segunda-feira, 7 de maio de 2012

Manifestação do SEPE é um RX dos últimos anos da Educação

Flávio Azevedo

Nesse dia 7 de maio, aniversário de 166 anos de Rio Bonito (2012), durante o Desfile Cívico Escolar, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE), núcleo local, realizou mais uma manifestação legítima sobre a situação da Educação. Com faixas e profissionais vestidos de preto e equipados com nariz de palhaço, o sindicato expõe precisas informações sobre a Educação do nosso município, que reflete a forma como o setor é tratado pelos governos estadual e federal.

Entretanto, baseado em manifestações semelhantes que vejo acontecer desde quando eu era adolescente (à época, os tais movimentos eram liderados pelo professor Davi Salvador), penso que seria mais prudente, como foi feito na manifestação que aconteceu por ocasião da aula inaugural desse ano, trocar o trecho “oito anos” por “mais de 20 anos”.

O termo oito anos dá uma conotação partidária a um órgão que notadamente não defende sigla partidária, embora seja uma instituição política na sua essência (e não há nada de mal nisso!).

É fato que durante o governo de Solange Almeida, por conta da competente secretária, hoje vereadora, Rita de Cássia (ela tinha um bom grupo de trabalho), a Educação funcionava melhor... PARA O ALUNO.

Todavia, durante a gestão da secretária Rita, também era comum vermos o SEPE, através dos seus representantes, realizando manifestações, talvez mais incisivas que as atuais. Por confiar na seriedade do SEPE, eu acredito que aquelas reivindicações, como acontecem com as reivindicações de hoje, também eram legítimas e deixavam expostos problemas não sanados pela competente secretária!

Diante desse cenário que ultrapassa a duas décadas, penso ser perigoso associar esse ou aquele político como tábua de salvação para os problemas do setor, por perceber que os problemas enfrentados pela Educação no Brasil transcendem a questão do planejamento. Acredito que as questões sociais – sempre deixadas de lado e/ou estimuladas por conta de intenções eleitoreiras – sejam mais responsáveis pelos problemas que a falta de habilidade administrativa.

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