cruz, nº 170 - Méier
Ingressos
Sextas: balcão e plateia sentada R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Sábados e domingos: Balcão R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) / plateia sentada R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
Classificação etária: 10 anos

Maiores informações: (21) 2596-1090

Fonte: O Globo

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