quarta-feira, 10 de julho de 2013

Serão desmascaradas as atrocidades da ditadura?

Flávio Azevedo

O ex-presidente João Goulart governou o Brasil entre os anos de 1961 e 1964.
Os restos mortais do ex-presidente João Goulart (foto) serão levados a Brasília para serem periciados no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. A exumação e perícia fazem parte da investigação, conduzida pela “Comissão da Verdade”, que pretende apurar a causa da morte do ex-presidente, que teria sido vítima de envenenamento a mando da “Operação Condor”, cooperação militar entre as ditaduras da América do Sul nos anos 70. 

Eu aproveito a oportunidade para sugerir que a “Comissão da Verdade” também investigue a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Para quem não lembra, o mineiro faleceu vitima de um “terrível acidente automobilístico”. A verdade é que a tal “Operação Condor” pretendia eliminar todas as lideranças contrárias a Ditadura. Também aproveito para sugerir um estudo minucioso sobre a morte de Carlos Lacerda.

Detalhe: Juscelino morreu no dia 22 de agosto de 1976; e João Goulart, no dia seis de dezembro do mesmo ano (1976). Já, Carlos Lacerda, morreu em 21 de maio de 1977. O curioso é que, segundo algumas correntes, apesar de adversários, o trio teria se unido e, com regularidade, estaria se encontrando, entre os anos de 1975 e 1976. O objetivo dos encontros era derrubar a Ditadura Militar e estabelecer um governo democrático! 

O trio, porém, morreu num prazo inferior a um ano. Não é curioso? O triste é que os pilantras dos generais que comandaram isso, infelizmente, ou estão gagás ou já morreram de velho! Ou seja, os safados não serão castigados por essas e outras ‘gracinhas’ que aprontaram durante os 20 anos que comandaram o Brasil. Aliás, as investigações só estão acontecendo por conta disso.

Caso a tal apuração começasse antes, muitos operadores da Ditadura, inclusive, grandes figurões da política nacional, teriam que ser levados ao xilindró e serem obrigados a dar conta de inúmeros jovens e ativistas que desapareceram durante os “Anos de Chumbo”.

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