quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ampla corta energia da Prefeitura de Rio Bonito

Notícias dessa natureza sempre estiveram em evidências nos últimos anos em Rio Bonito.
Aconteceu de novo. A Ampla cortou nesta quarta-feira (26/12), o fornecimento de energia elétrica da sede da prefeitura de Rio Bonito por conta de uma dívida com a distribuidora de energia de cerca de R$ 270 mil acumulada desde 2009. A empresa esclarece que só tomou a decisão de interromper o abastecimento de energia depois de tentar negociar o débito em várias ocasiões.

Até o momento, o corte foi feito em três unidades, incluindo a sede da administração municipal. A Ampla vem mantendo contato com representantes da prefeitura na tentativa de equacionar a dívida há mais de um ano.

Segundo a assessoria da distribuidora, o fornecimento de energia aos serviços essenciais como hospitais, escolas, guarda municipal, corpo de bombeiros e vias públicas foram preservados.

Fonte: O Dia

Dia mais quente do ano lembra o “fim do mundo”

Flávio Azevedo
Foto: Severino Silva/Agência O Dia 
O Rio de Janeiro registrou um recorde histórico de temperatura: a máxima chegou aos 43,2º C, em Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade, com sensação térmica de 47º C.
No último dia 21 de dezembro, o volume de gente preocupada com o fim do mundo era grande. Motivado pelo tema eu decidi escrever sobre o assunto. Além de comentar a previsão dos Maias (povos pré-colombianos), nós também refletimos sobre alguns versos bíblicos que sustentam a crença dos cristãos em um fim do mundo. Desde quando eu era criança eu ouvia os pregadores, na igreja, mencionarem uma passagem de Apocalipse que fala sobre o aquecimento do sol.

Esse trecho do livro sagrado fala sobre sete taças recheadas da ira de Deus. O conteúdo dessas taças é lançado sobre a terra para punir a humanidade desobediente. Nessa quarta-feira (26/12), dia apontado pelos noticiários como o mais quente do ano, eu me lembrei desse verso. No capítulo 16, verso 8, o escritor do Apocalipse diz que “o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo”.

Sinceramente, eu nunca achei que aquecimento seria repentino. Estudos científicos e reportagens apresentadas em programas como Fantástico (TV Globo) mostram que o gelo contido nos pólos está se derretendo lentamente, o que está aumentando o nível da água do mar. Caso esse fenômeno continue, em cerca de 30 anos é possível que algumas capitais praianas desapareçam. Os pesquisadores também afirmam que por conta de uma série de fatores climáticos e ambientais os dias estão mais quentes. É aí que eu me lembro da tal passagem do Apocalipse (16.8).

O que mais me preocupa, porém, é o verso seguinte, o nove (9). Por conta do grande calor, diz o escritor do Apocalipse, “os homens blasfemaram contra Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória”. Essa obstinação da humanidade faz com que a taça seguinte, a quinta, seja lançada sobre a terra, numa sucessão de sete flagelos que atingirão a humanidade nos últimos dias.

Aos que me perguntaram se o mundo acabaria em 21/12/2012, eu respondi que não acreditava na previsão dos Maias. Entretanto, amigo leitor, eu lhe asseguro que o mundo caminha a passos largos para o seu fim. Diante desse cenário de calor, destruição e desequilíbrios sociais que nos cerca e aumenta a cada dia, qual está sendo a nossa atitude? O que pensar... E, sobretudo, o que dizer?

Julgo ser importante relembrar o que está escrito no livro de S. Lucas, capítulo 21, versos 25 e 26: “E haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas”. Não é mais ou menos isso que temos visto nos noticiários?

Diante da preocupação estampada no rosto dos discípulos, coisa que pode estar acontecendo, agora, com o amigo leitor, Jesus deu uma dica: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lucas 21.28). Pensando nisso, nós precisamos nos preparar para quando essa redenção chegar.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Regras para a troca de presentes

Os dias entre o Natal e o Ano Novo são conhecidos como o período das trocas de produtos. Pessoas insatisfeitas com os presentes que ganham aproveitam a ocasião para trocar e motivos variam de tamanho incorreto, a não agradou, ou ainda, vontade de escolher outro produto da mesma loja. Para não ter problemas é preciso conhecer as regras estabelecidas pelas lojas e o Código de Defesa do Consumidor.

É bom saber que os prazos para troca são aqueles estabelecidos no momento da contratação, no ato da compra, entre consumidor e a loja. O cliente tem que estar alerta e perguntar o prazo para a troca daquele produto. Se não houver essa informação, o consumidor tem que questionar o vendedor ou gerente sobre o prazo, e fazer constar na nota fiscal, para que ele tenha o direito resguardado. É importante lembrar que as lojas não são obrigadas a conceder a troca em caso de insatisfação do consumidor, seja porque não gostou do produto ou porque o tamanho não é o correto.

O consumidor também não tem direito a substituição em caso de mau uso, ou seja, quando o produto saiu perfeito da loja e depois ele sofre alguma avaria. Nos casos em que o produto possuir algum defeito, o consumidor tem um prazo de até 30 dias para a troca. No caso de aparelhos eletrônicos existem dois tipos de prazos: entre o consumidor e a loja, que é geralmente 48 horas; e a partir daí entre o consumidor e o fabricante, onde geralmente o prazo para a solução ou conserto é contado a partir da entrada na assistência técnica indicada pela loja ou fabricante.

Reclamação

Caso o consumidor se sinta lesado, ele deve comparecer ao Procon com documentos que atrelem a relação de consumo: nota fiscal, fatura do cartão de crédito, além da identidade e CPF. Especialistas afirmam que o consumidor pode recorrer não só quando a loja viola os seus direitos violados, mas também quando o produto não respeita as indicações constantes em sua embalagem e o vendedor se recusar a restituir a quantia paga.

Se as compras foram feitas por internet, telefone ou fora do estabelecimento comercial, o consumidor tem um prazo de sete dias a partir do recebimento, para devolver o produto e receber o dinheiro de volta e não é necessário justificar o motivo da troca. Após esse prazo, o comprador deve agir da mesma forma que em uma troca normal.

Internet

No caso de troca de produtos comprados pela internet, é possível que o comprador tenha que pagar a taxa de envio do produto para a empresa. Tudo vai depender do contrato de compra. É bom ter cuidado com as compras pela internet. Em janeiro temos um aumento de reclamações sobre produtos que não são entregues ou de trocas que não são feitas porque o consumidor não consegue contatar o fornecedor.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Moradores de Rio Bonito e região precisam buscar qualificação profissional e Educação superior

Flávio Azevedo

coordenador administrativo do Campus da Unigranrio/SJ, Cristiano Menezes.
A implantação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) em Itaboraí é uma realidade. Novos investimentos da Petrobras em Maricá, Saquarema e Niterói, por conta do petróleo que será extraído da camada pré-sal, também são reais. No Norte Fluminense, a presença das empresas do mega empresário Eike Batista já é percebida. A provável criação de 250 mil empregos por conta do efeito Comperj também é real. Entretanto, a população e boa parte dos entes públicos ainda não se deram conta de um fator: É URGENTE BUSCAR QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL.

Apesar dos milhares de empregos que devem ser gerados, as colocações mais nobres devem ser ocupadas por “estrangeiros” (pessoas oriundas de outros estados e países), um processo muito natural se levarmos em conta o fato de que nunca na história da nossa região houve investimentos consistentes em políticas públicas voltadas à Qualificação Profissional, a Graduação e a geração de emprego e renda que ofereçam bons salários. Aos “nativos” restará a opção de comercializar hambúrguer, cachorro-quente, picolé, churrasquinho e bugigangas na porta das empresas que se instalarão por aqui.

“Temos potencial”

Pensando nisso, o jornal “O TEMPO” tem feito uma série de pesquisas e entrevistas com profissionais da área de Educação e Recursos Humanos. Em maio de 2009, em entrevista concedida ao programa “O Tempo em Rio Bonito”, o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisa Física, o cientista e pesquisador, José Abdalla Helayel Neto, disse que “Rio Bonito é uma cidade que não tem identidade, mas com investimento e vontade política, o município pode ser transformado num pólo educacional”.


José Abdalla Helayel Neto.

Sobre as suas expectativas diante do Comperj, o cientista comentou que “existem duas palavras que precisam ser trabalhadas com o devido peso. Uma é crescimento e a outra é desenvolvimento. Nós precisamos saber se a região cresceu... Se desenvolveu ou ambos. O ideal seria ambos, mas muitas vezes o crescimento não é acompanhado pelo desenvolvimento”. José Helayel acredita que a educação não vai resolver todos os problemas, “mas vai permitir alcançar o desenvolvimento que precisamos”.

Apesar dessa dica, de 2009 até hoje, pouca coisa, ou nada foi feito nessa direção. Nem os cerca de 50 ônibus que, diariamente, entram e saem de Rio Bonito transportando operários para o Comperj foram suficientes para despertar a atenção das autoridades em todos os seus setores. Juntos com o povo, que também não percebe o que vem por aí, todos continuam única e exclusivamente preocupados com questões pessoais, intrigas palacianas e estudando novas maneiras de se perpetuarem no poder.

“É preciso buscar qualificação”

Preocupados em não ficar, como os demais, ‘deitado em berço esplêndido’, a reportagem do jornal “O TEMPO” visitou a Universidade do Grande Rio (Unigranrio), Campus Silva Jardim. O entrevistado foi o coordenador administrativo do Campus, Cristiano Menezes, que além de falar sobre a Unigranrio, abordou temas como qualificação profissional, investimentos em Educação, a expectativa de crescimento da região e o efeito Petrobras.
– Nós estamos aqui há cerca de 20 anos, estamos de olho na questão do Comperj e pretendemos preparar os jovens para as oportunidades que surgirão com a presença da Petrobras em nossa região. A Unigranrio oferece, além da graduação em Administração, setor que é muito promissor, os cursos tecnólogos que tem duração de dois anos – destacou.

Segundo Cristiano Menezes, os cursos tecnólogos (Marketing, Recursos Humanos e Logística) que serão oferecidos na Unigranrio “representam oportunidades ímpares para quem deseja se preparar para ocupar uma das vagas de empregos que serão geradas pelo Comperj e empresas que estão sendo atraídas pelos investimentos da Petrobras, não só em Itaboraí, mas em todo Estado do Rio de Janeiro”. Formado em Administração pela própria Unigranrio, Cristiano confirma uma tendência que vem sendo anunciada há algum tempo, mas que ainda é pouco assimilada: “para alcançar sucesso e estabilidade no mercado de trabalho é preciso se preparar”.

Além de ressaltar que o mercado a cada dia fica mais seletivo, dinâmico e está em busca dos melhores, Cristiano Menezes ressalta que “hoje, a graduação é considerada algo bem básico”. Para ele, quem não estiver antenado, buscando conhecimento, se preparando e estudando, certamente ficará para trás. “Por isso é interessante que os jovens que estejam saindo do Ensino Médio aproveitem as oportunidades e busquem novos horizontes”, analisa Cristiano, acrescentando que o foco da Unigranrio está voltado para essas questões e “para os jovens de Rio Bonito e região ela (a Unigranrio) é uma grande oportunidade”.

Governo anuncia Mínimo de R$ 678,00 para 2013

O reajuste do Salário Mínimo é de 9% em relação aos atuais R$ 622,00.
O Palácio do Planalto anunciou nesta segunda-feira (24/12) que o valor do salário mínimo em 2013 será de R$ 678,00. O reajuste é de 9% em relação aos atuais R$ 622,00. O anúncio foi feito pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman. O valor do salário mínimo é calculado com base no percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado mais a reposição da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O decreto com o valor do novo Mínimo será publicado na edição da próxima quarta (26/12) do "Diário Oficial da União".

Em 2011, a variação do PIB foi de 2,73%, e a inflação de 2012 medida pelo INPC, de 6,1%. O Orçamento de 2013 – ainda não aprovado pelo Congresso – previa alta do mínimo para R$ 674,96. A proposta original do governo era de aumento de R$ 622 para R$ 670,95, mas o cálculo da inflação foi reajustado, e isso elevou o valor.

A ministra também informou que a presidente assinou uma medida provisória que isenta de imposto de renda o valor que os trabalhadores recebem referente à participação nos lucros e resultados (PLR) das empresas. A isenção é para valores de até R$ 6 mil.

domingo, 23 de dezembro de 2012

De que lado nós estamos?

Flávio Azevedo

Jesus dando vida ao jovem de Naím.
No evangelho de Lucas, mais precisamente no capítulo 7, versos 11 a 15, o apóstolo conta uma história extremamente significativa. De acordo com o relato, Jesus chegava a uma cidade chamada Naim. Com Ele iam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão. Perto da porta da cidade, Jesus encontra um enterro. O morto era o filho único de uma viúva e com ela também seguia uma grande multidão. Segundo Lucas, ao se deparar com aquela situação, Jesus “moveu-se de íntima compaixão” e disse a ela: “Não chores!”.

As cenas seguintes são de apreensão, porque além de Jesus mandar uma mulher viúva, que perdeu o único filho, parar de chorar, Ele também se aproximou do defunto, tocou no caixão e fez o cortejo parar (“que deselegante!”, pensaram alguns que olhavam a situação). Nesse momento, porém, acontece algo maravilhoso. Jesus ordena que o defunto se levante... O morto acorda... Senta-se... Começa falar e Cristo o entrega a sua mãe.

Não precisa ser muito esperto para perceber os dois lados de uma mesma moeda nessa história. Aliás, uma alegoria fiel dos dias atuais. O texto fala do encontro de duas multidões. O cortejo da vida, seguindo Jesus; e o cortejo da morte, seguindo um defunto. A questão crucial desse relato está nesse encontro. A primeira experiência que podemos aproveitar é o fato de que quando nos encontramos com Jesus, Ele faz reviver tudo que está morto.

A segunda experiência que podemos tirar desse acontecimento narrado por S. Lucas é que ao sentirmos o toque de Jesus é preciso parar. E quando paramos... Se usarmos os ouvidos da fé, certamente nós ouviremos o seu convite para uma nova vida. E não tenha dúvida que diante do Seu chamado, até “quem” ou “o que” está morto pode reviver!
No mundo atual dois cortejos caminham para um lugar. Um anda acompanhando o bem. O outro seguindo o mal. E de que lado você está? De que lado eu estou? De que lado nós estamos? Estaremos seguindo o cortejo da vida? Ou estaremos acompanhando o cortejo da morte? A verdade é que ao encontrar Jesus o cortejo da morte recebe vida. E caso nós venhamos a perceber que estamos caminhando junto ao cortejo da morte, é possível parar, receber o toque de Jesus, e reviver.

Em outro momento, no evangelho de João (11-25), mas tratando do mesmo assunto, alguém estava morto (Lázaro). Apesar de estar já sepultado há quatro dias, Jesus disse às irmãs de Lázaro: “Eu Sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá!”. Elas creram e Lázaro foi ressuscitado (11-43/44).

Que Deus nos dê a vitória!

A origem de Tomascar... ou Tomaz Carr?

*Dawson Nascimento

A roda do engenho de Tomascar.
Localizada na região sul ocidental de Rio Bonito, Tomascar é uma localidade de rara beleza. Por conta das suas cachoeiras e demais belezas naturais, o local é muito procurado por grupos que praticam o turismo de aventura. A origem do nome “Tomascar” tem gerado controvérsia ao logo dos tempos. Partindo desse princípio, nós iniciamos uma pesquisa para desvendar a origem do nome “Tomascar”.

Em Tanguá, na Prefeitura Municipal, consultamos o arquivo da Biblioteca Municipal e os dados que encontramos foram os seguintes:
Pesquisadores tanguaenses descobriram que Tomascar era um engenheiro alemão que trabalhou na construção da ferrovia que corta a região. Pelos seus bons serviços prestados a coroa portuguesa, D. João VI doou as terras para ele. Assim, o engenheiro construiu sua fazenda na região. Questionados sobre documentos que comprove a veracidade dessa história, os pesquisadores informaram ser essa uma narrativa oral, ou seja, contada de geração para geração.

Achamos a informação interessante, mas para não nos basearmos numa só fonte, nós consultamos as cartas de sesmaria concedidas em Rio Bonito e Tanguá nos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX. Encontramos documentos que esclarecem o seguinte: no dia 17 de Dezembro de 1803, Tomaz Carr Ribeiro de Bustamante recebeu uma data de terras medindo três léguas em quadra, principiando, onde acabam as terras da posse, pertencente ao Capitão João Coutinho Pereira e outros. A fonte foi o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro.

Aí começa a controvérsia! Se ele recebeu essas terras em 1803, a história oral contada pelos pesquisadores de Tanguá está equivocada, porque em 1803 a ferrovia ainda não havia passado por aqui. A primeira notícia sobre trens no estado do Rio de Janeiro é do século XIX. Ele chegou através do Barão de Mauá, e, isso, no segundo Reinado, ou seja, pelos meados do século XIX. Pelo que sabemos, a história do trem na região é a seguinte: os primeiros trilhos saíram do porto de Mauá, em 1860, com um ramal direcionado a Petrópolis e a Porto das Caixas. Os trilhos só chegam a Tanguá em 1878. Em Rio Bonito, em 1880.

Mesmo assim prosseguimos em busca de mais informações sobre Tomascar. Encontramos a resposta nos Livros de Óbitos e Testamentos da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Rio Bonito, ao encontrarmos o Testamento do Capitão Tomaz Carr Ribeiro de Bustamente, redigido no ano de 1805, ou seja, dois anos após ele receber as terras na localidade. Também encontramos o registro de óbito do próprio Tomaz Carr.

O testamento é bem esclarecedor, pois nele, o próprio Tomaz Carr Ribeiro de Bustamante deixa as seguintes informações: Tomaz Carr Ribeiro de Bustamante, nascido no ano de 1733, batizado na capela da fazenda de Itaóca em São Gonçalo, filho do desembargador e juiz do Fisco, Dr. Roberto Carr Ribeiro, natural de Portugal; e de Dona Maria Angélica de Sá Figueiredo, também natural de Portugal. No testamento as terras foram divididas entre os herdeiros de Tomaz Carr, que faleceu no dia 13 de Março de 1806 (Livro de Óbitos, número 2, folhas de número 19).

Proprietários de terra em Tomascar no decorrer do tempo

Imagem do engenho de Tomascar 
De 1803 a 1818, as terras de Tomascar pertenciam à família de Tomaz Carr. A partir de 1818 elas foram dividas e vendidas para outros povoadores: as famílias, “Furtado de Mendonça”, “Rosa Figueiredo”, “Nunes da Rosa”, “Nunes da Rocha”, “Guimarães”, “José de Freitas”, “Moraes”, “Mesquita”, entre outras. Por volta de 1910, as terras que formam o atual centro urbano de Tomascar foram adquiridas por João Firmino de Moraes, junto com a sede da fazenda Tomascar, além do engenho e as demais benfeitorias.

Tempos depois as terras foram adquiridas por Claudionor José da Rosa. Atualmente pertencem aos filhos e netos de Claudionor, patrono da escola municipal de Tomascar. Os pontos turísticos de Tomascar são o Engenho de Farinha; a Cachoeira; o Restaurante da Marilene Rocha da Rosa e Evanil Moura da Rosa (Ninil); e a grande variedade de aves silvestre livres no local.

*Dawson Nascimento é pesquisador, músico e artesão.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Morre Dr. Mauro Prevot

Flávio Azevedo

Dr. Mauro Prevot em atividade na OAB/RB
Rio Bonito perdeu no último dia 10 de dezembro, uma das figuras mais importantes da sua história: Dr. Mauro Luiz Barbosa Prevot, que há alguns meses lutava contra um câncer. Aos 62 anos, ele se destacava na música, como líder do Grupo de Serenata Lua Branca; no meio jurídico, ele era advogado e juiz (aposentado); e professor, com passagens em várias escolas de Rio Bonito e Região. A marca de Mauro Prevot, porém, eram a simplicidade e a humildade, marcas que carregou até os momentos finais da sua vida. Sem dúvida o seu nome ficará imortalizado como uma das figuras mais queridas da sociedade riobonitense.

No Facebook, o primo Gutinho Prevot, música consagrado e respeitado de Rio Bonito, para ilustrar a simplicidade de Mauro Prevot escreveu a seguinte história:

Certa vez, numa visita a Conservatória – Meca dos seresteiros brasileiros – Mauro, foi convidado a interpretar uma canção no Museu da Música. Escolheu “Ontem ao Luar”, uma das mais belas do nosso cancioneiro, a qual interpretava com um sentimento inigualável. Preparado... Garganta afinada... Ele estava, como se diz na gíria, “na ponta dos cascos”, estava cantando divinamente...

Eu fui o responsável por registrar em vídeo a sua performance. Era o clímax da felicidade de qualquer seresteiro. Empunhei a câmera e comecei o registro. Como um diretor experiente, comecei a fazer close dele e dos músicos acompanhantes, dos acordes, dos violões e bandolins, das fisionomias extasiadas dos ouvintes de lá e de cá... Enfim, queria mesmo deixar tudo registradinho. Ocorreu que já quase no fim da interpretação, observei que um indicador da máquina dizia algo como: “no record... ou pause”... (piscando).

Imediatamente comecei a suar frio ao perceber que nada havia sido registrado. Depois me veio a questão: “Como falar para ele que não havia filmado nada?”. Tomei umas para me encorajar... O encarei e disse: “Primo, tenho algo muito desagradável a lhe dizer”. Ele me perguntou: “o que houve Gutinho?”. Ao que eu respondi: “não consegui filmar, a máquina estava em “pause”. Após um brevíssimo momento ele se virou pra mim e falou: “Gutinho, o que vale é o que está e estará sempre registrado em nossas memórias... Em nossos corações... E não o que você deixou de registrar nessa máquina”.

Esse era Mauro Prevot, absolutamente desprendido de vaidades e orgulhos. O que valia para ele era o ato e não o registro do fato...

Auto Escola Peixe fecha ano de sucesso dando presentes

Flávio Azevedo

Parte da equipe da Auto Escola Peixe posa com o Papai Noel antes da carreata.
Um fim de ano premiado e premiando. Essa é a ideia da direção da Auto Escola Peixe para os últimos dias de 2012. Como forma de agradecer a parceria dos colaboradores, alunos e amigos, a direção da unidade sorteou, no último dia 15 de dezembro, uma motocicleta zero quilômetro e promoveu a chegada do Papai Noel.

O bom velhinho deixou de lado o trenó e, em carreata, formada por carros da Auto Escola, percorreu o Centro da cidade e bairros adjacentes. “O objetivo desses eventos é fidelizar a clientela para 2013”, comentou o empresário Leandro Neto, o “Peixe”.

O empresário Leandro Neto (Peixe) entregando a chave da moto a ganhadora.
A ganhadora da motocicleta foi Isabela Maria de Souza. O sorteio foi transmitido, ao vivo, pela Rádio 107.1 FM, durante o Programa do Roby (14h às 17h). Aumentar o número de clientes e patrocinar e promover eventos esportivos são metas da Auto Escola Peixe para 2013. Também no último dia 15 de dezembro, o Rio Bonito Atlético Clube (RBAC) sediou a pelada “Edinho e Seus Amigos”. Antigo conhecido dos gramados riobonitenses, o atleta, que defende o Fluminense, posou com a camisa da Auto Escola Peixe.

A equipe campeã Sub-13 de Futsal do RBAC conta com o apoio da Auto Escola Peixe.
No dia seguinte (16/12), a equipe de Futsal do RBAC, que também conta com patrocínio da Auto Escola Peixe, sagrou-se campeã da Copa Araribóia de Escolinhas de Futsal, na categoria Sub-13. Jogando em Niterói, o time alvianil enfrentou o tradicional Canto do Rio e venceu pelo placar de 7x4.

Banda Maverick realiza show épico e público pede bis

Flávio Azevedo

A apresentação ficou na memória do público que pediu novas apresentações.
Marcelo Kaus (Guitarra e Vocal), Dedeco (Baixo e Vocal), Ducler (Bateria e Vocal), Camilo (Guitarra e Gaita) e Paulo Thirso (Teclado e Vocal), esses são os integrantes da Banda Maverick, um dos grupos musicais mais respeitados de Rio Bonito e Região. No último dia 30 de novembro, no Esporte Clube Fluminense, eles realizaram um show que entra para história da música riobonitense como um dos melhores que se tem notícia. O cenário, o palco, a sonorização e o repertório, tudo estava perfeito. Mesclando Rock dos anos 60 e 70, músicas imortalizadas por “The Beatles”, “Elvis Presley”, “Rolling Stones”, clássicos do Rock Nacional (anos 80) e composições próprias, a banda levantou o público.

A Banda Maverick nasceu em 1986, sem maiores pretensões. Através, porém, do movimento musical que ficou eternizado no cenário cultural riobonitense como “Rock na Calçada”, ela ganhou status, fãs e atrai grande público por onde passa. Depois de alguns anos no ostracismo, 2012 foi o ano da Banda Maverick. Os “Meninos de Rio Bonito” retornaram as paradas no dia 30 de março, também no Esporte Clube Fluminense. Eles encantaram os presentes com uma apresentação que também encheu os olhos.

O líder do grupo, o músico Marcelo Oliveira Cardozo, o Marcelo Kaus, é um dos instrumentistas, arranjadores e produtores mais completos da região. Comandando o Estúdio Maverick, ele está por trás de gravações e apresentações que se caracterizam pela qualidade, bom gosto e o alto nível. A Banda Maverick fecha o ano com planos ambiciosos para 2013. O Estúdio Maverick fechou parceria com o Programa Flávio Azevedo, da Rádio Sambê FM (98,7), para realizar o quadro “Estúdio Maverick Recebe”.

De acordo com o jornalista Flávio Azevedo, âncora do programa, a ideia é junto com Marcelo Kaus promover grupos musicais e artistas locais de Rio Bonito e região. Eles participarão do quadro contando as suas trajetórias, o ingresso no mundo artístico e falarão sobre as suas expectativas para o setor cultural de Rio Bonito e região, que vive um momento de efervescência por conta dos inúmeros atores de diferentes segmentos do setor.

Karol Lima faz turnê “abençoada” no Sul do Brasil


Flávio Azevedo

A cantora karol Lima em uma das suas apresentações.
Uma turnê de 15 dias pelo Rio Grande Sul, visitando cidades como Espumoso, Soledade, Passo Fundo, Xangri-Lá e Capão da Canoa é a mais nova experiência da carreira da cantora gospel Karol Lima. Sempre cantando para milhares de pessoas e vendo muitas almas se rendendo aos pés de Jesus, cantor comentou em entrevista ao Programa Flávio Azevedo, da Rádio Sambê FM (98.7), que a experiência foi maravilhosa. Ela destacou a recepção dos irmãos gaúchos e comentou que viveu momentos que ela nunca mais vai esquecer. O convite para a turnê foi feito pelo pastor Elias Vargas, da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Soldados de Cristo.

Confia em Deus

Flávio Azevedo

Uma imagem que retrata bem a situação de todos nós.
Quando eu era criança eu ouvia uma canção que dizia assim: “A vida tem tristezas mil, nem tudo é um céu anil, mas quanto a dor que é tão sutil, há um caminho só”. A parte boa da música é o refrão que diz o seguinte: “Confia em Deus, que Ele sempre te ouvirá; Confia em Deus, que Ele nunca falhará; Confia em Deus, que a negra nuvem passará... Oh, não duvides, mas confia em Deus”.

Na madrugada de sexta (21/12) para sábado, eu recebi um recado de Deus. E parece que Ele tem planos para mim. Entendi também que uma turbulência ou outra é parte desse projeto. Sinceramente eu não sei o que está acontecendo. Por isso, eu só posso fazer como o pequeno Samuel quando teve o seu nome chamado: “Senhor, eis-me aqui... Fala que o teu servo ouve!”.

Creio que um trecho da carta de S. Paulo aos Filipenses poderá me nortear nessa hora. No capítulo 3, os versos, 13 e 14, dizem o seguinte: “... Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Que seja feita a vontade dEle!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Nova Cidade de Itaboraí conquista a Copa Ollé 2012

Flávio Azevedo

Equipe do Nova Cidade
O Flamix não conseguiu segurar a vantagem que construiu no jogo de ida, quando venceu o Nova Cidade por 2x0 e permitiu que o Nova Cidade de Itaboraí se sagrasse campeão da Copa Ollé de Futebol Amador de 2012, ao ser derrotado pelo placar de 4x1. Os gols do Nova Cidade foram marcados por GB (2), Fernando e Éberson. Wellington Pequeno descontou para o Flamix. Apesar da luta e de apresentar maior volume de jogo em alguns momentos, os representantes do Boqueirão foram traídos por dois apagões, um no primeiro e outro no segundo tempo. O Flamix tomou dois gols em cada apagão.

A partida aconteceu no Estádio Alfonso Martinez, no Cruzeiro, no último dia 16 de dezembro, que recebeu um bom público. O placar não foi mais dilatado porque o árbitro expulsou GB, craque da partida, e por conta do goleiro Bruno Balbino (Zóio), que no segundo tempo, falhou no 3º gol do Nova Cidade, mas defendeu um pênalti cobrado com displicência.

A equipe do Flamix ficou com o vice-campeonato.
Terminada a partida, que contou com a arbitragem de Márcio Alexandre dos Santos, que atuou auxiliado por Rone Santos e Paulo Henrique Lemos, o organizador da competição, Bruno Farias, entregou as premiações, sendo o troféu de “Artilheiro” para GB (10 gols), troféu de “Destaque” para Fernando, também do Nova Cidade; troféu “Fair Play” para o Varginha B; e “Melhor Goleiro” para Bruno Balbino (Zóio), que na Copa Ollé de 2011 também foi o melhor da sua posição. Na competição desse ano, o troféu levou o nome de Mário Rodrigues da Silva, merecida homenagem ao querido “Seu Mário”, funcionário do Rio Bonito Atlético Clube.

Trio de arbitragem com os capitães.
              O Nova Cidade foi campeão com Paparazzo, Bill, Derlan, Rafael, Jansen e Vandinho; Lequinho, Eberson e Fernando; GB e Jhonatan. O treinador é o popular Divino. O Flamix formou com Zóio, Claudinho, Segundinho, Rafael, Rogério e Lucas; Dadá, Murilo e Wellington Pequeno; Mônaco e Herbert. O treinador é Sergio Borges.  
“Melhor Goleiro” para Bruno Balbino (Zóio), do Flamix.

“Destaque" da competição para Fernando, do Nova Cidade.


O Nova Cidade também ficou o troféu de “Artilheiro”, conquistado por GB que fez 10 gols,


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Equipilantra é campeã da categoria F-Team do 1º Fast Enduro do Rio de Janeiro

Flávio Azevedo

Galera da Equipilantra promete novas conquistas em 2013.
A primeira edição do Fast Enduro, modalidade baseada nas provas de Enduro FIM, foi realizada no último dia 9 de dezembro, em Santo Aleixo, 2º Distrito de Magé. Organizado pelo Pró Racing Moto Clube, com supervisão da Federação Fluminense de Motociclismo (FFM), o evento empolgou os competidores. Cerca de 80 pilotos disputaram a prova, que pode ganhar um campeonato exclusivo na temporada 2013.

A vitória na Geral e na categoria F1 (Força livre) foi do niteroiense Evaldo “Chapelin” Néspoli, atual vice-campeão carioca de Enduro de Regularidade e dono de diversos títulos nas competições “com planilha”. Para Evaldo o Fast Enduro deveria se transformar em modalidade oficial no ano que vem.

Vencedor na categoria F4 (Over40), Alberto Sauerbronn concorda com a efetivação da nova modalidade. Diretor de prova do Enduro do Galo, um dos eventos de Regularidade mais conhecidos do estado, Alberto já pensa em entrar no calendário do Fast Enduro em 2031.
– Tive um fim de semana de muita alegria. Venci na F4 e minha equipe (Equipilantra – Rio Bonito/RJ) foi vencedora na F-Team. Não tenho dúvidas que o Fast Enduro nasceu e chegou para ficar. Conversei com diversos pilotos, e todos querem um campeonato com pelo menos cinco ou seis etapas no ano que vem – disse Sauerbronn que pretende puxar uma das etapas para Rio Bonito.

Fundada há cerca de 20 anos, quando em Rio Bonito era promovida a “Gincana Escolar”, a Equipilantra entrou nas competições motociclisticas muito pelo prazer que o esporte proporciona. Formada inicialmente por Baú, Joubert, Brasil, Cazé, Dolfo, Cadinho, Richa, Lobão, Nelson Guimarães, Joel, entre outros, a nova Equipilantra mantém nomes da antiga e ganhou reforços promissores como Alberto Sauerbronn, Alexandre Mattos, Tiaguinho, Rafael Mendonça, Caio Fonseca, Kleber da Objetiva, entre outros. 

Na F-Team do 1º Fast Enduro, a Equipilantra superou tradicionais equipes do motociclismo como a Motobiu Racing, de Niterói (2º lugar) e Cariocas/MotoBarra, de Petrópolis (3º lugar).

Categoria F2 (Importada Ligth)
2º lugar: Rafael Mendes.

Categoria F3 (Nacional Força Livre)
5º lugar: Thiago Quintanilha;
11º lugar: Caio Fonseca.

Categoria F4 (Força Livre Over 40)
1º lugar: Alberto Sauerbronn.

Categoria F5 (Força Livre Novato)
6º lugar: Cleber Gonçalves;
8º lugar: Alexandre Mattos.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Kickboxing de Rio Bonito se destaca no Panamericano 2012

Flávio Azevedo

Rafaela Castilho, Tiago Castilho e Ronaldo Augusto celebrando as conquistas em Nova Iguaçu.
Realizado em Foz do Iguaçú, no Paraná, entre os dias 6 e 9 de dezembro, o 7º Campeonato Panamericano de Kickboxing 2012, organizado pela Confederação Brasileira de Kicboxing, contou com presença de Rio Bonito no alto do pódio. As medalhas de ouro foram para Thiago Castilho e Rafaela Castilho, que também conquistou uma medalha de prata. O bronze veio com Ronaldo Augusto. De acordo com os organizadores, cerca de 15 países enviaram competidores.

Na ida para Foz do Iguaçu os atletas riobonitenses sofreram um assalto coletivo quando estavam passando pelo município de Arapongas. De acordo com o professor Ronaldo Augusto, o ônibus foi sequestrado, levado para um local retirado e o saque começou. Os bandidos estavam fortemente armados e se as vítimas não entregassem bens e pertences a coisa poderia ter se complicado. “Não podemos reclamar porque Deus ajudou. Os bandidos conseguiram o que queriam e logo dispensaram o ônibus. Mas o susto foi grande”, contou Ronaldo que perdeu R$ 700,00 para os assaltantes.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Festejos pela Padroeira de Rio Bonito arrastam multidão

Flávio Azevedo

O padre Eduardo Braga é um sacerdote comprometido com a sua missão e tem o seu ministério marcado pela luta em prol da vida e da família.
“Escutei uma expressão de um casal que nos visitou e eles disseram estar com a impressão que estavam numa grande festa de aniversário, onde existe uma grande família. Eu fiquei muito feliz, porque esse é o meu oitavo ano em Rio Bonito e acredito que essa é a festa mais serena e tranquila que eu vi. Não houve nenhum tipo de dificuldade. Foi uma festa perfeita no que diz respeito àquilo que nós poderíamos fazer e se propôs a fazer”. Com essas palavras, o padre Eduardo Braga, pároco da Igreja Matriz Nossa Senhor da Conceição de Rio Bonito, iniciou a entrevista, concedida ao programa “Flávio Azevedo”, da Rádio Sambê FM (98,7), onde ele fez um balanço dos festejos realizados pela comunidade católica para celebrar a Padroeira do município.

A necessidade de um santuário maior, “pois o templo não comporta mais o volume de pessoas que estão freqüentando a igreja”; a Novena; o Festival da Canção Mariana, “que trouxe pessoas de vários lugares e sinalizou que estamos preocupados com a música sacra”; o passeio ciclístico, “um momento importante pela reunião das famílias”; a caminhada da fé, “onde as famílias também estiveram unidas e participando”; a tradicional Procissão, “marcada pela multidão que, apesar do calor, compareceu”; a presença dos nossos amigos evangélicos, “eles vieram lanchar e jantando conosco”; foram outros temas também apontados pelo pároco como destaques dos festejos em celebração ao Dia da Padroeira, em 2012.
– Tem muita gente boa em Rio Bonito e essa festa prova que é possível fazer momentos de alegria como esse sem bebidas alcoólicas, sem músicas agressivas, sem pretensões financeiras e sem nenhum tipo de manobra. João Paulo II quando encontrava as outras denominações dizia que “nós temos mais coisas que nos une do que nos separa”. Nós saímos de um mesmo tronco, o cristianismo, e, por isso, as nossas raízes são comuns. A defesa inviolável da vida, o valor da família, a salvação por Cristo Jesus, a necessidade que temos de Deus; uma fé que não pode ser negociada, tudo isso é comum ao cristianismo – analisou o sacerdote.

Preocupação com as drogas lícitas e ilícitas

Sobre a questão das drogas lícitas e ilícitas, o pároco trás um dado histórico. De acordo com ele, quando a nossa região começou a ser povoada, as primeiras indústrias eram os alambiques. “Isso mostra de onde vem o hábito de sair para beber e o volume de barracas espalhadas, sobretudo no interior do município. O número dos dependentes de cocaína cai na Europa e nos Estados Unidos, mas não cai no Brasil, por quê?”, questiona.
– Se as pessoas de outros estados e regiões que chegam para trabalhar no Comperj preferem morar em Rio Bonito por ser uma cidade mais bem estruturada, pode ser que os usuários de drogas também estejam encontrando acolhida aqui. Existem portas... Bares e estabelecimentos que facilitam isso. Antigamente, Rio Bonito só tinha usuário de drogas, hoje, porém, nós já temos pequenos traficantes. Eu tenho esperança na proposta da prefeita eleita Solange Almeida, que anunciou a criação de uma Secretaria Antidrogas – ponderou.

A responsabilidade dos pais também foi abordada pelo sacerdote. “Infelizmente está havendo uma frouxidão muito grande... Um relativismo muito grande... Um deixar solto muito grande. É impossível que as pessoas não estejam vendo os jovens na Praça, os jovens em frente a Igreja, os jovens nos parques... Existe condições, se nós quisermos, de passarmos um pente fino... Como pai, mãe, educador, sacerdote, pastores, a mídia... Nós não podemos ficar parados, precisamos nos mobilizar e não podemos esperar algo grave acontecer com os nossos jovens.

Jornada da Juventude

Na ocasião, o padre Eduardo Braga também comentou a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que deve receber 3 milhões de jovens do mundo inteiro. De acordo com o pároco, cerca de 750 jovens estrangeiros ficarão hospedados em Rio Bonito por volta de 10 dias (no próximo mês de julho). Junto a esses visitantes, a Igreja irá desenvolver atividades que foram enumeradas pelo padre.
– Programações serão desenvolvidas com os nossos visitantes. Um dia dedicado a solidariedade, onde escolas, asilos e creches serão visitados; um dia de Cultura, onde eles apresentarão a cultura deles e nós iremos apresentar a nossa; dia de experiência de família, onde as famílias, que vão abrigar esses jovens, sairão para jantar e falar sobre os valores familiares; haverá uma programação vasta e uma experiência muito forte – contou o padre Eduardo, ressaltando que esse será o maior evento que a cidade do Rio de Janeiro acolherá na sua história, “sendo maior que a Copa do Mundo e as Olimpíadas”.

Festival da Canção Mariana  
        
Os vencedores do II Festival da Canção Mariana, foram os músicos Matheus Prevot e Fernando, com a música “Fardo e Honra”. A música conquistou dois prêmios: melhor canção e melhor intérprete, prêmio conquistado pelo cantor Robson Cunha. O troféu e o prêmio pela conquista do festival foram entregues, aos vencedores, pelo padre Eduardo Braga que aproveitou para comentar a importância do evento. “Nós plantamos essa sementinha ano passado e ela germinou. O resultado é que esse ano nós já tivemos pessoas de fora participando e iremos continuar trabalhando para que esse festival permaneça em nosso calendário”, concluiu.

Câmara de Vereadores de Rio Bonito continua ultrapassada e precisando se modernizar

Flávio Azevedo

Os vereadores Saulo Borges e Humberto Belgues, à direita; e Rita de Cássia, ao fundo, em pé e votando a favor do Projeto de Resolução.
Apesar dos apelos e da pressão da opinião pública, a maioria dos vereadores de Rio Bonito decidiu pela manutenção das regras ultrapassadas que norteiam as ações da Câmara Municipal. O Projeto de Resolução que previa tratamento igualitário entre os parlamentares foi rejeitado. Sendo assim, o presidente do Legislativo, figura que conduz a Casa, continua com status de ‘déspota’, direito que lhe é dado pelo Regimento Interno da Câmara (instrumento feito em 1976 e que há anos precisa ser revisto). Segundo os próprios vereadores, o ‘absolutismo’ do presidente é a raiz de toda espécie de males que se tem visto na Câmara nas últimas legislaturas.

O Projeto de Resolução pretendia tornar o poder Legislativo verdadeiramente democrático, pois permitiria os vereadores trabalharem com liberdade e igualdade (princípios que há muito tempo estão distante da Casa) no que tange a benefícios (assessorias) e instrumentos (combustível, carro, telefone) que o parlamentar necessita para exercer o seu cargo com tranquilidade. Os votos contrários foram de Carlos Cordeiro Neto, o Caneco (PR); Márcio da Cunha Mendonça, o Marcinho Bocão (DEM); Abner Alvernaz Júnior, o Neném de Boa Esperança (PTN) e Marcus Botelho (PR), o presidente da Casa.

Foram favoráveis os vereadores Rita de Cássia (PP), Saulo Borges (PTB) e Humberto Belgues (PSDB). Os parlamentares Aliézio Mendonça (PP), Fernando Soares (PMN) e Carlos André Barreto de Pina, o Maninho (PPS), não estavam presentes no momento da votação. Segundo fontes ligadas aos próprios vereadores, “teve gente que não apareceu a sessão porque queria votar contra, mas ficou com medo de externar a sua vontade diante da opinião pública. Outro era favorável, mas faltou e acabou fortalecendo o grupo contrário”.

Nos bastidores da Câmara, o comentário é que o vereador eleito, Reginaldo Ferreira Dutra, o Reis (PMDB), cotado para assumir a presidência da Casa no próximo dia 1º de janeiro, seria contrário a mudança e teria acordado com alguns parlamentares que não se reelegeram, a não aprovação do Projeto de Resolução. Uma suposta assessoria, pelo menos nos próximos dois anos, seria a retribuição pelo voto contrário. O ‘mimo’ seria fundamental para sanar dívidas de campanha, confirmar alianças e manter os derrotados aos olhos do presidente.

Não concordam

Derrotados nas últimas eleições, Fernando Soares e Caneco discordam com veemência dessa informação. Para Fernando Soares, que presidiu a Câmara entre os anos de 2009 e 2010, o percentual previsto para o presidente é diminuto e deveria ser revisto. Já o vereador Caneco, que também presidiu a Casa, foi mais enfático. Ele assegura ser essa a oportunidade dos próximos edis mostrarem a que vieram.
– Os novos vereadores, eleitos no último dia 7 de outubro, ganharam a eleição denegrindo a imagem da atual legislatura e criticando os atuais vereadores. Já que eles são tão corretos, eu acho justo deixar que eles mudem as regras do jogo. Será que irão mudar? Acho que devemos acompanhar atentamente a postura da próxima Câmara para ver se nós éramos realmente tão ruins como dizem – disparou o vereador.

Antigas picuinhas; diferenças pessoais; e questões internas dessa e de legislaturas passadas; também podem, segundo fontes, terem sido fundamentais para a rejeição do Projeto de Resolução. Nos bastidores do poder, a informação é que o voto contrário teve o objetivo de prejudicar a vereadora Rita de Cássia. Por supostas diferenças pessoais com o provável presidente do Legislativo (Reis), ela já estaria fora do grupo do novo presidente.

Questionado sobre a questão, o vereador Humberto Belgues, parlamentar que sempre teve embates acalorados com a vereadora Rita de Cássia, discorda desse pensamento, mas não desmente a existência de um suposto complô nessa direção.
– A forma como alguns colegas transitam no Parlamento é absurda. Esse Projeto era o primeiro que eu iria adotar, caso eu tivesse sido presidente da Câmara. A época, eu conversei com a vereadora Rita e disse que ela poderia votar comigo porque eu trabalharia para implantar esse projeto. É inadmissível que ainda existam pessoas que tomam decisões pensando em vingança, mas o povo está observando – disparou o parlamentar.

As regras

Atualmente, segundo o Regimento Interno do Legislativo, todos os cargos da Câmara (cerca de 120) e benefícios que o poder oferece são da Presidência da Casa. O vereador presidente administra e reparte essas benesses como quer. O parlamentar que pensa iniciar algum tipo de ação contra a presidência (fiscalizar atos legais, nomeações e licitações), geralmente é discriminado e marginalizado para “aprender a ser parceiro”.

Embora essa seja uma situação humilhante para o vereador, que precisa beber a “insalubre” água da Presidência para conseguir mínimas condições de trabalho, muitos preferem a manutenção dessa regra por acreditarem que no futuro poderão assumir a Presidência e reunirão condições de retribuir as humilhações que sofreram. Dessa forma, as presidências são, quase sempre, ocupadas por pessoas sem liderança, influenciáveis e que por produzirem pouco, também cobram pouco. Uma rápida retrospectiva pelo parlamento riobonitense demonstra que essa leitura não é equivocada.

Cargos

Em entrevista ao Programa Flávio Azevedo, da Rádio Sambê FM (98,7), os vereadores, Rita de Cássia e Maninho, confirmaram a existência de cerca de 120 cargos na Câmara de Rio Bonito. O curioso é que sem contar as ocasiões especiais, nunca se vê mais que 10 pessoas assistindo as reuniões. Onde estariam os outros 110 assessores? O vereador Maninho argumentou que não são nomeados os 120 cargos, “apenas uns 50 ou 60”. Diante dessa afirmativa nós insistimos: “se a cada sessão só vemos 10 pessoas presentes, onde estão os outros 40 assessores?

O cenário mostra que o presidente da Câmara, mesmo que não queira, é forçado pelo Regimento da Casa a ser um “déspota”, poder que trata os súditos como escravos. No despotismo, segundo Montesquieu, apenas um governa, sem leis e sem regras, arrebata tudo sob a sua vontade e seu capricho.

Essa é a forma mais simples de governo e se baseia no conceito “o poder detém a razão (manda quem pode, obdece quem tem juízo). O poder despótico, segundo Tocquevile é temerário por ver no isolamento dos homens a mais segura garantia de sua duração. Em muitas oportunidades, o déspota alcança o poder por via democrática, mas com o tempo busca enfraquecer as instituições, legislar a seu favor e adquirir autoridade absoluta para sufocar uma natural oposição.