terça-feira, 2 de junho de 2015

A ilusão da consciência limpa

Flávio Azevedo
Dias atrás o comentarista Arnaldo Jabor comentou que os integrantes do Partido dos Trabalhadores sofrem da “síndrome de consciência limpa”. Ele destaca as declarações de Rui Falcão, presidente do PT, para quem todas as críticas que o governo federal tem recebido não passam de armação da mídia conservadora e daqueles que não se conformam com a vitória da presidente Dilma Rousseff, nas últimas eleições. Segue essa linha de pensamento o ex-presidente Lula.

O raciocínio do comentarista cabe como uma luva para alguns políticos riobonitenses, um grupo que Jabor classifica como “gente que mente de numa boa e de cara limpa”. Assim como o “mensalão” e o “petrolão” são negados por petistas, e segundo os grupos políticos ligados ao PT, essas histórias não passam de imaginação de alguns setores, em Rio Bonito os desatinos do governo municipal também são classificados por muitos integrantes do governo como uma armação daqueles que discordam do jeito de governar da mandatária, que nitidamente sofre com a “ilusão da consciência limpa”.

A suposta consciência limpa tem a pretensão de justificar ações equivocadas, atos falhos, iniciativas repreensíveis, decisões condenáveis, práticas ultrapassadas, posturas de cunho conservador, ausência de dialogo, perseguição de desafetos, centralização de poder e a eterna dificuldade de ouvir críticas, reprovações e até sugestões que representem deixar de lado a zona de conforto.

Na verdade, nós estamos analisando um grupo de indivíduos que não respeita a opinião pública e acaba rotulando quem reclama como “revoltoso”, numa tentativa explícita de desqualificar as críticas. A verdade que não querem enxergar é que a gestão municipal está perdida, errando muito, agindo como se Rio Bonito fosse uma propriedade privada e abusando do artifício de vigiar, perseguir e punir.

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