domingo, 24 de maio de 2015

A montagem mais polêmica da história do jornal O Tempo

Flávio Azevedo 
A imagem que satiriza a Operação Lava Jato e nomes ligados a Rio Bonito que aparecem nos noticiários envolvendo esse assunto estão dando o que falar.
A figura que você está vendo está gerando um monte de comentário nas mídias sociais e nas principais rodas de conversa de Rio Bonito e Região. A montagem, assinada pelo meu irmão, James Azevedo, meu sócio no jornal O Tempo, está dando o que falar. Diante disso, algumas ponderações, além dos cumprimentos ao meu irmão, tornam-se inevitáveis e indispensáveis:

1 – É bom diferenciar aqueles que não se agradaram por uma simples questão de gosto; dos que não se agradaram, como bem escreveu Nadelson Costa Nogueira Junior (no Facebook), por uma questão de “devoção” a um dos personagens retratados na imagem;

2 – Virgínia Borges (no Facebook)acertou em cheio: qualquer mídia, além de noticiar e informar, ela tem que gerar lucro, porque ela é uma empresa. Como estamos falando de uma mídia que é distribuída gratuitamente por ter sido custeada pelos seus colaboradores, digamos que essa edição vendeu muito bem, chamou atenção e os seus anunciantes tiveram excelente visibilidade;

3 – A aula sobre traços, charge e caricatura que o nosso Saulo Santiago (no Facebook)acaba de oferecer foi espetacular, assim como a análise jurídica feita por Nadelson (no Facebook). Vocês foram precisos;

4 – Saber que devotos não ficaram satisfeitos, como acontece nos casos dos apelidos, nos força a pensar em outras charges para continuar incomodando, e logicamente, vendendo;

5 – Quanto a pendengas judiciais, caso isso ocorra, nós iremos transformar cada passo da referida pendenga num constante noticiário. O desenrolar do caso será noticiado passo a passo, e sempre trazendo, é claro, a imagem que gerou o imbróglio;

6 – Curiosidade: tenho visto achando muita graça dessa montagem, um monte de gente que ficava zangada quando produzíamos esse tipo de arte com o prefeito Mandiocão. Por outro lado, eu tenho encontrado descontente, um monte de gente que aplaudia quando retratávamos o ex-prefeito Mandiocão em artes semelhantes;

7 – A arte serviu para noticiar o fato, inclusive, para aqueles que não prestam atenção no noticiário político ou para aqueles que ainda não haviam se inteirado da situação;

8 – Ao contrário de boa parte daqueles que integram o governo, nós aceitamos as críticas direcionadas ao que nós produzimos. Aliás, como defensores da liberdade de expressão, nós entendemos que todos têm o direito de elogiar, criticar e até sugerir novas artes e/ou montagens.

Para finalizar, uma historinha: meses atrás, alguém muito sabido, logicamente, do governo; andou circulando uma montagem me comparando ao personagem “Téo Pereira”, da novela Império (até eu achei engraçado!). A minha filha recebeu a imagem de uma coleguinha por WhatsApp. Com a montagem em mãos ela me perguntou: “papai, onde você encontrou o homem da novela?”. Dei uma gargalhada, sentei com ela e expliquei do que se tratava. Os meus amigos e familiares ficaram indignados e eu os alertei que por ser uma pessoa pública, eu estou exposto a esse tipo de coisa.

Conclusão: o dia em que eu não quiser ficar exposto, eu volto a aplicar injeção e exercer a função de técnico de enfermagem, que eu curto muito. Aos que não quiserem ser alvo desse tipo de situação, a minha recomendação é similar, deixem a vida pública. Cresci ouvindo o meu saudoso pai dizendo o seguinte adágio popular: “quem não pode com mandinga não carrega patuá”!

Abraço amigos!

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