segunda-feira, 30 de abril de 2012

Vetera, Só Preto e Bandeirantes terminam 1º Turno da Copa Ollé de Veteranos liderando seus grupos

Flávio Azevedo

Depois de cinco domingos de bola rolando pela 2ª Copa Ollé, categoria ‘Veteranos’, Vetera, Só Preto e Bandeirantes terminam o 1º Turno na liderança dos seus grupos. O Vetera, com 100% de aproveitamento lidera o Grupo A de maneira isolada. Só uma catástrofe o tiraria da próxima fase da competição. Com sete pontos, o segundo colocado é o Panela. O Prainha tem quatro pontos, o Cruzeiro três, e o Nova Geração, com apenas um ponto, fecha o grupo.

Já no Grupo B, o equilíbrio é bem maior. Com sete pontos, Só Preto e Bandeirantes lideram. O Só Preto leva vantagem no saldo de gols. O Rio Bonito Atlético Clube (RBAC) aparece na terceira colocação com seis pontos. O Castelo vem logo atrás com cinco, e o Boqueirão é o lanterna com apenas um ponto conquistado.

Última rodada

Na rodada desse domingo (29/04), jogando na Prainha, no Campo de Pongo, a equipe da casa empatou com o Cruzeiro (1x1). No Estádio José Alves Ventura, no Rio Bonito Atlético Clube, a equipe da casa empatou com o Bandeirantes em 2x2. O jogo foi tumultuado e quem acompanhou a partida viu desentendimento e bate-boca entre dirigentes.

Já pelo Grupo B, o Vetera 100% jogando fora dos seus domínios despachou o Nova Geração pelo placar de 1x0. No campo do Hospital Colônia, Boqueirão e Castelo fizeram um jogo eletrizante. Depois de estar perdendo por 3x1, o Castelo teve uma reação heróica, buscou o resultado e consegui empatar a partida em 3x3.

Returno

No próximo domingo (06/05) a bola rola para o segundo turno. De acordo com o organizador da Copa Ollé, Bruno Farias, todas as equipes tem chances matemáticas de classificação. “Esse é o grande atrativo do futebol! Ele é imprevisível”, comentou Farias.

A primeira rodada do returno contará com os mesmos confrontos do primeiro turno, mas com os mandos de campo invertidos. O Grupo A registra os seguintes jogos: Vetera x Prainha (Campo de Mário); Nova Geração x Panela (Parque Andréa). Pelo Grupo B, se enfrentam Castelo x Bandeirantes (Estádio Emílio Pintas) e Boqueirão x Só Preto (Campo do Hospital Colônia).

domingo, 29 de abril de 2012

Prêmio 'Prefeito Empreendedor' vai para Silva Jardim

Evaldo Nascimento

A Administração Municipal de Silva Jardim recebeu o prêmio “Prefeito Empreendedor” na categoria Destaque Temático em “Crédito e Capitalização” da 7ª edição do concurso promovido pelo Sebrae, cujos ganhadores foram conhecidos em solenidade no último dia 25 de abril no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. O prefeito Marcello Zelão (PT) recebeu o título em nome do Município das mãos do Presidente da Invest Rio, Maurício Chacur.

A cidade ficou entre os seis municípios que irão representar o Estado do Rio na edição nacional do “Prêmio” que o Sebrae realizará no próximo dia 15 de maio, em Brasília. Silva Jardim ganhou pela criação e implantação do Projeto do Banco Comunitário Capivari (BCC) e sua moeda social. O prefeito Zelão disse que ficou muito feliz com o resultado, o qual é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido.
– Agradeço a todos que desenvolveram o nosso projeto de criação da moeda Capivari desde o seu nascimento até a implantação – disse Zelão, após receber o prêmio, acrescentando que é fundamental que os municípios concedam créditos às pessoas, principalmente aquelas que influenciam em todos os setores, e que com pouco fazem muito, como é o caso dos micros e pequenos empresários.

A solenidade foi presidida pelo Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, que representou o governador Sérgio Cabral. Na sua 7ª edição, o prêmio reconhece as administrações municipais que promovem crescimento dos pequenos negócios, o que consequentemente tem impacto no desenvolvimento dos municípios. Isto porque as micro e pequenas empresas representam 99% do total de empresas do País e são responsáveis por mais de 50% dos empregos de carteira assinada no Brasil.

O projeto premiado de Silva Jardim tem como objetivos principais fomentar a circulação dos recursos financeiros dentro do próprio município a fim de promover o desenvolvimento econômico local, assim como fornecer microcréditos a pequenos empreendedores da cidade para que eles possam iniciar e tocar os seus próprios negócios.

O Capivari foi a primeira moeda social lançada no Estado do Rio e tem servido de exemplo para o lançamento de outras como a CDD, da Cidade de Deus, além de ter sido motivo de pesquisas de universidades, assim como de reportagens em vários veículos de comunicação, entre eles o “Wall Street Journal”, de Nova Iorque.

Silva Jardim concorreu com 65 municípios, tendo ficado na semifinal entre as 20 cidades. Todos as 20 também fazem parte de um livro editado pelo Sebrae e lançado e distribuído durante a solenidade de premiação.

Parte da comitiva que acompanhou o prefeito Marcello Zelão no dia premiação.

PT de Rio Bonito decide apoio ao PSB

Flávio Azevedo

Por 21 votos a 14, o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu na manhã desse domingo (29/04) se aliar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) nas eleições do próximo dia 7 de outubro, quando a população vai escolher prefeito e vereadores. A reunião aconteceu na Sociedade Musical e Dramática Riobonitense, no Centro. De acordo com o presidente do diretório local, Jorge Wallace Bretas, o partido também ouviu propostas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
– As pessoas não estão acostumadas com essa forma de fazer política, mas no PT tudo é decido pelos petistas que estejam em conformidade com o partido. Ao contrário de outras siglas partidárias, o PT não tem um dono. Sendo assim, as disputas internas são muitas, mas tudo sempre em nome da democracia e prevalece, como aconteceu hoje, a vontade da maioria – analisa Wallace.

Alguns petistas estavam inconformados com o resultado e acusaram a executiva do partido de ter agido de forma ditatorial na condução do processo de escolha. Uma das mais inconformadas era a ex-prefeita Maria Luisa Cid Loureiro, que junto com outros integrantes do partido foi impedida de votar por ter chegado, segundo Wallace, depois do horário de cadastramento.

Também não ficou satisfeito o ex-vereador Adílio José Alves, que rapidamente se retirou da reunião, mas concorda que as disputas internas do partido são quentes e precisam ser acompanhadas de perto. O presidente do PT comentou que o processo foi acompanhado por um representante da Executiva estadual e garantiu tudo foi conduzido em conformidade com o Estatuto do Partido.

sábado, 28 de abril de 2012

Faltam médicos e respeito

Flávio Azevedo

E continuam pipocando as reclamações sobre o funcionamento dos equipamentos de Saúde em nossa cidade. Estão no olho do furacão, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV). As fantasiosas declarações que colocam a Saúde de Rio Bonito entre as cinco melhores do estado ajuda a aumentar a indignação do povo. Se o governo é hipócrita ao amplificar essa informação como se a Saúde da nossa cidade oferecesse padrões europeus; a oposição, também hipócrita, pinta o Diabo mais feio do que ele parece.

Diante disso, eu provoco os órgãos de Saúde do nosso município (Secretaria de Saúde e Conselho de Saúde) a vir a público, sem rodeios, esclarecer as constantes faltas de médico. A verdade é que o problema se inicia a partir do momento que os profissionais médicos não estão disponíveis para serem contratados. Outra questão é que boa parte deles não quer trabalhar nos fins de semana e feriados prolongados. Mas por que ninguém trás esse assunto a baila?

Em Rio Bonito, por exemplo, a última grande reclamação sobre falta de médico foi no feriadão de Tiradentes e São Jorge (21 e 23/04). Nesse fim de semana (28 e 29/04), quando estamos dentro de outro feriadão (Dia do Trabalhador), as notícias de falta de médico voltam a dominar as redes sociais. O pior é que como nós conhecemos bem essa questão, já podemos prever o que acontecerá: nada... Porque se os tais profissionais faltosos forem demitidos não terá médico também nos dias normais!

Muito se fala da questão de aprendermos votar. Eu concordo, mas sinceramente penso que esse problema deve ser olhado com mais amplitude e não deve ser debatido de maneira passional. A minha formação de técnico de enfermagem, por exemplo, me obriga ter outro olhar sobre esses quase insolúveis problemas. Fica muito nítido, porém, que não é só uma questão política. Vejo bastante mal caratismo, irresponsabilidade, espírito mercenário (não só dos médicos) e desrespeito para com o sofrimento alheio.

Outro ponto que não podemos deixar de comentar é que as universidades de Medicina não estão formando médicos em volume suficiente para atender o número de UPAs, PSFs, SAMUs e hospitais que foram abertos nos últimos anos. E quem são esses formandos? Que valores preservam? Gostam de gente? Ou são filhinhos de papai que estão trabalhando mais por Hobby do que por necessidade? Por que esse tema não é debatido nas mesas que discutem os problemas da Saúde em nosso país?

Penso que devemos nos aprofundar no assunto sem medo das carinhas feias que alguns farão com o restante desse texto. Se observarmos o contexto histórico da Educação em nosso país, o amigo leitor irá perceber que alguns segmentos – entre eles as faculdades de Medicina – são instrumentos classistas, separatistas e de confirmação da desigualdade social, uma das chagas da sociedade brasileira. A profissão de médico sempre foi enxergada como ocupação para filhos de famílias ricas.

O problema é que os filhos desse setor da sociedade são pouco interessados nas causas alheias. Penso que uma profissão apelidada de “sacerdócio” não pode estar povoada por pessoas querem “status” e pensam apenas em dinheiro. Nesse momento, algum hipócrita irá usar o argumento das universidades públicas. E elas existem... Mas segundo pessoas que tentaram ingressar recentemente, a vaga para o curso de medicina custa algo em torno de R$ 100 mil.

Quem duvida vá ao estacionamento da Universidade Federal Fluminense (UFF) e observe os “carrinhos” que estão estacionados por lá. Eu te dou um prêmio se você achar algum fusquinha. Os carros demonstram o nível financeiro dos alunos e poder dos seus pais. Resumindo, a hipocrisia da Saúde é uma doença que só pode ser curada com a combinação de antibióticos potentes como Educação, igualdade e respeito ao ser humano.

Coisas que nos impressionam


Há cerca de 15 dias, eu saí do Centro de Rio Bonito sob chuva torrencial. Chegando ao 3º Distrito, Basílio, mais precisamente no Parque da Luz, o tempo estava aberto e sol brilhava sem atrapalho. Fui obrigado a registrar o momento!

Rio Bonito sedia 19º Encontro Nacional de Capoeira

Flávio Azevedo

Rio Bonito se prepara para sediar o 19º Encontro Nacional de Capoeira, que acontece entre os dias 4 e 5 de maio, no Esporte Clube Fluminense. O evento é organizado pelo mestre Fernando Carcará, líder do Grupo Capoeira Gigante. Cerca de 300 capoeiristas de todo país estão sendo aguardados. Haverá apresentações de Maculele, evoluções de saltos, cursos para as crianças, entrega de graduação e campeonato infantil.

No dia 5 de maio, a partir das 10h, a Praça da Bandeira recebe a já tradicional Roda de Capoeira. A entrada para os eventos é franca e conta com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer da Prefeitura Municipal. O Encontro faz parte dos festejos pelo 166º aniversário do município.

Novo assassinato entre moradores de rua em Rio Bonito

Flávio Azevedo

Quase um ano depois do assassinato de um mendigo na Praça da Bandeira (04/05/11), outro crime envolvendo moradores de rua chama atenção da população riobonitense. Fabiano Conceição de Oliveira, o Mineiro, matou a pauladas, outro morador de rua, um homem identificado apenas como baiano. O assassinato teria ocorrido na manhã do último dia 25 de abril.

O assassino, que foi detido por guardas municipais, confessou a ação e disse ter apenas se defendido. De acordo com ele, portando um pedaço de pau, Baiano teria entrado no prédio da Estação Ferroviária, no Centro, onde ele dormia. Baiano dizia que iria matá-lo. Mineiro teria desarmado o outro morador de rua e batido na cabeça dele. O crime foi registrado na 119ª DP.

O outro crime

O chapa Edmar da Conceição Gaivoto (26), mais conhecido como Gilmar, morador da Jacuba, foi assassinado com golpes de barra de ferro, na manhã do último dia 4 de maio de 2011. O autor do crime foi Wanderson de Jesus Silva (32), que tem a mesma ocupação da vítima. O assassino, que também era chamado de Leandro, é morador do bairro Monteiro Lobato (BNH). O crime aconteceu por volta das 11h, na Praça da Bandeira, no Centro.

Segundo testemunhas, Edmar dormia em um dos canteiros da Praça, quando Wanderson se aproximou, com uma barra de ferro, de aproximadamente 1m, e golpeou a vítima no rosto. A polícia foi chamada. A vítima foi socorrida, levada ao Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), mas não resistiu o traumatismo e morreu. A agressão teria sido motivada por uma briga ocorrida dias antes. Os homens eram conhecidos pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas.

Preocupação

Na edição 14 (maio de 2011), o jornal “O TEMPO” provocou a uma discussão sobre “população de rua” e comentou a necessidade de um albergue ou abrigo para essas pessoas. A matéria também comentou a presença de mendigos, pedintes e andarilhos na Praça da Bandeira e proximidades. O medo das pessoas também foi abordado.

A época, a dona de casa Maria das Graças Lima Santos, 46 anos, moradora do Centro, disse que mudou o horário das compras nos supermercados localizados próximo a Praça da Bandeira. Ela contou que um desses homens (mendigo) lhe pediu dinheiro. Diante da resposta negativa, o mendigo teria feito uma ameaça: “você não vai me ajudar? Tudo bem, mas isso não vai ficar assim. Eu sei que todos os dias você passa aqui. Espera só para ver o que vai acontecer”, teria dito o homem, que ela não soube dizer quem é.

Desde a sua primeira edição (abril de 2010), o grupo de mídias “O TEMPO” defende a implantação de um albergue municipal. Entretanto, as autoridades fizeram ouvido de mercador. Até os cães que viviam perambulando pelas ruas ganharam um abrigo, menos esses seres humanos carentes.

Polícia Militar prende “Edinho” chefe do tráfico de drogas da Serra do Sambê

Flávio Azevedo

Depois de uma série de prisões e operações deflagradas contra o tráfico de drogas, na Serra do Sambê, policiais militares prenderam no último dia 20/04, por volta das 17h, o traficante Edson Fonseca, o Edinho (33). De acordo com a polícia, a Justiça considerava o traficante foragido porque ele teria violado a Liberdade Condicional ao arrebentar a tornozeleira GPS do sistema prisional.

Segundo os policiais, ao receber voz de prisão o traficante teria oferecido R$ 10 mil aos policiais. Na operação os PMs prenderam 71 papelotes de maconha e 53 de cocaína. A droga foi encontrada numa construção abandonada que ele teria tomado posse ao retornar ao bairro onde nasceu. A ficha de Edinho é extensa: posse de entorpecente, tráfico de drogas e homicídio, crime pelo qual ele foi condenado a 19 anos de reclusão.

O caso foi registrado na 118ª DP (Araruama) e o traficante foi reconduzido a Penitenciária de Benfica.

Máster de Rio Bonito AC e Flamengo se enfrentam dia seis de maio em jogo beneficente

Flávio Azevedo

Com o objetivo de promover a partida de futebol amistosa e beneficente entre as equipes máster do Rio Bonito Atlético Clube (RBAC) e do Clube de Regatas Flamengo, o programa “O TEMPO EM RIO BONITO” recebeu na manhã do último dia 24 de abril, o comerciante Gerson Pinto Correa e o professor de Educação Física e mestre em Capoeira, Júlio César (Magia). O jogo acontece no Estádio José Alves Ventura, no RBAC, a partir das 10h.

Os recursos arrecadados pela bilheteria (R$ 5,00) serão destinados as obras do Recanto Santa Terezinha do Menino Jesus, no Mato Frio, em Rio Bonito. O local está sendo erguido pela comunidade católica e tem o objetivo de receber pessoas que lutam contra a dependência química. Já confirmaram presença, vários ex-jogadores que participaram do time rubro-negro que conquistou a Copa Toyota (Campeonato Mundial), no Japão em 1981.
– Esse time roda o Brasil inteiro jogando futebol. Já confirmaram presença Nunes, Adílio, Jaime, Rondinele (chamado de “Deus da Raça”), entre outros jogadores – comentou Gerson, acrescentando que o objetivo da organização do evento é arrecadar cerca de R$ 10 mil.

Segundo os entrevistados, para funcionar, além das questões legais, a casa, que está sendo preparada para receber cerca de 20 pessoas, precisa de doação de mão de obra. “A lista de pessoas que querem ajudar é muito grande. Nós iremos precisar de Psicólogos, Assistente Social, Dentista, Advogado, Psiquiátrica, entre outras especialidades essenciais”, comenta Gerson alegando que os desafios são grandes, “mas Deus tem ajudado muito o nosso projeto”.

Drogas e vício

Depois de falarem sobre o evento, os convidados que estavam vestidos com as camisas da Pastoral da Sobriedade (Júlio) e do Maranathá, um movimento da Igreja Católica que tem como principal objetivo a recuperação de pessoas, sobretudo os jovens que estejam escravizados pelos vícios, abordaram a questão das drogas em Rio Bonito e os trabalhos que existem para recuperar as pessoas que lutam contra esse “flagelo”.

Segundo Júlio e Gerson, muitas pessoas têm conseguido, através desse movimento (Maranathá) dizer não as drogas lícitas e ilícitas e, hoje, vivem uma nova vida. “Acabamos formando uma grande família com esse trabalho. Sendo assim, quem quiser mudar de vida, abandonar certos hábitos, mas não encontra forças para fazê-lo sozinho pode contar conosco e nos procurar”, comentou Júlio.

De acordo com os entrevistados o Crack e o Ox (nova droga) têm sido usados indiscriminadamente e os maiores usuários são as crianças e adolescentes, “vidas que estão sendo devastadas precocemente”.
– Três caminhos estão reservados para o dependente químico: prisão, internação e caixão (morte). A droga é igual uma mancha de óleo. Ela vai tomando tudo. Se consideramos a dependência química uma doença, Rio Bonito enfrenta uma epidemia grave. Os nossos jovens estão morrendo e não vemos iniciativas sólidas que enfrentem esse problema de frente – enfatiza Júlio.

Experiência

Durante a entrevista, Gerson fala da transformação que aconteceu em sua vida quando ele passou a ser usuário de drogas e quando ele abandonou o vício. De acordo com ele, as histórias são todas iguais. As pessoas se enganam tentando se convencer de que podem sair quando quer, “mas não é bem assim”.
– Sou um dependente químico em recuperação. Estou trabalhando a minha recuperação desde 2002. O grande problema das drogas está nas famílias. Algumas não se importam; outras não aceitam o filho drogado; outras não querem, geralmente por vergonha, tomar providências; e ainda tem aquelas que tentam se enganar com o argumento que aquele comportamento é apenas uma fase – analisa Gerson, para quem esse tipo de atitude dos pais, da família, dos amigos, só contribui para que o dependente químico se afunde cada vez mais nas drogas.

De acordo com Gerson, o seu ingresso no mundo das drogas aconteceu com 25 anos de idade. Visivelmente constrangido, mas ao mesmo tempo feliz com a vitória que conseguiu, o empresário diz por 18 anos usou drogas. Através da experiência que adquiriu transitando nos dois lados (dependente químico e, hoje, engajado na recuperação de pessoas que lutam com esse problema), o empresário faz alguns alertas para as famílias e para os jovens.
– A família tem que estar junto e tem que estar estruturada para lidar com essa questão. Outra coisa que as pessoas precisam saber é que a porta de entrada para as drogas é a inocente cervejinha. Primeiro você usa a droga, depois a droga te usa. É preciso estar atento aos hábitos e práticas dos filhos; e discutir o assunto sem preconceitos. Agir diferente disso é contribuir para que o dependente químico continue derrotado – afirma Gerson, acrescentando que o dialogo e a espiritualidade são combinações importantes na luta contra a dependência.

Endereço

A Pastoral da Sobriedade não recebe apenas usuários de drogas lícitas e ilícitas. Segundo os entrevistados, qualquer tipo de compulsão pode ser levado a Pastoral. Na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, no Centro, as reuniões acontecem nos dias de quarta-feira, às 20h. Já na Paróquia de São João Batista, na Praça Cruzeiro, todas às quintas-feiras, sempre a partir das 19h30min. “Tem gente que tem compulsão por pornografia, outras por jogo, outras por cigarro, por comida, entre outras coisas. A Pastoral da Sobriedade, que significa equilíbrio, está lá para atender a todos”, informaram os entrevistados.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Enigma

Flávio Azevedo

No Facebook, o amigo Cláudio Japonês posta uma foto da sua infância. Na legenda da imagem, ele ressalta a sua elegância naquele tempo. Muito interessante e bem saudosista a foto. Entretanto, outra coisa chama a minha atenção nessa imagem.

Vejo na foto, a saudosa camisa do Centro Educacional de Ensino Navega Creton, que nós sempre chamamos – erradamente – de Colégio Municipal, como se a rede municipal de Rio Bonito só tivesse essa escola.

Mas vamos ao que interessa!

Enquanto eu estudei por lá (1991/1994), o nome do colégio era esse (Centro Educacional de Ensino Navega Creton). Depois de algum tempo, misteriosamente, o nome da unidade passou a ser Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça, mesmo nome que deram a antiga Praça João Pessoa, no Centro da cidade. Eu já procurei saber o motivo da troca, mas ninguém me explica. Por que dar o nome do mesmo indivíduo a dois pontos importantes da cidade?

Conclusão: em qualquer época, os vereadores de Rio Bonito são hilários! E nós eleitores, em qualquer época, somos grandes paspalhos! Somos paspalhos porque continuamos votando sempre nos mesmos “artistas”.

Se alguém souber a resposta desse enigma fora do âmbito “puxa-sacal”, por favor, me avise!

Quando a representatividade e/ou influência política funciona


O Jornal “O TEMPO” desse mês – chegou às ruas nos últimos dois dias – afirmou que Rio Bonito carece de representatividade e/ou influência política. PARA NOSSA ALEGRIA (desculpem o trocadilho), junto com a circulação do jornal, o município anuncia que os viadutos do Green Valley e do Boqueirão – uma luta antiga do prefeito José Luiz junto a ANTT – foram confirmados pela Agência (o equipamento do Green Valley já começa nas próximas semanas). Essa é a prova de que com disposição e persistência é possível melhorar a nossa cidade em todos os setores.

Parabéns ao prefeito pela conquista e vamos continuar batalhando para que o município alcance vitórias em outras direções!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Escola Criar promove cidadania e espírito crítico através de evento educativo

Flávio Azevedo

Uma manhã voltada para a Arte, para a Cultura, para o lúdico, para o Teatro, para a Ciência, para o Desenho... Um dia em que até as histórias em quadrinhos, e os seus super-heróis e vilões tiveram espaço. Famílias inteiras reunidas, jovens atores, jovens políticos, jovens pensadores, jovens professores, jovens cientistas, jovens eleitores, jovens desenhistas... Foi o que se viu na Escola Criar, na manhã do último dia 31 de março, quando a unidade, que já se consolidou no cenário educacional de Rio Bonito e região, por estimular eventos dessa natureza; promoveu a Feira de Memórias e Histórias.

A escola estava cheia, famílias orgulhosas, equipe pedagógica empenhada e alunos compenetrados nas atividades pedagógicas.


Personagens da Mitologia Grega também ganharam espaço no evento.


Depois ouvir propostas políticas de fictícios candidatos, os eleitores, também fictícios eram conduzidos à votação.


A cultura indiana também esteve representada na Feira.


As alunas responsáveis pela arrecadação de alimentos estavam satisfeitas com o resultado da iniciativa.


O eterno Ayrton Senna também foi destaque do evento.

Kickboxing do Rio Bonito Atlético Clube começa o ano conquistando seis medalhas

Flávio Azevedo

Cinco medalhas de ouro e uma de prata foram conquistadas pela equipe de Kickboxing do Rio Bonito Atlético Clube (RBAC) na primeira competição oficial de 2012, a Taça José Antônio Ferreira Machado (modalidade ringue), que foi disputada no último domingo (22/04), no Tamoio Futebol Clube, em São Gonçalo. A conquista mostra que os alunos do professor Ronaldo de Oliveira Augusto vão lutar em alto nível em 2012.
– A nossa expectativa é superar o número de medalhas conquistadas no ano passado, que vieram num volume considerável. Também pretendemos ampliar o volume de praticantes de Kickboxing em Rio Bonito e região – comentou o professor, destacando que o RBAC é o grande parceiro para tornar esses sonhos realidade.

As medalhas de ouro foram conquistadas por Wallace Farias, faixa preta Full Contact (+ de 91kg); Ronaldo Augusto, faixa preta Full Contact (71kg); Márcio Dantas, faixa preta Full Contact (63,5kg); Rene Pimenta, faixa amarela Full Contact (86kg); e Douglas Albuquerque, faixa amarela Full Contact (67kg). A medalha de prata foi conquistada por Carlos Eduardo Pereira, faixa marrom Full Contact (81kg).

Os atletas Rafaela Castilho, Crésio Honorato e Hélida Ribeiro participaram da competição como árbitros. O próximo desafio da equipe do professor Ronaldo será novamente em São Gonçalo, nos próximos dias 5 e 6 de maio, quando acontecerão as disputas da modalidade tatame. O RBAC deve ser representado por cerca de 20 atletas. O objetivo do grupo, de acordo com Ronaldo, é alcançar os índices necessários para que um bom número de alunos do seu grupo participe do 22º Campeonato Brasileiro de Kickboxing. A competição acontece entre os dias 7 e 10 de junho, em Uberlândia, Minas Gerais.

Tanguá revitaliza biblioteca municipal Mário Lago

Flávio Azevedo

O programa “O Tempo em Rio Bonito” recebeu no último domingo (22/04), o subsecretário de Cultura de Tanguá, Reginaldo Serrano; e a Bibliotecária Simone da Conceição Silva Costa, que vieram falar da revitalização da Biblioteca Municipal Mário Lago, situada na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, no Centro de Tanguá. O espaço foi reformulado e passou por uma adequação técnica para melhor atender aos usuários.

A reabertura da Biblioteca aconteceu na última sexta-feira (20/04), quando aconteceu o 1º Café com Livros. Além do novo ambiente, um típico café rural, com direito a aipim, café com suco de cana, bolos e produtos tradicionais da região foi servido a quem compareceu ao evento.

Para o subsecretário, a prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a ‘compreender’ o mundo à nossa volta. “Um dos nossos principais objetivos é criar um espaço agradável para que as pessoas se sintam atraídas pela leitura”.

Já a bibliotecária ressaltou a importância de espaço que conta, atualmente, com um acervo de 5 mil livros (eram 10 mil). “Esse livros, porém, estavam defasados, deteriorados, desorganizados e o volume de duplicatas era grande. Agora tudo está organizado. Os livros que não estavam ultrapassados, nós mandamos para as bibliotecas das escolas do município e para a Biblioteca Comunitária da Vila Côrtes”.

Apelo

Durante a entrevista a bibliotecária fez um apelo saudosista e emocionado sobre um assunto que é uma inquietação de todo riobonitense que se preocupa com Arte, Cultura e aprecia livros: a situação da Biblioteca Municipal Celso Peçanha.
– Eu tenho muita preocupação e saudades daquele espaço. O que foi feito dela? Quando ela voltará a ser o que era? Eu cresci utilizando aquele espaço. Não acho justo que as novas gerações sejam privadas de uma ferramenta tão importante! Vamos recuperar a nossa Biblioteca!”, apelou Simone

segunda-feira, 23 de abril de 2012

São Jorge, o Santo Guerreiro

Flávio Azevedo

A minha formação é evangélica, não tenho devoção por santos e não acredito no poder mediador de qualquer outro ser que não seja Jesus Cristo. Entretanto, eu confesso aos amigos que eu admiro a história de São Jorge, santo que tem o seu dia celebrado dia 23 de abril. Segundo informações em sites de busca, São Jorge é o santo padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Catalunha, dos soldados, dos escoteiros e até dos corintianos, entidade esportiva situada no "Parque São Jorge", em São Paulo.

Acredito que a minha simpatia pelo “Santo Guerreiro” se dá por dois motivos. Primeiro, porque na casa dos meus avós maternos havia pendurado na parede da sala, próximo a minha foto, um quadro com a tradicional figura de um guerreiro matando um dragão (exatamente essa pintura que postei). Perguntei quem era e me disseram ser São Jorge.

Como a minha formação era evangélica, eu não me aprofundei na história daquele guerreiro, mas como as histórias de dragão, filmes medievais e qualquer referência a coisas antigas muito me atraíam, eu sempre me pegava contemplando aquele quadro. “Como terá sido essa luta entre Jorge e o dragão? Teria sido algo como as batalhas de Hércules ou como as aventuras de Perseu? (narrativas que eu também admirava)”, eu me perguntava.

Os anos foram passando e o menino curioso virou jornalista. E, ser jornalista ou estudante em tempos de Google e Scielo amigo, é muito mais prático do que era há cerca de 20 anos. Eu me amarro no charme das bibliotecas, mas a internet é fantástica e chegou para ficar.

Mas voltando ao “Santo Guerreiro”, segundo a tradição, São Jorge é natural da Capadócia (hoje, Turquia). Por conta da morte do pai, ele mudou-se com a sua mãe para a Palestina. No seu novo país, Jorge chegou a patente de capitão do exército romano. Era um guerreiro tão habilidoso que ganhou o título de conde. Aos 23 anos residia em Roma, época que o imperador Diocleciano decidiu exterminar os cristãos (afinal, existiu algum imperador romano mentalmente equilibrado?).

No dia da aprovação do decreto imperial, Jorge pediu a palavra e declarou, para o espanto de todos, que os ídolos adorados nos templos romanos eram falsos deuses. Questionado, ele disse que defendia a verdadeira religião. Para demovê-lo da ideia de ser cristão, o imperador ordenou que ele fosse torturado. Como Jorge não negou a fé, Diocleciano ordenou que ele fosse decapitado. A execução teria ocorrido num dia 23 de abril de 303 (DC). Ele foi sepultado na Lídia, na cidade de São Jorge, próximo a Jerusalém.

O dragão

A luta com o dragão, quadro que me fascinava na infância, é uma história lendária e interessante. Conta-se que em certo lugar da Europa, um dragão saía de um lago e esguichava o seu hálito de fogo contra uma cidade. O bicho só se acalmava quando os habitantes locais lhe ofereciam jovens vítimas, que eram escolhidas através de sorteio.

Certo dia, a filha do rei foi sorteada. Triste, o seu pai acompanhou a jovem até a beira do lago. Em meio essa tristeza eis que surge um cavaleiro de nome Jorge. O destemido guerreiro ao tomar conhecimento do fato ficou indignado. Empunhou a sua espada, esperou a fera e em pouco tempo domou o monstro. O misterioso soldado era São Jorge e ele aproveitou a oportunidade para falar de Jesus para aquelas pessoas. São Jorge disse ter vindo em nome de Jesus vencer o dragão. Sendo assim, os moradores da cidade deveriam converter-se e ser batizados.

Diante de tantas histórias, me surpreende o fato de que embora Jorge tenha morrido tentando mostrar o equivoco que consiste a adoração de ídolos, algumas religiões mantêm a pratica. Aliás, muitos transformaram o próprio Jorge numa espécie de santo. Isso é muito intrigante!

Nova secretária e velhos desafios na Educação de Silva Jardim

Flávio Azevedo

Manter as estratégias de erradicação do analfabetismo, dar continuidade a valorização e qualificação dos profissionais de Educação, fortalecer o transporte escolar e ampliar os programas de combate ao ‘analfabetismo funcional’ e ‘correção de fluxo’, esses são os principais desafios da secretária municipal de Educação e Cultura de Silva Jardim, Vilma Sodré Melo, que assumiu a pasta no início do mês de abril. Ela substitui o vice-prefeito Fernando Augusto Bastos, que se afastou da Secretaria por conta da disputa eleitoral.

A secretária recebeu a nossa reportagem em seu gabinete na tarde do último dia 20 abril, quando falou sobre os seus planos, a responsabilidade de gerenciar a Educação silvajardinense e relembrou a sua trajetória como educadora. Ela comentou o início como professora substituta na Escola Municipal Marechal Castelo Branco, em Vargem Grande; as experiências adquiridas na Escola Municipal Fidelis Alves Santiago (atual Omar Alfradique); e se emocionou ao lembrar os tempos de estudante, quando tinha que sair de Imbaú ainda de madrugada para estudar em Rio Bonito.
– Num tempo que não existia Transporte Escolar, nós tínhamos que sair 5h30min de casa para chegarmos 7h30min no Colégio Rio Bonito. Se o ônibus atrasasse não podíamos entrar. Depois que comecei a dar aula, nós dependíamos de carona, da boa vontade das pessoas e dormíamos no local da escola. Só retornávamos para casa nos fins de semana – conta Vilma.

Motivação

A história de superação da secretária serve como motivação para que ela valorize os seus colegas que estão em sala de aula. “O prefeito Marcello Zelão se preocupa bastante com a Educação e no meu dia-a-dia eu uso uma máxima que aprendi com ele: “não se cuida dos procedimentos sem cuidarmos das pessoas”. Ou seja, nós estamos aqui para fazer o nosso melhor”, comenta a secretária, acrescentando que “se todas as estratégias traçadas para a Educação forem alcançadas, a população de Silva Jardim dará um salto considerável”.

Embora Silva Jardim tenha uma área urbana pequena, a sua extensão territorial – grande parte dela Zona Rural – é extensa. A secretária destaca que a Prefeitura tem que ter sensibilidade para essa questão. “Temos cinquenta veículos transportando alunos, alguns transportam profissionais de Educação e o nosso objetivo é oferecer o melhor aos cerca de 5 mil alunos da rede municipal que tem as suas diferenças e características que devem ser respeitadas”. Para isso a Secretaria desenvolve a Formação Continuada, onde os professores conseguem perceber a complexidade do município e os seus desafios.
– Educação infantil, Educação para Jovens e Adultos, Educação Especial, informática, entre outras coisas. Essa é a razão de você colocar um Lap Top na mão do aluno, porque em casa ele divide as suas experiências educativas com a família, que deixa de ser excluída. Eu classifico esse ganho como cidadania. O aprendizado acontecerá em rede, a partir do momento que pais e filhos estiverem usando essa ferramenta (os Lap Tops) em conjunto – pondera.

Desafios

A distorção da idade dos alunos em sala de aula é um dos desafios que, segundo a secretária, o município vem trabalhando com afinco. Ela destaca ser uma situação preocupante, porque os próprios alunos ficam constrangidos com o fato de estarem matriculados numa turma formada, em sua maioria, por crianças. “Os efeitos dessa distorção se manifestam de várias maneiras. Imagina um menino de 16 anos, numa sala de alunos com idade entre nove e 10 anos. As histórias de agressividade surgem dessa diferença de faixa etária. Alguns são bem francos e dizem que estão abandonando os estudos porque não é possível ficar numa sala cheia de crianças”.

A secretária comenta que uma das alternativas para combater a distorção da idade entre os alunos e manter os adolescentes em sala de aula foi implantar o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) no período diurno. Outra situação que envolve o EJA é a questão religiosa. Segundo Vilma, em algumas localidades, no dia de culto, os alunos não comparecem as aulas porque tem compromisso na igreja. “Não adianta lutar contra a fé das pessoas. Sendo assim, nós procuramos saber os dias de culto e nesse dia não temos aula. Dessa forma nós conseguimos manter o interesse e a presença dos estudantes”, conclui.

O clássico dos Milhões (Flamengo x Vasco)

Flávio Azevedo

Legal ver os vascaínos soltarem o grito da garganta depois da vitória do Gigante da Colina sobre o Flamengo. Foi mais uma partida épica entre esses dois monstros do futebol mundial. Só não é legal o desequilíbrio do torcedor, o que geralmente contribui para que coisas mais sérias aconteçam no cenário esportivo. Que o Vasco é um freguês de caderno do Flamengo todos sabem. É freguês do time da Gávea como o meu Fluminense é freguês da dupla Vasco e Botafogo. E ponto final!

Agora vamos falar sério? A não classificação para a próxima fase da Taça Libertadores e a eliminação do Campeonato Carioca foram catástrofes muito oportunas para o Flamengo. Os torcedores mais fanáticos (os bobos), certamente, vão reclamar, mas os equilibrados entenderão o que eu estou dizendo e, talvez, até concordem. O Flamengo há muitos anos vem confortando o coração da imensa nação rubro-negra com enganosos títulos cariocas.

Não estou dizendo que as conquistas não tenham sido legítimas. Mas fica muito nítido que os incompetentes que administram o Flamengo, uma das equipes mais conhecidas do mundo, mascaram a sua incompetência com essas conquistas. O torcedor coitado, geralmente alienado e/ou apaixonado, se satisfaz com essa conquistazinha mequetrefe e deixa de cobrar dos espertos que estão diante do clube, uma gestão profissional, que se existisse na Gávea, reconduziria o Flamengo às conquistas internacionais.

Será que agora, depois das duas eliminações, alguém terá força, coragem e discernimento para mandar o tal do Ronadinho Gaúcho embora? Ou vão ficar explorando a veia de artista do dentuço? Por que demitir Wanderley Luxemburgo, Joel Santana e outros que vierem depois desses, se os caras que deveriam fazer gols e conquistar as vitórias dentro de campo não jogam nada? Nos últimos tempos, a “vitória” que determinados jogadores rubro-negros conhecem é uma garota de programa.

O torcedor não reconhecer isso é normal, mas e os dirigentes? Ah... Fala sério! Só tem amador! Aos vascaínos, que estão deslumbrados com a vitória sobre o Flamengo, coisa rara no histórico cruzmaltino, a chance é essa... Vem aí Botafogo e, caso vençam, o Fluminense, equipes que tradicionalmente gostam de perder para o Vasco. Mas como as coisas estão invertidas (Vasco eliminando o Flamengo), eu não arrisco nenhum prognóstico para os jogos finais desse Carioca!

Quem viver verá!

O Casamento de Bruna e Glauber

Flávio Azevedo

Bruna César Cabral Soares e Glauber Navega Guadelupe, tradicionais filhos de Rio Bonito, foram vistos solteiros pela última vez na manhã do último sábado (21/04), na Igreja Nossa Senhora das Graças, da Bela Vista, em Rio Bonito, quando se uniram em matrimônio diante de centenas de parentes e amigos.

O sim do casal aconteceu por volta das 11h45min. O casamento foi celebrado por Luis Orlando e as músicas ouvidas durante a celebração foram cantadas por Sheila Sá. Concluídas as formalidades religiosas e civis, o casal recebeu os amigos para um almoço no Sítio São Judas Tadeu, no bairro Marajó.

Este jornalista deseja ao casal de amigos, muitas felicidades, paciência mutua e que Deus esteja sempre presente nesse novo lar!


Embalados pela melodia da voz de Sheila Sá, o casal estava visivelmente emocionado.


A hora do “sim” e dos votos matrimoniais, proferidos e confessados diante de centenas de testemunhas, naquela que, certamente, é a manhã mais feliz de suas vidas.


A Igreja Nossa Senhora das Graças estava lotada de parentes e amigos de Bruna e Glauber!


A foto é preto e branco, opção deste jornalista como forma de dar um charme a imagem. Mas nós torcemos que a vida do casal seja sempre multicolorida!


Observado por Bruna, Glauber convida os presentes para o almoço no Sítio São Judas Tadeu. Um show de festa!


Os sorrisos e a flagrante felicidade, marcas constantes antes e durante a cerimônia, também foi a marca da saída de Bruna e Glauber.


Bruna e Glauber! Desejo a vocês, muitas felicidades e que as bênçãos de Papai do Céu sejam constantes em suas vidas!

Valdiney Coelho lança seu quarto trabalho em 15 anos de carreira

Flávio Azevedo

Uma coletânea com 13 melodias gravadas ao vivo é o último trabalho do cantor riobonitense Valdiney Coelho. O lançamento do CD, que está sendo preparado há cerca de dois anos, aconteceu na noite do último dia 21 de abril, na Igreja Assembleia de Deus da Mangueira, em Rio Bonito. A direção da igreja, que é pastoreada por pastor Carleci Pereira, montou uma programação especial para o lançamento do CD, que foi gravado em 2009, no Espaço Reencontro.

Muito emocionado, o cantor agradeceu os amigos que fez durante a sua trajetória, agradeceu a esposa pelos momentos de cumplicidade e contou a história de um homem, hoje, pastor de uma igreja da região, que aceitou Jesus ao ouvir uma de suas músicas (Folheto).
– Anos depois aquele homem me reencontrou para revelar que estava num bar próximo da igreja onde eu cantava. Ele me disse que estava bêbado, mas quando ouviu a música Folheto, ele sentiu a voz de Deus falando ao seu coração. Assim como o Espírito Santo de Deus tocou na vida daquele homem, hoje, Ele também pode estar incomodando você – apelou Valdiney.

O cantor apresentou sete melodias do CD Valdiney Coelho ao vivo. “Até Aqui Deus me Ajudou”; “Usa-me/Com Carinho”; “Hoje Reina o Amor”; “Folheto”; “O Grande Dia”; “Poderoso Deus” e “Pra te Adorar”, que é a música de trabalho do CD. Em 15 anos de ministério, Valdiney também lançou “O Grande Dia”, primeiro trabalho; “Até Aqui Deus me Ajudou”, segundo trabalho; e uma coletânea com as suas melhores canções.

Pedidos e contatos para ter o cantor Valdiney Coelho na sua igreja podem ser feitos através do e-mail valdineycoelho@yahoo.com.br e/ou pelos telefones (21) 9203 – 3873/9891 – 8696.

domingo, 22 de abril de 2012

Choque de marrentos

Flávio Azevedo

O meu amigo Carlos José Rodrigues, popularmente chamado pelos amigos de Dude, é um companheiro que trabalhou comigo no Hospital Regional Darcy Vargas durante o tempo em que estive lá. Atuamos juntos como técnicos de enfermagem e também ele como técnico (um bom profissional) e eu na supervisão da enfermagem (era ilegal técnico de enfermagem exercer essa função, mas nesse tempo o hospital adotava essa mão de obra)

No Facebook, Dude recorda de um entrevero que eu tive com um conceituado oftalmologista da cidade. Ele se lembra de detalhes que eu não lembrava, mas como ele colocou no Face, eu decidi relembrar uma das muitas histórias que eu tenho dos anos que atuei como técnico de enfermagem.

Texto de Dude:

Atuei no HRDV por quase quinze anos, na função de técnico de enfermagem, sempre no turno da noite.
Numa madrugada de inverno por volta das 4h30min, tocaram a campainha, abriram a porta lateral que dá acesso a uma área particular, entrou um cara com um gorro ou uma toca, de pijama de listas azuis, querendo falar com o supervisor de plantão que, na época, era o Flavio jornalista. Flávio se apresentou e o sujeito mandou na lata.
-Quero uma sala preparada agora, pois vou começar minhas cirurgias cedo.
-Fala sério, que cirurgia? Quem é você?
-Quem sou eu, depois você vai saber. Saiu bravo jurando que ia por Flávio na rua.
No outro plantão ficamos sabendo que o sujeito era o doutor oftalmologista Dr. Ramos Pantaleão, muito marrento, só que encontrou com um sujeito bom, mas também marrento e deu se o choque.


A mente do jornalista é mais precisa em alguns detalhes Dude (Carlos José Rodrigues). Ele olhou para nós (estávamos no posto de enfermagem da Ala Masculina – no fim do corredor), e perguntou quem estava na Supervisão. Eu disse que era eu e perguntei quem ele era (eu realmente não sabia quem era ele).

Sem se identificar, ele “ordenou” que eu colocasse as Marcaínas (nós da supervisão ficávamos responsáveis pela farmácia durante o turno da noite) no Centro Cirúrgico. Eu voltei a perguntar quem ele era e ele voltou a ordenar: “coloque as Marcaínas no Centro Cirúrgico”.

Insisti que eu precisava saber quem ele era sob pena de não colocar nenhuma Marcaína no Centro Cirúrgico. Isso já aos gritos no corredor da Ala Feminina, entrando no Pronto Socorro.

Na recepção do Hospital, ele me disse: “eu sou Dr. Romos Pantaleão de Araújo e estou mandando você colocar as Marcaínas no Centro Cirúrgico, agora”. Eu retruquei: “e eu sou o técnico de enfermagem Flávio Azevedo, estou na supervisão do plantão e não sou seu empregado”.

Enquanto ele me ameaçava eu me lembro de ter dito: “o senhor tenha mais educação ao entrar no hospital, e, por favor, identifique-se ao se dirigir a quem estiver no plantão”. Nem eu fui mandado mandado embora, nem ele deixou de operar as cataratas no Darcy Vargas.

Conclusão: É por essas e outras – ainda vou escrever um livro sobre isso – que eu considero os médicos a pior categoria da área de Saúde. Em cidades do interior então, o povo pensa que eles são deuses, e eles acreditam que são! Detalhe: hoje tenho vários amigos médicos. Entretanto, durante os meus 15 anos na enfermagem, as minhas impressões negativas dos médicos são muito maiores que impressões positivas!

Talvez, seja por essa postura e determinadas atitudes que Dr. Luiz Eduardo, um dos meus amigos médico e excelente profissional, diga-se de passagem, sempre que conversa comigo me diz: “você nunca foi profissional de enfermagem! Você sempre foi jornalista... Só não sabia disso! Técnico de enfermagem não faz o que você fazia quando atuava na área”.

É isso aí!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Mito da Caverna de Platão


Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.

A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.

Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.

Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.

Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade. Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.

Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
Extraído do livro “Convite à Filosofia” da filósofa e historiadora Marilena Chaui, uma pessoa que há anos tenta nos contar o que existe fora da caverna em que vivemos, mas nós não acreditamos.

Debate sobre Plano de Cargos, Carreira e Remuneração de Rio Bonito atrai poucos servidores

Flávio Azevedo

Com direito a reflexão na música “Até Quando” de Gabriel O Pensador, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) realizou nessa quarta-feira (18/04), às 17h, o Terceiro Encontro de Educação sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), dos servidores municipais de Rio Bonito. A reunião, que contou com um número reduzido de profissionais do setor, foi realizada na Câmara de Vereadores e contou com a participação dos integrantes do projeto “Lona na Lua”.

A abertura do evento foi feita pela diretora de Assuntos Educacionais do SEPE, Lucy Texeira, que iniciou falando sobre a trajetória do PCCR, desde 2010, os embates com o poder Executivo, as discussões com a representante do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) – órgão contratado pelo município para dar consultoria a Comissão que elaborou o Plano – e a dificuldade de se conseguir a adesão da categoria aos movimentos que buscam benefícios para os próprios servidores.
– O objetivo nosso aqui hoje é conversar sobre o texto do PCCR, porque em todo momento precisamos estar pensando nele. Esse ano, por conta do período eleitoral, nós já perdemos essa batalha, mas precisamos continuar cobrando e reivindicando a sua implantação – disse Lucy, acrescentando que durante a Aula Inaugural desse ano, o prefeito José Luiz Antunes disse que daria tempo de mandar Estatuto e o PCCR para a apreciação dos vereadores, “mas não mandaram”.

Sobre a dúvida de como seria a implantação do PCCR, Lucy comentou que o salário do professor seria reajustado para R$ 2,3 mil, disse que diferença entre professor I e II acaba e anunciou que o reajuste aconteceria por titulação. “Com bons salários, nós teremos em nossas salas de aula, professores com doutorado, mestrado etc.”, destacou. A líder sindical comentou também que o PCCR da Educação já está aprovado desde julho de 2011 e o plano de todos os servidores desde outubro do mesmo ano.
– Foi gasto um recurso razoável com a contratação do IBAM, mas quando eu fui olhar o PCCR, ele era uma cópia da Lei 1188, que deixa dupla interpretação sobre várias questões que foram corrigidas durante a elaboração do plano – pondera.

Outros temas e debates

Além dos esclarecimentos sobre o PCCR, outros pontos importantes também foram comentados, por exemplo, a obrigatoriedade das eleições para diretor das escolas municipais, determinação prevista em lei, desde 2009, mas que não é respeitada pela Prefeitura Municipal. “Fizemos uma comunicação a Câmara de Vereadores cobrando a fiscalização dos parlamentares sobre essa questão. O Legislativo, porém, nos enviou um ofício pedindo que nós enviássemos a eles, a lei que determina as eleições. Gente, a Câmara não ter uma lei municipal para saber se posicionar é um absurdo!”, disparou Lucy.

Omissão, conivência, acomodação e assimilação, são pontos defendidos pelo jornalista Flávio Azevedo como sendo coisas determinantes para fazer os professores não se posicionarem na luta pelos seus direitos.
– Na última quarta-feira (11/04), um professor da rede municipal foi agredido por um aluno. O menino, de 14 anos, teria jogado uma lixeira no rosto do professor. Isso gerou grande indignação, mas a verdade é que diariamente os patrões jogam lixeiras no rosto do professor. A grande maioria, porém, aceita resignadamente essas agressões. Eles reclamam, conversam e se queixam com o corredor, mas o corredor não é prefeito, vereador ou secretário – disse o jornalista, acrescentando que a maior parte desses profissionais está amordaçada por terem cargo de confiança, horas extras, contratos alcançados através de processo seletivo e outras facilidades que já foram criadas para amordaçar a categoria.

Para o jornalista, que esteve presente aos outros dois encontros, é preciso deixar de lado essa coisa de governo. “O que existe é classe patronal e trabalhista que batalham pelos seus interesses. Esqueçam a questão política e se posicionem como empregados diante do patrão”. Ele também destacou que muitos reclamam que os sindicatos usam termos como luta, guerra, batalha, briga, “mas essas nomenclaturas são as mais legítimas para ilustrar essa questão que se arrasta por décadas”, ponderou.

“Tem que ter coragem!”

Uma das professoras reclamou de falta de compreensão dos superiores, comentou que alguns profissionais estão em sala de aula doentes, precisando se licenciar para cuidar de seus problemas de Saúde, “mas conseguir uma licença médica é um verdadeiro suplício. Os nossos problemas não giram apenas em torno da questão salarial. A falta de respeito as nossas dificuldades é flagrante e não temos a quem recorrer”, se queixou a experiente professora.

Mais uma vez o jornalista interveio para dizer que os professores precisam é confiar na própria categoria, que é representada através dos seus Sindicatos (Sinsmurb e SEPE).
– Quando vocês dizem que os órgãos que os representam não têm serventia, vocês estão reconhecendo que vocês não têm serventia (porque esse órgão representa vocês). Isso demonstra uma categoria fragilizada, desorganizada e sem liderança. Vencê-los assim é fácil – comentou Flávio Azevedo.

O jornalista aproveitou a presença do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ro Bonito, Jorge Alvieira, para se aprofundar um pouco mais no assunto e provocar os professores com um desafio: “quando as reivindicações não são atendidos a categoria faz uma paralisação. Façam uma greve! Quando será que os professores de Rio Bonito darão um basta nos anos e anos de lixeiras jogadas contra os seus rostos? Tem que ter coragem gente!”, concluiu.

Até Quando – Gabriel O Pensador

Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura

Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!

Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?

A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!

Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!

Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?

Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!

Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada...
Até quando vai ser saco de pancada?

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Casa cheia e cobranças a Justiça e ao MP marcam a reunião de abril do Conselho de Segurança

Flávio Azevedo

Casa cheia na reunião do Conselho Comunitário de Segurança (CCS) da última segunda-feira (16/04). Em dois anos de funcionamento, a reunião, realizada na localidade do Parque Andréa, no 2º Distrito, aconteceu pela primeira vez num bairro. O volume de pessoas que compareceu ao Ginásio Poliesportivo Satiro Narciso de Oliveira empolgou os conselheiros que já estão programando outra reunião itinerante, ainda sem data e local definidos.
– A presença dos senhores e das senhoras é importante. Ficamos preocupados no início, pensando que as pessoas não viriam, mas logo a população começou a chegar para fazer essa reunião uma das melhores da história do Conselho. Vamos participar, vamos reivindicar, porque a hora é essa – comentou o presidente Bruno Soares no início da reunião.

O primeiro a fazer as suas colocações foi o delegado titular da 119ª DP, Paulo Henrique da Silva Pinto, que trouxe as estatísticas do mês de março e comentou a elucidação de dois dos três assassinatos que aconteceram em Rio Bonito em fevereiro desse ano (Reinaldo Soares, Luciano Figueiredo e Floriano Lima). Sobre roubos e furtos de veículos, o delegado comentou que a polícia já constatou que esse crime está sendo praticado por pessoas da cidade “e não de fora, como geralmente ouvimos comentar”.

O delegado revelou que os crimes contra a mulher, que são punidos com a “Lei Maria da Penha”, também estão aumentando no município. Ele também cobrou a instalação de uma passarela em frente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) – onde uma pessoa já morreu vítima de atropelamento – e a linha de ônibus para o Green Valley. Ele ainda comentou a apreensão de 14 mil DVDs piratas na Praça Cruzeiro e disse que depois de um ano e dois meses a frente da 119ª DP, só agora foi possível dar destino a uma série de coisas apreendidas que existia na delegacia.

Sobre as demandas envolvendo a RJ – 124 (ViaLagos) e BR – 101 (Autopista Fluminense), o presidente Brunos Soares comentou está contato permanente com as concessionárias e as negociações estão andando. “No próximo dia 25/04 haverá uma reunião com representantes da ViaLagos, onde nós tomaremos conhecimento do projeto que eles estão preparando para a rodovia. Já o vice-prefeito Matheus Neto (PSB) comentou que “as concessionárias estão receptivas e, que, a Prefeitura vai defender acesso às comunidades lindeiras”.

Falência da Justiça

O assunto da noite, porém, foi o assalto a Padaria Nosso Pão, no Centro. O crime ocorreu no dia 28 de março, os assaltantes foram trazidos a 119ª DP dois dias depois (30/04), mas foram liberados porque não existia mandado de prisão para eles. Gerou indignação e consternação entre os presentes a informação de que nos fins de semana a comarca fica sem juiz e promotor. O delegado comentou que nesses casos existe um promotor de plantão em algum lugar, mas nem sempre ele se acha em condições de interferir.
– Pode ser alguém que lida com assuntos de família, por exemplo, mas quando chega alguma demanda da área criminal, por não estar acostumado a lidar com questões dessa natureza, ele prefere que a comarca espere o seu promotor, mas apenas na segunda-feira seguinte – ponderou o delegado, acrescentando que “apesar disso, até aquele dia, quinze dias depois do crime, o mandado de prisão contra os referidos assaltantes ainda não havia sido expedido.

Um dos conselheiros comentou que isso é reflexo da falta de representatividade política de Rio Bonito, “uma cidade que está abandonada a sua própria sorte”. Também foi colocado aos presentes que a população, sempre muito crítica em relação as polícias, Militar e Civil, deve mirar as suas críticas a ineficiência do Judiciário e do Ministério Público (MP), “que nos passam a impressão de estarem sempre de férias”.
– Hoje, uma segunda-feira, 20h30min, os senhores e senhoras estão aqui debatendo a questão da Segurança da sua localidade. O Delegado da cidade está aqui, o 35º Batalhão da Polícia Militar está representado pelo Major Otto Mannato, mas onde estão o Judiciário e o MP? Aliás, desde que o CCS foi implantado, em 2009, eles nunca participaram de uma reunião – ponderou o conselheiro destacando que isso tem que acabar, mas só acontecerá se a sociedade riobonitense se unir nessa direção.

As principais reivindicações dos moradores do Parque Andréa foram a implantação de DPO dentro da localidade e a presença mais constante da Polícia Militar, já que o mínimo de proteção que a localidade dispõe é o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), que legalmente está em Boa Esperança para atuar na RJ – 124 e não para fazer diligências nas localidades que margeiam a rodovia. O major Mannato disse que a PM estará mais presente no bairro. Sobre o DPO, porém, ele ressaltou que a falta de policiais, um assunto reclamado em todas as reuniões do CCS, impede a implantação do DPO.

O major também ressaltou a importância da colaboração da população denunciando, através do Disque Denúncia, as ilegalidades e atitudes suspeitas observadas na localidade. Ele garantiu o anonimato do denunciante e divulgou o número do telefone que está disponível para esse fim: (21) 3639 – 5815.

Um dos conselheiros acrescentou que as reclamações precisam ter outra direção e justificou o seu posicionamento. “Boa Esperança pode ter um batalhão da PM, mas caso os policiais façam uma prisão no fim de semana, os bandidos serão liberados pela porta da frente da Delegacia, porque Judiciário e MP inexistem”, ironizou.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Nova Batalha contra a empresa Rio Ita

Flávio Azevedo

A população, sobretudo quem precisa utilizar a Av. Manuel Duarte, conseguiu vencer uma das batalhas contra a empresa Rio Ita, que já há algum tempo não estaciona os seus ônibus ao longo da referida avenida! Os carros estacionados naquele local eram motivos de constantes críticas à administração municipal, mas depois da criação dos jardins margeando a ferrovia, os veículos da empresa não ficam mais estacionados naquele trecho.

Na Cidade Nova, porém, onde está localizada a garagem da empresa, moradores reclamam dos muitos ônibus estacionados, em ambos os lados da Rua Desembargador Ademário Alves de Mendonça, a partir das 22h. “Se encontrarmos um ônibus da São Geraldo ou um caminhão, por exemplo, não dá para passar. Já fiz contato com a empresa, com a Prefeitura Municipal e não consegui nenhuma resposta satisfatória”, comenta a professora Josiane de Souza, 39 anos.

Embora as reclamações em relação ao estacionamento ao longo da Av. Manuel Duarte não existam mais, a invasão do estacionamento criado pelo prefeito José Luiz Antunes as margens da ferrovia incomoda a população. “Esse empresa não tem uma garagem? Eles até compraram um terreno próximo da garagem para estacionar os ônibus. Por que, então ficam parados aqui?”, questiona o zelador Luis Carlos Pereira, 55 anos, morador da Serra do Sambê.

A principal reclamação, porém, vem de quem mora e trabalha atrás da rodoviária, na Av. Manuel Duarte. De acordo com eles, os coletivos não ficam parados no local apenas esperando o horário de sair. “A empresa manda a equipe de limpeza para cá e eles trabalham ali. Varrem, lavam, preparam... Tem dias que a poeira vem aqui dentro de casa. E que poeira é essa? Fico preocupado com o meu sobrinho que tem problemas respiratórios”, reclama um comerciante que prefere não se identificar.

A empresa Rio Ita, um dos maiores empregadores do município, reconhece o problema e diz que está buscando resolver a questão, confirmando, inclusive, a aquisição do terreno mencionado pelo nosso entrevistado. Já a Prefeitura Municipal afirma que a solução do problema não é tão fácil quanto parece e o município está conversando com empresa sobre o assunto.