domingo, 30 de novembro de 2014

Serra do Barbosão em Tanguá/RJ sofre desmatamento em área de preservação

Flávio Azevedo 
Em março de 2012, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), policiais civis da 70ª DP (Tanguá) e militares do 35ª BPM (Itaboraí), realizaram uma grande operação conjunta na Serra do Barbosão para coibir desmatamentos, o que prova ser esse um assunto muito antigo e que segue longe de ser resolvido.
Desmatamento em área de preservação no município de Tanguá, mais precisamente na Serra do Barbosão, um dos pontos onde ainda se pode se encontrar a vilipendiada Mata Atlântica, foi um dos assuntos denunciados através do programa Comunidade Livre, da Super Rádio Tupi 1340 AM Leste Fluminense, desse sábado (29/11). De acordo com o jornalista, Francisco Carlos Gomes da Silva, o Professor Chico; e o vereador, Gilmar Cordeiro, o Gilmar da Van, a Serra do Barbosão está sendo desmatada em área de preservação. O Professor Chico acrescenta que esteve por lá e constatou que as denúncias são verídicas. Moradores das proximidades afirmam, segundo o professor, que o vereador de Tanguá, Aldecy dos Santos, o Chico Preto, seria um dos proprietários de terra que está desmatando área preservada.

Também presente no programa, o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (CCS) de Tanguá, Sidnei Aguiar, o Sidinho Boto, explicou que essas informações já chegaram às autoridades estaduais e eles já informaram que farão uma operação na Serra do Barbosão para fiscalizar as denúncias de desmatamento. Chamou atenção dos integrantes da mesa a informação de que um dos responsáveis pelo desmatamento é o vereador Chico Preto, sobretudo porque o parlamentar tanguaense é o presidente da Comissão de Meio Ambiente do poder Legislativo do município.

Em participação no programa, o vereador Gilmar da Van afirma que vai visitar a Serra do Barbosão, garantiu que fará fotos de tudo que encontrar, vai recolher provas e com esse material ela vai levar o caso ao Ministério Público. Tudo indica que este assunto terá vários desdobramentos. Com a palavra, o vereador Chico Preto, e setores como o Conselho Municipal de Meio Ambiente, a Agenda 21 e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Estudo da UFRJ confirma

No site da Agenda 21, as informações de um estudo feito em 2008 mostra que o desmatamento percebido, agora, não é novidade. Segundo o material que fala sobre Tanguá, o município tem 6,2% de sua área protegida por uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, o Parque Natural Municipal Serra do Barbosão, cujo plano de manejo, em 2008, estava sendo elaborado, mas parece que não evoluiu. A Serra do Barbosão é considerada o grande patrimônio ambiental de Tanguá.

O estudo, que foi feito pelo Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente da Universidade Federal do Rio de Janeiro, chama atenção para a falta elaboração do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Serra do Barbosão, especialmente a regularização fundiária (desapropriação). O estudo já havia constatado que há invasão e desmatamento na área.

Também foi percebido que o desmatamento avança sobre trechos pequenos e médios da Mata Atlântica que já estão isolados entre si, reduzindo as chances de conectá-los a fragmentos de vegetação mais extensos e, portanto, ecologicamente viáveis. Mesmo as áreas florestadas mais extensas já estão sendo afetadas pelo desmatamento, registrado também em zonas de amortecimento das Unidades de Conservação.

Ainda segundo o relatório da UFRJ, existe áreas verdes no território municipal, extensa reserva de mata nativa e áreas propícias ao reflorestamento, “mas falta prioridade ao combate ao desflorestamento, além de prevenção e combate efetivos aos incêndios”.

Nota da redação: os desmatamentos na Serra do Barbosão e as infrações ao Meio Ambiente não são novidades em Tanguá. Por exemplo, no Blog “Tanguá Agora”, um texto, publicado em setembro de 2013, aborda uma cobrança do vereador Luciano Lúcio, que questionou o licenciamento para uma suposta ação da mineradora EMITANG na Serra do Barbosão.

Indústria e Comércio de Futsal já têm classificados à próxima fase

Flávio Azevedo 
A partida entre Zaniboni (de azul) e Boteco do Cruzeiro era uma das mais esperadas da competição.
Terminada a 6ª Rodada do Campeonato Municipal de Futsal da Indústria e Comércio, três equipes, da categoria masculina, já garantiram classificação para a próxima fase da competição: Vip Tur (15 pontos), Boteco do Cruzeiro (13 pontos) e Zaniboni Seguros (12 pontos). Com 10 pontos na tabela, a MGU está na quarta colocação e depende dos próprios esforços para ser a quarta e última equipe classificada. Na categoria feminina, Sport House (12 pontos), Cerâmica Marajó (9 pontos), Shekinah (9 pontos) e Eloin Empreendimentos Imobiliários (9 pontos) já se garantiram na fase decisiva.

Numa rodada que contou com uma sexta-feira (28/11) de jogos importantes e decisivos, a Zaniboni Seguros venceu o Boteco do Cruzeiro pelo placar de 6x4. A embalada equipe do professor Júlio César Freitas, o Cabeça; não conseguiu mostrar o futebol das partidas anteriores, acabou envolvida pela experiência e maior organização da Zaniboni e saiu de quadra derrotada. A partida teve tempos distintos. Um primeiro tempo onde o Boteco do Cruzeiro dominou amplamente as ações, mas não conseguiu transformar as muitas oportunidades em gol e por isso desceu para o intervalo perdendo por 2x0. A equipe voltou com menos pressão no segundo tempo, conseguiu fazer quatro gols, mas a Zaniboni soube administrar o resultado, fez outros quatro gols e ficou com os três pontos do confronto.

No jogo de fundo, a Academia Pró-Physico do até ali artilheiro da competição, José Egger, enfrentou o MGU. Num jogo de seis pontos, porque as equipes brigavam entre elas pela quarta vaga da próxima fase, o goleiro Ricardo Conceição teve uma noite de glória e foi fundamental para que a MGU saísse vitoriosa (6x2). Pelo menos cinco defesas de cinema podem ser atribuídas ao arqueiro da MGU, que saiu de quadra aclamado como “herói do jogo” pelo seu torcedor.

O dia seguinte 
A equipe da Vip Tur segue sobrando e apresentando o melhor Futsal da competição até aqui.
No sábado (29/11), pela categoria feminina, o Engenho do Castelo venceu a Doluga por 4x2. Já pela categoria masculina, o Supermercado Mano venceu o Rio Ita por 5x1. A última partida, entre Vip Tur e Salão do Paulinho, deu a lógica: vitória da Vip Tur (11x2). Entre os torcedores, ninguém pergunta mais se a Vip Tur vai vencer. O que se pergunta é se a Vip Tur vai fazer mais de 10 gols no jogo, uma vez que o carrossel azul, sobretudo no segundo tempo, tem sido impiedoso com os adversários. Até aqui a equipe vem sobrando, mostra precisão nas finalizações, marcou 51 gols em cinco jogos e tem o artilheiro da competição: Ari Quintanilha, com 12 gols. Um dos vices artilheiros da competição, Lucas Pintas, que já marcou 11 gols, também é da Vip Tur. A dupla marcou 23 vezes, quase a metade dos gols da equipe.  

Ribomáquinas ainda sonha

Com nove pontos na tabela, a Ribomáquinas têm chances de classificação, mas precisa vencer os seus jogos e torcer por derrotas da MGU. Na próxima terça-feira (02/12), a equipe enfrenta a Academia Pró-Physico. Ser derrotado nesse jogo representa dar adeus a qualquer possibilidade de classificação. Além de vencer, a Ribomáquinas terá que secar a MGU, que, na sexta-feira (05/12), enfrenta o Salão do Paulinho e faz uma sequência de jogos difíceis: Mano Supermercado (clássico do 2º Distrito); e Zaniboni Seguros. Depois de enfrentar a Academia Pró-Physico, a sequência da Ribomáquinas é contra Salão de Paulinho e Supermercado Mano.

Jogos esperados 
A Sport House lidera a categoria feminina e segue sendo uma das favoritas ao título da competição.
Embora os classificados para a próxima fase estejam quase todos definidos, alguns confrontos são aguardados com muita expectativa pelo torcedor. Dois deles acontecem no próximo sábado (06/12), em jogos válidos pela 8ª rodada, quando se enfrentam Cerâmica Marajó e Sport House (16h), pela categoria feminina; e Zaniboni e Vip Tur (17h), pela categoria masculina. Os confrontos prometem e significam Ginásio Antônio Figueiredo lotado. Outro encontro aguardado está marcado para o feriado de segunda-feira (08/12), quando se enfrentam Boteco do Cruzeiro e Vip Tur, às 20h.

Principais artilheiros

Ari Quintanilha, o artilheiro até aqui.
Terminada a sexta rodada da competição, cinco goleadores já ultrapassaram os 10 gols. A artilharia é liderada por Ari Quintanilha (Vip Tur), que marcou 12 vezes. Na vice-artilharia, três jogadores: José Egger (Academia Pró-Physico), Lucas Pintas (Vip Tur); e Fernandinho (Boteco do Cruzeiro), que marcaram 11 vezes. Com 10 gols marcados, Felipe (Boteco do Cruzeiro). Outros dois artilheiros aparecem com nove gols: Murilo (Zaniboni Seguros) e Wemerson (MGU).

Pela categoria feminina, a artilharia é liderada por Samara (Cerâmica Marajó), que marcou oito vezes até aqui. As vice-artilheiras, com sete gols, são as atletas Daniele (Cerâmica Marajó); e Raissa (Shekinah). Com seis gols, Andressa e Vitória, da Eloin Empreendimentos Imobiliários.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Conselho Municipal de Saúde de RB promove encontro entre representantes da Prefeitura e Hospital Darcy Vargas

Flávio Azevedo 
A reunião inicialmente foi marcada por muito desentendimento entre a prefeita e o advogado Leonardo Martins...
Com o objetivo de ouvir a prefeita Solange Almeida e a direção do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV) sobre a prestação de serviço da instituição à população de Rio Bonito, o Conselho Municipal de Saúde promoveu uma reunião entre as partes na tarde do último dia 19 de novembro. A reunião aconteceu na sede administrativa da Secretaria Municipal de Saúde, na Bela Vista. Também estava presente o secretário Municipal de Saúde, Anselmo Ximenes; a vereadora, Marlene Carvalho; conselheiros e funcionários da Secretaria de Saúde e do HRDV. A reunião foi proveitosa, muitos esclarecimentos foram dados, mas em vários momentos os representantes de Prefeitura e Hospital estiverem com os ânimos acirradíssimos.

Há meses uma queda de braço e troca de acusações vem acontecendo entre os representantes do poder Executivo e do HRDV. Enquanto a prefeita afirma estar em dia com os seus pagamentos e repasses para a instituição; do HRDV saem informações de que os problemas financeiros enfrentados ocorrem por culpa dos débitos que a Prefeitura tem com o hospital. Em meio a essa queda de braço, o grande prejudicado é o cidadão, que, sobretudo, nos fins de semana, ao buscar atendimento, não encontra médicos, principalmente Pediatra e Obstetra.

A gota d’água pode ter sido a mobilização de funcionários do HRDV, que estiveram na Câmara de Vereadores na sessão do último dia 18 de novembro, com o intuito de pedir socorro, porque o pagamento de outubro ainda não havia sido pago. Tramitava no Parlamento, uma mensagem do poder Executivo pedindo aos vereadores, uma suplementação de R$ 4,3 milhões para a Saúde. Indignados com os rumos da gestão do município, os vereadores desmembraram a mensagem e aprovaram apenas R$ 2,5 milhões. Os edis recomendaram ainda, que a Prefeitura fizesse o repasse imediato de recursos para o Hospital para que a instituição fizesse o pagamento dos funcionários.

Versão do Hospital 
No início da reunião do Conselho Municipal de Saúde, o clima entre a prefeita Solange e o advogado Leonardo Martins, não era dos melhores. Depois de fazer as suas colocações sobre a situação do Hospital, afirmando que a Prefeitura tem uma dívida da ordem de R$ 3.254.034,04, o advogado destacou que antes de começar a reunião do Conselho a Prefeitura depositou um valor da ordem de R$ 1.4 milhão, sendo R$ 871 mil, referentes ao SUS de outubro; R$ 80 mil da Ortopedia; e R$ 436 mil da Oncologia, referentes aos serviços prestados em setembro.
– Sendo que resta ainda a receber, o recurso próprio de outubro de R$ 436 mil (referente ao custeio do Pronto Socorro do Hospital); falta o recurso de R$ 420 mil, referentes aos serviços da Oncologia prestados em outubro; e desde abril não recebemos o PAHI, que faz um montante de R$ 947 mil. A alegação da prefeita é que o Estado não pagou o PAHI e isso verdade, mas pagou abril. Sendo que nós temos um Plano Operativo Anual (POA) assinado, onde está previsto que independente de receber do Estado, a Prefeitura paga e depois faz o abatimento – disse Leonardo, acrescentando que no mês de julho, a Prefeitura cortou uma verba da UTI do valor de R$ 20 mil, um prejuízo de R$ 61 mil nesses meses. “A dívida da Prefeitura com o HRDV, hoje, é de R$ 3.254.034,04 menos esse valor que foi repassado hoje (o que diminui a dívida para R$ 1.8 mil)”.

Outro problema apresentado pelo representante do HRDV foram os prejuízos acumulados através da Unidade Intermediária (UI), que recebe pacientes com gravidade similar aos da UTI, “mas o recurso que custeia esse setor é o de uma enfermaria comum”. Outra questão apontada como motivo para a fuga de recursos são os partos cesáreos, que ultrapassam o teto estipulado pelo POA e representam um prejuízo da ordem de R$ 50 mil por mês.

O recurso próprio da Prefeitura, que custeia o Pronto Socorro, segundo Leonardo, precisa ser revisto, porque os R$ 436 mil atuais cobrem apenas 60% das despesas do setor. A pedida da direção do Hospital é que esse valor seja ampliado para R$ 550 mil.

Bate boca 
Quando a prefeita tomou a palavra, quase não conseguiu falar, porque a todo o momento ela era interrompida e tinha as suas informações contestadas por Leonardo, que estava visivelmente irritado. Em alguns momentos foi necessário o presidente do Conselho, Djalma de Paula, interferir e serenar os ânimos. Também apresentando documentos, a prefeita garantiu que não está devendo nada ao HRDV e acrescentou: “se fizermos uma análise bem firme nos números, vocês verão que algumas dessas despesas já estão pagas antecipadamente”.

Na discussão com o representante do HRDV, a prefeita esclareceu que estão sendo descontadas as faltas de médicos na emergência. Enquanto isso, o representante do Hospital afirmava que a Prefeitura marca reuniões em cima da hora, por isso o POA não está sendo avaliado. Sobre o PAHI, a prefeita afirmou que esse é recurso é proveniente do Estado, que não feito os repasses. “Mas isso nunca aconteceu, a Prefeitura sempre adiantou esse recurso”, retrucou Leonardo.

A Prefeita afirmou que os recursos provenientes do Estado e do governo federal chegam depois da época do pagamento dos funcionários, o que faz ser necessário o Hospital ter um capital de giro para não ficar refém desses recursos. Nesse interim, a situação das placas que foram colocadas na área externa do HRDV, com os dizeres “fora Prefeitura”, na eleição que escolheu a nova diretoria, no último mês de março, acirrou os ânimos e o advogado Leonardo Martins, visivelmente irritado disparou: “não foi meu pai que colocou aquelas placas... Ele é um home de conduta ilibada, pega o imposto de renda dele... O meu pai não tem processo em Justiça, manda lá uma auditoria do Ministério Público... Eu quero saber quando o POA será corrigido”.

A prefeita retrucou que o POA poderia até ser corrigido para menos e fez uma acusação séria: “a gente não pode querer manipular dados e dizer que estão para receber um dinheiro e que a dívida vai ser paga com isso aqui, que não vai, porque, hoje, o Hospital tem uma dívida para frente”. Falando junto com a prefeita, o advogado novamente pediu para mandar uma auditoria do Ministério Público para auditar as finanças do HRDV... “Não tem ninguém nervoso aqui, o que temos são 420 funcionários sem receber... Fica contando história da carochinha”. A prefeita voltou a dizer que “história da carochinha são os dados oferecidos pelo Hospital que estão sendo manipulados”. A chefe do Executivo fez outra afirmação importante: “o pagamento ao Hospital foi feito porque eu me expus, eu peitei a Procuradoria da Prefeitura para fazer o pagamento do Hospital sem as certidões negativas da instituição e ninguém precisa provar que é honesto, porque honestidade é obrigação”.

A chefe do Executivo afirmou que “os recursos próprios de outubro, a Prefeitura tem até o dia 30 de novembro para pagar e serão pagos”. Ela também destacou que o repasse SUS foi pago, hoje, em cima de um risco.
– A sua funcionária auditora disse lá que eu corria o risco até de ser cassada se eu repassasse os recursos sem o Hospital apresentar as certidões negativas e eu estou correndo esse risco... Pode sair daqui e entrar com uma ação contra mim, porque eu repassei recurso sem certidão, porque eu sei o que significa esse Hospital fechado para o meu município... Não é muito ruim não, é o caos! Eu corri esse risco e pelo visto vou correr no mês que vem e vou correr no outro mês... – disparou a prefeita, acrescentando que “eu não me sinto culpada pelos problemas do Hospital, mas sou responsável pela Saúde do meu município”.

O diálogo começou a fluir 
... Mas depois os ânimos serenaram e parece que nas reuniões seguintes de avaliação do POA teremos algum progresso.
Os números dos repasses continuaram a ser apresentados pela prefeita, que não foi mais contestada, apenas a questão do POA era comentada a todo tempo pelo representante do Hospital. A prefeita afirmou que sobre o CTI, o HRDV poderia credenciar os outros dois leitos, “mas não é possível por conta dos convênios”. Ela comentou que o principal problema do HRDV é a falta de médicos na emergência e voltou a falar que não deseja municipalizar o Hospital, “porque a gestão compartilhada é o formato ideal de administração”.

Além de falar dos números e das possibilidades de trazer novas receitas para o HRDV, sugerindo, inclusive, que os municípios vizinhos sejam procurados para saber se é possível eles ajudarem de alguma maneira, a chefe do poder Executivo também abordou a questão do empréstimo, “que deve ser descontado direto no Fundo Nacional de Saúde, porque faz os juros serem muito menores”. Mostrando alguma noção de administração, ela frisou que “esse empréstimo seria para quitar os empréstimos atuais, para pagar os impostos e para ter em caixa os recursos necessários para uma folha de pagamento, o que vai acabar com os atrasos nos salários e aí nós iremos começar a trabalhar com tranquilidade”.

Mais tranquilo, o representante do HRDV voltou a dizer que o POA precisa ser corrigido. A prefeita comentou que as reuniões para tratar do Hospital e do POA precisam ser mais frequentes e questionou sobre um funcionário que foi demitido por justa causa. O advogado esclareceu que não tem nada a esconder e explicou o que aconteceu.
– Houve vários acertos de balanço no sistema recente, foi constatado e interceptado, ele não deu a justificativa correta... Ele não esclareceu de forma satisfatória para os diretores e foi dispensado por justa causa. Mais uma prova de que lá tem gente séria gerindo e que não tem rabo preso com ninguém. É auditor dispensado, é administrador de férias e possivelmente vai ser dispensado, é o cara da compra da farmácia que foi dispensado por justa causa – explicou Leonardo, sempre lembrando que o POA precisa ser corrigido.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Roubaram a caixa preta do Hospital Darcy Vargas

Flávio Azevedo
Na reunião dessa segunda-feira (24/11), entre a prefeita Solange Almeida e os funcionários do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), o vereador, Marquinhos da Luanda Car, lembrou que essa era a terceira reunião que tinha como pauta o Darcy Vargas, mas nenhum diretor da entidade se fez presente; disse que a direção do Hospital deve explicações a sociedade; e acrescentou que “a caixa preta da instituição deve ser aberta”, porque nas ruas as pessoas estão cobrando esclarecimentos sobre um suposto desfalque nas contas da instituição.

Vereador, o senhor me desculpe, mas essa “caixa preta” o ladrão que arrombou o setor de contabilidade do HRDV, na madrugada de domingo para segunda (23-24/11), levou com ele. A ouvinte Cristina, moradora da Mangueirinha, ligou para o programa para dizer que “esse arrombamento foi muito conveniente”. Diante da declaração da ouvinte, eu digo bem feito para aqueles que acabam sendo suspeitos sem merecer. Se não ficassem tentando tapar o sol com a peneira e dando desculpas evasivas, talvez esse tipo entendimento não existisse!

A verdade é que esse assunto Hospital Darcy Vargas x Prefeitura já está enchendo o saco! A prefeita diz que não deve nada e apresenta documentos e notas que comprovam o que ela diz. A direção do Hospital concede entrevista coletiva e apresenta documentos e notas para provar que a dívida existe. Gente, que inferno! 

Enquanto eles apresentam papel, sobretudo nos fins de semana, o cidadão continua chegando na emergência em busca de socorro para descobrir que não tem médico no plantão, como se as vidas fossem um brinquedo! Enquanto mostram papel e batem boca em reuniões importantes, os funcionários estão tendo os seus salários atrasados todos os meses e vendo o poder de compra do que recebem, que já é pequeno, ser ainda mais diminuído, porque precisam pagar juros e multas por conta do atraso em saudar suas dívidas!

Até quando nós vamos continuar privilegiando os vaselinas e alijando do comando da sociedade, as pessoas que realmente querem resolver os problemas que nós enfrentamos? Bem... Por outro lado, é possível que isso seja tudo um jogo de cena e que na verdade ninguém esteja interessado em resolver "P"... Nenhuma!

Mas eu insisto na tese de que as nossas instituições, seja Prefeitura ou Hospital, não são uma extensão das nossas casas e/ou quintais para fazermos por lá o que bem entendemos! Eu não sei você, mas eu estou de saco cheio dessa gente “boazinha” que se diz “preocupada”, mas que nunca toma uma atitude! Chega! Não aguentamos mais! A frouxidão da sociedade é uma epidemia que está presente em todos os lugares!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Esposa ou Amante? Qual você escolhe?

Certo dia um homem se aproxima de um sábio e pergunta se ele deveria ficar com a esposa ou com a amante. O sábio não respondeu nada. Saiu e rapidamente voltou trazendo consigo duas flores: uma rosa e um cacto. Ele mostrou as duas flores ao homem e perguntou: “Se eu lhe der uma dessas flores, qual delas você escolhe?”. O homem sorriu e respondeu que obviamente escolheria a rosa!

Mas para seu espanto ele ouviu uma reprovação do sábio, que fez a seguinte reflexão: “És imprudente”. E ele explicou: “Às vezes os homens são movidos por beleza externa e escolhem o que lhes parece mais belo. Essa bela rosa, apesar da sua beleza, logo morrerá. O cacto, porém, independentemente do clima e das intempéries, permanece. Ele até tem espinhos, mas um dia ele lhe dará a mais bela flor. Sua esposa conhece seus defeitos, suas fraquezas, seus erros e, certamente, as suas qualidades. Com ela você enfrenta os momentos ruins. A verdade é que na hora do aperto ela está ali... Firme... Companheira... Sempre te oferecendo uma palavra de ânimo... Um ombro amigo... Um aconchego. Já a sua amante quer o seu dinheiro... A sua felicidade... Ela é a companheira ideal para os momentos de vitória... Mas diante da primeira dificuldade, do primeiro vendaval... Ela não hesitará em te trocar por outro amante mais jovem, mais feliz, que tenha mais dinheiro e que ofereça novas aventuras e oportunidades”.

Terminada a reflexão o sábio perguntou: “E, agora, diga, meu bom homem, com quem você quer ficar?”.

Nessa oportunidade eu também pergunto a você: e, agora, com quem você quer ficar? Pois é... Eu não sei a sua resposta, mas penso que nós devemos valorizar as nossas esposas e não se importar com o seu lado externo, pois o que vale é o que ela é por dentro! Aliás, diz um adágio popular: “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”!

Vale lembrar que quando aquele homem, ainda confuso, deixava as instalações do sábio, um mensageiro veio correndo até ele e entregou um bilhete onde ele leu a seguinte mensagem: “abandone a amante, chame a sua esposa, converse com ela e tornem-se, em tudo, amantes, cumplices e companheiros”.

Sede administrativa do Hospital Darcy Vargas é vítima de arrombadores

Flávio Azevedo

A sede administrativa do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV) de Rio Bonito, que funciona em frente ao prédio do hospital, onde antigamente funcionava a Coordenadoria Estadual de Educação Serrana V, foi alvo de arrombadores na madrugada de domingo para segunda (23-24/11). Pela manhã, quando os profissionais chegaram para trabalhar, eles encontraram as portas do prédio arrombadas, o local revirado, e perceberam a falta de computadores.

De acordo com o advogado Leonardo Mota Martins, um dos gestores do HRDV, “os arquivos dos computadores roubados estavam arquivados em backup”. Ainda segundo informações do advogado, nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (24/11), um médico foi até a diretoria fazer uma reclamação e a maneira como se colocou deixou muito abalado o presidente Joaquim Pacheco Martins, o Quicas.

Diante da pressão natural que é gerenciar uma entidade do porte do HRDV; a guerra fria que existe entre a Prefeitura e a instituição, que culminou com atrasos de salários, débitos com fornecedores e impostos; e as seguidas denúncias de supostos desvios de recursos da instituição por parte de funcionários de confiança da instituição (foram demitidos ou afastados das suas funções), o presidente teve um mal súbito e acabou sendo internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da própria instituição.

Num texto emocionado, publicado no seu perfil no Facebook, o advogado Leonardo Martins, que é filho do presidente, fala da situação. Ele aborda o problema de Saúde do pai e comenta o arrombamento no setor administrativo do HRDV.
– Hoje quase perdi meu pai, parou no CTI, a semana começou horrível. O Hospital teve o Setor de Contabilidade arrombado, levaram computadores, médico subiu para cobrar recebíveis, a farmácia abastecida, mas sinalizando que vai começar a faltar medicamento e meu pai, um senhor de idade, acabou vivenciando tudo isso e passou mal – escreveu Leonardo que acrescentou: “Aí eu pergunto, vale a pena lutar?”.

No texto, Leonardo escreve a resposta do pai, que ignorando o problema de Saúde, se mantém focado na instituição e aproveita para encorajar o filho. “Nem eu nem a diretoria e o conselho somos donos do Hospital, mas o Darcy Vargas é como uma mãe para o povo de Rio Bonito. E eu como filho de Rio Bonito não gosto que falem mal, nem prejudiquem minha mãe. Tenho certeza que o povo de Rio Bonito tem orgulho do nosso hospital. Ultimamente as coisas estão muito difíceis, mas pelo menos o meu orgulho não acabou”, disse Quincas, reiterando ao filho que viu o HRDV passar por gerações (pais, filhos e netos), sempre atendendo bem a população riobonitense. O presidente da instituição termina as suas colocações ‘afirmando que “quem prejudica o Hospital está prejudicando o povo de Rio Bonito".

domingo, 23 de novembro de 2014

Marcos Abrahão quer ajudar a prefeitura pagar Abono Natalino dos servidores municipais contratados

Flávio Azevedo 
O deputado Marcos Abrahão foi o convidado do programa Flávio Azevedo, da Rádio Sambê FM (98.7).
O programa Flávio Azevedo recebeu no último dia 19 de novembro, o deputado Estadual, Marcos Abrahão (PT do B). Ele fez um balanço sobre o resultado das eleições, falou sobre as suas expectativas para o mandato que se inicia em primeiro janeiro de 2015; fez comentários sobre a administração municipal e disse que está esperando a prefeita Solange Almeida procurá-lo para juntos buscarem uma solução para o pagamento do Abono Natalino dos servidores municipais contratados.
– Já que temos uma Prefeitura, hoje, gerida pelo PMDB; o presidente da Alerj é do PMDB; o governador é do PMDB; o deputado Marcos Abrahão, que é da base aliada do governo, está aqui de coração aberto dizendo o seguinte: o que for preciso, o que eu puder fazer junto ao governador Pezão eu farei. Eu não preciso de agenda para falar com o governador... O meu gabinete está aberto como sempre esteve. Agora, nós precisamos de planejamento – comentou.

Questionado sobre como seria levantado o recurso para o pagamento do Abono Natalino dos contratados, o deputado foi enfático: “ela sabe... Eu não vou dar solução aqui na rádio... Eu estou com o gabinete aberto e falo isso aqui para todos, inclusive, para os funcionários da Prefeitura e secretários municipais. Diante da insistência da forma como seria levantado os tais recursos, o deputado acrescenta que “existe várias maneiras de se administrar e se alguém ficou com uma fatia maior, está na hora dessa pessoa entrar com uma participação maior”, disparou.

Outros temas

O parlamentar também falou sobre o Detran local. Ele garante que “nos próximos meses o Detran estará no terreno cedido pela Prefeitura Municipal, num espaço próximo ao novo Fórum”. Abrahão também foi questionado sobre a Ampla, uma empresa que atua sob uma concessão estadual. Segundo o deputado, “a concessionária de energia elétrica está investindo na infraestrutura e esse investimento será percebido a partir de março”.

Outro tema abordado pelo deputado foi a paralização das obras (asfaltamento) do governo do Estado no município. Conforme já havia sido dito na Câmara de Vereadores no dia anterior, Abrahão confirmou que as obras só terão continuidade em 2015. Quanto ao ingresso de Rio Bonito na Região Metropolitana, benefício que ainda não foi percebido pelo riobonitense, o deputado disse que esse processo é lento e a situação deverá se normalizada em 2015.

Uma visita feita ao governador Luís Fernando Pezão nos últimos dias deixou o deputado muito entusiasmado. “Estive com o governador para conversamos sobre a chegada de alguns secretários; para dialogarmos a respeito do novo comando da Alerj; a perspectiva é muito boa; e se ele continuar se comportando dessa maneira, Rio Bonito será muito beneficiado”, frisou Abrahão, que faz um alerta: “mas a cidade precisa de uma administração pautada num trabalho sério”.

“É possível pagar o Abono Natalino”

Assunto que tem gerado grande polêmica nas últimas semanas, o não pagamento do Abono Natalino, o 13º Salário dos servidores municipais contratados, segundo o deputado, pode ser pago e ele se coloca a disposição da Prefeitura para ajudar a equacionar esse problema.
– Eu, Solange e José Luiz teremos a nosso Ceia de Natal... E essas pessoas que contavam com o Abono? Olha o sofrimento que terão essas famílias! E eu estou aqui colocando o meu gabinete a disposição, para tentarmos solucionar essa questão. Junto com o deputado Paulo Melo, com o governador Pezão, nós precisamos encontrar uma solução, porque essas pessoas não podem ficar sem o seu abono – afirmou Abrahão.

De acordo com o deputado, quando ele viu a entrevista onde a prefeita afirma que não iria pagar o Abono Natalino, ele ficou muito entristecido. “Eu vi pessoas trabalhando em diversos setores da Prefeitura se perguntando o que vai ser do meu Natal?”. Abrahão lembrou que o deputado Paulo Melo sempre é apresentado como “um baita parceiro de Rio Bonito” e juntos eles podem ir ao governador Pezão buscar essa solução. “Eu também sou um baita parceiro de Rio Bonito e ninguém me procura para ajudar a solucionar os problemas da nossa cidade”.

“Compromissos afundam o município”

Durante a entrevista, o deputado elencou vários gargalos da administração municipal e fala que os compromissos de campanha estão travando as ações do Executivo. Ele começou criticando o volume de imóveis alugados.
– Eu nunca vi alugar tanta casa, tanto prédio, tanto pedacinho de Secretaria para tudo quanto é lado... É muito dinheiro! O primeiro erro do administrador: a empresa está indo mal, corta o cafezinho e o papel higiênico! Justamente o que não está quebrando a empresa. Ou seja, a prefeita percebe que está faltando dinheiro decide cortar o Abono Natalino, que é o mínimo... Tira lá aonde tem que tirar... Diminui lá... Aquele gasto todo – alfinetou Abrahão.

Sempre polêmico, o deputado se aprofundou no assunto e enumerou gastos que se fossem cortados daria para pagar com folga o Abono Natalino.

– Mas o compromisso político em ter que empregar um milhão de pessoas... Fulano de tal tem que alugar um prédio bacana, o outro alugar um sítio, o outro alugar casa de festa... Eu tenho que colocar fulano como secretário... Fulano concerta carro, fulano fabrica piscina... Como funciona isso? O gestor tem que ter respeito pela população da sua cidade – disse Abrahão, acrescentando que outra providência é diminuir o número de carros agregados e contratar pessoas capacitadas, “porque falta planejamento e a prova disso é o erro no cálculo da compra de medicamentos e da merenda”.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Boteco do Cruzeiro e Supermercado Mano fazem jogão pela 5ª rodada do Indústria e Comércio de Futsal

Flávio Azevedo 
O Boteco do Cruzeiro mostrou ser um time brioso, ter banco e um treinador que tem estrela. 
Uma partida que tinha tudo para ser um jogo morno, mas que acabou sendo uma das mais emocionantes do Campeonato Municipal de Futsal da Indústria e Comércio de Rio Bonito. A partida, entre Boteco do Cruzeiro e Supermercado Mano, contou com várias viradas e uma energia sensacional vindo das arquibancadas. Se de um lado o Boteco do Cruzeiro representa o bairro Praça Cruzeiro, localidade tradicionalmente fanática por futebol, o Supermercado Mano vem do Segundo Distrito do município, uma equipe formado por atletas de Boa Esperança, Parque Andréa e adjacências, localidades também conhecidas elos seus apaixonados torcedores.

O Segundo Distrito haviam acabado de ser vitorioso, de virada, ao ver a MGU virar sobre o Riobomáquinas. A base do MGU também é de atletas da localidade, mais precisamente de Nova Cidade. Ainda saboreando a vitória da MGU, eles esperavam mais um triunfo e isso quase aconteceu. O Supermercado Mano começou perdendo, mas virou o marcador para 4x2 e jogava com autoridade. Diante do placar, o torcedor do Segundo Distrito já estava em êxtase e continuava empurrando a equipe.

Fernandinho e Felipe, eleitos pelo jornalista Flávio Azevedo, os melhores  da abertura da 5ª rodada da Indústria e Comércio de Futsal.
Para reverter o resultado, alguns personagens do time do Boteco do Cruzeiro se agigantaram e foram determinantes para a vitória que veio de virada em cerca de 10 minutos: o treinador Júlio César Freitas, o Cabeça; que mudou o esquema tático (lançou o gol linha); o jogador Guigui, que entrou e incendiou a partida; o goleiro Matheus, que defendeu um pênalti quando o placar ainda estava favorável ao Supermercado Mano; e a dupla, Fernandinho e Felipe, que simplesmente acabou com a partida. Diante de um torcedor que era pura adrenalina, Fernandinho começou a mostrar porque é um dos melhores jogadores do futebol riobonitense na sua geração.

Mas a família Viana ainda tinha mais um presente para o torcedor: Felipe, que fez uma apresentação de gala. Mostrando oportunismo, boa colocação e precisão nas conclusões, Felipe fez três gols e comandou a virada do Boteco do Cruzeiro sobre a boa equipe do Supermercado Mano. O jogo, aberto até o último segundo, foi recheado de belos lances, goleiros em noite inspirada e atacantes com a pontaria em dia. O placar que não parava de mudar acabou registrando 6x4 para o Boteco do Cruzeiro, que contou com os gols de Felipe (4), Fernandinho e Guigui. Para o Supermercado Mano marcaram Jeferson (2), Renê e Hugo.

O jogo de Puzinho 
No vestiário do MGU, oração e agradecimento a Deus pelo resultado positivo.
Tradicional jogador de futebol do Segundo Distrito, Puzinho foi “o cara” da partida em que o MGU venceu o Ribomáquinas por 8x7. Dos oito gols da MGU, Puzinho marcou cinco e escreveu o seu nome na história da competição como um dos maiores artilheiros em uma só partida do Indústria e Comércio de Futsal de Rio Bonito. A partida também foi marcada por alternâncias no placar. No primeiro tempo o Ribomáquinas abriu 5x3, mas acabou permitindo a virada. Os gols do Supermercado Mano mexeram com os brios dos atletas da Ribomáquinas, a equipe esboçou uma reação, se aproximou do marcador, mas acabou sendo derrotada por 8x7, um placar que demonstra o quanto o jogo foi equilibrado.

Além de Puzinho, que acabou com o jogo a favor do MGU, destaque também para o veterano Pupu, que quando está em ação sempre passa tranquilidade para o seu time. Jogador rodado e experiente, Pupu é um técnico dentro de quadra e pouco é substituído. Junto com Maxisandro e Ricardo, ele forma a espinha dorsal da MGU, um grupo que foi campeão do Indústria e Comércio de 211 defendendo as cores da Shekinah. Para o MGU, além de Puzinho, que fez cinco gols, também marcaram Renan, Wellington e Carlos. Descontaram para o Ribomáquinas, João Cesar (2), He-Man (2), Júlio Cesar, Jeferson e Caio.

Direção do Hospital Darcy Vargas explica dificuldades financeiras da instituição

Flávio Azevedo 
O presidente do HRDV, Joaquim Pacheco Martins (de branco); ao lado do advogado Leonardo Martins (de terno) e colaboradores do Hospital.
A direção do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV) convocou entrevista coletiva para apresentar a sua versão dos fatos que envolvem a relação turbulenta entre a Prefeitura de Rio Bonito e a instituição. A dificuldade financeira do Hospital também foi assunto. A entrevista foi concedida na sala da presidência do HRDV. A nossa reportagem pediu autorização para transmitir a entrevista, ao vivo, pela internet, mas os representantes do Hospital não autorizaram. O HRDV estava representado pelo presidente Joaquim Pacheco Martins, o advogado Leonardo Motta Martins; o conselheiro José Rodrigues Peixoto Filho; e funcionários de confiança da presidência.

O primeiro assunto abordado foi a demissão do auditor, Carlos Zaire. “Ele foi afastado por questões administrativas, tendo em vista que ele veio para prestar um serviço de auditoria e no final ele já estava querendo tomar algumas decisões à parte da direção. Assim, o entendimento da diretoria foi de afastá-lo”, explicou Leonardo, que também falou sobre o administrador, explicando que ele não foi dispensado, mas recebeu férias. “No retorno dele nós iremos discutir a situação”.

Dívida da Prefeitura 
O advogado falou rapidamente sobre esses profissionais e entrou no tema dívida da Prefeitura com a instituição, segundo ele, um valor da ordem de R$ 3.254.034,04, “até às 11h25min de hoje, porque soubemos que a Prefeitura vai efetuar alguns pagamentos”. Ainda segundo Leonardo, essa dívida é referente a débitos com Recurso Próprio do mês de outubro, para custeio do Pronto Socorro (R$ 436.131 mil); ao repasse do SUS (R$ 871.201 mil); para custeio dos atendimentos de Ortopedia do mês de outubro (R$ 80 mil); e ao serviço de Oncologia de setembro (R$ 436.337 mil) e outubro (R$ 420.810 mil).
– Outra dívida é relacionada aos recursos do Programa de Apoio aos Hospitais do Interior (PAHI). O dinheiro vem do governo do estado e não é repassado desde abril, significando uma dívida de R$ 947.959 mil – disse Leonardo, que falou em nome do HRDV.

A alegação da Prefeitura para o não pagamento desses recursos, segundo Leonardo, que apresentou notas e documentos que comprovam os números por ele apresentados, são as certidões negativas do HRDV. Ele explicou o porquê das certidões negativadas.
– Desde janeiro estão acontecendo atrasos nos repasses da Prefeitura para o HRDV. Nós estamos recebendo a conta gotas, isso tem asfixiando a instituição e tem gerado despesas extras, como protestos de prestadores de serviço, que não querem esperar o pagamento; multas de sindicato de categoria; multas de fiscalização por atraso de salário; juros de maneira geral; e isso desestabiliza a nossa administração – explica Leonardo.

Quantos aos impostos, ele informou que o INSS está quitado; e o FGTS está em processo de parcelamento, com atraso na tramitação, porque os documentos foram extraviados dentro da agência da Caixa Econômica Federal. “Recebendo todo esse montante que nos é devido, nós poderíamos pagar as nossas dívidas, quitar o salário dos funcionários e pensar no 13º deles”. Sobre uma funcionária contratada com salário de R$ 5 mil, o representante do HRDV afirma que “ela não foi bem vista pela prefeita e pelo secretário de Saúde, porque ela fez alguns questionamentos com a intenção de reajustar os números do POA, que estão defasados”.

Deficiências do POA

O Plano Operativo Anual (POA) é um modelo de planejamento orçamentário que é montado entre as partes (Prefeitura e HRDV). O instrumento funciona como uma espécie de contrato de prestação de serviço e de norte para o pagamento dos serviços prestados. O valor acordado entre as partes no POA em vigência é de R$ 1.8 milhão. De acordo com Leonardo, os ‘ralos’ do Hospital estão em serviços que estão sendo prestados, mas o custeio é pequeno; ou por serviços que são prestados, mas não são financiados. O primeiro ralo é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que dá prejuízos mensais de R$ 70 mil ao HRDV.
– Nós temos sete leitos de UTI, sendo cinco para o SUS e dois para convênio e particular. Porém, esses dois leitos acabam sendo usados pelo SUS. E no fim do mês, o nosso teto de 140 diárias, o que está previsto no POA, acaba extrapolando para 200 diárias. Essa diferença, que representa um prejuízo de R$ 70 mil mensais, o Hospital não recebe – destaca Leonardo. Ele acrescenta que essa média de diárias não faturadas se arrasta desde novembro de 2012, quando a UTI começou a funcionar, num prejuízo da ordem de R$ 797.607 mil.

Outro ‘vazadouro’ apresentado pelo representante do HRDV é a Unidade Intermediária (UI), que recebe pacientes com gravidade similar aos da UTI, “mas o recurso que custeia esse setor é o de uma enfermaria comum”. Ele comentou que esses leitos precisam ser credenciados junto a SUS, “uma questão já comentada com a prefeita, que ficou de buscar esses credenciamentos”. Outra questão apontada como motivo para a fuga de recursos são os partos cesáreos, que por ultrapassar o teto estipulado pelo POA, representam um prejuízo da ordem de cerca de R$ 50 mil por mês. “De novembro de 2012 até hoje, esses partos não faturados representam um prejuízo de aproximadamente R$ 700 mil”.

A Programação Pactuada Integrada (PPI), um recurso que é repassado pelo governo federal à Prefeitura de Rio Bonito, para custear o atendimento de pacientes provenientes de municípios que não são referenciados (Tanguá e Silva Jardim), segundo o representante do HRDV, precisa ser repassado com mais transparência. “Nós conseguimos ver o número de atendimentos, mas como o recurso vem direto do governo do federal para o município, nós não somos informados de quanto realmente é esse valor”.

O recurso próprio da Prefeitura, que custeia o Pronto Socorro, segundo Leonardo, precisa ser revisto, porque os R$ 436 mil atuais cobrem apenas 60% das despesas do setor. A pedida da direção do Hospital é que esse valor seja ampliado para R$ 550 mil.
– Com esse valor, o setor funcionaria com mais folga. Hoje, a emergência conta com cinco especialidades: cirurgião, clínico, pediatra, obstetra e ortopedista, esse último apenas 12h – frisou Leonardo, acrescentando que o Hospital propôs a contratação de mais um profissional de cada especialidade para o Pronto Socorro, porque uma das razões para a fuga médicos do HRDV acontece porque eles trabalham sozinhos numa emergência que atende uma média de 4.5 mil atendimentos mensais.

Ainda segundo Leonardo, a Justiça foi procurada para regularizar a questão da falta de repasses. O objetivo de chamar o Ministério Público foi mediar a questão. O assunto está na Tutela Coletiva da Saúde, em São Gonçalo. “Os valores da Prefeitura já foram bloqueados e uma multa diária foi estipulada para a Prefeitura, num documento emitido em 27 de outubro de 2014”.

Gestão compartilhada e desabafo 
Um dos objetivos para essa gestão compartilhada seria a ampliação dos valores do POA, mas segundo Leonardo, quando esse assunto era abordado com os representantes da Prefeitura, os secretários, Marcelo Soares e Waldir Júnior, logo falavam “cuidado para não azedar a relação”. No entendimento da direção do HRDV, a postura dos representantes da Prefeitura era de auditores e não de parceiros. “Tiveram acesso a todas as informações, mas nunca conversavam sobre os assuntos do nosso interesse. O Hospital está aberto a parceria, uma auditoria, mas uma auditoria séria. Que seja feita pelo Ministério Público”.
– Mas o que achamos estranho é por que não auditam as contas da Prefeitura? Por que não existe um movimento para saber quanto a Prefeitura está gastando? Por que faltam medicamentos no Postos de Saúde? Essa quantidade de carros agregados... Aonde eu olho eu vejo um carro agregado. Aqueles ônibus do transporte universitário, quanto vale aquilo? O Espaço Ceccarelli... Falar em má gestão é muito fácil, agora, tem que ver o lado dela também... E os processos dela, ninguém fala não? – desabafou Leonardo.

O advogado continuou apontando irregularidades e ainda apresentou cópias de processos judiciais onde a chefe do poder Executivo de Rio Bonito é ré.
– E os processos que ela tem no Federal? Um deles é do Fundo de Educação, que ela foi prorrogando os contratos, não houve licitação e o que aconteceu? O prejuízo veio para o município. Foi condenada a oito anos e 10 meses de direitos políticos; foi condenada em multa civil de 121 mil; foi condenada em duzentos e tantos mil que deve voltar para o erário, já está lá no Tribunal... Mas ninguém vasculha isso... Quer vir em cima do Hospital... Os carros agregados estão aí na rua, as casas alugadas estão aí sendo alugadas, as ESFs estão sem medicamentos... O meu pai (o presidente do Hospital) aqui, que não tem processo nenhum e fica sendo alvo de leviandade... Procura o Imposto de Renda dele, o meu Imposto de Renda e dos demais diretores... – desabafou Leonardo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Enfeitiçados

Flávio Azevedo 
Como vemos nessa foto, aparentemente a bruxa é linda e sedutora, mas apesar da aparência bela, ela ainda é bruxa e os efeitos do seu feitiço são devastadores! 

Vira mexe eu vejo alguém criticando a galera que pertencia a um grupo político e decidiu mudar. Bem, só reclama que alguém muda de lado, aqueles que são partidários do político que está sendo deixado. Num universo de três grupos políticos hegemônicos, o caso de Rio Bonito, outro que reclama é o integrante do grupo que foi preterido. Mas o assunto é muito mais profundo.

Em Rio Bonito, a mandatária perdeu de vista a lógica do “QUANDO A GENTE AMA É CLARO QUE A GENTE CUIDA”, pelo simples fato de se achar uma divindade. Aliás, por ter certeza de estar acima do bem e do mal, agem conforme a segunda parte da estrofe dessa canção de Caetano Veloso, que diz assim: “Fala que me ama, só que é da boca pra fora...”.

Em Rio Bonito, não são poucas as pessoas que estão machucadas com promessas não cumpridas... Não são poucas as pessoas que tiveram a sua inocência política violada pela falta de escrúpulos... São muitos os que estão aprendendo de modo muito violento e traumático, o que é esse movediço campo do bastidor político. Eu estou falando de eleitores que tiveram os seus sonhos roubados pela desfaçatez... Pessoas que viram os seus planos para um Rio Bonito mais justo ser transformado num mentiroso projeto de poder...

Rio Bonito, hoje, conta com muita gente que caiu de ‘cavalo magro’. Ou seja, sabia que poderia se dar mal, mas pagou para ver. Existe, porém, um número grande de pessoas que foram seduzidas, aliciadas, manipuladas... Gente que foi enganada pelo canto da Sereia. Em 2012, muitos indivíduos livres e desprovidos de qualquer maldade política acabaram hipnotizados pelo feitiço da bruxa... Passados quase dois anos, muitos já acordaram desse transe maldito e estão se refazendo. Outros, porém, seguem enfeitiçados... E se não acordarem o quanto antes, correm o risco de se tornarem eternos zumbis!

sábado, 15 de novembro de 2014

Proclamação da República – Um dia de luto no Brasil

Flávio Azevedo 
Nesse dia 15 de novembro, o Brasil celebra o Dia da Proclamação da República, evento ocorrido em 1889. Mas essa data é para celebrar ou chorar? Está aí um fato histórico que aconteceu por puro revanchismo. A Proclamação da República foi uma retaliação a lei que libertou os negros escravos (13/05/1888). No dia da assinatura da Lei Áurea, o Barão de Cotegipe disse uma frase emblemática à princesa Isabel: “Vossa Alteza libertou um povo, mas perdeu um trono”. Ao que ela respondeu: “Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”. E foi o que aconteceu. Um ano e meio depois da assinatura da Lei Áurea, a República foi implantada por uma elite raivosa e indignada com a libertação dos escravos.

O que podemos dizer de um regime que nasceu por conta do racismo de coronéis egoístas, idiotas e reacionários? O que dizer de um regime que nasceu da cabeça de homens machistas, que não aceitavam ser governados por uma mulher? Estamos falando de um país que veladamente ainda escraviza negros, pobres e os menos favorecidos. Estamos falando de uma nação que ainda não conhece o que é ser livre. Estamos falando de um Brasil que intencionalmente produz brasileiros sem Educação e Cidadania, uma situação que resulta num povo egoísta, mimado, pueril e que tem como lema a lógica do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

O próprio Marechal Deodoro, que proclamou a República, tentou convencer os republicanos que esse modelo de governo seria a ruína do Brasil, mas pressionado, acabou por proclamá-la. O célebre Ruy Barbosa, que redigiu o decreto da República também se arrependeu, mas já era tarde. A proclamação da República tirou do Brasil o sonho de se construir em bases sólidas e justas uma grande nação. Roubou-se do Brasil, a forma de governo mais moderna e democrática já concebida em todos os tempos, o parlamentarismo monárquico, que permanece em 18 das 25 nações mais desenvolvidas do mundo.

A figura do imperador e de tudo que ele representava foi substituída por uma república violenta e corrupta que viveu inúmeros golpes; ditaduras; rebeliões e estados de sítio. O rei, que por estar acima dos interesses partidários, soluciona os conflitos com isenção e experiência, cedeu lugar a presidentes eleitos, sujeitos a compromissos escusos de toda ordem impostos pelas nocivas e nojentas campanhas eleitorais.

Com a proclamação da República, o jovem Brasil perdeu de vista elementos como dignidade; honestidade e, sobretudo aquilo que popularmente chama-se de “Espírito Público”, a essência da Democracia. Para quem não sabe, após o exílio, um grupo de militares arrependidos por terem participado daquilo que manchou a história do Brasil, convidou o bisneto de D. Pedro II, Pedro Henrique de Orleans e Bragança, a dar um golpe de estado e restaurar a monarquia no país. Ele, porém, recusou a indecente proposta sob o seguinte argumento: “não vou usar o artifício que os republicanos usaram para chegar ao poder, eu só aceito tal mudança, se for pela vontade do povo”. 

Em 1993, o povo foi perguntado através de um plebiscito se queriam a volta da monarquia, mas o movimento foi ridicularizado. O que se ouvia pelas ruas era que a volta da monarquia representaria a volta da escravidão. Diziam que o brasileiro voltaria a andar em carroças e outros absurdos desse tipo. Depois de 100 anos de esculacho sobre a monarquia foi até natural ver um povo, que não tem Educação, ser induzido a não olhar com seriedade o plebiscito e possibilidade da volta da Monarquia.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Rio Bonito sofre com desequilíbrio administrativo

Flávio Azevedo
No dia 3 de janeiro de 2013, a prefeita Solange Almeida convoca a imprensa local para uma entrevista coletiva onde afirma ter herdado uma dívida da ordem de R$ 21 milhões do governo anterior, o que traria sérios problemas para a sua administração (o curioso é que uma tal equipe de transição, criada para ver como estavam as coisas, não evidenciou o tal rombo). Todavia, ao chegar o mês de dezembro, apesar do suposto rombo, ela pagou o “Abono Natalino” dos seus servidores contratados; e ainda pagou aos professores que estavam em sala de aula, um abono de R$ 1 mil.

Pois bem, no ano seguinte, exatamente no último dia 8 de novembro de 2014, a prefeita anuncia no programa Comunidade Livre da Super Rádio Tupi 1340 AM Leste Fluminense, que não pagaria o “Abono Natalino” dos mesmos contratados, “porque a arrecadação não está se comportando como nós gostaríamos”.

O caso remete a uma reflexão e provoca uma série de dúvidas, já que no ano de 2013, nem o suposto rombo deixado por Mandiocão impediu o pagamento dos tais benefícios. Diante desse cenário, a leitura obvia é que a “desastrosa” gestão do ex-prefeito é melhor que a atual, porque apesar do suposto rombo, os contratados e parte dos professores receberam os seus benefícios.

Entretanto, vale lembrar que no dia 31 de janeiro de 2013, em virtude da entrevista de Solange, o ex-prefeito Mandiocão também convocou uma coletiva, onde ele disse não ter deixado dívida alguma, afirmou ter deixado R$ 12 milhões nos cofres municipais; e fez uma acusação grave: “ela é ruim de paga... Ela não gosta de pagar”. A verdade é que de tanto ouvirmos, fornecedores, prestadores de serviços, vereadores e, agora, os contratados, lamentando a falta de pagamento, fica difícil não concordar com Mandiocão!

PS: E ainda tem uns puxa sacos que dizem ser culpa dos vereadores. Os nossos parlamentares podem ser acusados de várias situações, mas dizer que é responsabilidade deles o não pagamento do Abono Natalino dos contratados é forçar a barra. Esse elemento, o puxa saco, é uma desgraça!