Flávio
Azevedo
Por
volta das 7h do último dia 12 de fevereiro, um caminhão baú, placa AAV 9226, do
município de Terra Boa, no Paraná, derrubou, durante uma manobra, quatro postes
no Centro de Rio Bonito. Apesar da proporção do acidente, não houve vítimas. O
primeiro poste, que fica localizado na Rua Dr. Celso Peçanha Filho, foi
arrancado e criou um efeito dominó, porque também caíram outros três postes da
Rua Miguel Couto Filho, próximo a confecção de Jeans W One. Se os moradores davam
“graças a Deus” por não ter tido vítimas, eles já esperavam ter aborrecimento
com a Ampla.
–
Estávamos dormindo ainda. Acordei com o aparelho de ar refrigerado desligando.
Quando cheguei do lado de fora me deparei com essa cena (caminhão enrolado nos
fios e poste). Perdi o dia de trabalho, porque o acidente aconteceu diante do
meu portão e como que tira o carro da garagem com esse caminhão enorme, no meio
do caminho e todo enrolado de fio? Estou prevendo muitos prejuízos,
aborrecimentos e eles já começaram, porque a Ampla até agora nada – disse o
empresário Aleksei Souza, que reside em frente ao local do acidente.
Trabalhadores do Material de Construção Serra do Sambê, que funciona na esquina da Miguel Couto com a Rodrigues Coelho, serraram o poste que caiu no meio da rua para poder entrar e sair com os caminhões da empresa. Por volta das 15h, os moradores da localidade seguiam sem energia e afirmavam que a Ampla não havia aparecido no local. Depois da quinta ligação para o Serviço de Atendimento ao Cliente da Ampla, uma moradora revela que a “atendente teve a cara de pau de me dizer que ninguém reclamou”. Indignada ela acrescenta: “como ninguém ligou, se só eu estava ligando pela quinta vez?”.
Um
morador comentou que o motorista do caminhão tentava chegar ao Centro de Rio
Bonito, mas teria perdido o caminho. Ao pedir orientação a um transeunte, ele
foi informado que ele deveria retornar. Assim, ele decidiu contornar o quarteirão
para seguir na direção oposta.
– O
problema é que quando ele chegou na esquina da Rua Dr. Celso Peçanha Filho com
a Rua Aloisio Celso de Oliveira, ele encontrou aquele ferro velho clandestino
que nós já estamos cansados de pedir para tirar, mas ninguém toma providências.
Como ele não conseguiu passar, porque tinha aquele monte de carro velho no
caminho, ele decidiu dar a ré. Nessa volta o baú levou os fios e a coisa está
aí nesse estado – ponderou o morador, que prevê vários dias sem energia e sem
água, “porque como o abastecimento de água aqui é péssimo, nós precisamos de
bomba para encher as nossas caixas d’água, mas a bomba não é ligada no focinho
do porco”, ironiza.
Outro
morador lembra que muitas crianças da Serra do Sambê e adjacências, que estudam
no Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça, na Mangueirinha, passam por
ali. “Já pensou se esses fios atingem uma criança dessas. Por aqui também
passam muitas pessoas indo para o trabalho... Como seria? Poderia ter
acontecido uma desgraça muito maior”, frisa o morador.
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