terça-feira, 11 de junho de 2013

Dias dos Namorados

Flávio Azevedo

As responsabilidades que a vida adulta nos impõe... As dívidas que precisamos saldar... As missões que o dia-a-dia nos atribui... Os problemas que somos obrigados a aturar e/ou solucionar... A correria da vida moderna... O chicote do trabalho... Tudo isso nos torna ranzinzas. Já algum tempo eu descobri que ser adulto é muito chato! Aliás, a situação piora se você gosta de andar na linha, é correto sempre; e não se permite nenhuma extravagância...

Mas quem disse que precisa ser assim?

Os fenômenos sociais comentados anteriormente, junto com fatores de ordem econômica e emocional tornaram o amor opaco, interesseiro, egoísta e, em várias ocasiões, oportunista! O amor puro é raro... O próprio “Dia dos Namorados”, que propõe uma celebração aos amantes, apaixonados e enamorados, é explorado ao máximo pela sanha capitalista da dupla mercado e comércio...

Mas como escreveu Arnaldo Jabor, “quem disse que ser adulto é ser ranzinza?”. Todavia, não podemos esquecer que o “eu te amo” tornou-se extremamente banal e ao mesmo tempo muito raro. Banal porque é dito diante de qualquer interesse; e raro, porque o amor de verdade é difícil de ser encontrado...

A verdade é que a busca pela felicidade é sempre baseada no egoísmo, porque esquecemos que a felicidade só é alcançada quando temos em mente fazer alguém feliz. Outra verdade é que mesmo amando e respeitando, na saúde e na doença, na fartura ou na adversidade, os bons e maus momentos virão... Contudo, diante de determinados cenários, sobretudo os negativos, não adianta pular fora, porque esses momentos sempre irão existir em qualquer relação humana...

Sendo assim, não pense duas vezes antes de amar... Diga “eu te amo” com frequência, mas sempre de forma sincera... E nunca deixe de tentar fazer a sua “cara metade” feliz. Isso pode até parecer piegas... Mas retorno ao conceito de Jabor e digo: “prefiro parecer idiota a continuar sendo infeliz!”.

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