segunda-feira, 20 de julho de 2015

Prefeitura de Rio Bonito anuncia calote nos profissionais de Educação

Flávio Azevedo 
Diante do impacto orçamentário nos cofres municipais, a Prefeitura de Rio Bonito está ingressando na Justiça para não pagar o piso nacional aos profissionais de Educação. O direito está garantido pela Lei 2069 de 2015 que foi promulgada pela Câmara de Vereadores e publicada no último dia 20 de junho. Usando essa jurisprudência e a mesma argumentação (estou sem grana para cumprir com as minhas responsabilidades), eu também vou recorrer a Justiça para garantir o direito de não pagar o IPTU. Será que o veredito será a meu favor?

Fecho essa reflexão fazendo três simples perguntas que ninguém consegue me responder:

1) Por que a Prefeitura pode contratar funcionários sem assinar Carteira de Trabalho e garantir direitos trabalhistas, quando o empresário, que realmente gera riqueza e emprego, não pode? Se o empresário quiser fazer um processo seletivo e contratar funcionários sem pagar 13º, FGTS, INSS etc., ele pode?

2) Por que a Prefeitura pode se recusar a pagar o piso nacional dos profissionais de Educação, um direito da categoria; e o empresário não pode fugir do salário que os sindicatos de categoria determinam?

3) Não seria interessante a Prefeitura respeitar os seus colaboradores e funcionários para ser exemplo para a iniciativa privada, onde ainda encontramos negligência aos direitos trabalhistas?

sábado, 18 de julho de 2015

Os bastidores da eleição e comando do Hospital Regional Darcy Vargas

Flávio Azevedo 
Na manhã desse domingo (19/07), os associados do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV) se reúnem em assembleia para escolher o novo comando dessa instituição que tem 72 anos de fundação e 53 de funcionamento. Segundo fontes, apenas uma chapa, encabeçada pelo empresário, Silvino Flores, foi registrada. As vice-presidências serão compostas por Elmo Marques da Cruz, Carlos Augusto Albuquerque e Marcio Soares, respectivamente. Na tesouraria, Djalma de Paula e Walter Terra. Na Secretaria, Marcelo Benevides e Leilton Abrahão. Na procuradoria da instituição, o advogado Saulo Borges.

O Conselho Fiscal passará a ter a seguinte composição: Aníbal Nogueira, Antônio José Alfradique, José de Aguiar Borges, Marcelo Cardoso, Cleuma Balbi, Luiz Osmar Vieira, Rozany Meirelles, Paulo Carvalho, José Ronaldo Ferreira e Edson Araújo.

A expectativa dos grupos políticos que acompanham as notícias que envolvem o HRDV é pela natural força que a prefeita Solange Almeida ganha no comando da instituição, uma vez que boa parte dos nomes têm ligações com a chefe do Executivo. Sinceramente, eu duvido muito que ela tenha vida fácil, mesmo com uma diretoria formada por “amigos”, uma vez a ordem maçônica segue predominando os principais cargos de comando da unidade hospitalar.

Se existe um grupo forte e que sabe atuar nos bastidores de qualquer setor e poder, esse grupo é a Maçonaria. Em vários momentos da historia da humanidade isso fica evidente! Cabe lembrar que há anos a ordem tem maioria nos assentos de comando do HRDV e essa é a razão da derrocada política dos grupos, Mandiocão e Solange, nas tentativas frustradas de comandar o hospital.

Penso que toda e qualquer tentativa de colocar “amigos” na direção do HRDV, sob a expectativa de alcançar o comando da casa, jamais irá frutificar diante dos laços de “irmandade” dos integrantes da Maçonaria. Estamos falando de laços muito mais sólidos que acordos políticos. Eu tenho certeza que o “canto da sereia”, característica natural aos políticos, nunca surtirá efeito sobre aqueles que contam com o “Olho da Providência” como amuleto.

O HRDV é uma entidade que representa poder. É uma entidade que movimenta um valor da ordem de R$ 2 milhões por mês; oferece cerca de 400 empregos; e caso queira tem legitimidade para determinar quem vive e quem morre. Quem comanda essa casa tem poder e se não souber lidar com esse poder destrói vidas, inclusive, a dele próprio.

Estudei, pesquisei, conversei e li bastante sobre a história da Maçonaria, uma ordem milenar. O que aprendi estudando sobre a ordem é suficiente para que eu finalize esse texto com a seguinte provocação: o revezamento de Mandiocão e Solange na Prefeitura de Rio Bonito continua enquanto a Maçonaria entender que deve continuar. O comando nos demais cargos e funções importantes da nossa cidade também segue essa lógica.

Somos todos corruptos!

Flávio Azevedo 
Querendo você ou não, o deputado federal, Eduardo Cunha é um representante do povo. Ele e todos os políticos do nosso país foram legitimamente eleitos. Portanto, ele e qualquer outro, também nos representam quando cometem atos condenáveis. Acrescento que se os nossos políticos são marginais, bandidos, ladrões, traficantes, enganadores, mentirosos e corruptos, eles representam a essência do povo brasileiro, que através do voto coloca esses homens e mulheres nos cargos que estão por uma série de razões, geralmente escusas.

Quando a população for honesta, sincera, olhar a política como organização da sociedade e não como oportunidade de negócios, automaticamente esse sentimento será transferido aos cargos eletivos e aos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) que regem a sociedade.

Desculpe amigos, mas tudo de horrível que acontece na política, seja na esfera federal, estadual ou municipal; representa a nossa essência e não adianta pular. O político não veio de Júpiter, ele não é dinamarquês, finlandês ou japonês. Ele é brasileiro e como todo e qualquer brasileiro, ele leva para os cargos que ocupa e atividades que desenvolve, os nossos traços sociais e de caráter.

Quando o povo brasileiro for essencialmente decente, a nação será decente e pessoas desse quilate não terão vez nos cargos de comando! Por enquanto, o que temos para nos governar são essas pessoas que representam com eficiência o POVO BRASILEIRO. E não adianta pular, porque essa é a realidade. Quer mudar? Comece a mudança por você!

Quanto a argumentação de que foram eleitos, a trupo do PT e do PMDB, por causa do bolsa família. Em minha modesta opinião essa é a argumentação é de quem usa o senso comum para análises sociais e técnicas. Essa tese nada mais é que uma cortina de fumaça que pretende obscurecer e ofuscar as verdadeiras razões para o caos. O negócio é muito mais profundo! Estamos falando de uma rede que tem o seu início nos cargos mais graúdos de Brasília e chega aos municípios mais distantes do país.

Basta analisarmos o seguinte: como pessoas que respondem uma série de processos podem ser candidatas a cargos eletivos? E mais: essas pessoas ainda dizem abertamente que estão de pé em suas funções, porque têm a proteção de políticos do alto escalão do país! Mas não é só isso! Existe o outro lado da moeda, que é mais grave. “Por que nós votamos nessa gente mais suja do que pau de galinheiro?". Qual a razão? Estamos buscando o que, quando entregamos o nosso voto a essas pessoas? Eu não estou falando especificamente de Rio Bonito. Eu falo do país inteiro.

São essas perguntas que nós precisamos amadurecer, responder sem medo da resposta que sabemos antecipadamente qual é. A verdade amigos, é que todos nós somos cúmplices desse jogo sórdido e da desfaçatez política que conduz o nosso país, o nosso estado e nosso município ao caos. Como não há argumentação contra esses fatos, quem está ‘cagado’ e/ou dentro da ‘cagança’ prefere desqualificar as reflexões sobre o tema com ataques de cunho pessoal e particular ao crítico, numa tentativa pobre e tresloucada de desqualificar a verdade que está sendo exposta.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Tem que ter coração de 'comendador Zé Alfredo'!

Flávio Azevedo 
O Centro de Saúde do Coração funciona próximo ao Ambulatório Municipal Loyola, na Mangueirinha, em Rio Bonito.
Durante o programa Flávio Azevedo​ dessa quinta-feira (16/07) o telefone toca. Do outro lado, a ouvinte diz que depois de esperar dois meses, ela foi ao Centro de Saúde do Coração para fazer um eletrocardiograma (ECG). Porém, ao chegar ela foi informada que “não poderia fazer o exame, porque o aparelho estava quebrado”. A ouvinte conta que ficou muito chateada com o ocorrido e disse ter ficado ainda mais indignada com a situação de inúmeras pessoas que moram em localidades distantes e estavam lá na mesma situação! “Que falta de respeito!”, criticou.

Achei interessante que na última terça-feira (14/07), eu fui abordado na rua por uma pessoa que fez a mesma reclamação e comentários similares. Essa pessoa que me abordou, que “é” ou “era” cabo eleitoral do atual governo, fez ainda uma revelação que mostra bem o nível da cara de pau das pessoas. Segundo ela, quando reclamou do aparelho quebrado, inclusive, do tempo de espera para realizar o exame, e sugeriu que as pessoas fossem informadas da não realização do exame por telefone, a atendente fez a perspicaz observação: “você não está mais no governo?”. Ou seja, de acordo com a lógica dessa atendente, que deve ser mais um desses mísseis teleguiados do atual governo, quem presta serviço para a gestão municipal não pode enxergar as barbeiragens administrativas que ocorrem na Prefeitura e tem que fingir, mesmo diante de prejuízos para a sua Saúde, que está tudo certo.

Mas eu gostaria de fazer outros questionamentos: o município só tem um aparelho de ECG? Escangalhou o aparelho de ECG titular, não tem um substituto até que o outro seja consertado? É isso mesmo? E que demora é essa para fazer voltar funcionar um equipamento tão simples? Gente, não é um tomógrafo ou um magneto de ressonância magnética! É um simples aparelho de ECG, que o município deveria ter pelo menos uns 10 deles espalhados em postos estratégicos!

Na ficção novelística, Zé Alfredo
usou substância que parou o coração
para simular sua morte. 
Bem, diante de tanta desfaçatez, ainda me aparece uns idiotas tentando defender o indefensável e dizendo que eu estou exagerando em minhas críticas. Alô DOI-CODI! Essa é mais uma questão que vocês poderiam ajudar a resolver! Ou o defeito do aparelho de ECG também é culpa da crise do COMPERJ?

MORAL DA HISTÓRIA: as supostas sacanagens que podem estar ocorrendo no Hospital Regional Darcy Vargas​, aquelas que já estão sendo apuradas pelo Ministério Público (MP) e pela Câmara de Vereadores, não podem ofuscar o estado de penúria da Saúde Pública em Rio Bonito. Estamos falando da falta de medicamentos, da demora na realização de exames, da falta de profissionais, da queda de qualidade da UPA, entre outros absurdos que também deveriam ser alvo de investigação do MP e da Câmara de Vereadores.

#riobonitopedesocorro

terça-feira, 14 de julho de 2015

Centenário do Palhaço Carequinha será sem brilho em Rio Bonito

Flávio Azevedo 
Estivesse entre nós, George Savalla Gomes, o saudoso “Palhaço Carequinha”, um dos filhos mais ilustres de Rio Bonito, estaria completando 100 anos no próximo sábado (18/07). Carequinha nasceu em Rio Bonito em 18 de julho de 1915 e faleceu em São Gonçalo, em 05 de abril de 2006, aos 90 anos. Em São Gonçalo, o nome de Carequinha foi dado ao Teatro Municipal da cidade.

Em Niterói, a Sala Carlos Couto, no Teatro Municipal de Niterói, promove desde o último dia 02 de julho, uma exposição que recebeu o nome de “Homenagem ao Centenário do Palhaço Carequinha”. Nesse evento, através de fotografias, discos de vinil e DVD’s, é contada a história desse personagem que foi um ícone do circo brasileiro. A exposição estará em cartaz até o dia 28 de agosto e pode ser visitada de terça a sexta, das 10h às 18h; e aos sábados e domingos, das 15h às 18h.

E em Rio Bonito, cidade natal de Carequinha? Qual a movimentação pelo seu centenário? Bem, até aqui eu só tenho notícias de um pequeno evento que será promovido pelos integrantes do Grupo de Serenata Lua Branca, que receberá amigos para uma seresta na Sociedade Musical e Dramática Riobonitense, na noite da próxima sexta-feira (17/07), dia que antecede o centenário de Carequinha.

Enfim, o dia daquele que tanto promoveu alegria será de tristeza, sobretudo por entendermos que, hoje, não existe interesse Oficial para a preservação da memória de nossas raízes, dos nossos ícones e grandes vultos. Uma pena!

sábado, 11 de julho de 2015

Nova ferrovia Rio-Vitória só será diferente se políticos e eleitores estrearem novas posturas

Flávio Azevedo 
A Audiência Pública aconteceu nessa sexta-feira (10/07).
A sexta-feira (10/07) foi marcada pela Audiência Pública que discutiu a nova ferrovia Rio-Vitória (EF-118). O evento aconteceu na Associação Comercial do Rio de Janeiro e políticos importantes do Estado e dos municípios que serão impactados com a novidade estiveram presentes. Os governadores, Luiz Fernando Pezão (RJ) e Paulo Hartung (ES), marcaram presença. Foi apresentado, segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Osório, o projeto de engenharia, incluindo traçado detalhado, infraestrutura da obra, potencial logístico, integração com a malha ferroviária nacional e com os portos dos estados envolvidos e o potencial de geração de negócios.

Ainda no seu post, o secretário comenta que essa é a primeira rodovia do Brasil, desse novo pacote do governo federal em investimento de infraestrutura que vai à audiência pública e representa uma grande chance de posicionarmos o Rio de Janeiro entre os grandes centros logísticos do mundo. Ele lembra também, que num momento de crise, R$ 8 bilhões serão investidos para a conclusão das obras para o novo traçado ferroviário em todo o estado.

Presente ao evento, o vereador Marcos Fernando da Fonseca, o Marquinhos Luanda, explica que a sua preocupação no evento era com o perímetro urbano de Rio Bonito, porque algumas mudanças poderiam gerar um caos ainda maior no trânsito da nossa cidade. Ainda segundo o vereador, o projeto foi modificado e será construído um novo trecho desviando a ferrovia por fora do centro das cidades de Rio Bonito e Tanguá. O parlamentar, que é bem próximo do secretário Carlos Osório, acrescenta que também foi abordada a possibilidade da cessão do trecho que será desativado, para criação de um trajeto turístico entre Rio Bonito e Tanguá. Ou seja, o uso da ferrovia para o transporte de pessoas nessas cidades.
– Aproveitei a ocasião, também para conversar com o Secretário Estadual de Transportes Osório sobre a implantação do bilhete único em Rio Bonito. Ele se comprometeu em marcar uma reunião para tratarmos do assunto – escreveu o vereador em seu perfil no Facebook.

Já o presidente da Câmara de Tanguá, vereador Luciano Lucio, aproveita a ocasião em que o Turismo nos dá a impressão de que começará a ser pensando com seriedade pelos governantes e pode deixar de ser olhado como abrigo para encaixar simpatizantes do governo, e anuncia para o próximo dia 16 de julho, na Câmara de Vereadores, um Fórum de Turismo. “Estou contando com a presença de todos que se interessam por esse assunto, em Tanguá e Região, porque precisamos pensar as possibilidades de geração de renda e perspectivas cidadãs que serão abertas com os investimentos que podem ser feitos no setor Turístico”.

Análise

Será que o lobby dos empresários do setor rodoviário deixará esses projetos saírem do papel? Vale lembrar que as empresas de ônibus são as principais contribuintes de campanha política. E se alguém ainda não sabe, os recursos disponibilizados a cada campanha eleitoral, seja em esfera estadual ou municipal, é empregado na compra de voto, exatamente dos 'boca abertas' que usam o transporte público, reclamam das tarifas praticadas, criticam os monopólios que não são quebrados etc.

Essas pessoas esquecem que a passagem só tem esse valor, porque o empresário precisa recuperar o dinheiro disponibilizado em campanha para comprar o voto de quem vota e depende do transporte público. Na verdade essa é uma equação de difícil resolução, porque mudar esse cenário obriga quem vota e é votado a sair da zona de conforto e abandonar práticas no mínimo indecentes. O pessimismo é inevitável, sobretudo por conhecermos bem a cabeça infantil e irresponsável de quem vota!

As histórias de escândalos e corrupção são expostas Brasil a fora, a reclamação da crise é geral, mas essa turma que vota não toma vergonha na cara na hora de entregar o voto. Continuam pensando no individual, esquecendo o coletivo e votando com o estômago e com o fígado. Muitos sabem disso, mas poucos têm coragem de falar. Por isso, o processo de transformação da sociedade acaba sendo lento, porque o "espírito vaselina" impera em todos nós!

E não considerem deselegantes essas reflexões, porque nós estamos de saco cheio dessa turma que não aprende votar, simplesmente porque os olhos são maiores que a cara. Sucesso aos políticos da nova geração que esperamos realmente estar pensando o assunto com espírito público. Que se portem de forma diferente desses que até aqui olharam as nossas cidades como se ela fosse um feudo ou cube de amigos! Tomara que as nossas impressões estejam equivocadas em relação ao que passa na cabeça desses que vão às urnas eleitorais no próximo ano, mas depois de 20 anos olhando as decisões tresloucadas de quem vota e é votado, não é possível pensar diferente.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

‘Verdades Secretas’ expõe verdades da sociedade brasileira

Flávio Azevedo 
Personagens da trama, Alex é o pai desatento da espevitada Giovana.
A novela Verdades Secretas, apesar de toda crítica que recebe por conta das suas cenas de sexo e nudez, na última segunda-feira (06/07) promoveu uma reflexão à sociedade brasileira, que anestesiada com o sensacionalismo da cena em que, sem saber, pai e filha se encontram num quarto de hotel para um ‘programa’. A filha não sabia que o pai tem fetiche por “novinhas”, pagando quantias vultosas para fazer programas com elas; e o pai não sabia que a filha, iniciante na carreira de modelo, está se prostituindo através do 'book rosa', mecanismo que ele mesmo está cansado de contratar.

Ambos ficam chocados com o encontro e o pai, interprertado pelo ator, Rodrigo Lombardi, fica desesperado com a ‘verdade secreta’ que acaba de descobrir. A cena é bem típica de todo pai que não percebe que os filhos cresceram, sejam eles meninos ou meninas. Mas não foi essa cena que chamou a minha atenção. O que entendi como muito significativo e uma lição para todos nós foi o dialogo do pai com a terapeuta, profissional que ele procura para desabafar e buscar ajuda. A profissional dá sugestões e faz ponderações que devem ser compartilhadas a exaustão.


"Acho melhor você e a mãe dela serem menos omissos... Tentarem se relacionar de verdade, participar mais da vida da sua filha". O pai já havia dado um castigo na filha, porque ele descobriu que ela estava fumando maconha. Sobre esse assunto, a especialista pergunta “ela deixou de fumar? Vocês conversaram sobre isso? Você sabe como ela fumava, com quem, quanto, quando?”... Nitidamente percebe-se que o pai teve a iniciativa de castigar a filha pelo delito, mas não abraçou a jovem.
Preocupado com o comportamento da filha, o empresário procura ajuda de uma terapeuta e ouve verdades que geralmente chocam os pais da seja ficção ou na vida real.
A terapeuta sugere que o pai apoie o sonho de ser modelo da filha e ele diz que deseja proibir. Ela dá uma dica importante que pode ser estendida a todo pai. “Incentive a carreira dela, porque a questão não é você... O que você quer... Tente ser pai, dono da sua filha você não vai ser jamais”. No fim do diálogo, a terapeuta dá outra dica importante para o pai fictício que cabe como uma luva para os pais da vida real: “conviva com ela, converse, se interesse por ela, descubra quem é a sua filha, tente ser amigo... E aí vocês vão parar de guerrear e ambos lucrarão com isso”.

Nesse caso especificamente, terapeuta e pai discutem a escolha da jovem em se prostituir e o que fazer diante dessa iniciativa. A novela, querendo ou não, retrata a realidade da sociedade e aborda o leque de escolhas equivocadas dos nossos jovens, que quase sempre são motivadas pelo distanciamento, por vezes involuntário, dos pais. Está claro que os jovens que enveredam pelo caminho das drogas, da criminalidade e de outras práticas erradas precisam de ajuda, pulso firme e também de afago e carinho.


Enquanto a grande mídia explora, o sensacionalismo que envolve a questão do ‘book rosa’, onde a modelo em inicio de carreira escolhe se prostituir para aumentar o seu orçamento, eu prefiro explorar o trecho da trama que expõe uma verdade nada secreta da sociedade brasileira: o distanciamento dos pais na formação dos filhos. Creio que essa é uma reflexão que nós precisamos abordar despidos de preconceitos, discriminações e tabus que envolvem o assunto. Concluo afirmando que a sociedade tem jeito, basta querer e perceber que existem verdades que devem o quanto antes sair do armário.

Em Rio Bonito já não é possivel tirar Nota Fsical Eletrônica

Flávio Azevedo 

Quando prestamos serviço, nós precisamos tirar Nota Fiscal Eletrônica (NFE), que tem o simpático nome de “Nota Sambê” em homenagem a Serra do Sambê, um patrimônio de Rio Bonito. O problema é que vivemos em Rio Bonito, onde impera a BAGUNÇA ADMINISTRATIVA, outro patrimônio nosso. Eu recebi um e-mail do contador explicando que a partir do dia 10 de julho não iriamos conseguir tirar a NFE, por questões técnicas e administrativas entre o município e a empresa responsável prestação de serviço. Hoje, porém, oito de julho, já não é possível tirar a NFE.
Se alguém da Secretaria Municipal de Fazenda estiver pensando em vir aqui fazer algum esclarecimento, faça-me um favor, desapareça, porque eu sei que toda e qualquer ‘conversa fiada técnica’ só tem um objetivo: encobrir a lambança administrativa que assola o nosso município e a evidente falta de compromisso e respeito com o contribuinte.
É chegada a hora de empresários, contadores e prestadores de serviço de Rio Bonito abandonarem a peculiar 'vaselina', outro patrimônio de Rio Bonito, e exigir que os gestores da nossa cidade tenham pelo menos vergonha na cara, porque 'o fundo do poço é logo ali'. Alô integrantes do DOI-CODI! Por que vocês não se dedicam a resolver essas pendências?‪#‎riobonitopedesocorro

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Alegoria da campanha eleitoral

Flávio Azevedo
Ouvi uma figura da política contando uma “historinha” interessante sobre a diferença entre o céu e o inferno. A moral da história é que por terem o cotovelo ao contrário, seja no céu ou no inferno, para se alimentar as pessoas precisam colocar a comida na boca do outro. No céu isso acontece, no inferno não. Essa “historinha” me fez lembrar uma alegoria que também envolve céu, inferno e política. Eis a narrativa:

Um político foi atropelado e morreu. Na porta do paraíso, ele dá de cara com São Pedro.
– Bem vindo – cumprimenta São Pedro.
– Antes que você entre, há um probleminha. Como raramente os políticos aparecem por aqui, não sabemos o que fazer com você.
– Não vejo problema, é só me deixar entrar – diz o falecido.
– Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Depois dessas experiências você pode escolher onde quer passar a eternidade – frisa São Pedro.
– Não precisa, já resolvi. Eu quero ficar no Paraíso – diz o político.
– Desculpe, mas temos as nossas regras – definiu o pescador.

São Pedro acompanhou o político até o elevador e ele desceu até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo, num clube, todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado estavam felizes e contentes. Ele é cumprimentado, abraçado e começam a falar sobre os ‘bons e velhos tempos’. Jogam uma partida de golfe, comem lagosta, caviar, tudo num luxo só. Também está presente o Diabo, um cara muito amigável, muito simpático, solícito, que nada tem de “príncipe das trevas”. Satanás passa o tempo todo dançando e contando piadas. “Um excelente anfitrião”, conclui o político. O grupo se divertiu tanto, que antes que ele perceba, já é hora de ir embora.

O político retorna até São Pedro, que está esperando por ele para apresenta-lo ao Paraíso. Na imaginação do político, “se o inferno é tão agradável, imagine o paraíso!”. Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas felizes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas, cantam e antes que perceba o dia termina e ele retorna a São Pedro.
– E aí? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora já pode escolher a sua casa eterna – disse São Pedro.
O político pensa um pouco e muito desconcertado responde que nunca imaginou que faria tal escolha, “mas embora o Paraíso seja um lugar muito bom, eu acho que vou ficar melhor no Inferno”.

Sem questionar, São Pedro leva o decidido político de volta ao elevador e em poucos segundos ele chega ao Inferno. A porta abre e ele se vê num enorme terreno baldio cheio de lixo. Percebe que os seus amigos continuam por lá, mas estão todos vestidos com andrajos, maltrapilhos, trajam roupas rasgadas, sujas e buscam alimento no lixo. O odor do local é insuportável. Com os olhos lacrimejando por conta do forte cheiro enxofre, ele percebe que alguém coloca o braço sobre os seus ombros e diz um cínico “seja bem vindo!”. É o Diabo, que nitidamente não é aquele sujeito simpático e solícito que de antes.
– Não estou entendendo... Ontem eu estive aqui... Havia um campo de golfe, um clube, conforto, alegria, as pessoas comiam lagosta, caviar... Nós dançamos, nos divertimos... Agora o que vejo é esse inferno! Não consigo acreditar... O que aconteceu? – questiona o político em flagrante desespero.

O diabo olha fixamente para ele, sorri e com um ar de ironia, cinismo e desdém dá a seguinte resposta: “ontem estávamos em campanha. Agora, que já conseguimos o seu voto, o seu apoio e você faz parte do nosso grupo, você já pode conhecer a realidade!”.

Fonte: adaptação

domingo, 5 de julho de 2015

Sem liderança política a crise se avoluma e se agrava

Flávio Azevedo 
Porque a prefeita de Rio Bonito é a principal responsável pela crise econômica que atinge Rio Bonito? Essa é uma pergunta que não conseguiremos responder sem analisarmos as responsabilidades e comportamentos dos políticos e da sociedade. Não é correto colocar somente na prefeita, a culpa de um problema que é nacional e, sobretudo quando esse problema tem como nascedouro a própria sociedade que é irresponsável, adora um mole, curte a corrupção e transfere as suas atribuições para o outro. É bom acrescentar que nos países em desenvolvimento, a crise não é econômica, mas sempre estrutural e conjuntural.

E Rio Bonito exemplifica bem essa realidade, quando percebemos que a máquina pública não está preocupada com questões chaves como alugueis exorbitantes, falta de oportunidades, empresas encerrando as suas atividades (lojas fechando portas) etc. Não vemos nenhuma criatividade e iniciativa por parte do ente público, para lutar contra a crise – que sim, realmente é nacional. O governo municipal não debate esse tema e não busca liderar a sociedade riobonitense numa cruzada contra a crise. Diante desse cenário, o gestor do município acaba tendo a maior fatia de responsabilidade.

No último dia 24 de junho, por exemplo, numa reunião voltada aos empresários, evento fomentado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, o discurso oficial adotado foi de que o empresariado local se limita a choramingar e não reage às adversidades. Ora bolas, alguém está de brincadeira! Recentemente, o empresário Dalmo Henrique de Souza Lima, proprietário de uma das maiores distribuidoras de bebidas da Região, queria expandir os seus negócios para o Condomínio Industrial do município, mas a concessão foi negada.

Nesse mesmo período, marginais roubaram mais de R$ 100 mil de um supermercado da cidade, quando os funcionários levavam o dinheiro para o Banco. Que as lojas estão fechando nós estamos vendo. Que o preço do aluguel praticado em Rio Bonito está totalmente fora da realidade não há dúvida. O engraçado é que ninguém percebeu que nos últimos anos a iniciativa privada só investiu em imóveis. Virou uma febre esse negócio de fazer casa para alugar. Ninguém percebeu, a começar da classe política, que isso poderia gerar uma crise doméstica?

O município tem empresários importantes do setor imobiliário e eu não estou falando desse grupo. O transtorno vem dos curiosos que ao verem o aquecimento do setor largaram os seus negócios, venderam bens e migraram para essa atividade, mesmo não tendo lastro e experiência no ramo. Quando atribuímos aos políticos algumas responsabilidades que eles não gostam de ter é pelo simples fato de que prefeito e vereadores tinham que ter usado a liderança dos seus cargos nesse momento para frear a modinha do “fazer casa para alugar”. Quem comanda precisa, em alguns momentos, desagradar setores e pessoas em nome da coletividade. O problema é que essa galera só pensa em voto, manutenção de poder e no próprio umbigo.

Se não existe bom senso na questão dos alugueis, por que a Prefeitura não ergue um prédio (uma espécie de shopping) e faz concessão, GRATUITA, das lojas? Elimine luvas e outros instrumentos desnecessários e teremos muita gente interessada. Duvido que os alugueis exorbitantes das lojas convencionais não serão reduzidos. Aliás, quem se lembra da feira que ria ser feita dentro do Esporte Clube Fluminense há alguns anos? Alguns empresários reclamaram e o poder público, para atender esse grupo, não permitiu a realização da feira. Pergunto: qual a contrapartida disso para a população que consome? Nenhuma.

Termino destacando que se o poder público é ausente em nos liderar nessa cruzada desigual, o empresariado também não abre mão da margem de lucro para manter o riobonitense consumindo no comércio local. Ignoram o fato de que podem ganhar no montante. Assim, as excursões para São Paulo e Rua Tereza (Petrópolis) continuam acontecendo. Outro problema é a mentalidade tresloucada dos consumidores, que não debatem esses temas por desinteresse, desconhecimento, porque só sabem reclamar ou simplesmente porque não usam a cabeça para pensar coletivamente!

Esse cenário só existe porque não temos lideranças políticas de fato, uma vez que aqueles que ocupam funções de quem se espera essa postura se mantem no poder a reboque das deficiências estruturais e conjunturais da sociedade.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Marginais levam mais um carro, agora, próximo a Rio Ita

Flávio Azevedo 
Mais um ponto para os ladrões, que levaram outro veículo, nessa quinta-feira (02/07), próximo a garagem da Rio Ita, na Cidade Nova, em Rio Bonito. É o veículo que está na foto. Será que o Sistema de Monitoramento do município conseguiu identificar os criminosos? E as cabines nas entradas e saídas da cidade, não perceberam um carro roubado passando? Mas não nos foi prometido, na campanha de 2012, monitoramento em toda cidade? Se as minhas contas não estiverem erradas, esse é o quinto que se vai em sete dias.

Acrescento aqui que a Polícia tem feito a sua parte, só que eles não são onipresentes. Em nenhuma cidade existe um policial em cada esquina. Todavia, caso a cidade contasse com um sistema de monitoramento eficiente e com câmeras de boa resolução, apenas um homem conseguiria ver inúmeros lugares ao mesmo tempo. Acrescento que caso existisse vigilância nas entradas e saídas, o roubo não sairia da cidade. Eu não acho que precisa ser especialista para entender essa lógica!

Também ínsito na tese de que a instalação do monitoramento com equipamento eficiente e pessoal treinado seria, hoje, uma excelente contribuição as ações da polícia. Sobre abordagens da Polícia as pessoas, elas devem ser feitas em qualquer lugar e abordar qualquer pessoa, porque o marginal não trás um letreiro na teste dizendo que ele é marginal. Essa ações devem ser apoiadas por todos nós.

Eu discordo da tese de que "trabalhador" não pode ser abordado, como se o fato do sujeito ser trabalhador desse a ele o direito de andar sem documentos, com o veículo ilegal e sem capacete, caso o tal "trabalhador" esteja de moto. Dias atrás alguém veio reclamar comigo que foi abordado por um policial quando ele estava voltando do trabalho. Disse ele: "poxa, o cara viu que eu estava trabalhando, porque eu estava carregando uma régua, um balde de pedreiro no guidão e um saquinho de cimento na garupa".

Eu pedi desculpas e informei ao reclamante que essas ferramentas não devem ser carregadas numa moto. Disse ainda que embora ele estivesse vindo do trabalho, no meu entendimento régua, balde de pedreiro e saquinho de cimento não devem ser transportados numa moto. Bom, esse é meu entendimento! Mas eu percebi que ele não gostou da minha resposta! Em certos assuntos a falta bom senso não é só da classe política!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Projeto Rua do Lazer vira motivo de chacota em Rio Bonito

Flávio Azevedo 
No lançamento do projeto, em 2013, uma parceria entre Prefeitura e SESC deu a impressão de que esse seria um projeto diferenciado. Todavia, o comando do município insiste em nos provar as sua ineficiência.
Então a bolinha oferecida no projeto “Rua do lazer”, para jogar tênis de mesa, é a bolota de um desodorante “Roll-on”? Foi o que ouvimos na sessão Legislativa de Rio Bonito na última terça-feira (30/06), durante pronunciamento do vereador Marcos Luanda. Isso estaria acontecendo, porque não tem grana para comprar a bolinha de tênis de mesa. A compra de bolinhas, segundo o vereador Aissar Elias, estaria no setor de Licitação.

Quando esse projeto foi lançado, eu disse que não iria vingar. À época, eu fui acusado de estar torcendo contra. Na verdade, quem torce contra é o próprio órgão organizador, no caso a Prefeitura, que não reúne competência para fazer funcionar um projeto tão simples. Sabedor dessa realidade eu cravei: “não vai vingar!”. Cerca de um ano depois parece que mais uma vez eu tinha razão.

Acrescento aqui ainda, que é desnecessário fechar as duas mãos da Bela Vista para realizar o projeto, sobretudo quando ele está capenga como tem sido noticiado. Basta fechar a mão em frente a Praça da Bela Vista que está ótimo! Antes, porém, comprem as bolinhas para o tênis de mesa e providenciem os pula pulas. Um projeto chamado “Rua do Lazer” sem brinquedos é basicamente uma piada pronta!

Alô integrantes do DOI-CODI, vamos trabalhar? Alô puxa sacos que ficam no Facebook monitorando as nossas postagens, que tal justificar os salários fazendo algo útil para a população e para o governo que vocês defendem? Vamos providenciar pelo menos as bolinhas para o tênis de mesa e um pula-pula para a criançada!

Obrigado!