segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Prefeitura faz investimento na Feira Livre de Rio Bonito

Flávio Azevedo 
Eu quero cumprimentar a Prefeitura Municipal de Rio Bonito pela tenda que foi instalada para abrigar a Feira Livre da cidade (estreou no último sábado/27-09). Ficou excelente e deu outro visual àquele trecho. Contudo, como tudo sempre tem um “mas”, o negócio agora ficou parecendo mulher feia maquiada (a maquiagem ressalta a feiura). Aquela belíssima estrutura está cobrindo tabuleiros velhos, barracas tortas, remendadas, descascadas... Por que não fazer logo o serviço completo?

Segundo declarações da prefeita, a manutenção das barracas é com os feirantes, mas será que o feirante vai fazer esse investimento? Será que ela acredita nisso? E se o feirante não cumprir a sua parte no acordo, qual será a penalidade? Penso que dá para antecipar o que vai acontecer: barracas novinhas, de gente consciente que vai cumprir a sua parte no trato; ao lado dos velhos mulambos, daqueles que não estão nem aí para o que foi acordado; e a Prefeitura, pensando na reeleição, saindo à francesa, sob o argumento de que já fez a parte dela. Quem viver verá!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Transporte de funcionários da Prefeitura de Rio Bonito novamente em debate

Flávio Azevedo

O transporte das pessoas que fazem serviço braçal sempre foi precário e perigoso.
Essa foto é de dezembro de 2011. À época, eu fiz uma postagem dizendo que valorização profissional não se faz apenas com aumento de salário e abono natalino, mas também com transporte digno para aqueles que prestam serviço para a Prefeitura. Na ocasião, a oposição, hoje, governo, adorou a postagem. O problema é que ao chegar ao poder, a tal oposição manteve esse absurdo.

E a persistência no erro causou a morte de um pai de família. Jorge Antônio Moreira Chagas caiu de um desses caminhões e depois de ficar cerca de 20 dias internado, faleceu e foi sepultado nessa terça-feira (23/09). O clima no velório era de revolta, mas o que pessoas humildes que precisam trabalhar e sustentar as suas famílias podem fazer contra uma máquina perversa que quando olha para o sujeito vê apenas o Título de Eleitor?

Acrescento que o mais irritante nessa situação é que mesmo depois da fatalidade e da nossa crítica, que também foi feita nessa terça-feira (23/09), na Câmara de Vereadores, o problema não se resolve. Na cabeça desse pessoal que comanda a cidade – e nesse aspecto não vemos diferença entre ele e ela – o errado é quem critica e não quem mantém os trabalhadores sendo carregados como gado!

domingo, 14 de setembro de 2014

Meu pai... Um grande artista!

Flávio Azevedo

O meu pai, o músico, poeta, escritor e letrista, Francisco Azevedo, que nos deixou no último dia 18 de abril, deixando um vazio impreenchível dentre de nós, será o grande homenageado da “II Feira Literária de Rio Bonito” (FLIRB). O evento está sendo organizado pela Secretaria Municipal de Cultura (Semuc) e começa nessa segunda-feira (15/09), na Praça Fonseca Portela, onde permanecerá até 15 de outubro.

Ao ser informado dessa homenagem, eu me lembrei de uma poesia que ele escreveu assim que começou obter os seus primeiros reconhecimentos como poeta e músico da nossa cidade. Ele intitulou o poema como “Eu Artista... Há-há-há!”. O pai nunca imaginou que um dia ele seria homenageado numa Feira Literária. Eu não tenho dúvida que estivesse ele entre nós, ao saber da novidade ele daria um sorriso encabulado e diria: “é verdade isso, filho?”.

Sim pai, é verdade! Assim como é verdadeira a falta que você nos faz. A verdade maior de todas é que a saudade que sinto do senhor é descomunal! Abaixo, você poderá ter acesso a esse texto, escrito por ele em janeiro de 2009.

Disseram que eu sou um artista
Me exaltaram assim
Quando num dia festivo
Eu toquei meu bandolim.

Foi no programa de rádio
O Tempo em Rio Bonito
Apresentado pelo Flávio
Com prestígio e gabarito.

Agradeci ao elogio
Mas não cheguei a me orgulhar
Porque toco com humildade
Para todos alegrar.

Eu toco músicas sacras
Cívicas e também folclóricas
Apresento músicas clássicas
Sertanejas e bucólicas.

Meu bandolim me entende
E conta com emoção
As tristezas e alegrias
Do meu pobre coração.

Às vezes parece que chora
As mágoas do meu dia a dia
Outras vezes dá impressão
Que vai explodir de alegria.

As oito cordas são mudas
Mas criam voz e beleza
Quando pousam sobre elas
As mãos com hábil destreza.

Enquanto a chama da vida
Meu coração balançar
Com garra e dedicação
Meu bandolim vou tocar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

As reais lições “do 11 de setembro”

Flávio Azevedo 
É impossível passar um “11 de setembro” sem se lembrar dos ataques contra os Estados Unidos da América (EUA), em 2001. Três aviões foram sequestrados e lançados contra símbolos da supremacia estadunidense no mundo. Os alvos foram: as torres do Word Trade Center, em Nova York, símbolo do poder que vem do capital e/ou do dinheiro, que foram atingidas por dois aviões; e o Pentágono, em Washington, um prédio que simboliza o poder bélico e militar dos EUA.

Os ataques seriam liderados pelo homem que passou a ser considerado o inimigo número 1 do Ocidente: Osama Bin Laden, que atuou, contra os EUA, com toda a expertise que adquiriu nos treinamentos oferecidos a ele pelos próprios militares estadunidenses, que precisam fazer servicinhos sujos mundo à fora, mas não querem sujar as mãos.

O mundo ficou chocado diante das cenas de aviões se chocando contra as torres gêmeas. Jornalistas que ainda noticiavam, perplexos, o primeiro ataque, ao vivo, e incrédulos, assistiram um segundo avião atingir a outra torre. Os mais extremistas disseram que o juízo de Deus estava chegando. Outros gritaram que “era o fim do mundo”.

Se o amigo leitor acha que aqui, nós iremos iniciar uma conversa sobre vencedores e vencidos; ou dominados e dominantes, você muito se engana. Mas com uma coisa nós somos obrigados a concordar: com a exclamação da mulher que assistia a destruição das torres gêmeas, de que o juízo de Deus está chegando. E, talvez, como forma de mostrar que esse dia está mais próximo do que imaginamos, Deus tenha permitido que esse desastre, que se tornou um divisor de águas no mundo, acontecesse.

Pedimos que o amigo leitor nos permita recorrer ao que disse Jesus Cristo aos discípulos ao falar sobre “O Tempo do Fim”. O texto foi escrito por Mateus e pode ser lido no capítulo 24 do seu livro. Num trecho ele diz que “ouvireis de guerras e de rumores de guerras”. Ele acrescentou que “se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares”. Jesus Cristo disse ainda, que “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.

Jesus continua dizendo que “assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória... Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo”.

Se você não sabia vai saber agora. Em 19 de maio de 1780 aconteceu um fenômeno que assustou os moradores dos Estados Unidos. Os Estados de Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Vermont, todos no norte do país, viveram um dia escuro. O Sol desapareceu e o meio-dia transformou-se em meia-noite. Naquela noite, a lua apareceu vermelha como sangue, exatamente como Jesus Cristo havia predito no texto de Mateus. Cerca de 50 anos depois, na madrugada de 13 de novembro de 1833, durante horas seguidas milhares de estrelas caíram. Foi como se o céu estrelado estivesse se esfacelando. O fenômeno foi visto da costa leste dos Estados Unidos ao sul da Flórida.

Para fechar o assunto, nós também podemos recorrer ao que escreveu S. Paulo na sua segunda carta destinada a Timóteo (capítulo 3). “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos. Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons. Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”.

Sobre “O Tempo do Fim”, que dizem que estar num futuro distante, não creia nisso, pois segundo a Bíblia, esse dia pode estar mais perto do que imaginamos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Câmara de Rio Bonito lança livro com Lei Orgânica do Município e Regimento Internto

Eu quero cumprimentar o presidente da Câmara de Rio Bonito, o vereador Reginaldo Ferreira Dutra, o Reis, pela iniciativa de fazer um livro que reúne o Regimento Interno da Câmara de Vereadores e a Lei Orgânica do Município. O material, que foi distribuído entre os presentes à reunião do último dia 02 de setembro, quando eu ganhei o meu, segundo o presidente será entregue às escolas do município, as entidades de classe e órgãos de representação da sociedade. Excelente iniciativa! Parabéns!

PS: aos que pretendem se candidatar a vereador nas eleições de 2016, eu sugiro que façam desse material o livro de cabeceira!
A foto é de Willian Teixeira!

domingo, 7 de setembro de 2014

A absurda inoperância do poder público na gestão da Saúde

Flávio Azevedo 
Nesse domingo (07/09), Dia da Independência, somos marcados, no Facebook, em mais uma reclamação sobre a Saúde Pública do município de Rio Bonito. A marcação foi feita por Betânia Carvalho, que expõe um problema enfrentado pelo seu sobrinho, que ao precisar de cuidados médicos emergenciais, não conseguiu socorro nem no Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), nem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Segundo ela, a criança foi atendida em Itaboraí. A reclamação, que tem sido recorrente nas mídias sociais, mostra que ainda falta muito para o Brasil ser realmente um país independente.

Ela escreveu assim: “Indiguinadaaa!!! Saúde em Rio Bonito uma porcaria... 
Minha sobrinha cai, bate a cabeça e chegando no Hospital não tem médico para atender... Chega na UPA não tem médico para atender. Absurdo! Cabeça é coisa séria. Se tiver que morrer morre, é isso? Revoltada com essa prefeita Solange Almeida, nos deixando largados as traças e tendo que recorrer a outros municípios. É isso, só temos Deus por nós!”.

A reclamação também trás nitidez a outra questão: como é ruim subir num palanque e falar bobagem no período eleitoral! Como seria bom, se os nossos políticos aproveitassem os comícios para instruir a população sobre o funcionamento da máquina pública! Como seria positivo, se eles usassem a ocasião para aposentar velhas práticas! Melhor ainda, se os candidatos a qualquer cargo eletivo percebessem que o palanque não é um picadeiro e que o público, embora muitos se comportem como tal, não são palhaços!

Convém lembrar que a internauta está coberta de razão ao reclamar, mas a falta de médicos, uma deficiência que existe há algum tempo em Rio Bonito, não pode ser atribuída apenas aos políticos, que tem culpa no cartório unicamente porque a cada eleição, eles sobem no palanque e ‘vomitam’ um monte de tolice. A verdade e que a grande maioria diz asneiras que levam o povo, que não tem formação e conhecimento de causa, achar que o problema é de ordem política, quando na verdade a questão da Saúde é social e a solução tem que partir da Presidência da República.

A falta de médicos começa pelo fato de que os municípios de menor porte, por questões orçamentárias, não conseguem oferecer salários atraentes como os grandes centros. Outro problema é a formação acadêmica e cultural desses profissionais, geralmente filhos de famílias abastadas. Estamos falando de meninos e meninas que, por conta da criação e meio em que vivem, não conseguem ser sensíveis aos sofrimentos das camadas menos favorecidas, que é a clientela das emergências e hospitais públicos.

Outra coisa: as universidades formam menos médicos do que a demanda. Por outro lado, poucos conseguem ingressar na universidade para estudar Medicina, uma vez que essa disciplina é controlada pelas máfias da Medicina e do ensino superior. Só consegue ingressar na graduação de Medicina quem tem ‘pedigree’. A razão é simples: ser médico no Brasil é símbolo de status, logo essa função não pode ser desempenhada por “qualquer um”. Para ser médico é preciso ter um sobrenome rico, uma vez que no Brasil poder e dinheiro são palavras que se equivalem.

Todavia, apesar dessa situação social clara, a cada eleição os políticos insistem em subir no palanque para dizer que o adversário é incompetente. E pior, como se essas questões se resolvessem num passe de mágica, ele promete, “se eleito for”, mudar o cenário, mesmo sabendo que não vai. O problema é que “desconfiômetro” e “sensatez” são palavras inexistentes no dicionário de boa parte daqueles que entram na política.

Encerramos dizendo que as afirmações escritas nesse texto não são bem vindas, mas essa é a lógica da falta de médicos em Rio Bonito e em todo território nacional. Aproveitamos a ocasião para destacar que quando escrevíamos isso no governo anterior, os simpatizantes do atual governo diziam que estávamos tentando defender o ex-prefeito Mandiocão e a ex-secretária de Saúde, Maria Juraci Dutra. Pois bem, hoje, quando os problemas se repetem e Mandiocão não é mais o prefeito, a culpa é de quem? É da prefeita? É do atual secretário de Saúde?

Bem, como este jornalista não tem a desfaçatez dos políticos e dos seus puxa-sacos, nós continuaremos dizendo que o chefe do poder Executivo e o secretário de Saúde não podem ser responsabilizados por essa questão, que e um problema nacional. Esperamos, porém, que a lição tenha sido aprendida; que o grupo político que administra a cidade, não use mais o período eleitoral para fazer o nosso ouvido de penico (com essa conversa fiada de “Governo da Saúde”); e que a gestora do município venha a público de maneira clara e sem rodeios expor a nítida guerra fria que acontece entre a Prefeitura e alguns membros da direção do Hospital Darcy Vargas.

Concluímos com um pensamento: “na luta do rochedo com o mar, quem apanha é o marisco”.