quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Cruzeiro bate Corinthians e fica com o título da Copa Ollé 2014

Flávio Azevedo

Atletas do Cruzeiro comemoram o título da Copa Ollé no Estádio Alfonso Martinez.
Um domingão de alegria para o Cruzeiro, uma das agremiações esportivas mais tradicionais de Rio Bonito. No ano que o clube completa 64 anos de fundação, o time que defende as suas cores coloca mais um troféu na vasta galeria de triunfos do clube. A vitória foi na final da 6ª edição da Copa Ollé de Futebol Amador, quando o Cruzeiro venceu o Corinthians nos pênaltis. O jogo foi realizado no Estádio Alfonso Martinez, casa do Cruzeiro, que recebeu grande público. A partida aconteceu na tarde do último dia 21 de dezembro. A equipe esmeraldina venceu o Corinthians por 1x0. Como havia perdido o primeiro confronto, no domingo anterior (14/12), pelo placar de 2x1, a partida foi decidida nos pênaltis.

O início do jogo, 16h, teve o domínio do sol forte. A alta temperatura obrigava os atletas, que naturalmente já entraram em campo se respeitando, se pouparem. O Corinthians entrou em campo classificado, uma vez que o empate era favorável a ele. Mas aos 15 minutos do primeiro tempo, a zaga corintiana falhou bisonhamente; e Chuchu, que já havia feita o gol do Cruzeiro no primeiro jogo, marcou novamente, agora, de cabeça. O jogo ficou igual, mas predominavam os erros de passe e a forte marcação.

Expulsões 
Enquanto ambas as equipes desperdiçavam boas chances de gol, os treinadores reclamavam muito da arbitragem, que era comandada por Israel Fernandes Ramos, que atuou auxiliado por Wendel Ribeiro e Roberto Bento. Durante a execução do Hino Nacional Brasileiro tocava, o técnico Jailson Vinuto da Silva, do Corinthians, já reclamava com o organizador da Copa Ollé, Bruno Figueiredo, a escalação do trio de arbitragem.
– Eu disse que queria ver um trio diferente apitando o jogo, mas você apenas inverteu. Quem apitou o jogo anterior está bandeirando e quem bandeirou no jogo de domingo está apitando. Isso vai dar problema – reclamou o técnico corintiano parecendo estar adivinhando o que iria acontecer.

Logo depois do gol do Cruzeiro, num momento de nervos à flor da pele, o jogador Alan, do Corinthians, foi expulso. A justificativa do juiz para a exclusão do atleta foi que ele deu um tapa no rosto de um jogador do Cruzeiro. O lance gerou discussão e por “ofensas ao árbitro”, o treinador Jailson Vinuto também foi expulso. O jogo continuou morno e não houve grandes lances no primeiro tempo. Na segunda etapa, com o sol um pouco mais ameno, os atletas apresentaram melhor futebol e várias oportunidades foram perdidas. No segundo tempo foi expulso Fabiano Cardoso, o Xeroca, jogador do Cruzeiro que havia dado lugar a Guigui.

Disputa de pênaltis

A cobrança de Elton passou sobre o gol para alívio do goleiro Matheus Guimarães.
O árbitro definiu que as cobranças aconteceriam no gol da Rua Arlindo Lopes Estrela. O primeiro a cobrar foi o Corinthians. Wagner, Edson e Mike converteram as suas cobranças. O Cruzeiro também marcou com Lucas, Chuchu; e perdeu com Guigui. Um dos atletas mais pedidos pelo torcedor do Cruzeiro durante a partida, Guigui saiu cabisbaixo e foi amparado pelos companheiros. A torcida do Cruzeiro ficou apreensiva, mas o alívio não demorou. Os atletas Jeferson e Elton, do Corinthians, isolaram as suas cobranças sobre o gol. Enquanto isso, Nandinho e Padeiro davam números finais ao marcador e consequentemente, confirmando o título da Copa Ollé para o Cruzeiro.

Declarações

O capitão Pistola agradece ao treinador Cabeça pela conquista e pela orientação que deu ao time. Ele também agradeceu ao dirigente Manoel Batista, a formação do elenco.
Para a nossa reportagem, Guigui disse que ao perder a cobrança foi como se tivesse carregando um peso impossível. “Ainda bem que eles também perderam! Aí eu pude comemorar. Mas a sensação é horrível”, contou Guigui, lembrando que o seu pai e tios jogaram pelo Cruzeiro, foram campeões pelo Cruzeiro e o seu nome não poderia ficar de fora da vitoriosa história do clube. Quem também falou da emoção de defender o Cruzeiro foi Nadinho, afirmando que “estou me sentindo em casa, porque comecei aqui nesse clube, nesse gramado e, hoje, moro aqui no bairro”.

Quem também falou sobre a conquista foi o treinador Júlio César Freitas, o Cabeça. Para ele, a equipe se superou, soube administrar o marcador, assimilou o que ele havia pedido no vestiário “e o resultado é esse: somos campeões”. O jogador Lucas, que no dia anterior havia levantado o título de campeão do Indústria e Comércio de Futsal jogando pela Vip Tur, celebrou o que chamou de “tríplice coroa”.
– Eu digo que é tríplice coroa, porque eu ganhei o Indústria e Comércio jogando pela Vip Tur; ganhei como integrante da comissão técnica da Cerâmica Marajó, que venceu a categoria feminina; e, agora, aqui no gramado com o Cruzeiro – disse Lucas.

Neguinho defendia o Flamix
Para os dirigentes Manoel Batista e Neiva Damasceno, “são esses momentos que compensam todo o sacrifício que temos para manter esse clube funcionando e esse time jogando”, disse Manoel, acrescentando que “isso aqui é uma família e nós queremos manter essa marca”, destacou Neiva. Os jogadores Neto e Luiz Carlos, que integram a nova geração do futebol de Rio Bonito, estavam felizes com o título. O jogador Pistola, durante o momento de concentração para agradecer a vitória, se lembrou do falecido Tipinho, homenageado pelo time do Cruzeiro.

Para a nossa reportagem, o organizador Bruno Figueredo, que no encerramento da Copa Ollé de Vetaranos, havia dito que “essa seria a sua última competição e que em 2014 ele se afastaria dos gramados por conta da falta de investimento do poder público”; destacou na entrega da premiação que “em 2015 as competições continuam, porque um grupo de empresários disse que irão nos ajudar com as despesas da competição”, revelou.

Artistas do espetáculo

A equipe do Cruzeiro, campeã da 6ª edição da Copa Ollé
O Cruzeiro foi campeão jogando com Matheus Guimarães, Déo (Tatu), Emerson (Nandinho), Neto, Rhuan (Filipe) e Cabeça; Xeroca (Guigui), Chuchu e Padeiro; Fernandinho (Luis Carlos) e Pistola (Lucas). O treinador Júlio César Freitas, o Cabeça, contou ainda com Zezinho, Bruno e Matheus Cabral.

O Corinthians foi o vice-campeão da competição.
O Corinthians que enfrentou o campeão Cruzeiro formou com Tatu, Edson, Juninho, Evanilson, Alan Macedo e Alan Nascimento (Elton); Roni (Mike), Xuca e Júnior; Maguinho (Jeferson) e Teteco (Gilcimar). Na suplência, o treinador do Corinthians, Jailson Vinuto, contou com Renan, Lucimar, Jhonatan, Kleber e Fábio Augusto.

O troféu da partida recebeu o nome do saudoso jogador, Maurício da França Martins, o Neguinho (foto acima), que jogava no Flamix, equipe da localidade de Boqueirão. Ele faleceu há cerca de um ano, vítima de uma leucemia muito agressiva.

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