sexta-feira, 30 de março de 2012

Fiat Pálio cai no rio da Av. Manuel Duarte no Centro de Rio Bonito

Flávio Azevedo

E mais um carro mergulha nas águas do rio que margeia a Av. Manuel Duarte, no Centro de Rio Bonito. Dessa vez o acidente aconteceu próximo a antiga fábrica de mariola, em frente ao escritório do advogado Saulo Borges. O veículo foi um Fiat Pálio, placa KXC 2200, de Rio Bonito. O carro é de propriedade do diagramador James Azevedo, de 32 anos, sócio do jornal “O Tempo” (irmão do jornalista Flávio Azevedo). Ele deixou o carro no estacionamento da estrada de ferro por volta das 18h e se esqueceu de puxar o freio de mão e engrenar o veículo.

O episódio atraiu inúmeros curiosos e foi o tema das conversas em todas as rodas de bate papo essa tarde (30/03). O assunto também foi bem comentado nas redes sociais e a postagem da foto do carro chegou a ter 20 compartilhamentos. O carro foi retirado do rio com o auxílio de um caminhão munck.

De acordo com o proprietário do veículo, ele deixou o Pálio no local e foi até a Casa Bahia pagar uma fatura. Na loja alguém foi lhe informar que o ocorrido. Apesar do prejuízo, James manteve a calma e ainda deixou uma mensagem de otimismo.
– Eu fico triste com o que aconteceu, mas nós não sabemos quais são os planos de Deus para as nossas vidas. Depois de sair da Casa Bahia eu iria para São Gonçalo pegar a minha esposa no trabalho dela. Eu pegaria pista, trânsito... Quem sabe o que poderia ter acontecido nesse trajeto? Há males que vem para bem – reflete James.

Repercussão

Na rede social Facebook e no local do ocorrido, os comentários sobre o assunto eram muitos. Um dos curiosos comentou que “nessas horas todos são especialistas. Se nem o dono do carro sabe o que aconteceu, imagina esse monte de gente”. Outro, em tom de gracejo comentou que “num município onde não existe cinema, teatro e outras coisas, somente um acontecimento desses para quebrar a rotina da cidade”. Outro curioso concordou e acrescentou: “isso aqui está parecendo uma festa”. Em relação ao esquecimento de puxar o freio de mão um internauta escreve no Facebook que “freio de mão é para os fracos”.

Esse não é o primeiro carro que cai no local. No mês de maio de 2011, também por um suposto esquecimento de puxar o freio de mão, um carro da Auto Escola Peixe caiu dentro do rio, por volta das 13h. O veículo, que foi caiu no trecho em frente ao Esporte Cube Fluminense, também foi retirado por um munck e o caso motivou inúmeros gracejos e comentários nas redes sociais.

Algumas ideias provenientes dos curiosos são bem interessantes, por exemplo, a instalação de um Guard Rail para evitar esse tipo de ocorrência. “Se o prefeito preparou essa área para ser estacionamento, nada mais justo que ele dê o mínimo de infra-estrutura para o local”, disse o cidadão.

Parque Andréa recebe reunião do Conselho de Segurança de abril

Flávio Azevedo


Com o objetivo de cumprir um dos projetos anunciados para o ano de 2012, a diretoria do Conselho Comunitário de Segurança de Rio Bonito (CCS/RB) anunciou que a primeira reunião itinerante do ano acontecerá no próximo dia 9 de abril, na localidade de Parque Andréa, no 2º Distrito. A reunião acontecerá no Colégio Municipal Dr. Kingston de Souza Mota, a partir das 19h.

O objetivo do presidente do CCS, Bruno Soares, é aproximar a população do Conselho. “Nós percebemos que as pessoas têm dificuldades de freqüentar as reuniões por conta do horário (10h), porque é horário de trabalho, mas queremos ouvir essas pessoas e nos aproximar delas”, comenta Bruno justiçando ser esse o motivo da reunião estar acontecendo às 19h.

Secretário estadual de Ciência e Tecnologia visita Rio Bonito nessa segunda

Flávio Azevedo

A criação de novos cursos profissionalizantes no município deve ser um dos principais assuntos abordados pelo secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, que visita Rio Bonito na próxima segunda-feira (02/04), às 10h. Outro assunto que também deve estar em pauta são os cursos da Fundação Cecierj, que já formou cerca de 3 mil alunos em 11 anos de atividades, e mantém um pólo em Rio Bonito desde 2008.

De acordo com a Assessoria da Prefeitura Municipal de Rio Bonito, o Pólo Regional do Cederj, que funciona num prédio anexo ao Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça, na Mangueirinha, se tornou a principal referência dos moradores da cidade para terem acesso ao ensino superior. Cursar uma universidade pública e de qualidade não é mais privilégio apenas de quem mora nos grandes centros.

Através do Cederj, moradores de qualquer um dos 92 municípios fluminense podem conquistar um diploma de graduação em uma das seis universidades públicas no estado por meio da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj).

Fonte: Ascom/RB.

Hospital Darcy Vargas recebe prêmio por cumprir metas do estado

Vinícius Martins

O Hospital Regional Darcy Vargas foi um dos cinco do estado do Rio a alcançar as metas estipuladas em 2011 pela secretaria de Saúde do estado. Na última quarta-feira, dia 28, o presidente do Hospital, Luis Gustavo Siqueira Martins, acompanhado do Prefeito José Luiz Mandiocão e da secretária de saúde, Maria Cici Dutra, recebeu das mãos do vice-governador, Luiz Fernando Pezão uma placa de reconhecimento pelo trabalho.

Entre os quesitos avaliados, estão a melhoria significativa da estrutura física da unidade, aquisição de equipamentos, implantação da comissão de controle de infecção hospitalar e a implantação de ouvidoria. O objetivo do prêmio é estimular o investimento na compra de equipamentos, melhoria da infraestrutura e na capacitação dos funcionários. Como prémio, o Darcy Vargas, que participa do Plano de Apoio aos Hospitais do Interior (PAHI) vai receber um bônus de R$100 mil para aplicar em melhorias na unidade de saúde.

“É mais um reconhecimento de um trabalho sério e dedicado que a nossa diretoria vem implantando ao longo dos anos. Temos muitas dificuldades, muitas necessidades e muitos desafios, mas não esmorecemos e continuamos em busca de um trabalho de qualidade. É a nossa missão”, disse o presidente do Darcy Vargas, o advogado Gustavo Martins, eleito esse mês para mais um mandato a frente da unidade de referência em saúde no município de Rio Bonito e região.

Durante a solenidade o governo do estado anunciou um amplo programa de investimentos na área da saúde. Para isso, promete investir R$ 1 bilhão na construção e modernização de nove hospitais na capital e na Região Metropolitana para melhorar as condições da saúde fluminense.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Assalto a padaria expõe a fragilidade para se cometer crimes em Rio Bonito

Flávio Azevedo

Dois bandidos assaltaram, às 17h, da última quarta-feira (28/03), a Padaria “Nosso Pão”, no Centro de Rio Bonito (antiga Santos Dumont). Vários clientes, que ainda estão estupefatos com o ocorrido, estavam no interior do comércio. As imagens do circuito de câmaras da padaria mostram os clientes tentando se abrigar no fundo da loja, mas eles também foram assaltados pelos marginais que empunhavam uma arma. Os bandidos saíram a pé e levaram cerca de R$ 500 e pertences dos clientes.

O crime indignou a população e repercutiu na mídia estadual, ganhando destaque, no programa “Balanço Geral”, apresentado pelo deputado estadual Vagner Montes. Não é a primeira vez que o apresentador expõe a insegurança de Rio Bonito. Dois homens sendo assaltados na porta da Prefeitura (2010); e a cobertura do assassinato do empresário Américo Branco (2011); também tiveram destaque na pauta do apresentador.

Em todas essas oportunidades Vagner Montes destacou o fato de o crime ter acontecido na cidade natal do também deputado estadual Marcos Abrahão. Nas últimas reuniões do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), conselheiros e participantes dos encontros reclamam do baixo efetivo policial de Rio Bonito e da pouca representatividade política junto ao governo do Estado na cobrança n busca por mais viaturas, efetivo de policiais e solução dos crimes investigados pela 119ª DP. O CCS convidou o deputado, por ofício, para participar da reunião do CCS e comentar o assunto, mas até agora ele ainda não compareceu.

Contraste

Segundo fontes, os marginais que assaltaram a padaria Nosso Pão seriam moradores da proximidade. A atuação de bandidos locais na cidade não é novidade. Se a violência, porém, é crescente, a população continua se enganando ao culpar as obras do Comperj e a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) como responsáveis pela violência.

Repercussão

Uma das pessoas que estavam no interior da padaria no momento do assalto demonstra medo, intranqüilidade e lamenta não ver união das autoridades em busca desse sonho. “As pessoas confundem as coisas. Você já Eu não vejo um político sequer falando em união. Eles só vivem brigando (nunca pelo povo). Eles pensam somente neles mesmos e nunca no bem estar da população que, por outro lado, assiste passivamente e sem reagir”, lamentou.

Para os representantes, os assaltos podem dar mais prejuízo do que representa. A dona de casa Jucileia Mota, 29 anos, moradora do Centro, confirma essa tendência. “Eu fico com medo de entrar para comprar e o bandido chegar junto comigo. Eu não sei qual seria a minha reação, por isso prefiro não entrar. Deixo para cobrar em outros lugares”, comentou.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Vou-me embora pra Pasárgada


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

*Texto de Manuel Bandeira

terça-feira, 27 de março de 2012

É tempo de “esquizofrenia partidária”!

Flávio Azevedo

Chegou o tempo em que as pessoas manifestam um fenômeno chamado de “esquizofrenia partidária”, uma grave doença degenerativa. Ela degenera a dignidade, a cidadania, o desconfiômetro, e, sobretudo a capacidade de votar com consciência. Quando está em crise, o paciente acometido de “esquizofrenia partidária” manifesta dois únicos sintomas: só consegue vê os defeitos do governo, fazendo questão de omitir as qualidades; e/ou somente vê os acertos do governante, fazendo questão de omitir os erros.

O comportamento humano em todas as suas fases mostra que não é tudo que gira em torno do DINHEIRO, sobretudo nos bastidores políticos. O que as pessoas ambicionam verdadeiramente é o PODER. Isso acontece porque mesmo não tendo DINHEIRO, quem tem PODER consegue comprar e/ou vender o que não tem! Isso é assustador!

Conflitos no PT de Rio Bonito

Flávio Azevedo

Segundo fontes, o clima esteve quente durante a reunião do diretório local (Rio Bonito) do Partido dos Trabalhadores (PT), no último sábado (24/03). O encontro aconteceu na Sociedade Musical e Dramática Riobonitense. Um dos presentes comentou a questão. “Quando o partido chegou à presidência da República, nós percebemos que o radicalismo não leva a lugar algum! Entretanto, alguns companheiros insistem nessa postura. Estamos em tempos de diálogo! Não é mais possível ganhar as coisas no grito”.

Analisando os comentários que seguiram depois da divulgação dessa notícia, me vejo impelido a escrever sobre o assunto com mais profundidade. Devo começar ressaltando que o problema das discussões políticas é que nós não abrimos mão da utopia de “passargada”. De modo prático, nós precisamos saber que na política, as negociações acontecem, elas são normais e estão dentro do contexto. O que deve ser alvo de nossas críticas são os termos em que essas negociações são celebradas.

Ainda sobre os embates dentro do partido, eu ressalto que em Rio Bonito, uma cidade onde os partidos são personificados, o PT sempre foi inexpressivo. Contribuiu sempre para isso, a falta de habilidade política de boa parte dos seus integrantes e o radicalismo de outros, o que realmente “não vai levar a lugar nenhum”, conforme disse a companheira mencionada na entrevista.

A verdade é que eu não vejo problema algum nessa suposta aliança do PT com o PSB. Aliás, muitos não querem por defender que a coligação seja feita com o PMDB (o que não seria nada de mais). Em 2008, o partido esteve com o PT do B. E aí, qual é o problema?

Política é a arte do dialogo, das acomodações ideológicas etc. O que não pode é em nome desse suposto "companheirismo", os caras negociarem esquemas, sacanagens, falcatruas, entre outras coisas dessa natureza. Aliás, isso ocorre em todos os partidos (seja de direita, centro, esquerda, em baixo, em cima etc.). Portanto, sejamos realistas e esqueçamos a “passargada”!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Banda Maverick de volta aos palcos nessa sexta-feira

Flávio Azevedo

Marcelo, André, Camilo e Ducler, o quarteto que compõe a Banda Maverick está de volta aos palcos riobonitenses a partir das 22h da próxima sexta-feira (30). O local escolhido para o reaparecimento da banda, que surgiu nos tempos de “Rock na Calçada” (década de 80), é o Esporte Clube Fluminense, no Centro. Depois de quatro anos sem fazer shows, os roqueiros decidiram interromper o ostracismo voluntário e retomar a rotina de apresentações.

Em participação no programa “O TEMPO” em Rio Bonito, do último domingo (25), os integrantes da banda disseram que estão ansiosos pelo retorno e deram uma palhinha do que o público irá ouvir durante o show. O repertório contará com composições próprias (Ecologia, Sambê, Maria Rita etc.) e músicas dos Beatles e de Elvis Presley, ícones do Rock que influenciaram a Banda Maverick e músicos mundo a fora.

As mesas para o show podem ser reservadas na loja Kausa Boa, na Rua da Conceição, Centro de Rio Bonito. No dia do evento, os ingressos poderão ser comprados na bilheteria do Esporte Clube Fluminense.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Morre Chico Anysio e boa parte do humor brasileiro

Flávio Azevedo

Às 14h52min desta sexta-feira (23/03), o humor brasileiro perdeu boa parte de sua inspiração. Morreu, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio, onde estava internado há três meses, o humorista Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho ou simplesmente Chico Anysio. Ele morreu após uma parada cardiorrespiratória, causada por falência de múltiplos órgãos, decorrente de um choque séptico que teve início com infecção pulmonar. O luto não se dá apenas por ser mais um brasileiro que se foi, mas por ser um brasileiro diferenciado, sobretudo se nos debruçarmos sobre os seus 65 anos de carreira, tempo em que ele criou cerca de 200 personagens que ficaram marcados no imaginário popular.

Cearense de Maranguape, Chico Anysio, que completaria 81 anos no próximo dia 12 de abril, é um dos maiores humoristas da história do Brasil com destaque para as sãs aparições e atuações no rádio, na TV, no cinema e no teatro. O corpo do humorista será velado no Theatro Municial, no Centro do Rio, um dos palcos mais queridos de Chico. No domingo (24/03), ele será cremado no Cemitério do Caju, na Zona Portuária. O governador do Ceará, Cid Gomes, decretou luto oficial no Estado, por 3 dias.

Os problemas de saúde de Chico Anysio começaram a se agravar em 2010, quando ele foi hospitalizado se queixando de dificuldades para respirar. À época, os médicos diagnosticaram uma obstrução da artéria coronariana e o humorista foi submetido a uma angioplastia para desobstrução das artérias. Após 110 dias de uma recuperação difícil, ele teve alta em março de 2011. A partir daí aconteceram sucessivas internações e a fragilidade da saúde do humorista era visível.

Carreira

Foi na Rádio Guanabara, ainda nos anos 50, que os tipos cômicos de Chico Anysio surgiram. A estreia aconteceu em 1957, na extinta TV Rio, no programa “Aí vem dona Isaura”. Foi lá que o Professor Raimundo teve sua primeira aparição no vídeo, como o tio da protagonista que vinha do Nordeste. Num tempo em que ainda não existiam contratos de exclusividade, Chico pôde fazer participações especiais em programas de outras emissoras e em chanchadas da Atlântida.

O “Chico Anysio Show”, seu primeiro programa de humor, foi lançado no início da década de 60. Foi ao ar pela TV Rio, depois pela Excelsior e em 1982 voltou a ser exibido pela Rede Globo, onde ele já trabalhava desde 1969. Foi na Globo, porém, que os seus programas e personagens alcançaram maior sucesso. Destaque para “Chico city” (1973-1980), “Chico total” (1981 e 1996), “Chico Anysio show” (1982-1990) e "Escolinha do professor Raimundo".

Alguns desses personagens quase que se misturam à história da televisão brasileira, como o ator canastrão Alberto Roberto, o pão-duro Gastão Franco, o coronel Pantaleão, o pai-de-santo Véio Zuza, o velhinho ranzinza Popó, o alcoólatra Tavares e sua mulher Biscoito (Zezé Macedo) e o revoltado Jovem.

Com o passar dos anos, novos tipos eram criados e incorporados ao programa: o funcionário da TV Globo Bozó, que tentava impressionar as mulheres por conta de sua condição; o mulherengo e bonachão Nazareno, sempre de olho nas serviçais; o político corrupto Justo Veríssimo; e o pai de santo baiano e preguiçoso Painho são alguns dos mais populares.

Apresentada como quadro em outros programas desde a década de 1980, a “Escolinha do Professor Raimundo” (foto 2) tornou-se uma atração independente em 1990. No ar até 2002, o humorístico lançou toda uma geração de comediantes. Entre os “alunos” revelados pelo “professor Chico” estão Claudia Rodrigues, Tom Cavalcante e Claudia Gimenez.

Da vida, Chico Anysio dizia levar apenas um arrependimento: “Me arrependo enormemente de ter fumado durante 40 anos”. Que a declaração do humorista sirva de lição aos mais jovens.

Assalto em Lan House de Rio Bonito quase termina em tragédia

Flávio Azevedo

Mais um assalto a um estabelecimento comercial de Rio Bonito, dessa vez, numa Lan House, expõe a insegurança e a violência crescente que atinge o município nos últimos anos. O crime, praticado por pelos menos três bandidos, aconteceu na noite do último domingo (18), por volta das 22h; e por pouco não escreveu mais uma página trágica na história riobonitense.

No interior da Lan House estava o Major da Polícia Militar, André Henrique de Oliveira, morador de Rio Bonito e respeitado policial da cidade. Acompanhado da esposa, grávida, ele passou por maus bocados durante a ação dos bandidos.

O marginal desconfiou do policial e pediu que ele levantasse a camisa para verificar se ele estava armado. A penumbra do ambiente e a arma do policial atrás do seu corpo impediram que o bandido visse a sua arma. Foi ordenado que ele se deitasse no chão. O policial obedeceu, mas se deitou de barriga para cima, com a arma sob o seu corpo.

Os momentos que se seguiram foram minutos de terror para o policial que tinha certeza da sua execução caso fosse identificado pelos bandidos. Ainda segundo relatos de testemunhas, num momento que o bandido se distraiu, o Major Henrique reagiu e baleou o assaltante.

Do lado de fora da Lan House, ele atirou no bandido que dava cobertura ao crime. O segundo marginal conseguiu evadir, entrou num veículo que aguardava estacionado próximo ao estabelecimento e fugiu. A reação do Major Henrique impediu a realização do crime. Os bandidos que fugiram saíram sem levar nada da Lan House.

O bandido alvejado foi socorrido e levado para o Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), de onde saiu na terça-feira seguinte (20/03) para o Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, em Itaboraí. Os marginais seriam do bairro Vila Côrtes, em Tanguá.

Assunto repercute na Câmara de Vereadores

Ontem (22/03), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de vereadores, o assunto foi comentado pelo vereador Aliézio Mendonça (PP) que além de sugerir uma moção de aplausos para o Major Henrique, narrou os detalhes do assalto e fez algumas reflexões sobre o ocorrido.
– Para mim, como dizia Sivuca, bandido bom é bandido morto! Infelizmente esse marginal não morreu. Digo isso sem nenhum constrangimento! Os três deveriam ter sido mortos pelo policial. Esses bandidos continuarem vivos significa que novas vítimas, que podem ser eu você, poderão ser vítimas desses elementos. Precisamos nos unir pela segurança do nosso município – disparou o parlamentar, que também é policial civil.

O vereador ainda criticou o fechamento da Av. Castelo Branco (Rua dos Bancos); a transferência da Delegacia para o Green Valley; e pediu policiamento para o Centro da cidade. “Levar a 119ª DP para um local onde será o futuro de Rio Bonito não é o problema, mas o Centro da cidade ficou exposto, inseguro e pouca gente percebeu isso”, finalizou Alézio.

Um pouco de história

É bem provável que os mais jovens não conheçam ou nunca tenham visto falar de Sivuca. Mas para falar sobre esse policial civil que acabou se tornando deputado estadual, amparado pelo bordão “bandido bom é bandido morto”, é preciso falar da Scuderie Le Cocq, uma organização criada nos fins dos anos 50 para vingar a morte, em serviço, do detetive Milton Le Cocq, que era integrante da guarda pessoal do ex-presidente Getúlio Vargas.

Le Cocq foi morto pelo bandido Manoel Moreira, conhecido como “Cara de Cavalo”, que atuava na entao Favela do Esqueleto, onde atualmente está construida a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A confraria tornou-se associação e chegou a reunir cerca de sete mil sócios. O objetivo era reprimir o crime. O grupo era liderado pelos “Doze Homens de Ouro”, que eram policiais de elite, escolhidos diretamente pelo Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Luis França. A missão dos “Homens de Ouro” era “limpar” a cidade da marginalidade.

Um dos primeiros integrantes foi Guilherme Godinho Ferreira, o delegado Sivuca, que mais tarde se elegeu deputado estadual e se tornou presidente de Honra do grupo, que eliminou alguns dos piores bandidos da época, a começar pelo próprio “Cara de Cavalo”. Em seguida eles mataram “Mineirinho”, Lúcio Flávio, entre outros.

Outras das eliminações emblemáticas do grupo foram os bandidos, Zé Pretinho, assassinado na porta de seu barraco, no Morro dos Macacos, em Vlia Isabel; “Bidá”, morto no Morro do Querosene, no Catumbi; e “Passo Errado”, que caiu no Morro do Tuiuti, em São Cristovão.

Programa Renda Melhor é lançado em Tanguá

Flávio Azevedo

O prefeito de Tanguá Carlos Pereira e o vice-governador Luiz Fernando Pezão lançaram ontem (22/03) na Escola Municipal Vereador Manoel Novis, na localidade de Bandeirantes, os programas, Renda Melhor e Renda Melhor Jovem. O plano atenderá a 1,6 mil famílias com o Renda Melhor, somando investimentos mensais de R$ 121 mil. Já o Renda Melhor Jovem beneficiará 204 estudantes com o Poupança Escola.
– Nossa cidade está passando por um processo de transformação e precisamos olhar pelas famílias mais necessitadas e, principalmente, pelos nossos jovens para que eles tenham oportunidade de educação e trabalho futuro – disse o prefeito Carlos Pereira.

De acordo com dados do governo do estado, o Rio Sem Miséria beneficiará 7.089 mil famílias através do Renda Melhor, que soma recursos de R$ 585.468,36 mensais, e 991 estudantes do Ensino Médio por meio do Renda Melhor Jovem.

Famílias comemoram entrega de cartões

A doméstica Deuzenir da Silva Machado, de 39 anos, mora com as filhas Jucimara e Tainá e a mãe Maria José, de 66 anos, em Tanguá. Para sustentar a casa, Deuzenir trabalha em quatro residências e sustenta a família com o que ganha como diarista, com o benefício do Bolsa Família e a pensão da mãe.

A filha Jucimara, de 18 anos, faz faculdade de Ciências Contábeis a distância, e curso técnico de enfermagem em Itaboraí. A caçula Tainá, de 15 anos, cursa o 8° ano do Ensino Fundamental em Tanguá. Não satisfeita, Deuzenir voltou a estudar depois de vinte anos. Com a renda extra do Renda Melhor, a família Silva irá investir no futuro, visando o crescimento de vagas de emprego com a instalação do Comperj.

O que são os programas

O Renda Melhor transfere renda entre R$ 30 e R$ 300 a beneficiários do Bolsa Família, do governo federal, que vivem com menos de R$ 100 per capita. As famílias recebem o pagamento através de um cartão compartilhado pelos programas estadual e federal. O Renda Melhor Jovem é uma poupança anual para estudantes de famílias contempladas pelo Renda Melhor, que estejam matriculados na rede estadual de ensino e tenham até 18 anos.

No Renda Melhor Jovem, o estudante do Ensino Médio recebe o benefício no fim de cada ano letivo. O aluno ganha R$ 700 quando aprovado na 1ª série; R$ 900 na 2 ª série; R$ 1 mil na 3 ª série e R$ 1.200 no Ensino Profissionalizante. O jovem que tiver bom desempenho na prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) conta ainda com um adicional de R$ 500.

Fonte: Ascom/Tanguá.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Itaboraí terá Instituto Federal até 2014

Flávio Azevedo

A tarde da última segunda-feira (19/03) foi de alegria para Itaboraí e cidades que estão no entorno do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). É que o prefeito Sérgio Soares assinou convênio para a construção de uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ) no município. O instituto vai oferecer qualificação profissional desde cursos técnicos até mestrados. O Esporte Clube Comercial, no Centro foi local sediado para realizar o evento.

O centro de ensino será construído numa área de 35 mil m², próximo ao Colégio Cenecista Alberto Torres e está orçado em cerca de R$ 100 milhões. A expectativa é que a obra esteja finalizada até 2014. “Itaboraí está dando um salto para o futuro. Esta escola técnica vai garantir o acesso a uma formação de qualidade para que possamos atender as demandas do Comperj e de outras empresas que estão se instalando na nossa cidade. É também uma oportunidade de geração de emprego e renda para os trabalhadores da região”, disse Sérgio Soares.

Acesso

Todo o projeto foi planejado para dar acesso às pessoas que tem necessidades especiais. De acordo com o diretor da Expansão da Educação Superior, Profissional e Tecnológica, César Luiz, “os IFRJs obedecem rigorosamente aos padrões de acessibilidade, pois a ideia é resgatar o compromisso de socialização do conhecimento”. Ele disse também, que os cursos vão do profissionalizante ao mestrado e são totalmente voltados para o mercado de trabalho da região.

O Instituto

O IFRJ foi criado de acordo com a Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, mediante a transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis (Cefet Química de Nilópolis-RJ), seguida da integração do Colégio Agrícola Nilo Peçanha, até então vinculado à Universidade Federal Fluminense (UFF). O instituto possui campi em Arraial do Cabo, Engenheiro Paulo de Frontin, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Paracambi, Pinheiral, Realengo, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Volta Redonda e Campos, com 14 mil alunos matriculados em diversos cursos.

Além de Itaboraí, Belford Roxo e São João de Meriti também ganharão centros de educação tecnológica, integrando uma rede que se aproxima das 500 unidades pelo país.

terça-feira, 20 de março de 2012

Continuam faltando fiscalização e respeito aos usuários de ônibus

Flávio Azevedo

Não é de hoje que os usuários de ônibus da nossa região reclamam dos serviços prestados pela empresa Rio Ita. Aliás, todas as vezes que esse assunto vem à tona, as mesmas coisas são faladas, mas tudo continua como dantes. A questão do monopólio (realmente um absurdo); a falta de fiscalização aos serviços prestados; suspeitas muito prováveis quanto ao porque desse poder da empresa; entre outras coisas, sempre nos deixa apavorados.

Todavia, se existe uma coisa que me aborrece é a tal da desfaçatez, que pode ser traduzida por cinismo ou descaramento. Por volta das 22h do dia 20/03, eu leio um texto de Paula Salles, onde ela faz queixas graves contra a Rio Ita. O que nos irrita ao ler o texto, porém, é o descaso com o usuário e o desinteresse de certos funcionários, que não conseguem refletir a postura simpática do gerente local.

A nossa amiga começa contando que foi embarcar no ônibus das 5h, que tinha como destino a Praça XV. “Só que o horário, hoje, foi antecipado (4min50h)”. De acordo com Paula, o despachante não sabia dizer o motivo mudança de horário, “e veio com aquela conversa de que ele não resolve nada, porque isso é coisa da garagem”. Para o espanto da nossa heroína, “os motoristas também não sabiam dar explicações”.

A parte, porém, que me deixa mais chateado é a que Paula ressalta ser essa a “milésima” vez que ela vê os horários mudarem sem nenhum tipo de aviso prévio aos usuários. Como se trata de uma pessoa esclarecida, ela telefonou para a garagem e pediu para conversar com o responsável que, “depois de tentar me enrolar, informou que na primeira quinzena do mês os horários são 5h, 5h20min, 5h40min..., e que na segunda quinzena, os horários são 4h50min, 5h15min, 5h40minh (!)”.

Mas a piada de brasileiro (os portugueses devem estar morrendo de rir de nós) vem agora. Paula lembra ao funcionário (que se apresentou como Hélio), que o dia anterior foi 19. Ou seja, a primeira quinzena já havia expirado. Ao que ele responde: “às vezes, esse horário (louco) não é muito certo”.

Diante da insistência, o tal Hélio sugere que ela telefone todos os dias para a Rio Ita, a fim de confirmar o horário do dia seguinte! “Como assim?”, pergunta estupefata a nossa leitora, que emenda com uma pergunta ainda mais difícil: “quando essa festa da Rio Ita vai acabar?”

Concluo parafraseando a determinada Paula: “o mínimo que se espera de uma empresa de ônibus é que haja horários certos e que eles sejam respeitados”!

Eu ainda teria muito que dizer, sobretudo sobre os organismos fiscalizadores e de controle dessa e/ou outra empresa qualquer, mas talvez seja melhor encerrar por aqui. O que todos nós diríamos sobre isso, sequer é ouvido por quem deveria. De qualquer forma, Paula, valeu por dividir o seu texto conosco, e, parabéns pela sua determinação!

Policiais Militares fazem nova prisão na Serra do Sambê

Flávio Azevedo

Dois adolescentes foram apreendidos com drogas na noite de ontem (20/03), por volta das 21h30min, na Travessa Carvalho, na Serra do Sambê, em Rio Bonito. O endereço é bem conhecido de policiais e usuários de drogas. Segundo policiais da 3ª CIA da PM, a informação veio através de denúncia anônima (pelo 190). No momento da abordagem, um terceiro elemento conseguiu fugir. Os adolescentes apreendidos foram conduzidos a 119ª DP.

Com os adolescentes, que tinham idade entre 16 e 17 anos, os policiais encontraram três sacolés pequenos de maconha; 35 sacolés grandes do mesmo produto; 12 pedras pequenas e 11 grandes de crack; R$ 107,00 e duas munições, calibre 38, que estavam intactas.

O adolescente de 17 anos é morador da Serra do Sambê e assumiu ser usuário de maconha. “A droga não é minha, eu sou apenas usuário. Eu estava comprando para o meu consumo quando a polícia chegou”. De acordo com os policiais, “depois de prestar depoimento o jovem deve ser liberado”. Já o adolescente de 16 anos, além de confessar a propriedade da droga, ele revelou pertencer ao Comando Vermelho e comentou ser oriundo da favela do Mandela, na Zona Norte do Rio.

Depois de confirmar o seu envolvimento com o tráfico de drogas desde os 13 anos, o adolescente contou parte da sua trajetória a nossa reportagem. Ele já teria sido apreendido uma vez e estava morando na Serra do Sambê há cerca de dois meses.
– Durante esse tempo que eu mecho com drogas eu já passei por várias bocas de fumo (no Rio de Janeiro e no interior). Eu vou onde me mandam – encerra o adolescente que, embora seja da favela do Mandela, contou que a sua mãe mora na favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

Outras prisões

Essa é a segunda prisão importante feita por policiais militares num curto espaço de tempo. Na manhã do último dia 11 de março, a polícia prendeu Glauco Marinho, de 23 anos, morador da Serra do Sambê. Outros dois menores, de 15 e 16 anos, também foram apreendidos na oportunidade. Esses atuavam no trafico de drogas no Parque da Caixa D’Água (foto 2).

Segundo os policiais, no momento que os adolescentes eram presos, o telefone de um deles tocou. Do outro lado da linha era Glauco, o chefe dos adolescentes. Os policiais forçaram os adolescentes a colocar o telefone no “viva voz”, um encontro foi combinado e quando chegaram a casa de Glauco, na Serra dos Sambê, drogas e uma arma foram encontrados no quintal da residência.

No Loteamento Schueller, policiais militares apreenderam um menor que faria parte do tráfico de drogas local. Ele teria sido encontrado com uma espingarda, calibre 36; e uma moto que havia sido roubada em Duque de Caxias.

O questionamento a respeito da notícia sobre o abrigo de animais

Flávio Azevedo

1º) O release que eu recebi sobre o assunto, tinha os nomes de Solange Almeida, Natália e Fernanda (não conheço as outras duas). Eu não gosto de escrever o nome das pessoas sem os sobrenomes, por isso ficaram de fora. Quando eu descobrir os sobrenomes das referidas colaboradoras, elas certamente passarão a figurar na matéria. Se souber me avise para eu acrescentar.

2º) Quanto ao ano eleitoral, eu quero esclarecer que caso a veterinária Solange de Almeida esteja pensando em se promover com essa iniciativa, o problema é dela. Eu é que não deixaria – depois de tanto reclamar a necessidade de um abrigo de animais em nossa cidade – de divulgar a criação do local por conta de ano eleitoral.

3º) Como eu não tenho papas na língua, já tenho fama de antipático e sou conhecido por não fazer média com ninguém, irei me aprofundar numa questão que está implícita nesse questionamento.

Começo afirmando que esses comentários de duplo sentido enchem o saco! De ambas as partes, sempre têm um engraçadinho, um corneteiro, questionando a seriedade das notícias que eu escrevo (não seria mais fácil não ler?).

Na última semana, por exemplo, por ocasião da inauguração do Colégio Maurício Kopke, eu ouvi algumas gracinhas dos partidários de Solange, como se a inauguração de uma escola daquele porte não fosse notícia. Agora, diante da informação do abrigo, o que eu acho ser uma notícia bem interessante, lá vem alguém do outro lado questionar a informação.

Concluo dizendo o seguinte:
*Não tenho nenhuma simpatia pela forma de Solange Almeida fazer política (ela sabe disso);
*Vejo o governo do prefeito Mandiocão muito aquém da capacidade dele (ele sabe disso);
*Penso que os demais adversários da dupla Solange e Mandiocão, são fraquíssimos politicamente (eles sabem disso);
*Mas a minha maior antipatia ainda é pelo espírito provinciano que rege o comportamento de muitos riobonitenses (esses fingem não saber disso).

Já me aconselharam a não falar sobre isso, já pediram para eu não meter o dedo nessa ferida, mas não tem jeito, eu não me contenho: como diria o Capitão Nascimento: “ISSO É FODA” e vai demorar a mudar!

Matheus Neto recorre a deputados “parceiros de RB” para destravar obras do viaduto do Green Valley

Flávio Azevedo

Depois de se reunir com a mesa diretora do Conselho Comunitário de Segurança (CCS) de Rio Bonito e com o superintendente da Autopista Fluminense, Carlos Alberto Gallo; para tratar das obras do viaduto do acesso do Green Valley para a BR – 101, o prefeito José Luiz Antunes (DEM) pediu que o vice-prefeito Matheus Neto (PSB) viajasse para Brasília para buscar o apoio “dos deputados amigos de Rio Bonito” na questão da celeridade dos tramites que envolvem a liberação da obra. O equipamento beneficia, além dos moradores do Green Valley, a população do Loteamento Schuler e os usuários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A Autopista Fluminense (concessionária que gerencia a BR – 101) foi oficiada pelo CCS. No dia 02 de março, o superintendente da Autopista Fluminense, Carlos Alberto Gallo esteve na Prefeitura Municipal para o encontro e revelou que a construção do viaduto é um grande anseio da concessionária, “mas alguns problemas, como a desapropriação das propriedades onde serão construídas as alças do viaduto, por serem negociações complicadas, gera essa reclamada morosidade”, comentou.

Em Brasília, o vice-prefeito Matheus Neto recorreu aos congressistas aliados para pedir que o Decreto Federal que vai desapropriar as áreas seja logo assinado, para que a Autopista Fluminense reúna condições de iniciar as obras. Os integrantes do CCS acreditam no compromisso assumido pela concessionária. Durante a reunião o superintendente da Autopista afirmou que “quando o decreto for publicado a concessionária tem condições de iniciar as obras do viaduto em 15 dias”. Iniciadas as obras, o equipamento estaria pronto em cerca de seis meses.

Recursos conquistados

No Distrito Federal, depois de acionar os parlamentares parceiros de Rio Bonito, o vice-prefeito Matheus Neto visitou o Ministério dos Transportes, onde protocolou a documentação necessária para que o Ministério de celeridade a assinatura do Decreto que libera o início das obras do viaduto. A solicitação foi recebida pela assessora parlamentar Rosani Vesthi.

Circulando pelos ministérios e visitando congressistas, o vice-prefeito foi recebido pelo deputado federal, Neilton Mulim que colocou emendas importantes para o orçamento de Rio Bonito já em 2012. Segundo Matheus o deputado destinou R$ 900 mil para o município, sendo R$ 400 mil para aquisição de ônibus escolares e R$ 500 mil para construção de uma Unidade Básica de Saúde, ainda sem local definido.

A visita se estendeu ao gabinete do senador Francisco Dornelles, que acrescentou outros R$ 450 mil no orçamento de Rio Bonito. O recurso, segundo o vice-prefeito, será destinado para aquisição de uma patrulha mecanizada.

Mutirão de amigos cria abrigo de animais abandonados em Rio Bonito

Flávio Azevedo

E mais uma discussão iniciada nas redes sociais frutificou. Por iniciativa particular, o tão sonhado “Abrigo Para Animais Abandonados” deve entrar em operação no próximo dia 23 de março. O novo endereço da bicharada é na estrada de Cachoeira dos Bagres, no Green Valley II, próximo a torre. A iniciativa é da veterinária Solange Almeida, que junto com um grupo de amigas decidiu criar o local.

O número de cães nas ruas de Rio Bonito, sobretudo na Praça Fonseca Portela e nas imediações das agências bancárias, tem sido alvo de reclamações da população. Embora os animais aperentem ser mansos, os relatos de ataque a crianças, ciclistas e skatistas estão sempre sendo comentados.

A iniciativa surgiu quando as amigas encotraram uma cadela prenha e ferida. O local escolhido para o abrigo é um terreno emprestado, e, segundo informações, a ajuda da população é bem vinda. Além do material humano que é necessário para manter o abrigo em atividade, o local também precisa de medicamentos como Capstar, vermífugos, vitaminas, Ivomec e vacinas.

O abrigo também aceita doações de ração (específica para animais adultos e filhotes) e material de limpeza como cloro, sabão em pó, sabão de côco, vassoura, rodo, desinfetante, shampoo, cobertores velhos, jornais, papelão e vasilhas para água e ração.

Um veterinário já está disponível para cuidar dos hóspedes do abrigo. Ele será responsável pela castração dos animais, mas os coordenadores do novo espaço informam que toda ajuda é bem-vinda.

Informações pelos telefones: (21) 8606 - 3434 7643 - 4335.

Mutirão contra a dengue em Silva Jardim

Flávio Azevedo

A Secretaria municipal de Saúde de Silva Jardim realiza nesta quarta-feira (21/03), a partir das 10h, um encontro para formar um Grupo de Trabalho Intersetorial (GTI) que tem o objetivo de traçar uma parceria na organização das ações de combate à Dengue.

A reunião acontecerá no gabinete do Secretário Inácio Araújo, na Policlínica Municipal Aguinaldo de Moraes, e as ações terão a finalidade de reduzir a incidência de dengue clássico e evitar a ocorrência do tipo hemorrágico no município.

A Secretaria está convidando para o encontro, através de memorando-circular, representantes das várias secretarias e setores da Administração Municipal. Líderes comunitários, lideranças religiosas e demais personagens que podem atuar como multiplicadores, também podem contribuir com esse mutirão contra a dengue.

Um novo olhar é preciso

Um gabinete de controle da Dengue com constante atenção a doença e as suas causas deveria ser algo a ser pensado pelas prefeituras da nossa região. Conheço o trabalho do Programa Municipal de Combate a Dengue (PMCD), principalmente em Rio Bonito, e afirmo que os operários desse sistema trabalham bastante, mas a esses profissionais falta um pouco mais de tudo.

Em Rio Bonito, por exemplo, o PMCD precisa deixar de ser uma política de governo para tornar-se uma política de estado. Os funcionários do programa, por exemplo, não são concursados e essa lógica precisa mudar. O Brasil é um país tropical e grande parte da sua população ainda não tem consciência profilática e condutas de higiene com o seu próprio quintal. Sendo assim, os operários do PMCD não podem estar inseridos num programa que tenha prazo de validade.

Os chamados “mata-mosquitos” precisam ser profissionalizados e o setor deveria, já há mais de 10 anos, estar sendo povoado por funcionários de carreira do município. O tempo de ociosidade com a incubação do mosquito deveria ser empregado em campanhas eficientes de conscientização da sociedade, através de visita a escolas, empresas, igrejas e pontos de aglomeração de pessoas.

Além disso, também é importante as prefeituras terem consciência da importância dos investimentos em Comunicação Social (Publicidade e Jornalismo). Essa é uma das ferramentas mais eficazes na luta contra a dengue, sobretudo na conscientização da população.

Informe-se e participe! A dengue é um problema de todos nós!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Não existe interesse em qualificação profissional e educação

Flávio Azevedo

A Educação brasileira precisa mudar drasticamente. Vale lembrar que na década de 70, o ensino superior foi transformado em uma grande escola técnica. Eu defendo a ideia de que a “Universidade” existe para formar pensadores e cientistas. Já os operários deveriam ser formados em cursos de nível técnico e profissionalizante.

Entretanto, por ocasião do Golpe Militar de 64, os milicos, arregados pelo Tio San, diminuíram a carga de leitura e reflexão do ensino superior. Como contraproposta, esses mesmos senhores transformaram profissões técnicas em cursos de nível superior. O objetivo era reduzir o volume de intelectuais e de massa pensante. Passados cerca de 40 anos, eis o resultado: o brasileiro é uma massa de manobra alienada, infantilizada, docilizada e consumista.

Diante da explosão de investimentos que está acontecendo em Rio Bonito e região, crescimento esse estimulado pela estatal Petrobrás, nós já deveríamos estar buscando qualificação profissional há pelo menos cinco anos. Entretanto, a maior parte do nosso povo continua acreditando que emprego cai do céu ou é conquistado por influência política.

Caso esse quadro permaneça, as oportunidades que sobrarão para os vizinhos do Comperj serão: vender picolé, cachorro-quente, hambúrguer, pizza, batata frita e outras coisinhas para os funcionários do empreendimento. Quem não conseguir espaço nesse setor terá a oportunidade de empunhar uma arma para assaltar e traficar.

E tem gente que se contenta com isso!

Episódios de corrupção não são novidade!

Flávio Azevedo

Os episódios de corrupção denunciados pelo Fantástico e demais telejornais não trazem nenhuma novidade. Se o amigo achou tudo aquilo muito feio, saiba que você viu apenas a ponta do iceberg. A corrupção também me deixa indignado, mas o que me revolta mesmo é esse bando de "Alice" que parece morar no "país das maravilhas".

Gente que no dia seguinte à reportagem sai às ruas com cara de paisagem e continua, cinicamente, afirmando não acreditar nas histórias noticiadas. Intencionalmente ou não, essas “Alices” desqualificam a questão como se as repartições públicas fossem um convento de carmelitas.

A verdade é que por frouxidão e/ou por envolvimento em situações semelhantes, um bando de irresponsáveis tenta abafar a questão. O correto seria abordar também, o nosso nível de alienação e conivência, posturas tão nocivas e perversas quanto o envolvimento em histórias dessa natureza.

domingo, 18 de março de 2012

Grupo Logos pela primeira vez em Silva Jardim

Flávio Azevedo

Um dos grupos evangélicos mais queridos do Brasil, o Grupo Logos, visitou Silva Jardim pela primeira vez, na noite do último dia 5 de março. A congregação anfitriã foi a Igreja Assembleia de Deus, que recebeu centenas de pessoas que compareceram para prestigiar os integrantes da “Missão Evangélica Logos”. Desde 1981, a equipe percorre o Brasil e o exterior divulgando os seus tradicionais e inspiradores louvores. Além das mensagens cantadas, o pastor Paulo Cezar, líder do Logos, trouxe também uma mensagem inspiradora e poderosa.

Um público de todas as gerações revisitou melodias do Logos (“Situações”, Mão no Arado, Portas Abertas etc.). Do saudoso Grupo Elo, eles cantaram um Medley composto por músicas como Calmo... Sereno e Tranquilo; Jesus Provou; Ao Sentir; Nova Jerusalém etc. Segundo Paulo César, “algumas melodias, geralmente muito queridas, falam aos nossos corações e são inesquecíveis”.

A programação foi organizada pelo vice-prefeito Fernando Augusto Bastos (foto 2), que é presbítero da Igreja Assembleia de Deus, que tem a liderança do pastor Moisés Cecílio, para quem “ter o Logos na cidade é recordar um tempo em que as músicas conduziam a igreja à oração e a exposição da palavra de Deus”. Já Fernando Augusto comenta que a presença da “Missão Evangélica Logos” em Silva Jardim é a realização de um sonho.
– Todos que cresceram cantando e ouvindo esse grupo abençoado passaram por momentos inesquecíveis esta noite. Eu agradeço a presença dos amigos; dos muitos pastores que estiveram conosco; obrigado ao Grupo Logos por ter aceitado o nosso convite; e agradeço a presença do prefeito Marcello Zelão, que administra uma cidade com mais de 50% de população evangélica – ponderou o vice-prefeito.

Em entrevista a nossa reportagem, o pastor Paulo Cezar se disse grato a Deus por estar num lugar onde pode estar em contato com tanta natureza, “que é um presente de Deus para nós”. O líder do Grupo Logos disse que Silva Jardim chamou a sua atenção por se tratar de uma cidade que está tentando se estruturar, “inclusive, criando uma moeda própria para estimular o seu povo”, pontuou o pastor, destacando também a importância de se ter um representante evangélico nas esferas de poder, numa referência ao vice-prefeito, Fernando Augusto.

Mensagem Poderosa

O pastor Paulo Cezar iniciou fazendo reflexões sobre a porta, que é Jesus. “O homem, porém, cria outras portas. É possível, inclusive, que a religião seja uma porta, mas se Jesus é deixado de lado, ela não conduz a lugar algum, porque somente Ele é o caminho”. Dessa forma, segundo o pastor, sem perceber o homem entra nos domínios do mal. “Como recompensa ele participará do castigo que está reservado para Satanás e seus demônios”.

Numa época dominada pela licenciosidade, onde imperam o relativismo e a ausência de limites, as pessoas, segundo o pregador, não estão sabendo separar o santo do profano. O mensageiro disse ainda, que os cristãos precisam seguir o exemplo de Jesus e sair das quatro paredes da igreja para “salgar a terra”.
– Vivemos uma vida de escolhas e dois caminhos estão a nossa frente. Devemos escolher o caminho estreito, tortuoso, que machuca, mas que leva ao Céu. Há evangelhos de portões largos e eles estão enganando aos milhares. Por isso, o Logos não faz música por distração... Não temos cabelos diferentes... Presença de palco, mas queremos levar almas para Jesus porque ele prometeu e vai voltar – falou o pastor Paulo Cezar que concluiu a sua pregação com uma música muito querida e cantada no meio evangélico: “Autor da Minha Fé”.

Fleches do evento

No fim da programação, uma pose entre convidados e anfitriões para guardar para posteridade. A partir da esquerda: o pastor Paulo César; Keitille Cádimo; o vice-prefeito, Fernando Augusto; Nilma Soares, Mariene e o pastor Moisés Cecílio.

sábado, 17 de março de 2012

Investimentos em Educação continuam transformando Silva Jardim

Flávio Azevedo

O prefeito silvajardinense, Marcello Zelão (PT) inaugurou na noite do último dia 13 de março, em Cesário Alvim, o Complexo Educacional Cesário Alvim/Varginha (Cecav). O prédio, de 1,9 mil m² de área construída, recebeu 18 salas de aula de 40 m² e vai abrigar, por turno, 540 alunos do Ensino Fundamental. Os alunos do CECAV também terão um Laboratório de Informática, de 43 m²; uma biblioteca; banheiros (comuns e adaptados); um auditório de 88 m², com capacidade para receber cerca de 100 pessoas; um refeitório de 200 m² e playground (com balanços e gangorras).

A obra, orçada em R$ 2,6 milhões, ocupa uma área total de 2,4 mil m². Cerca de 50 operários trabalharam durante oito meses para concluir o empreendimento, que recebeu rampas de acesso e um sistema de aproveitamento de águas de chuvas, que serão reutilizadas nos banheiros (sanitários), na irrigação dos jardins e na limpeza em geral.

Executada com recursos próprios, a obra segue o padrão das escolas construídas na atual gestão, nas localidades de Imbaú e Cidade Nova. O Cecav já começa funcionar com cerca de 450 alunos que estudavam em Cesário Alvim (I e II) e Varginha. “Conforto para os alunos, professores e demais funcionários da Educação é a marca da nossa gestão. Acreditamos que só será possível virar a página do atraso e caminhar rumo ao progresso investindo em Educação”, disse o prefeito Marcello Zelão em entrevista exclusiva a nossa reportagem.

Durante a inauguração, prestigiada pelos prefeitos, José Luiz Alves Antunes (Rio Bonito); e Carlos Pereira (Tanguá), o chefe do Executivo silvajardinense estava visivelmente emocionado. “Hoje nós deixamos mais esse legado para as gerações futuras”. O prefeito também destacou que em cerca de três anos, a sua gestão fez mais licitações de obras e serviços do que todos os seus antecessores nos últimos 20 anos. “Estamos empenhados em recuperar a auto-estima do nosso povo, porque é bom viver aqui”, comentou.

Novidade

No fim da sua fala, Marcello Zelão anunciou uma realização que é um sonho antigo dos moradores da Varginha: as obras de drenagem e asfaltamento de todo o bairro. “Faremos um investimento da ordem de R$ 18 milhões na Varginha, por acreditarmos que com a chegada do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) a nossa região, essa localidade é a que mais vai crescer. Podem acreditar, porque o processo está aqui (foto 3)”. O prefeito ainda anunciou a construção de um posto de saúde, com academia de ginástica para idosos, também na Varginha; e disse que em maio, cada aluno da rede municipal (cerca de quatro mil) vai ganhar um notebook do município.

Aprovação

Depois atuar por 20 anos na antiga escola de Cesário Alvim, a professora Maria José Matos Oliveira classifica a nova unidade como “um presente valioso” para os alunos, para os professores e até para a comunidade.
– Durante esses 20 anos nós enfrentamos muitas dificuldades! Graças a Deus, porém, o prefeito decidiu trazer essa benfeitoria para nós. Equipamentos como esse parquinho, a Sala de Informática, a Biblioteca, entre outras coisas, serão ferramentas valiosas no processo de educar os nossos alunos – avalia a professora.

“Vamos nos superar”

Também em entrevista exclusiva a nossa reportagem, o vice-prefeito e secretário de Educação e Cultura, Fernando Augusto (foto 4), comentou que passado o momento da inauguração, o momento é de arregaçar as mangas e trabalhar, “porque ao contrário do que dizem é possível fazer Educação pública e de qualidade”. Ele comentou que em 2009, ao chegar a Prefeitura, todos levaram um grande susto com a forma como eram tratados os alunos da Varginha.
– Era um galpão... Dividido com madeirite... O calor era tanto que as crianças desmaiavam em sala de aula. Algo precisava ser feito. Fizemos investimentos emergenciais até que conseguíssemos entregar esse equipamento a esse povo – conta Fernando.

Analfabetismo

Quanto aos índices de analfabetismo do município, um dos maiores do território Fluminense, o vice-prefeito reconhece o problema; e ressalta que a questão está sendo atacada através de parcerias com empresas do porte da Petrobras, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Banco do Brasil e da sociedade civil organizada.
– Hoje, a Firjan contrata e paga os meus professores; o Banco do Brasil entra com material e estrutura, a Prefeitura oferece estrutura, transporte e alimentação; e a sociedade abre as portas, por exemplo, as igrejas. Se alguns querem saber ler para pegar o ônibus, muitos querem aprender para ler a Bíblia. Através desse projeto já formamos 300 alunos e outros 300 serão formados em breve – comemora Fernando que ressalta a lição de vida de uma turma formada no barracão da Secretaria de Obras.

Valorização dos professores

Outro ponto abordado pelo prefeito foi o reajuste do salário dos professores da rede municipal. Com essa iniciativa, o município continua cumprindo o Piso Nacional do Magistério Público. “É um esforço muito grande, mas fazemos isso para mudar a Educação de Silva Jardim”. O benefício foi retroativo a 1º/01/2012, incidiu sobre demais vantagens (quinquênios e regência) e foi extensivo aos aposentados. Ainda segundo Zelão, dentro do pacote de investimentos na Educação, o município aumentou para R$ 200,00, já no ano passado, a “Regência” que girava anteriormente entre R$ 30,00 e R$ 40,00, um aumento de cerca quase 500%.

Prefeitura de Rio Bonito inaugura Colégio Municipal Maurício Kopke de forma oficial

Flávio Azevedo

A Prefeitura Municipal de Rio Bonito inaugurou de forma oficial, na tarde do último dia 15 de março, o Colégio Municipal Maurício Kopke. A unidade está localizada na entrada do bairro Caixa D’ Água, no Centro e recebeu investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão. A solenidade contou com autoridades municipais e a presença do prefeito silvajardinense Marcello Zelão (PT). Também participou da solenidade a professora Yacy de Matos Kopke, viúva do homenageado, que durante a sua fala ressaltou as qualidades e comportamento do saudoso professor.

Em entrevista a nossa reportagem, o diretor da Faculdade Cenecista de Rio Bonito (Facerb) e do Colégio Cenecista Monsenhor Antonio de Souza Gens, Carlos Alberto de Moura Machado, o professor Betinho, que foi aluno de Kopke, disse que o saudoso professor era uma pessoa que tinha o carinho dos alunos por ser mestre, mas também amigo.
– Ele sempre se comportava como amigo dos seus alunos. Não são poucas as experiências e histórias pitorescas que podemos contar do professor Maurício Kopke, que tinha talento para várias outras áreas. Lembro bem da mesa que ainda existe na casa dele. O utensílio foi ele mesmo quem fez através de um dos seus dotes: a marcenaria – destaca Betinho.

O Colégio Municipal Maurício Kopke foi erguido onde funcionava o antigo barracão da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp). De acordo com o prefeito José Luiz Alves Antunes, na primeira fase da obra foi construída 15 salas de aulas, toda infraestrutura de banheiros (comuns e adaptados), secretaria, refeitório, biblioteca e sala de informática. “Nós tentamos dar o máximo de acesso aos alunos com necessidades especiais, com a construção de rampas, piso antiderrapante e corrimão em dois níveis”, comentou.

De acordo com chefe do Executivo, a intenção é construir numa segunda fase, outras 30 salas de aulas, perfazendo um total de 45, que funcionarão nos quatros blocos do prédio. “As instalações são modernas, feito com materiais de primeira qualidade e tudo está estruturado para abrigar os cerca de 3 mil alunos que estamos pretendo receber aqui quando o prédio estiver totalmente concluído”, destacou o prefeito.

Experiência na direção

A diretora Cristina Mello (esquerda), que terá como vice-diretora, a professora Elisabeth Moraes (direita), disse que das 900 vagas oferecidas, cerca de 800 já foram preenchidas, prioritariamente por alunos das escolas Paulo Pfeil e Barãozinho. As vagas são para alunos que estejam cursando o primeiro e segundo segmento do Ensino Fundamental. Com cerca de 30 anos de experiência no magistério, sobretudo quando o assunto é gestão de pessoal (o que não é fácil), a professora Cristina Mello, junto com uma equipe competente foi responsável por reerguer do Colégio Estadual Dyrceu Rodrigues da Costa.
– Sei que a minha responsabilidade é grande, as expectativas quanto ao meu trabalho são muitas, eu encaro como mais desafio e para mim essa é uma experiência nova. Eu, porém, nunca fiz nada sozinha. O trabalho positivo que atribuem a mim, lá no Dyceu, foi fruto de uma equipe preparada, entusiasmada e, principalmente comprometida. Somente assim é possível fazer um trabalho de excelência – analisou a diretora.

O principal desafio da nova escola, segundo Cristina Mello é o aluno, que ela considera ser o grande objetivo de qualquer educador. “Essa escola é linda, tem uma estrutura fantástica, mas o professor é quem dá vida a tudo isso. Acredito que a parte pedagógica é o coração de qualquer unidade de Educação. Falta de merenda, falta de material, coisas que me informaram que aconteceria, não estão ocorrendo e os poucos problemas, coisa normal no início do trabalho, estão sendo resolvidos”, disse.

A diretora ressaltou ainda, que “agora que já ocorreu a inauguração, o próximo passo é chamar a equipe pedagógica para a criação dos projetos”, iniciativa que foi a marca de Cristina enquanto esteve na direção do Colégio Dyrceu e deu excelentes resultados.

Fim da polêmica

Depois de alguns meses de desnecessária polêmica e infrutífera queda de braço entre os poderes Executivo e Legislativo (por conta do nome da unidade), imperou o bom senso. O prefeito decidiu agir de maneira diplomática e nomeou o prédio de Complexo Municipal de Educação, onde estão inseridos o Colégio Municipal Maurício Kopke e a Quadra de Esportes Osvaldo José Mariano, antiga área de lazer do bairro que foi totalmente revitalizada e encampada ao ambiente da nova unidade escolar.

Reflexão

Virou modinha na “cidade risonha” chamar a atual administração de “governo de cimento”. Eu afirmo que agiria diferente do prefeito em várias ocasiões. Entretanto, essa conversa de “governo de cimento” é a última grade conversa fiada criada por aqui. Esqueceram que toda obra é inanimada e quem coloca vida nesses lugares são as pessoas.

Todavia, colocar vida nas coisas só é possível quando não se está de má vontade por convicções partidárias favoráveis ao governo ou contrárias a ele. Boa vontade e dedicação, à escola e aos alunos, algo raro nos dias de hoje! Na entrevista, Cristina, a diretora da nova unidade, já deu a dica!

Sheila Sá e Gutinho Prevot celebram Chico Buarque no evento Samba Chico – Erudito Popular

Flávio Azevedo

O show “Samba Chico, Erudito Popular” foi a grande atração da noite de ontem (16/03), no Esporte Clube Fluminense, em Rio Bonito. A iniciativa dos músicos Sheila Sá (voz) e Guto Prevot (violão) agradou o público que não arredou pé até o final do evento, que ficou com gosto de quero mais. O show pode ser classificado como um tributo a Chico Buarque de Hollanda, um dos ícones da Música Popular Brasileira (MPB).

O apresentador do show iniciou dizendo que “estamos aqui nesta noite para falar, homenagear e primordialmente cantar este mestre, este gênio das palavras. Falar de Chico, “o Chico das artes, o gênio, o poeta, Buarque boêmio”, é difícil, muito difícil. Mas pode ficar fácil, muito fácil, porque a música de Chico fala por ele, fala por si... Fala por nós”.

Sabedores do artista multifacetado que é Chico Buarque, a proposta de Sheila e Gutinho foi retratar o sambista, “provavelmente o maior dentre todos os Chicos”. As músicas apresentadas foram uma coleção daquilo que ele ouviu e o influenciou (como o samba de Donga e Noel); com um pouco do que ele cantou (a bossa-nova de João, Tom e Vinícius) e, principalmente, “com boa parte dos sambas que ele fez e nos influenciou, alegrou, inspirou, e premiou”, comenta Gutinho.

O público foi embalado com músicas como “Feitio de Oração” e “Chega de Saudade”, que abriu o show. Os turbulentos anos 60, época que Chico atua como ativista político, através das letras significativas e profundas das suas músicas, também foram retratados: “Pedro Pedreiro”, “Olê, Olá”, “A Rita”, “Com Açúcar Com Afeto”, “Quem Te Viu, Quem Te Vê” e “Carolina”, trouxeram um clima de nostalgia.

Já com o objetivo de relembrar os anos 70, os artistas cantaram melodias como “Ilmo. Sr. Ciro Monteiro”, “Festa Imodesta”, “Acorda Amor”, “Sem Compromisso”, “Meus caros”, “O Que Será”, “Você Vai Me Seguir”, “Feijoada Completa”, “Até o Fim”, entre outras. Destaque para “O Que Será”, que Sheila Sá destacou como uma das músicas mais difíceis de Chico; e “Feijoada Completa”, que levantou o público e fez os presentes cairem no Samba.

O show concluiu com reminiscências dos anos 80, mais precisamente 1984, quando o Regime Militar começa ruir no Brasil e a chegada do regime democrático era iminente e inevitável. Para rememorar esse tempo que contava sempre com presença marcante de Chico Buarque nos movimentos pró-democracia, “Pelas Tabelas” e “Vai Passar”, as últimas melodias da noite.

Patrocinadores

O show Samba Chico – Erudito Popular se tornou possível por conta dos patrocinadores que apostaram num evento de alto nível cultural e intelectual, como sempre acontece com tudo aquilo que leva a marca Chico Buarque. Foram eles: Iluminare, Escola Criar, Zaniboni Seguros, JORNAL E PROGRAMA “O TEMPO EM RIO BONITO”, Aécio Modas, Paulista Veículos, Auto Escola Peixe, Roma Gold Seguros, Jônatas À Rigor, Aluguel de Roupas; New Look Centro Estético (Ana Márcia, Nelsinho e Jordan); Contargui Contabilidade. O apoio cultural foi de Glauber Guadelupe – Advogado.

Menção honrosa

Uma saudação especial aos músicos Geasi, Matheus Prevot, Pedro e Bebê, que junto com Sheila Sá e Gutinho, deram um show musical como integrantes da banda que acompanhou as músicas da noite. Sonorização de Tiago Quintanilha; fotografia de Marllon Lopes e filmagem da DM Produções.

Menção honrosa também, à nova diretoria do Esporte Clube Fluminense, que vem se destacando na realização de eventos culturais importantes para Rio Bonito e, sobretudo para a formação das gerações futuras.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O povo contra os políticos – Os políticos contra o povo

Flávio Azevedo

Mais uma vez o Facebook me serve de inspiração para escrever. Tenho sido questionado por algumas pessoas a respeito dos elogios que faço aos governos de Rio Bonito, Tanguá e Silva Jardim. O engraçado é que quando eu dirijo críticas a esses mesmos atores, eu também sou questionado. Sendo assim, eu farei ouvido de mercador e continuarei fazendo as minhas reflexões elogiando o que acho ser necessário elogiar e criticando aquilo eu penso ser necessário criticar.

Antes de prosseguir com o texto, eu devo lembrar que as minhas impressões podem perfeitamente estar equivocadas. Aliás, eu não sou e nem almejo ser o dono da verdade ou alguma espécie de oráculo onde as pessoas recorrem em busca de solução. Agora, uma afirmação minha eu mantenho: a responsabilidade por mudar o cenário político da nossa cidade, estado ou país é nossa.

Alguns consideram muito duras, algumas das minhas reflexões, sobretudo quando eu digo que a culpa dos problemas sociais que o Brasil enfrenta é nossa... Mas essa é a pura verdade. Geralmente não gostamos dessa ideia, porque é melhor sempre botar a culpa no outro! Por outro lado, se alguém me disser que os governantes, Brasil afora, atuam de maneira a manter as pessoas alienadas e deseducadas, concordarei... Mas o voto que leva essas pessoas ao poder é nosso... Quem troca o voto por favorzinho e/ou presentinhos é o povo.

Qualquer pessoa sem instrução entende de futebol, novela e Big Brother, por que então não pode entender um pouquinho da sua responsabilidade no setor político? Por falta de Educação...? Que deveria ser oferecida pelos nossos governantes, certamente. Mas porque não existe nenhum esforço do povão para mudar? Não é estranho isso?

Amigos, eu nunca encontrei um crítico que fizesse as suas reflexões por zelo a coisa pública, mas sim porque ficou de fora do esquema (pode haver algumas exceções). Geralmente, o reclamante está engajado na campanha do outro que lhe ofereceu espaço num futuro governo, o que torna os pedidos (muitas vezes legítimos), partidários e direcionados. Poucos ou ninguém está verdadeiramente preocupado com o serviço em prol do povo.

O que está acontecendo nesses municípios, por mais incompetente que seja o seu governante, é fruto de uma dívida de 50 anos com os munícipes de cada território. Se olharmos para o Brasil, a dívida é de 500 anos. Penso que recuperar, por exemplo, meio século de atraso, em quatro, oito ou até 12 anos, é impossível.

Vemos esse cenário nas comunidades pobres e favelas da cidade do Rio de Janeiro desde a década de 50. É a mesma engenharia macabra e perversa! Voto entregue de maneira inconsciente e interesseira; e políticos eleitos (com esses votos) que só pensam em se locupletar e alimentar a voracidade dos seus comparsas. Mudar essa realidade demora. Precisaríamos de mais 50 anos!

Diante dessa realidade, eu não posso culpar unicamente os governantes pelos problemas. Em muitas oportunidades, eles acabam sendo vítimas dos abutres que os cercam. Um exemplo: certa figura política de Rio Bonito, que atravessa inúmeros problemas na vida particular, depois de me narrar as suas dificuldades, eu sugeri: “por que você não abandona a vida pública esse ano? Depois que você resolver os seus problemas você retorna”. Resposta: “não posso, muita gente depende de mim!”.

Faço apenas uma pergunta: “o termo “muita gente” comentado pelo político é quem exatamente? O povo?”. Não, ele se referia a uma turminha que, como lesmas sanguessugas, vivem penduradas nele e em quem está no poder há anos e anos!

Votar ou não votar... Eis a questão!

Flávio Azevedo

Navegando pelas redes sociais encontramos comentários e flexões de todas as espécies. Desde os mais razoáveis até os mais absurdos, a internet aceita tudo. Noto em algumas postagens certa impaciência e uma grande desmotivação do eleitorado, sobretudo entre os mais conscientes. Porém, diante do cenário político que se desenha diante de nós, essa postura é razoável e bem compreensível.

Entretanto, não podemos esquecer que não é por acaso que vereadores, prefeitos, governadores e integrantes de demais cargos eletivos estão ocupando os seus lugares. A verdade é que em algumas ocasiões esquecemos que esses senhores, e senhoras, foram eleitos com o nosso voto.

Vejo muita gente comentando que não existe sentido em fazer comentários nas redes sociais. Entretanto, para quem desconhece, eu ressalto que todos os grupos políticos da nossa cidade e região têm um agente de plantão acompanhando tudo que é escrito, pensado e abordado no Facebook e demais redes sociais. Às vezes, os próprios políticos e pessoas envolvidas na vida pública têm o seu perfil.

Por isso amigos, não se enganem... Não é tão infrutífero assim digitar, falar, reclamar e se expressar por aqui. No meu caso, por exemplo, é nítido o desconforto de alguns setores com as minhas colocações (sejam elas contrárias ou favoráveis). Eu afirmo que tenho conseguido, por conta da repercussão de algumas postagens, contribuir para que certas situações sejam mudadas.

Diante disso, eu não posso me furtar de comentar a questão de quem se cândida a vereador ou prefeito. Eu defendo a ideia de que a pessoa que está insatisfeita deve se candidatar para tentar fazer diferente. Nada é mais justo que isso! Você vai me perguntar: “e se for mais um?”. Simples, na próxima eleição vote em outro.

A verdade é que por sermos tremendamente frouxos, nós adquirimos o habito de criminalizar a política e não os nomes que criminalizam o setor. É mais cômodo agir como se fosse crime ser candidato, simplesmente porque o setor é povoado de tralhas. Esquecemos, porém, que a ausência das pessoas de bem na política contribui para manter as escórias no sistema.

Penso que podemos agir tentando mostrar aos nossos amigos que vender o voto é um crime contra nós mesmos. Penso que se cada um agir conversando com os seus amigos em família, na igreja, no trabalho, na escola e até nos momentos de lazer, será possível, como pregou Ghandi, fazer uma “revolução” silenciosa que vai frutificar nas urnas. Talvez, as mudanças almejadas não aconteçam agora, nessa eleição (7 de outubro de 2012), mas nas próximas com certeza acontecerá!

Por último, eu esclareço que não sou candidato nas próximas eleições, mas eu gosto de incentivar a renovação da política a partir do eleitor, porque a mudança está em nossas mãos, basta saber votar com responsabilidade e pensando sempre na coletividade.