segunda-feira, 9 de julho de 2012

Programa “O TEMPO EM RIO BONITO” recebe deputado Marcos Abrahão

Flávio Azevedo

Com o objetivo de receber os postulantes ao cargos de prefeito de Rio Bonito, o programa “O TEMPO EM RIO BONITO” recebeu no último dia 24 de junho, o deputado estadual Marcos Abrahão (PT do B). Ele iniciou a entrevista afirmando que está preparado para administrar o município, comentou que amadureceu bastante nos últimos anos, reconheceu que já atacou muito os adversários, principalmente quando estava na Câmara de Vereadores; e afirma que com a experiência que adquiriu nos últimos anos, ele está preparado para administrar o município.
– Estou pronto para colocar a nossa cidade nos rumos do crescimento e do desenvolvimento. Ninguém senta no lugar de prefeito sem a intenção de fazer o melhor. O município está nesse marasmo não por maldade, mas por insegurança e por falta de habilidade – analisou o deputado.

Para Abrahão é preciso pensar no crescimento não só de Rio Bonito, mas toda região. “É preciso que haja integração entre os governos estadual e federal”. Ainda segundo o deputado, por conta do petróleo, produto que já está estimulando a economia das vizinhas Itaboraí e Maricá, “nós precisamos pensar, inclusive, em parcerias internacionais”.
– É preciso qualificar a juventude. Se eu for o administrador da cidade, Rio Bonito será referência em qualificação de mão de obra para Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) e outras áreas. Sempre me preocupei com isso e garanto que muita coisa vai acontecer em 2013 – afirma o deputado.

Sobre geração de renda e emprego, Abrahão classifica como “deprimente” a situação atual de Rio Bonito. “As pessoas precisam sair para arranjar emprego por conta própria. Tem que acabar esse negócio de ficar pedindo favor na porta do político. A cidade não cresce por conta disso. O municípe sempre está atrelado a alguém”, pondera.

Quanto ao Turismo, setor importante para a geração de renda e emprego, o deputado argumenta que “essa já foi uma das minhas bases na eleição de 2008”. Ele comentou que muito se fala de Penedo, Mauá, “mas esses lugares tem um risco de água, 50 m de calçamento, lojinhas, restaurante e pousada para tudo quanto é lado”. Abrahão também destaca a cidade de São Lourenço/MG, “onde uma Maria Fumaça transporta os visitantes num pitoresco passeio, que tem um único objetivo: fazer o turista gastar dinheiro, mas isso é válido, porque gera renda para o município”.
– Rio Bonito precisa de um teleférico, quem sabe um telescópio lá na Rampa de Voo Livre. Isso iria atrair gente de tudo quanto é lado, mas tem que ter acesso. O turista pode ir a Lavras tomar um banho de rio; pode ir a Braçanã, mas existe restaurantes e pousadas? E, por que não? Por que também não existe política pública voltada para isso – critica Abrahão.

Outro setor importante para a geração de renda e emprego é a Agricultura. Abrahão, porém, ressalta que “muita gente da Zona Rural provou um pouco do próprio veneno”. Ele explica o seu pensamento: “muitos escolheram pessoas do interior porque elas atenderiam as suas necessidades, mas isso não aconteceu. Os dois últimos prefeitos sairam do interior e nada mudou. Tudo isso porque as pessoas não escolheram um administrador. Um é identificado com a Saúde, o outro com Obras... Mas e a Segurança, o Transporte, o Lazer, a Agricultura?”.

De acordo com Marcos Abrahão, a Saúde precisa funcionar na sua essencia. “Pegar o telefone e pedir para atender fulaninho porque é meu, não é trabalhar para a Saúde. Isso é ridículo! Que político é esse que lucra com o sofrimento alheio? Eu tenho que trabalhar para que o cidadão tenham os seus direitos garantidos. Tem que acabar esse negócio de votar em alguém que me deu um caixão, um remédio ou porque passou a máquina na minha rua”.

Apesar de estar em campanha, Abrahão também criticou o empresariado. Ao discorrer sobre o tema Indústria e Comércio, ele afirmou que “sempre defendeu o empresário, mas eles precisam ser mais presentes. Entidades de classe como a Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) precisam se posicionar”. O deputado comentou que gostaria de ver um administrador, um empresário disputando a Prefeitura de Rio Bonito, “mas ninguém aceitou esse desafio”.
– O problema é que o empresário fica com medo de retaliação. Nós, porém, precisamos ter coragem. Eu me pergunto: por que não experimentam mudar? Por que não dar oportunidade para um nome que seja diferente dessa mesmisse dos últimos 40 anos? Precisamos crescer, eu digo isso há 10 anos, mas não sou ouvido – afirma.

Sobre a fonte de recursos para colocar as suas ideias em prática, ele comenta a importância dos projetos. “Tudo que veio do estado foi por iniciativa minha, mas ninguém da Prefeitura de Rio Bonito esteve no meu gabinete. Deputados amigos meus dizem que a Prefeitura de Rio Bonito não prepara projetos que possam ser contemplados”.

Na discussão sobre o servidor municipal, salários e Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, Abrahão comentou que um gestor não pode ter preocupação com apenas um setor. “Entretanto, há quanto tempo o servidor está mendigando atenção? Quantos candidatos já estiveram aqui prometendo melhorias e não cumpriram?”, pergunta o deputado, que também criticou a postura de parte dos servidores. “Esse negócio de cabide de emprego e boquinha precisa acabar, mas isso só acontece por incompetência dos governantes”.

Para Abrahão, “o professor da rede municipal, há muito tempo, sofre com um salário ridículo e que não condiz com o que merece um profissional que vai formar os nossos filhos”. O deputado, porém, alerta para um movimento que segundo ele acontece a cada eleição: “muita gente está pendurada nos cabides de emprego e nas boquinhas... Esse não vota comigo. Por exemplo, na última eleição contrataram milhares de pessoas no ano eleitoral e deu no que deu”, disse.

O Trânsito, assunto muito debatido nos últimos meses, segundo Abrahão, pode ser organizado com o crescimento da cidade. “Mas tem que trazer engenharia de tráfego, implantar horário de carga e descarga e os ônibus precisam parar de estacionar na beira da estrada. As empresas e empresário do setor têm que se adequar a essas mudanças, porque elas serão benéficas para todos nós”, analisou.

O estímulo ao crescimento pode acontecer, segundo Abrahão, através do IPTU e de insentivos a iniciativa privada. O transporte público, por exemplo, com as estradas ruins que nós temos, tem que ser subsidiado. Já sobre Segurança, o deputado disse há muito tempo ele pede reforço para o efetivo de policiais , “mas como atualmente não existe diálogo isso não é possível”.

O deputado concluiu a entrevista comentando que os problemas relacionados ao Trânsito, a Educação, a Saúde, ao Esporte, a Cultura, ao Transporte, entre outros, estão intrinsecamente ligados a Educação e a gestão.
– Na questão Social, nós precisamos que a Educação venha de berço. Já na questão política, um administrador precisa assumir a gestão do município. Esqueçam esse termo prefeito! Isso me lembra Odorico Paraguaçu (O Bem Amado). Esse tipo de política está no passado. Nós precisamos de um administrador. Alguém que coloque as pessoas certas nos lugares certos – encerrou.

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