segunda-feira, 19 de março de 2012

Não existe interesse em qualificação profissional e educação

Flávio Azevedo

A Educação brasileira precisa mudar drasticamente. Vale lembrar que na década de 70, o ensino superior foi transformado em uma grande escola técnica. Eu defendo a ideia de que a “Universidade” existe para formar pensadores e cientistas. Já os operários deveriam ser formados em cursos de nível técnico e profissionalizante.

Entretanto, por ocasião do Golpe Militar de 64, os milicos, arregados pelo Tio San, diminuíram a carga de leitura e reflexão do ensino superior. Como contraproposta, esses mesmos senhores transformaram profissões técnicas em cursos de nível superior. O objetivo era reduzir o volume de intelectuais e de massa pensante. Passados cerca de 40 anos, eis o resultado: o brasileiro é uma massa de manobra alienada, infantilizada, docilizada e consumista.

Diante da explosão de investimentos que está acontecendo em Rio Bonito e região, crescimento esse estimulado pela estatal Petrobrás, nós já deveríamos estar buscando qualificação profissional há pelo menos cinco anos. Entretanto, a maior parte do nosso povo continua acreditando que emprego cai do céu ou é conquistado por influência política.

Caso esse quadro permaneça, as oportunidades que sobrarão para os vizinhos do Comperj serão: vender picolé, cachorro-quente, hambúrguer, pizza, batata frita e outras coisinhas para os funcionários do empreendimento. Quem não conseguir espaço nesse setor terá a oportunidade de empunhar uma arma para assaltar e traficar.

E tem gente que se contenta com isso!

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