terça-feira, 15 de julho de 2014

Chuvas podem alagar creche recém-inaugurada em Rio Bonito

Flávio Azevedo 
A Prefeitura de Rio Bonito inaugurou nessa segunda-feira (14/07), a Unidade de Educação Infantil Maria Nazareth Santos Mello. O prédio, alugado, fica localizado na Rua Antenor Marmo, nº 664, no Centro. Não há quem discorde da homenagem feita a essa importante personagem da Educação de Rio Bonito. Também não há como criticar a criação de uma creche, já que a própria secretária de Educação, em várias oportunidades, afirmou que cerca de 2 mil crianças do município não tem acesso a creche. O tema também já foi discutido nas sessões Legislativas e nos fóruns da Agenda 21.

Todavia, os festejos; o contentamento com a conquista; e a expectativa positiva para os bairros que também serão beneficiados com uma creche (Boqueirão, Serra do Sambê, Marajó, Cajueiros e Parque Indiano,); infelizmente, não apaga a imagem que vemos nessa foto, que foi feita durante uma chuva mais intensa. A casa que aparece inundada no fim da rua é a que, hoje, recebe a creche Nazareth Mello.

Contar que a saudosa professora de onde estiver, no seu papel de patrona da unidade, estará intercedendo para que as chuvas não sejam tão torrenciais para não alagar a creche, nos parece um pouco demais. Errou a Secretaria de Educação? Bem, se errou, não o fez sozinha, porque errou também os órgãos fiscalizadores, entre eles o Conselho Municipal de Educação, que diante desse e de outros problemas, não se manifesta como deveria.

Vale ressaltar que, junto da Saúde, a Educação é o maior orçamento de Rio Bonito. Sim, a pasta reúne robustos recursos para executar as políticas públicas do setor. Contudo, por uma série de razões pouca coisa é realizada, sobretudo no que tange a infraestrutura, já que segundo um relatório do Conselho que fiscaliza a utilização dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o governo municipal destina quase a totalidade desse recurso à folha de pagamento.

O relatório foi apresentado na Câmara pela vereadora Rita de Cássia, que deixou uma oportuna reflexão: “quase todo o recurso, um valor da ordem de R$ 28 milhões, está sendo direcionado à folha de pagamento. Por isso não sobra dinheiro para fazer a manutenção das unidades escolares do município”. Ela acrescenta: “o curioso é que apesar desse direcionamento para a folha, a falta de professores na rede é flagrante e a categoria continua tendo baixíssima remuneração”.

Com a palavra, os órgãos competentes!

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